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Mostrando conteúdo com maior reputação em 09-08-2019 em todas as áreas

  1. Acabei chegando nesse tópico por acaso através do google e peço perdão por ressuscitá-lo, mas quero contribuir com as minhas experiências na área. Eu hoje trabalho como barista em uma das cafeterias mais badaladas de Salvador, que é a Coffeetown (é franquia e acho que a matriz é em SP), e a profissão de barista é ainda muito desvalorizada e mal-nivelada, principalmente no contexto em que eu estou inserido que é a "cena" do café soteropolitano. Apesar da Coffeetown ser a cafeteria do momento (tem menos de 2 anos de funcionamento, está situada em um dos locais mais nobres da cidade e recebe um público imenso, recebeu prêmios pelo projeto arquitetônico e indicações pelos cafés/comidas), os baristas da casa não são necessariamente baristas, alguns sequer sabem vaporizar leite, mas deixa eu explicar melhor: Aqui em Salvador, na quase totalidade das cafeterias, você não vai ter baristas de fato trabalhando; cafeterias muito bem localizadas, algumas até com certo nome, não vão servir sequer um café razoável; a nível de exemplo, o cappuccino servido na cafeteria que funciona dentro de um dos espaços culturais mais famosos e frequentados daqui, que é o Cine Glauber Rocha, é um pózinho misturado com leite e vaporizado. Isso se repete em quase todas as cafeterias e é por isso que o circuito do café pra quem realmente gosta acaba se resumindo em poucas cafeterias, sendo as mais famosas a Feito a Grão, Coffeetown, Ravel Café e Latitude 13. Nessas cafeterias o grão vai ser de um café especial, o cappuccino vai ser feito com café e leite vaporizado, você vai ter filtrados e etc. Mas isso também não significa que os profissionais trabalhando são baristas. Voltando pra a Coffeetown, hoje há 4 baristas trabalhando na casa, desses, apenas 2 são baristas, os outros 2 foram colocados na função apenas como quebra-galho: um deles trabalhava como caixa, aprendeu a mexer na máquina e foi colocado na função de barista, o outro se candidatou pra a vaga de cozinheiro, nunca tinha tocado numa máquina de café na vida mas ficou na função de barista "provisoriamente" até ser realocado pra a cozinha e está lá até hoje. Claro que trabalhando como baristas eles poderiam ter aprendido e se tornado excelentes profissionais, visto que a repetição exaustiva é mais que suficiente pra que uma pessoa interessada aprenda pelo menos a técnica que um barista tem que ter, mas eles sequer gostam de café e, portanto, nem tem o interesse genuíno de aprender. O resultado disso é que, na prática, eles não possuem nem a técnica e nem o estudo. Dependendo de quem preparar a sua bebida, você pode ter um café bem feito ou um café mal feito. O público, porém, não se importa. É raro alguém reclamar da qualidade do café, até porque tá todo mundo acostumado com as cafeterias que servem aquele pózinho com leite dizendo que é cappuccino. Sobre os cursos de barista, de fato costumam ser bem rasos e não formam barista nenhum. Como o próprio mercado é assim desregulado e aceita qualquer um, nem faz sentido que eles sejam mais do que isso. Quando eu terminei meu curso (que foi dado por uma mestre de torra), eu não sabia nada. Tudo o que eu aprendi foi através da minha experiência trabalhando e repetindo exaustivamente e também através de muita pesquisa na internet, vídeos no youtube, livros e contato com outros baristas. Aqui no fórum inclusive aprendi muita coisa. É possível que muitos de vocês sejam capazes de preparar um café melhor do que a maioria dos baristas em atividade nas cafeterias hoje, MAS aí entra uma outra coisa: não é pq você consegue tirar um espresso bonzão em casa que você é barista, talvez o maior desafio do barista seja encarar um movimento de casa cheia preparando dezenas de bebidas diferentes além de todas as outras funções que um barista exerce no bar. Preparar um café em casa com toda a tranquilidade do mundo é uma coisa, preparar um café numa cafeteria cheia com uma caralhada de comandas acumuladas, mano, vão por mim, é sinistro. Me lembro do meu primeiro domingo (dia que a casa lota) trabalhando, eu entrei em desespero. Então, dando o meu pitaco a respeito do questionamento do tópico. A galera que trabalha na cafeteria "x" é barista? Sim e não. Quer dizer, se eles tão ali na função trampando de barista, cê tem que ser muito babaca pra dizer "manjo mais de café que ele, logo ele não é barista". Se hoje, no atual contexto, o que é exigido da profissão não é a excelência no preparo dos cafés, a culpa não é deles. Eu acho que a profissão é extremamente desvalorizada, acho que na maioria dos locais os profissionais não recebem o treinamento devido e tampouco se interessam na própria formação, mas cê vai dizer pra alguém que trabalha há anos na área que ele não é barista? Não seja cuzão. Dito isso: é bem capaz que aquele profissional ali seja mal-treinado e não tenha formação, o mercado não exige profissionais competentes e não remunera aqueles que se especializam, então por que eles vão buscar especialização?
