Ir para conteúdo

Ranking

Conteúdo Popular

Mostrando conteúdo com maior reputação em 27-07-2019 em todas as áreas

  1. Pessoal, Vou iniciar no mundo da torra caseira com o famoso forninho do Beto-o (o Brother's Coffee Roaster PRO). Fui atrás de material sobre torra, e vi que existe uma série de vídeos produzidos pela Mill City Roasters, chamada de Roaster School Online. Ali eles explicam vários aspectos da torra de café. Fiz anotações pessoais à medida que ia vendo os vídeos. E depois tive a idéia de colocar as anotações aqui. Podem servir tanto pra membros que não falam inglês como pra quem quer ter uma ideia do que se fala no vídeo sem ter que "perder tempo" vendo todo o vídeo (eles são longos, cerca de 40-50m cada) para no fim descobrir que já sabia aquilo ou que o assunto não o interessava. À medida que for vendo os vídeos vou colocando as anotações aqui. Pode também ser um ponto de partida para discussões a respeito das afirmações do que o autor dos videos argumenta. Não procurei o perfeccionismo (inimigo das realizações, pois se você busca a perfeição muitas vezes acaba nunca fazendo as coisas), assim, podem existir erros nas minhas anotações. Mas procurei fazer o meu melhor. Sem mais delongas, vamos começar. Roaster School Online Ep #1 - Turning point - Sempre pré aquecer o forno - Turning point é o ponto onde, no sensor de temperatura, a temperatura deixa de cair e começa a subir novamente - Lembrando que o turning point em verdade é uma ilusão. O grão de café não esquenta, esfria e depois esquenta de novo. Ele começa em temperatura ambiente e de lá só vai esquentando. A curva ocorre porque o sensor inicialmente está quente na temperatura do seu forno (por ex. 220o), depois "cai" pra temperatura ambiente (dos grãos de café) pra ir aquecendo novamente. Mas os grãos em si nessa etapa sempre vão aquecendo. - Enquanto estiver se adaptando ao seu forno ou a um tipo de café específico, procurar sempre manter a mesma quantidade de café nos batches, para facilitar os experimentos, a comparação e a repetibilidade. Da mesma forma para a temperatura inicial. Quanto maior o número de variáveis fixas, mais fácil vai ser fazer os ajustes nas curvas de torra para conseguir repetir um batch que você gostou. Se você começar com a temperatura inicial diferente e quantidade de café diferente, estará mudando muitas variáveis e, não conhecendo o seu forno, fica mais difícil de replicar uma torra. - A temperatura do probe não necessariamente é a temperatura do tambor. - Café pode ser mais denso (turning point na frente) ou menos denso (turning point mais rápido) - Se o turnaround for muito sharp (curva muito fechada), isso me indica que o café reage forte ao calor, então devo reduzir um pouco a temperatura. Se a curva for muito aberta, então talvez deva aumentar a temperatura. - Procurar torrar sempre 80% da capacidade do seu torrador - No final, "apesar" de toda teoria, o mais importate é: O café te deixa feliz? Falam em 12 minutos de torra, isso, aquilo... se você mudar essas variáveis e no final o café te deixar feliz, esse é o principal parâmetro. Não adianta fazer tudo conforme a teoria e o café ficar ruim pra você (ou pro seu público alvo). A alegria ao beber o café tem prioridade máxima acima de todas as variáveis e teorias.
