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Mostrando conteúdo com maior reputação em 10-04-2020 em todas as áreas

  1. Pessoal, Vou iniciar no mundo da torra caseira com o famoso forninho do Beto-o (o Brother's Coffee Roaster PRO). Fui atrás de material sobre torra, e vi que existe uma série de vídeos produzidos pela Mill City Roasters, chamada de Roaster School Online. Ali eles explicam vários aspectos da torra de café. Fiz anotações pessoais à medida que ia vendo os vídeos. E depois tive a idéia de colocar as anotações aqui. Podem servir tanto pra membros que não falam inglês como pra quem quer ter uma ideia do que se fala no vídeo sem ter que "perder tempo" vendo todo o vídeo (eles são longos, cerca de 40-50m cada) para no fim descobrir que já sabia aquilo ou que o assunto não o interessava. À medida que for vendo os vídeos vou colocando as anotações aqui. Pode também ser um ponto de partida para discussões a respeito das afirmações do que o autor dos videos argumenta. Não procurei o perfeccionismo (inimigo das realizações, pois se você busca a perfeição muitas vezes acaba nunca fazendo as coisas), assim, podem existir erros nas minhas anotações. Mas procurei fazer o meu melhor. Sem mais delongas, vamos começar. Roaster School Online Ep #1 - Turning point - Sempre pré aquecer o forno - Turning point é o ponto onde, no sensor de temperatura, a temperatura deixa de cair e começa a subir novamente - Lembrando que o turning point em verdade é uma ilusão. O grão de café não esquenta, esfria e depois esquenta de novo. Ele começa em temperatura ambiente e de lá só vai esquentando. A curva ocorre porque o sensor inicialmente está quente na temperatura do seu forno (por ex. 220o), depois "cai" pra temperatura ambiente (dos grãos de café) pra ir aquecendo novamente. Mas os grãos em si nessa etapa sempre vão aquecendo. - Enquanto estiver se adaptando ao seu forno ou a um tipo de café específico, procurar sempre manter a mesma quantidade de café nos batches, para facilitar os experimentos, a comparação e a repetibilidade. Da mesma forma para a temperatura inicial. Quanto maior o número de variáveis fixas, mais fácil vai ser fazer os ajustes nas curvas de torra para conseguir repetir um batch que você gostou. Se você começar com a temperatura inicial diferente e quantidade de café diferente, estará mudando muitas variáveis e, não conhecendo o seu forno, fica mais difícil de replicar uma torra. - A temperatura do probe não necessariamente é a temperatura do tambor. - Café pode ser mais denso (turning point na frente) ou menos denso (turning point mais rápido) - Se o turnaround for muito sharp (curva muito fechada), isso me indica que o café reage forte ao calor, então devo reduzir um pouco a temperatura. Se a curva for muito aberta, então talvez deva aumentar a temperatura. - Procurar torrar sempre 80% da capacidade do seu torrador - No final, "apesar" de toda teoria, o mais importate é: O café te deixa feliz? Falam em 12 minutos de torra, isso, aquilo... se você mudar essas variáveis e no final o café te deixar feliz, esse é o principal parâmetro. Não adianta fazer tudo conforme a teoria e o café ficar ruim pra você (ou pro seu público alvo). A alegria ao beber o café tem prioridade máxima acima de todas as variáveis e teorias.
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  2. Máquina totalmente restaurada em março/2020. Descalcificada, todas as vedações trocadas, carcaça polida, 2 portafiltro cromados como se fossem novos, filtros simples e duplo novos, OPV instalada e regulada em 9bar. É pegar e usar! R$1700,00 Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
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  3. Bom dia a todos, Tenho uma cafeteria em Sorocaba, desde setembro de 2018, nova ainda. Trabalhamos com uma máquina alugada, gaggia anima e comprei uma Oster PrimaLatte, para aerar o leite, e estou estudando a possibilidade de atuar com uma máquina que possibilite fornecer um café de maior qualidade. Apareceu uma oportunidade, uma Tramontina Breville com moedor, más não sei se seria uma máquina adequada a minha necessidade. Alguém poderia me orientar a respeito? Agradeço desde já. Amilcar
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  4. Não utilizava cafiza. Mas fazia com periodicidade o backflush com o produto da breville, aquele detergente em pó próprio dela. Também fazia a descalcificação usando 50/50 água e vinagre.
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  5. @tavao não tenho mais a máquina, mas usei por uns 8 meses. É uma máquina muito boa. Os acessórios que comprei foram: distribuidor, tamper ( o tamper original é uma merda ) e um anel dosador para usar no moinho. Em posts anteriores tem o link do aliexpress onde comprei esses acessórios. Inicialmente usava um moedor manual Hario Skerton e depois fui para o moedor Breville e esse fez muita diferença. Isso partindo do princípio que você esta sempre usando café fresco. Sobre a dosagem, eu usava 18g e o tempo de extração entre 20 e 30 segundos para um espresso duplo.
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  6. Limite parece que aumentou pra 1000 dólares. Paga-se 50% do que passar esse valor. Provavelmente terá que despachar o equipamento como a segunda bagagem. Peso limite etc pode ser que mude quando voltarmos a ter turismo - que voltar ao "normal", não vai...
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  7. Torra de hoje! 150g de café verde da Simone que resultou em 125 g dele torrado. Difícil vai ser esperar........