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  2. Boa tarde amigo, sobre as opções, as 3 são excelentes, mas pelo custo benefício eu iria na Cimbali, sem titubear.
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  3. Urra Felipe, quanta coisa boa esses dias! Já lhe falei que só não tenho pelo menos uma dessas máquinas mais antigas apenas por questão de espaço. Mas a vontade é grande de ter uma antigona que desempenha (claro né, se não funciona não dá ). Mesmo assim, é legal ficar vendo (e babando!) todo o processo de transformação de sucata para boa máquina.
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  4. Comprei na Polônia e acabo de receber a presse. Fiz um café e adorei o resultado. Pra viajantes é simplesmente perfeito. Enviado de meu XT1635-02 usando o Tapatalk
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  5. Nacket não conheço algum com encaixe da Eletrolux, pode comprar um normal e cortar. Tamper tem que ser com a base de aço, o original é só para alisar o café. Tamper 51mm Mercado Livre Tamper 51mm AliExpress
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  6. Hoje visitei a que até agora foi a cafeteria que mais gostei (indicação da Revista Espresso). Falo da Full City Coffee House, cafés bem extraídos e com vários métodos disponíveis. Os profissionais da casa muito atenciosos e os grãos colombianos com bons perfis de torra, tanto para Espresso como para coados, variando da doçura do chocolate até a acidez de alguns bons cafés frutados. O melhor cappuccino que tomei em Buenos Aires com a textura e a doçura que gosto. Se existe algum ponto negativo, que assim eu possa dizer, trata-se do fato de trabalharem exclusivamente com grãos colombianos e mais de nenhuma outra origem. No mais, ainda tive direito a uns quatro espressos grátis para degustação e o serviço de mesa nota 10.
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  7. Top demais Murilo Obrigado por compartilhar
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  8. Visitei também a cafeteria “The Coffee Store”, uma franquia mundial de cafés que me surpreendeu, além de uma diversidade enorme de cafés, os espressos bem tirados e com destaque para o grão da Guatemala que achei excelente. O ponto negativo é que não serviam filtrados. Em Buenos Aires, visitei novamente uma loja da franquia na Av. Santa Fé 3776, Palermo, e, além de também não torrarem o café no local, não sabiam a data das torras nem onde eram torrados. Os cafés já não achei tão bons quanto os da franquia de Bariloche.
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  9. Reacendendo o tópico, estive no Café Registrado que fica no bairro de Palermo e gostei bastante da cafeteria. A sócia, Maria Esther, é uma venezuelana muito simpática e o local possui uma boa diversidade de grãos (El Salvador, Quênia, Etiópia, Ruanda e Brasil, entre outros). Fomos convidados para um cupping de chá que estava ocorrendo no momento da nossa visita e ganhamos alguns Espresso de cortesia.
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