    5 points
  2. Roaster School Online Ep #4: Beyond First Crack (após o primeiro crack): - Café "Nostálgico" que tem gosto de café e nada mais - geralmente são torrados após o segundo crack e além. Após isso, basicamente todos os cafés têm o mesmo gosto. - Geralmente não se deve torrar cafés especiais até o 2o crack. Voce estará queimando todas aquelas características únicas e "homogeneizando" o café - Charring (carbonização): Você começa a queimar os componentes que obteve na reação de Maillard. Se obtém sabores a partir disso também (como, por exemplo, quando se sela uma carne na frigideira - aquela crosta tem um sabor). - É um sabor amargo, que geralmente independe do que está sendo queimado. No fim tudo vira carbono, então milho queimado, carne queimada, café queimado, tudo terá o mesmo sabor. Por outro lado, pode-se desejar acrescentar um pouco desse sabor à complexidade do café. - Se for pra chegar no 2nd crack, uma opção é fazer isso muito rápido. Aí você queima a parte de fora do grão, mas preserva o interior (e assim as características peculiares daquele café). Isso permite que se tenha um pouco dos dois mundos, caso assim se deseje: As características únicas daquele café junto com a característica do café "nostálgico". - Se um café tiver defeitos, ou estiver muito velho, você pode literalmente queimar os componentes indesejados nessa fase - Após o segundo crack, as reações são mais rápidas, 10 segundos podem fazer diferença (já 10 segundos após o primeiro crack não dá tanta diferença assim). - Segundo o autor, Pirólise, carbonização e destilação seca são coisas que não ocorrem no café. No interior de um vulcão sim. - Quando vai se aproximando do segundo crack, a estrutura celular do grão em si começa a se decompor - Se perceber uns pequenos discos voando dos grãos, deixando uma "cratera" no grão, é sinal que o forno está muito quente nesse 2nd crack. Deve-se reduzir o fogo. Isso inclusive é considerado um defeito pela SCA - O café torrado após o 2o crack normalmente é oleoso, brilhoso até. De onde vem esse óleo? Após o 1o crack, o grão começa a ficar mais poroso. As reações ocorreram e existem moléculas gordurosas que agora podem sair por esses poros. Esse óleo estraga muito rápido - em cerca de 30s o óleo já fica rançoso - Regra geral: Tirar o café de 01:30 a 2:00 após o 1o crack. Claro que isso pode variar de grão em grão, etc, mas só pra ter uma referência. Obs.: Para grãos brasileiros processados naturalmente, talvez menos tempo que isso. O cupping que vai dizer. Ex: 1:00 após o primeiro crack. - Para o expresso, geralmente se diminui o calor após o 1o crack, para desacelerar e permitir sair um pouco da acidez e ganhar um pouco de doçura.
    4 points
  3. Pessoal, desculpem o mix de português e inglês nas anotações. Na maior parte tentei deixar em português, mas às vezes escapa um inglês no meio da coisa, hehe. Roaster School Online - Ep #3 - First Crack - Após o amarelamento, as etapas seguintes são conhecidas como: Browning / First Crack / Development - Etapa Endotérmica: Do início até os grãos ficarem amarelos - Etapa Exotérmica: A partir do yellow -> Browning -> First Crack em diante - Ao torrar o café são criadas mais de 800 substâncias aromáticas. Por exemplo, cada uma dessas são categorias inteiras de compostos voláteis criados ao torrar o café: Cetonas (cheiro de açúcar mascavo) Furanos (cheiros doces) Aldeídos Ésteres Fenólicos Terpenóides Tióis - ATP, Celulose, etc, são moléculas grandes, que vão sendo quebradas com a torra nas centenas de moléculas menores que em conjunto formarão as características do café - A forma como a curva se expressa após o amarelamento não significa que a torra deu errado. Às vezes uma curva aberta é necessária para gerar mais de um determinado componente, por exemplo, o sabor é o predominante. - Nessa etapa que ocorrem as Reações de Maillard (ele põe no plural pois são várias reações mesmo): Degradação de strecker -> Caramelização (desidratação do açúcar a partir do calor) - São centenas e centenas de reações - A Hidrólise, reações de biossíntese, e celulose -> celobiose -> glicose não ocorre na etapa de browning, mas apenas na fase de Drying - Segundo o autor, não adianta ficar mais tempo na Maillard reaction tentando deixar o café mais doce, por exemplo, isso é um mito. O conteúdo de açúcar ao final, no café torrado, é mínimo. A glicose é uma molécula muito gráfil e se vai em segundos. O que achamos que é o açúcar é em verdade a percepção de doçura, não necessariamente doçura em si. - Polissacarídeos -> sacarificação -> Oligossacarídeos - Existem de 200 a 300 compostos voláteis no grão verde em si - H2O e CO2 são liberados do açúcar, bem como vários compostos aromáticos -> First Crack - Ao invés de Browning -> First Crack -> Development, ele preferiria chamar de Pré First Crack -> First Crack -> Pós First Crack. Isso porque o escurecimento (Browning) ocorre por todo o período, assim como o desenvolvimento do grão. Não é porque ocorreu o primeiro crack que o grão deixou de escurecer. Mas isso é o que se convencionou e é o que se usa. - Se a secagem não for bem feita (sobrar água), isso atrapalha a Maillard Reaction. Não ocorre caramelização, etc. Então a secagem não pode ser rápida demais. - O ideal nas torras: Anotar (gravar as temperaturas e tempos), ver a curva como ficou, provar. Medir, ver quando ocorrem as principais mudanças (turning point, amarelamento, primeiro crack, etc). Se Não medir, não terás como repetir aquele café que ficou delicioso da outra vez. - A água conduz calor. Durante a fase da secagem, essa água ajuda a levar o calor pra dentro dos grãos.
