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Mostrando conteúdo com maior reputação em 20-05-2019 em todas as áreas

  1. Seja bem vindo! http://forum.clubedocafe.net/forum/15-leitura-obrigatória/ http://forum.clubedocafe.net/forum/30-tutorial/ Tem muito assunto para ler aqui no fórum. Bom proveito! Primeira dica: considera seriamente abandonar o açúcar. E te prepara que o custo médio do kg de café vai pular para a faixa entre 60 a 140 reais. A boa notícia é que, para começar, já podes comprar alguns desses cafés em supermercado. Espero que sejas conquistado, e não voltes a tomar café ruim.
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  2. Com a folga forçada que a chuva me deu, aproveito pra cumprir com a promessa e relatar um pouco da minha aventura cafeeira nos moldes da aventura do @Luis Paulo. Quinta da semana passada meu pai e eu nos embrenhamos na rocinha de café que nossa família toca há 4 gerações, em Campestre, no Sul de Minas. Percorremos os diferentes talhões e com a ajuda de um refratômetro de bolso, daqueles de fazer cerveja artesanal, fomos à caça dos frutos mais doces, nos preparando pros dias seguintes. Mundo Novo que meu avô plantou em 1971 A sexta e o sábado nós passamos construindo terreiros suspensos “de bolso”, pra secagem dos diferentes futuros lotes (de bolso). Deu um trabalhinho danado. Ainda bem que meu tio Nílton, PhD em roça, estava lá pra nos dar uma mão. Construindo os mini-terreiros suspensos com a ajuda do Tio Nílton O domingo foi de folga, que sabíamos que a semana seria puxada. Segunda meu pai e eu voltamos pro cafezal e colhemos uns 20kg de Catuaí vermelho, no dedo. Separamos os boias, catamos os verdes & verdoengos, e colocamos os maduros pra fermentar, na água e com casca. Parece que o nome grã-fino disso é “fermentação semi-anaeróbica natural”. Meu pai (a.k.a. Tio Maurão) e nosso tamborzinho de fermentação Terça meu pai estava ocupado e eu fui sozinho pro cafezal. Colhi 26kg de Catuaí vermelho e descobri músculos no meu corpo que eu nem sabia que estavam lá (e que até hoje estão doendo). Todo o meu respeito e admiração pros (a)panhadores, que o trabalho deles é pesado. Esse lote eu coloquei pra fermentar também, na água e com casca, mas acrescentei umas leveduras, pra mó de poder comparar com a fermentação natural. Reidratando leveduras Na quarta voltei com meu pai pro cafezal e colhemos quase 30kg, sempre de Catuaí vermelho. Estava tão destruído da véspera que deixei o peneirão cair duas vezes. Tristeza do jeca ver aquele monte de cereja vermelhinha perdida no chão... Meu pai (à esquerda) é melhor cafeicultor que fotógrafo... Esse lote nós levamos pra um dos terreirinhos suspensos e pulverizamos com levedura. Fermentação aeróbica no lote de quarta-feira Quinta, mais uns 20kg de Catuaí vermelho, que nós colocamos pra secar sem fermentação dessa vez (em todo caso, sem fermentações intencionais). Também interrompemos a fermentação de metade do lote de segunda-feira e colocamos pra secar. Muito interessante como as cores (e os odores) mudam com a fermentação. Vamos ver como isso vai se traduzir na xícara. À esquerda o Catuaí natural, à direita o Catuaí fermentado Sexta, o tempo começou a virar e foi dia de corrida contra a chuva. Colhemos uns 20kg de Bourbon amarelo, que meu tio avô tinha plantado no final dos anos 70. Muito mais fácil de colher que o Catuaí que meu pai plantou no começo dos anos 00. Acho que a filosofia naquela época era outra, menos focada em rendimento. A chuva começou a cair e na correria colocamos o Bourbon pra secar, processamento natural, e interrompemos a fermentação de metade do lote de terça-feira (“fermentação semi-anaeróbica induzida”). Apesar do tempo de fermentação idêntico comparado ao lote de segunda, o aspecto dos frutos era bem diferente (sem contar pH e brix). Bourbon amarelo, antes da separação dos boias e catação dos verdes & verdoengos E desde então: chove chuva. Chuva na roça A chuva é tanta que não consegui ir pra roça hoje (a estrada de terra virou estrada de lama e nem a destemida Brasília VW 80’ do meu pai deu conta de subir e descer os morros). Os primeiros lotes ficaram lá, sem supervisão, sob lona e sem remexer, e metade dos lotes de segunda e terça continuam fermentando nos tambores (os níveis de pH devem estar perigosamente baixos a essa altura). Aguardemos e confiemos, mas devo confessar que estou um pouco preocupado com o futuro dos experimentos. Todo o meu respeito ao verdadeiro cafeicultor, que deve passar perrengues desses continuamente – e em escala muito maior. Será que os terreirinhos e o café aguentam a chuvarada? Se alguém no fórum conhecer uma dança da chuva às avessas e puder bailar na direção aqui do Campestre, meu pai e eu agradecemos To be continued...
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