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  8. Roaster School Online Ep #4: Beyond First Crack (após o primeiro crack): - Café "Nostálgico" que tem gosto de café e nada mais - geralmente são torrados após o segundo crack e além. Após isso, basicamente todos os cafés têm o mesmo gosto. - Geralmente não se deve torrar cafés especiais até o 2o crack. Voce estará queimando todas aquelas características únicas e "homogeneizando" o café - Charring (carbonização): Você começa a queimar os componentes que obteve na reação de Maillard. Se obtém sabores a partir disso também (como, por exemplo, quando se sela uma carne na frigideira - aquela crosta tem um sabor). - É um sabor amargo, que geralmente independe do que está sendo queimado. No fim tudo vira carbono, então milho queimado, carne queimada, café queimado, tudo terá o mesmo sabor. Por outro lado, pode-se desejar acrescentar um pouco desse sabor à complexidade do café. - Se for pra chegar no 2nd crack, uma opção é fazer isso muito rápido. Aí você queima a parte de fora do grão, mas preserva o interior (e assim as características peculiares daquele café). Isso permite que se tenha um pouco dos dois mundos, caso assim se deseje: As características únicas daquele café junto com a característica do café "nostálgico". - Se um café tiver defeitos, ou estiver muito velho, você pode literalmente queimar os componentes indesejados nessa fase - Após o segundo crack, as reações são mais rápidas, 10 segundos podem fazer diferença (já 10 segundos após o primeiro crack não dá tanta diferença assim). - Segundo o autor, Pirólise, carbonização e destilação seca são coisas que não ocorrem no café. No interior de um vulcão sim. - Quando vai se aproximando do segundo crack, a estrutura celular do grão em si começa a se decompor - Se perceber uns pequenos discos voando dos grãos, deixando uma "cratera" no grão, é sinal que o forno está muito quente nesse 2nd crack. Deve-se reduzir o fogo. Isso inclusive é considerado um defeito pela SCA - O café torrado após o 2o crack normalmente é oleoso, brilhoso até. De onde vem esse óleo? Após o 1o crack, o grão começa a ficar mais poroso. As reações ocorreram e existem moléculas gordurosas que agora podem sair por esses poros. Esse óleo estraga muito rápido - em cerca de 30s o óleo já fica rançoso - Regra geral: Tirar o café de 01:30 a 2:00 após o 1o crack. Claro que isso pode variar de grão em grão, etc, mas só pra ter uma referência. Obs.: Para grãos brasileiros processados naturalmente, talvez menos tempo que isso. O cupping que vai dizer. Ex: 1:00 após o primeiro crack. - Para o expresso, geralmente se diminui o calor após o 1o crack, para desacelerar e permitir sair um pouco da acidez e ganhar um pouco de doçura.
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  9. Pessoal, desculpem o mix de português e inglês nas anotações. Na maior parte tentei deixar em português, mas às vezes escapa um inglês no meio da coisa, hehe. Roaster School Online - Ep #3 - First Crack - Após o amarelamento, as etapas seguintes são conhecidas como: Browning / First Crack / Development - Etapa Endotérmica: Do início até os grãos ficarem amarelos - Etapa Exotérmica: A partir do yellow -> Browning -> First Crack em diante - Ao torrar o café são criadas mais de 800 substâncias aromáticas. Por exemplo, cada uma dessas são categorias inteiras de compostos voláteis criados ao torrar o café: Cetonas (cheiro de açúcar mascavo) Furanos (cheiros doces) Aldeídos Ésteres Fenólicos Terpenóides Tióis - ATP, Celulose, etc, são moléculas grandes, que vão sendo quebradas com a torra nas centenas de moléculas menores que em conjunto formarão as características do café - A forma como a curva se expressa após o amarelamento não significa que a torra deu errado. Às vezes uma curva aberta é necessária para gerar mais de um determinado componente, por exemplo, o sabor é o predominante. - Nessa etapa que ocorrem as Reações de Maillard (ele põe no plural pois são várias reações mesmo): Degradação de strecker -> Caramelização (desidratação do açúcar a partir do calor) - São centenas e centenas de reações - A Hidrólise, reações de biossíntese, e celulose -> celobiose -> glicose não ocorre na etapa de browning, mas apenas na fase de Drying - Segundo o autor, não adianta ficar mais tempo na Maillard reaction tentando deixar o café mais doce, por exemplo, isso é um mito. O conteúdo de açúcar ao final, no café torrado, é mínimo. A glicose é uma molécula muito gráfil e se vai em segundos. O que achamos que é o açúcar é em verdade a percepção de doçura, não necessariamente doçura em si. - Polissacarídeos -> sacarificação -> Oligossacarídeos - Existem de 200 a 300 compostos voláteis no grão verde em si - H2O e CO2 são liberados do açúcar, bem como vários compostos aromáticos -> First Crack - Ao invés de Browning -> First Crack -> Development, ele preferiria chamar de Pré First Crack -> First Crack -> Pós First Crack. Isso porque o escurecimento (Browning) ocorre por todo o período, assim como o desenvolvimento do grão. Não é porque ocorreu o primeiro crack que o grão deixou de escurecer. Mas isso é o que se convencionou e é o que se usa. - Se a secagem não for bem feita (sobrar água), isso atrapalha a Maillard Reaction. Não ocorre caramelização, etc. Então a secagem não pode ser rápida demais. - O ideal nas torras: Anotar (gravar as temperaturas e tempos), ver a curva como ficou, provar. Medir, ver quando ocorrem as principais mudanças (turning point, amarelamento, primeiro crack, etc). Se Não medir, não terás como repetir aquele café que ficou delicioso da outra vez. - A água conduz calor. Durante a fase da secagem, essa água ajuda a levar o calor pra dentro dos grãos.
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  10. Montanha-Russa emocional do viciado em café: Animação e ansiedade em alta... Animação e ansiedade em baixa Animação e ansiedade em alta! ... "A vida como ela é"
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