    4 points
  4. Roaster School Online Ep #2- Drying/Yellowing - Drying (secagem) / Yellowing ("amarelamento") - Durante essa etapa a cor do café vai se transformando, de verde para amarelado - O cheiro muda - É uma reação endotérmica, ou seja, que absorve energia - Durante essa etapa, o grão vai absorvendo calor e liberando umidade. A água evapora. Por isso a superfície do grão esfria, enquanto o interior do grão vai acumulando calor - É uma reação primordialmente física (não tanto química - a química ocorrerá na próxima etapa, o browning ("escurecimento")) - Ele recomenda medir a cada 30s a temperatura, e anotar (pra facilitar reproduzir o batch depois, caso se goste do resultado na xícara). De um em um minuto é muito pouco, pois a maioria das torras vai se situar em 12-15 minutos, então se anotarmos a cada minuto teremos apenas 12-15 anotações). Você pode colocar essas informações numa tabela ou fazer um simples gráfico, de temperatura no eixo Y e tempo em minutos no eixo X. - O tempo de amarelamento, para um mesmo grão, varia dependendo do tipo de torrador - Quando o grão já está amarelo é sinal que as reações químicas podem iniciar - Café verde tem odor de grama, de pimenta verde - Depois esse cheiro muda pra alfafa, aveia, um cheiro de grama "seca". Depois pra panqueca, waffle, pão (cheiros de carboidratos). - O tempo que demora pra passar do estágio "grão verde" pra "grão amarelo" não altera o sabor. Mas se for muito rápido, é sinal que a fase de browning (escurecimento) será muito rápita também, e aí sim isso influenciará. - Meta: De 4 a 6 minutos para chegar no amarelo - Café verde: De 10,5% a 11,5% de umidade. Após a secagem: De 0,5% a 1,5% de umidade. Após o fim da torra: Cerca de 0,5% de umidade - A densidade do café interfere nas curvas de torra. Para medir a densidade do café é fácil: Basta colocar o mesmo peso (por ex. 300g) de dois cafés diferentes dentro de um vidro cilíndrico (por ex. um copo de becker), e ver a altura em Cm. Dados dois cafés, o que pesar o mesmo e ocupar menos volume é o mais denso. - Na opinião do autor, pela sua experiência, a umidade (do ar) não interfere tanto (quase nada) no resultado final.
    4 points
  5. Oi Pessoal, À medida que se vai pesquisando sobre café, de vez em quando nos deparamos com um material muito bom que resume um assunto em um único local. Além disso, existem algumas padronizações que foram criadas (como a roda de sabores, escala Agtron e formulário de cupping da SCAA) que permitem que todos falem a mesma língua e tenham uma referência - citando um número por exemplo, comparado a uma escala de cores, ao invés de "Full City" que pode ser muito mais subjetivo. Assim, no intuito de facilitar a todos - iniciantes e iniciados - o acesso a esse material, resolvi criar um tópico pra que coloquemos os materiais de referência que acreditemos que agregam valor e facilitem nossa experiência de provar café e debater sobre o assunto. E até mesmo - por que não - de decorar os nossos "Cantinhos do café"! Sempre que possível é bom postar o link direto para o arquivo, pra facilitar o acesso. Se tiver interesse de mais informações, basta procurar o nome da referência no google e você encontrará um artigo com mais informações a respeito. Agradeço a Gustavo Lima e ao Luís Paulo Mendonça a me ajudarem a encontrar parte desse material! Nesse primeiro post coloco os últimos materiais aos quais tive acesso. Organizado por Nome - Origem - Descrição - Link INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE CAFÉ: Coffee Family Tree V4 - Coffe Imports - "Árvore Genealógica" do café, mostrando as principais variedades, de qual família derivam, um pouco da história do café, etc. https://www.dropbox.com/s/8cddue46m3lpzvu/Cafe_Imports_Coffee_Family_Tree_digital_file.pdf?dl=0 Mapa "Origens de café no Brasil" 2019 - BSCA - Cita as principais regiões produtoras de café no Brasil e as espécies produzidas http://bsca.com.br/assets/Geral/mapa-regioes-2019.png Escala Agtron - Agtron/SCAA - Existe uma solução completa de avaliação