Guilherme Torres Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Essa do FAF 322, usei um perfil mais tradicional. Introduzi o café no tambor quando a temperatura girava em torno de 200ºC. A rampa foi razoavelmente tranquila, coisa de 15 a 20ºC por minuto. Não marquei o momento do crack, porque a cozinha estava bem barulhenta essa hora (panela de pressão fazendo seu chiado característico aliado ao barulho da airfryer carregada de batatinhas francesas. Fui mais pela cor e pelo cheiro do café torrado. Acho que tirei no momento correto. Daqui a uns 10 dias vai alcançar seu potencial. Vou fazer ainda mais uma torra hoje a noite ou amanhã de manhã para encerrar o ciclo e ter café torrado suficiente em estoque que permita que eles cheguem no seu potencial. Valmor, Estou me segurando para não torrar o natural antes da compra coletiva. Eta café gostoso! 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Valmor Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 valeu Guilherme !!!! recebeu a nova amostra ? Abs Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Burny Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Guilherme, 200oC não é uma temperatura de pre aquecimento um pouco alta para um café brasileiro de densidade média? Abçs Burny Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Valmor, ainda não chegou. Deve ser entregue amanhã. Burny, Acredito que não. Quando o café é introduzido no tambor, a temperatura tanto do tambor, como também do torrador baixa drasticamente (a perda é bem maior no interior do tambor). Normalmente, o café chega a 90ºC 100ºC até o momento da virada. Depois, vai subindo, lenta ou mais rapidamente, a depender da potência de saída de calor. Veja essa curva, que foi a campeã de 2013: 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Observo que, na verdade, são duas curvas, porque o ganhador do mundial do campeonato de torra de café fez duas torras e, depois, mesclou os cafés para obter a xícara ganhadora. First Crack Red: 06:17 min / Development Time: 98 seconds First Crack Blue: 07:12 min / Development Time: 106 seconds Charge Weight: 2 KG Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Uma coisa interessante é observar que o tempo de desenvolvimento, em ambas as torras, foi inferior aos tão propagandeados 3 a 4 minutos. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Não marquei o momento do crack Porque, por estar sem empregada, na hora, estava cozinhando, uma barulheira infernal na cozinha e um pouco longe do torrador kkkkkkkkk 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 De vez em quando, ia lá, tirava umas amostras, via a cor, cheirava, blá, blá, blá. rsss. Ainda assim, ficou bão que só. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Burny Postado 29 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 29 Outubro 2014 Interessante Guilherme. Também já percebi que focar no tempo de desenvolvimento faz pouco sentido. Com o F1, as melhores torras de cafés brasileiros são muitas vezes as mais curtas com só 2 a 3 min de desenvolvimento e uma perda em volta de 14.5%, no meu caso. Abçs Burny Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
José Cal Neto Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 no F1, se a massa de café for pequena, como costuma ser para mim, a temperatura não cai tanto. As curvas campeãs costumam ser em torradores profissionais, com uma carga bem maior que a caseira. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 Certamente, cai mais em bachs maiores, mas, tem que considerar que a massa metálica e capacidade de geração de calor tb é maior nos profissionais. Na prática, tenho visto que, mesmo em bachs pequenos, há uma perda de calor acentuada no ato de despejo do café cri no tambor. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guest Anita Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 Concordo com tudo. (Criatura assistiu UMA aula de torra e acha que já sabe tudo... ). Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Burny Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 Também é interessante que a curva de RoR da torra campeã seria uma que o Scott Rão considerava muito ruim. No outro lado, as minhas torras que tem curvas de RoR parecidas com as que o Rão recomenda, são sempre muito bons. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
paulohvs Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 Não pude fazer experimentos com um nível alto de precisão, mas quando tentei seguir a recomendação do Scott Rao consegui pela primeira vez mandar um batch do Bob para o lixo . O curioso é que o café ficou com aparencia excelente, impossível de se imaginar o resultado desastroso na xícara só de olhar para os grãos torrados. Já nas minhas torras anteriores o tempo de desenvolvimento vinha sempre sendo curto e com o 1C violento. Em todas consegui um bom resultado na xícara. Já usei Bob-o-link, Blend Expresso Brasil, Orgânico Severino e Sul de Minas (estes últimos três todos os da Expresso Brasil). Ainda vai levar um tempo para eu retomar as torras, pois estou acabando com o último estoque que fiz dos cafés do Ateliê. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 Seguem os logs gráficos das duas últimas torras. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 Observo que a primeira torra - do FAF 322 - não marquei nenhum sinal (o primeiro crack não foi marcado, embora conste que começou aos 9 min e 16s, que é o marcado na torra do bob o link - bug do programa). Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 30 Outubro 2014 Denunciar Share Postado 30 Outubro 2014 A segunda torra demorou mais porque aumentei o fluxo de ar para 100% no início, o que retardou uma subida mais íngreme da ROR. Isso é que é legal num torrador com controle tanto do calor como do ar (se não estou enganado, se não a totalidade, a maioria dos profissionais permite essa regulagem). Essa torra do bob, provada agora há pouco, ressaltou as frutas vermelhas, mantendo, ainda, sua doçura característica (destaco que estamos falando de um café torrado há algumas horas, muito fresco ainda). Depois, acabei reduzindo para 30%, percentual que mantive até quando o BT alcançou 200ºC, quando aumentei o fluxo para 60% e reduzi a potência para 50%, voltando a aumentá-la para 60% até o momento em que o crack adentrou bem forte (quando zerei a potência, por considerar que o café já tinha atingido coloração e cheiro adequados, deixando ainda um pouco mais dentro do torrador antes de despejar). Eis uma foto tosca do café torrado, tirada quando ele já se encontrava ensacado e a caminho da casa da minha segunda mãe (depois um restinho veio aqui para o trampo): Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
José Cal Neto Postado 3 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 3 Novembro 2014 torrei agora o resto da Fazenda Alvorada. Aconteceu alguma coisa com essa minha amostra. As duas torras de uns 100g cada começaram o 1C em torno de 183 graus e terminaram com 11,2% de perda. Muito estranho. Torrei um lote de 175g do Bourbon amarelo do Valmor pra ver se todos meus medidores tinham ido pro brejo e pelo visto não. A torra até teve pouca perda (13,4%), mas as temperaturas foram mais normais. Fiz depois uma última torra do mesmo café, com 115g e deixei mais após o 1C. Chegou a 14,1% (foi tipo 1:20 pós estalo). Essa eu devo levar pra creche do meu filho na terça, pro aniversário dele de 2 anos. Espero que fique boa. 2 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Alexandre Velloso Postado 3 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 3 Novembro 2014 Salve Manhã de torras. Dez Kg de verde e oito quilos e meio torrados de cinco cafés diferentes para atender pedidos. Três horas e meia de faina. Haja paciência! Para meu uso, nadica. Amarelei. Vou gastar um bocado de cafés de outros essa semana. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 3 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 3 Novembro 2014 Hoje fiz uma besteira. Ontem, torrei um café muito bom, mas que não passou por peneira e tinha grãos de tamanho variados, porém, estimo, todos abaixo de peneira 15. Como alguns grãos eram, de fato, realmente pequenos, os menores passaram pelas grades do tambor durante a torra (coisa que não percebi) e ficaram na base do torrador. Voltando ao dia de hoje: Pensando que tinha limpado o torrador ontem (dormi tarde para caramba, vendo uns episódios de uma série e acordei super cedo, com meu filho mais novo me chamando para brincar), na hora que me sobrou um tempinho, resolvi torrar um bach do FAF 322. Preaqueci o torrador e, quando chegou na temperatura alvo, despejei os grãos lá dentro. Depois de uns cinco minutos, notei um cheiro de fumaça incompatível com o estágio da torra. Logo, percebi meu erro (não tinha limpado). Em um primeiro momento, aumentei o fluxo de ar para 100% a fim de evitar fumaça no interior do torrador. Quando vi que isso não iria adiantar e que o café ia ficar defumado, despejei os grãos na bandeja resfriadora (a temperatura BT estava em 180º), já começando a bronzear, zerei a potência do heater e esperei esfriar. Quando fui limpar, vi que havia vários grãozinhos lá dentro, praticamente carbonizados. Resultado: provavelmente um bach inteiro que vai para o lixo (que voltei a torrar, introduzindo os grãos quando a ET se encontrava mais elevada). Não sei se alguém (além do Bernardo) já torrou um café em dois estágios (double roasting), mas que os grãos ficam muito mais bonitos assim do que torrados de uma só vez, isso não tenho dúvida. Pena que nem sempre o gosto é igual a beleza. Ficaram de boutique. Agora, em relação ao sabor, só saberei quando experimentar. Só um adendo. Na double roasting, normalmente, se retira os grãos quando apenas se iniciou a fase da seca (quando eles começaram a amarelar), para depois se realizar a segunda torra. Nesse caso, eu retirei quando eles já estavam começando a bronzear, portanto, provavelmente, o resultado não será bom. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Bernardo B Postado 3 Novembro 2014 Autor Denunciar Share Postado 3 Novembro 2014 Zé Cal, possivelmente os grãos tinham densidade muito baixa ... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Bernardo B Postado 3 Novembro 2014 Autor Denunciar Share Postado 3 Novembro 2014 O Double Roasting é bem interessante para graõs muito frescos ou com alto teor de umidade. Em teoria, permitiria secar o grão sem entrar na fase de torra, e por isso que deve se aguardar 15 - 30 minutos, para que perca o calor interno. Depois nós contas como ficou a tua experiência. PS: é com estes erros que se aprendem as novidades :-) Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 4 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 4 Novembro 2014 Bernardo, Penso que os grãos não estavam muito frescos, nem com umidade superior à normal. Ainda assim, o resultado na xícara ficou bem satisfatório. O que foi uma coisa muito boa, pois detesto desperdiçar um bom café. Abraços. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 6 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 6 Novembro 2014 Como havia mencionado no qual o grão no seu moinho hoje, ontem fiz uma torra do natural do Sítio Santa Rita do Valmor que ficou muito boa. Uma pena que me atrapalhei todo na hora de salvar o log (pus para salvar uma imagem .png do log, usei um arquivo prévio para nomear acrescentando mais detalhes. Além de não salvar, pensei que já tinha salvado o log em si e, ao clicar em fechar, respondi que não queria gravar o log). Bom, de qualquer forma, o que importa aqui não é realmente o log em si (que seria bom para visualização da torra), mas o método que usei para torrar. Fazia bastante tempo que não torrava via actions. Para torrador de prova, hoje, acredito ser a melhor forma de se torrar café com o roastlogger. Até porque, qualquer correção na curva pode ser realizada em tempo real (sem ter que desativar o autoheater), sem prejudicar os demais pontos pré-definidos, coisa que não é possível fazer quando se está realizando uma torra via PID. Neste tipo de torra, uma vez retificado, o restante da torra tem que ser totalmente manual, o que não chega a ser um problema, ante a facilidade de utilização do roastlogger para controle de potência. Aprovado esse método. 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Santiago Luz Postado 7 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 7 Novembro 2014 Depois de escrever 90% do meu post, apertei ALT+BACKSPACE sem querer e perdi tudo! Tá difícil hoje. Torrei pela primeira vez o Exótico do Mário Zardo. Fiz 2 lotes. O primeiro foi bem ruim e o segundo menos pior. No primeiro lote eu me enbananei com o dimmer e acabei dando muito calor no início da torra. Aí o crack não veio! Nunca tinha acontecido isso comigo. Fui até 220ºC e nada. Parei a torra com medo de torrar demais e acabei com uma perda de 14,6%. Viajei. No segundo lote, acertei melhor a curva e o 1C veio em 8:15 com uns 210ºC. Finalizei com 10:00 em 223ºC, resultando numa perda de 15,7%. O que mais me chamou a atenção foi a temperatura mais alto necessária para atingir o 1C, se comparado ao Ravello, que estava ocorrendo por volta dos 205ºC. Enfim, ainda tenho muuuuuito a aprender. Os 3 pacotes da Has Bean que eu comprei terão que esperar um pouco mais. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 7 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 7 Novembro 2014 Santiago, Esses contratempos postandis sempre acontecem comigo. Agora há pouco, estava mandando uma MP em que queria postar links de fotos pelo celular. Toda vez que alternava as abas, o celular carregava a página de novo e eu perdia tudo o que tinha escrevido. Passei para o computador e resolvi o problema. Fiz outra torra usando as actions hoje. Dessa vez, salvei tudo direitinho e tirei foto do café torrado, que é o mundo novo natural do Sítio Santa Rita, que estará na compra colettiva. 2 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guilherme Torres Postado 13 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 13 Novembro 2014 Acabei de fazer uma torra de um mundo novo da mogiana paulista. Ficou ótima e o cheiro está de matar. Pena que terei que esperar até amanhã para provar. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
José Cal Neto Postado 17 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 17 Novembro 2014 enquanto não chegam as resistências novas, tirei a piopoqueira da caixa. Tinha muito tempo que não usava. A primeira torra foi o bourbon amarelo do Valmor. Eu deixei só 1:30 pós 1C e ficou com uma perda baixa, 13%. Espero que tenha ficado bom. Depois fiz um bob-o-link pra expresso, esse ficom em 16,6%, mas perto do que eu estava esperando. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Bernardo B Postado 17 Novembro 2014 Autor Denunciar Share Postado 17 Novembro 2014 Hoje trabalhei ... Torrei tudo mais para espresso, parece que deu certo. Foram 400gr de Mogiana do Santo Grão (grão denso) e 400gr de bob-o-link (pouco denso) comercializado pela FAF. Dois perfis diferentes, aplicando mais calor no Mogiana, porém todos levados a City +, diria que 53Ag. O mais denso (esquerda), sempre fica com coloração um pouco menos uniforme. Em fim vou poder guardar um pouco no congelador. 2 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Guest Anita Postado 17 Novembro 2014 Denunciar Share Postado 17 Novembro 2014 Muito legal, B. Tenho achado esse lance da torra fascinante. Primeiro ver o povo torrar e desenvolver perfil num Probat pro no curso do Ensei. Depois os meninos torrando no bolinha no Santa Rita nesse findi. É MUITO legal! Mas eu vou continuar sem torra, viu, Cris? Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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