de ponto de torra de café, com hardware específico para tanto, desenvolvido pela SCAA em parceria com a Agtron. Além disso existe uma versão simplificada com discos impressos de várias cores para facilitar a categorização. Essa imagem foi feita pelo nosso colega Luís Paulo Mendonça, baseada nos discos, para quem quiser imprimir e ter uma base. Claro que pode mudar um pouco a tonalidade dependendo da impressora, papel, etc, mas serve como referencial. https://www.dropbox.com/s/v9ukr32jze8c1df/Conversão Agtron - Lab.tiff?dl=0 DEGUSTANDO/PROVANDO CAFÉ: Roda de Sabores do Provador de Café - SCA - Essencial para todo mundo que quer provar o café e fazer anotações a respeito dos sabores e aromas. Ajuda a ver o que esperar do café e desenvolver o paladar e o olfato. Aqui tem um artigo legal explicando como a roda funciona e um pouco de sua história: https://www.graogourmet.com/blog/roda-de-sabores-do-cafe/ (Inglês) https://atlanticspecialtycoffee.com/wp-content/uploads/SCA_TasterWheel_English_8.5x11.pdf (Português) https://www.dropbox.com/s/b4q78sx6ad7cxa9/SCA_TasterWheel_Portuguese_8.5x11-Secured.pdf?dl=0 Formulário de Cupping da SCAA - Para analisar diferentes amostras de café, e/ou do mesmo café com perfis de torra diferentes (Inglês) https://www.dropbox.com/s/yjoqjc2webvq4c7/scaa-cupping-form.pdf?dl=0 (Português) (Versão disponibilizada pela Buenavista café) http://buenavistacafe.com.br/downloads/Formulário Cupping SCAA.pdf Protocolo de cupping SCAA - Padronização de como deve ser o cupping (Inglês) https://www.scaa.org/PDF/resources/cupping-protocols.pdf (Português) http://coffeetraveler.net/wp-content/files/901-SCAA_CuppingProtocols_TSC_DocV_RevDec08_Portuguese.pdf Se tiverem versões melhores dos documentos citados fiquem à vontade. Também podem adicionar outros que acharem interessantes!
    2 points
  6. @Erich, eu não diria que ele não consegue moer pra French press. Tenho ele aqui, faço também French Press e já tomei ótimos cafés! É que, num mundo ideal, tu terias um moinho pra expresso e outro pra coado/French (mós de aço). Com o aço não ocorre de sobrar um ou outro pozinho fino de café que atrapalha o sabor acrescentando um pouco de amargor. Mas isso não é a regra (ou seja, o resultado moído fica cheio de pó), é a exceção (aparece um e outro pozinho no meio). Mas tá longe de dizer que “não da pra fazer pra French”. Eu calibrei ele de forma que uso pra expresso no 1L geralmente. Pra French coloco no máximo tudo pra baixo. Funciona. É perfeito? Não. Mas é agradável ao paladar Sent from my iPhone using Tapatalk
    1 point
  7. Obrigado Gustavo pela bela e enorme contribuição!!! O mundo precisa de mais pessoas como vc. Gratidão
    1 point
  8. Gustavo, só quero dizer uma coisa. Fantástico!!! Muito obrigado, vou assistir tudo e ler tudo.
    1 point
  9. @mrcoffeafox: Já havia dado uma olhada nisso. A licença da roda da SCA é "Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License"(fonte: https://sca.coffee/research/coffee-tasters-flavor-wheel). Essa licença permite compartilhar ("You are free to: Share — copy and redistribute the material in any medium or format") desde que nao se cobre por isso, entre outras coisas (A licença está aqui https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
    1 point
  10. Gustavo, só temos muito a agradecer por essa contribuição ímpar. Já vi várias vezes esses vídeos e com certeza suas anotações valem ouro para recapitular as informações. Ficou muito bom mesmo. Meus parabéns!!!! Enviado de meu SM-G975F usando o Tapatalk
    1 point
  11. Esse café do Michael é beemm bom, viu... Yummy... Uma pena já ter acabado... Enviado de meu MI 8 Lite usando o Tapatalk
    1 point
  12. Ótima iniciativa. Vai o link para a roda de sabores e defeitos da Counterculture, mais abrangente que da SCA: https://counterculturecoffee.com/wp-content/uploads/2017/02/Tasters_Flavor_Wheel_Faults_11x17_2017_flat-1.pdf Por falar nisso, o acesso à roda da SCA está aberto? Costumava ser um documento com direitos reservados e acesso pago...
    1 point
  13. 1 point
  14. Parabéns ajudará muito ao pessoal que está iniciando nas torras
    1 point
  15. Legal ver a terrinha (Espera Feliz) representada aqui. O Eduardo é uma simpatia.
    1 point
  16. Hoje foi dia de receber essa maravilhosidade do Eduardo da kaffa. Ultra fresco! Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
    1 point
  17. Aqui a Faemina restaurada pelo Márcio no seu novo habitat. Ela e o novo usuário estão bastante felizes e já tirarmos uns espressos bem bons. O forte dela são claramente torras mais claras e com um Fellini consigo extrações 15g in / 30g out que são bem gostosas, incl. bem mais redondas e suaves do que na minha Bezzera E61.
    1 point
  18. Eu penso que a transição de café de cápsulas para café moído em casa e expresso não é o caso de aprender tudo de repente. Uma mudança de comportamento radical. No mínimo, pelo tempo e trabalho envolvidos na extração da xícara. Eu sei que nunca fiz um expresso de verdade. Mas meus cafés são melhores que antigamente. Quando eu puder investir em equipamento sério poderei me exibir. Enquanto isso, tento não afugentar quem eu posso atrair.
    1 point
  19. Pra comecar ta otimo! Não vejo necessidade de investir em coisa manual se vc quer praticidade. Com o tempo vc verá necessidade de ir melhorando seu equipamento e tambem seu cafe, ai é hora de troca-lo
    1 point
  20. @maciel, não desanima. Aqui muitos temos momentos inspirados, caridosos, arrogantes, e outras sutilezas de comportamento humano. O importante é o bem estar. Antes de estar muito bem preparado, ninguém deve investir demasiado na "corrida armamentista". É certo que certos equipamentos são piores que outros - mas também são melhores que nada. A gente vai aprendendo, gostando, e seguindo em frente. Decidindo quanto tempo ficar em cada etapa, e quando é o momento para tentar outra coisa, para trocar ou aumentar o repertório. Eu usei moedor de lâminas por alguns anos. Experimentei por um mês um moedor manual de mós cerâmicas, porém achei-o muito lento e frágil (estragou em menos de 30 dias de uso). Há seis meses uso um Mimoso, pois preferi comprar um manual relativamente rápido, de desempenho razoável, antes de partir para um elétrico que realmente me agradasse. Foi indicação de um dono de cafeteria, e também baseei-me em comentários aqui no fórum. Deixei de gastar mais de mil reais, em um momento da minha vida no qual tenho várias outras necessidades para lidar. Foi uma escolha estratégica, digamos assim. Solidarizo-me com as pessoas que, iniciando uma busca por melhores experiências com cafés especiais, no início desejam algo simples e pouco trabalhoso. O estilo de vida de quem trabalha parece levar a pretender ter os momentos de prazer facilitados. Entretanto, como gaúcho, estou bem acostumado com o ritual do chimarrão. Esquentar a água sem deixar ferver, enquanto isso preparar a cuia com a erva, inchar a erva com água aquecida porém ainda não no ponto, colocar corretamente a bomba, verter a água sem desmanchar o "morro"... E manter essa experiência em andamento, compartilhando ou não o mate. Sair de casa com a térmica debaixo do braço e cuia pronta na mão, ou de mateira e tomando o mate no caminho. Acaba ficando natural ligar a máquina de expresso para aquecer, dosar, pesando ou não, a quantidade de grãos para moer na hora, moer, ajeitar no filtro, compactar o pó, acompanhar a extração, etc. antes de desfrutar de uma xícara deliciosa. A busca pela xícara perfeita dá trabalho, mas traz satisfação e uma sensação de realização.
    1 point
×
×
  • Criar Novo...