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Mostrando conteúdo com maior reputação em 03-02-2021 em todas as áreas

  1. Olá @denilsoncosta ! Não uso termômetro normalmente. Uso água fervendo para passar o café, sempre. Vou dar uma ideia de como eu penso no café, que não tem objetivo de ser científica apesar de ter embasamento em experiência própria, de leituras aqui do fórum e de fora. Isso que vou falar faz mais sentido para cafés com torras mais claras, que tendem a ter menos compostos amargos e queimados quando comparado a cafés mais escuros, além de serem menos solúveis. O café tem um conjunto de substâncias solúveis: açúcares, ácidos e compostos amargos, entre outros. Numa extração nosso objetivo é dissolver essas substâncias na água, sobretudo os açúcares e ácidos. Você já deve saber, mas algumas variáveis tendem a modificar a quantidade de solúveis extraídos: temperatura da extração, moagem, tempo de contato da água com o café, agitação. Extrações que resultam em bebidas não tão agradáveis com bons cafés, pela minha experiência, ocorrem muito mais por extrair de menos do que demais. Extraindo demais tende a dar um pouco de adstringência (sensação como a de um caqui verde, puxando de leve a boca) mas ainda pode ser agradável porque costuma ficar com boa doçura. Isso indicaria que temperatura alta, que tende a extrair mais, não seria ruim para extração de açúcares do café, pelo contrário. Outra coisa que resulta em bebidas não muito agradáveis é a falta de uniformidade da extração, porque quando isso ocorre parte do café extrai em exagero e parte do café extrai de menos. A parte que extrai demais contribui com elementos que podem gerar amargor e adstringência. A parte que extrai de menos contribui com falta de doçura. A falta de doçura gerada pela falta de uniformidade da extração pode ser corrigida parcialmente com agitação, sobretudo quando causada por canalização por exemplo (caminhos que a água percorre com mais facilidade no bolo). Mas o que mais sinto que mais causa problemas é a moagem não uniforme, sobretudo com muitos pedaços grandes (que extraem pouco). Um moedor mais consistente deve produzir bebidas com melhor doçura. Eu acredito também que tempos de contato com a água mais longos em extrações por infusão tendem a mitigar parte dos problemas ocasionados pela inconsistência da moagem, talvez por isso você tenha bebidas mais doces na aeropress quando comparado com extração por Melitta. Provavelmente não valeria a pena para ti a aquisição de uma V60 antes de um moedor de melhor qualidade, porque V60 pode ser muito frustrante. É importante ressaltar que a doçura no café é leve. Sugiro a qualquer um que esteja lendo e nunca o tenha feito, que faça uma degustação comparando água pura com uma solução de água com 0,3% de açúcar, outra com 0,5% e outra com 0,65%, por exemplo. É legal para tentar compreender como se dá a sensação de açúcar na boca com baixa concentração, que pode ser semelhante ao que é sentido no café. Somos muito acostumados com alimentos muito açucarados e essas sutilezas podem ser difíceis para algumas pessoas (não que seja o seu caso). Não sei sobre o seu contexto em específico e faz alguns anos que não bebo café do Mário. A moagem do Botini talvez seja um obstáculo para resultados mais consistentes e coerentes.
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  2. Pessoal, Boa noite. Apenas para reportar que minha máquina chegou hoje e como era de se esperar, voltou a funcionar normalmente. Chegou sem nenhuma avaria. A Tramontina usou uma transportadora dessa vez e a máquina veio de avião até Congonhas e depois até Viracopos. Tudo sem custo. Agora é curtir! Abraços!
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  3. Fiquei curioso, como vão suas extrações, @PhantomCoffee? Eu vinha tendo problemas recentemente por estar usando moagem fina demais. Depois de assistir a esse vídeo do James Hoffmann compreendi que estava fino demais. Eu havia afinado por perceber que estava subextraindo, mas não parecia estar ajudando. Provavelmente estava canalizando. E sobre a afirmativa do Mesquita sobre temperatura mais baixa favorecer os açúcares eu não seis e concordo. Talvez só para cafés realmente solúveis (mais escuros) isso faça sentido.. Para cafés como os que eu gosto, de torra média para clara, nunca me beneficiei com temperatura mais baixa que fervura. Inclusive, água mais fria traz risco de subextração relevante, com notável baixa extração dos açúcares do café (falta de doçura na bebida).
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  4. Opa, então, eu entendo muito pouco de elétrica, mas esse modelo de pipoqueira (Pop Time da Britânia) já possui os sistemas de certa forma separados. Ela possui duas resistências, uma menor em que está ligada à ponte retifiradora (motor da ventoinha) e outra maior "por fora", sem ligação com o motor. O que eu fiz foi basicamente ligar o dimmer nesse circuito da resistência maior, que é a que eu acabo controlando. A resistencia menor continua funcionando, mas ela aquece muito pouco.. não passa muito de 50 graus. Vou ver se mando uma foto de como ficou a ligação.
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  5. Sugiro moer um pouco mais fino (por exemplo, média fina; muitos coados ficam na média ou média grossa) e buscar uma receita como a do Scott Rao ou James Hoffmann para o V60, aí tem uma pré-infusãozinha e depois um despejo só. Se você quiser, pode deixar a chaleira no fogo enquanto rola a pré-infusão, para não perder temperatura (e claro, dependenod da chaleira, botar sempre bastante água, a mais do que precisa, para que ela segure a temperatura também durante o despejo). Você perceberá - o Hoffmann fala isso, e vejo na prática - que quando a gente despeja mais água de uma vez (em oposição a fazer um despejo bem devagarinho e controlado) o tempo até passar tudo diminui. E o café caindo direto numa térmica (claro, escaldada antes), vai segurar legal a temperatura. Acredito que por aí você resolva, ou pelo menos atenue a questão!
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  6. Diogo, você coloca em garrafa? Se sim muita água quente nela na hora de escaldar o filtro. Água tirada da fervura para começar a coar, vai cair um pouco a temperatura, mas não cai tanto não. Coe em recipiente térmico, único jeito que saberia te dizer e teste com eles como o café especial fica um pouco mais doce ao tempo em que esfria um pouco .... e boa sorte! Para aquecer um pouco depois de coar ... degrada, mas veja esse vídeo do James Hoffmann, para ele o que piorou menos o café foi microondas. kkkk Sério, escalda bem a garrafa, adequada à quantidade de café que faz e manda ver! Boa sorte!!
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  7. Essa transição é difícil mesmo, aqui na família inicialmente meu cafe levava apelido de chafe... Como sugestão, acho que esta no caminho certo de pre aquecer xicaras, usar agua na fervura, manter a chaleira ou caneco no fogo durante intervalo que espera para os despejos. Outra coisa que ajuda muito nesta transição é escolher cafes com mais corpo, menor acidez e mais redondos, equilibrados... geralmente agrada mais quem esta começando a conhecer cafes especiais.
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  8. Eu também fiz a separação do circuito, mas coloquei um dimmer apenas no circuito da resistência. A ventoinha fica sempre na mesma potência. Coloquei para "controle" de temperatura um termometro analógico mesmo, desses de forno de pizza. Após umas 5 torras peguei o jeito de controlar o dimmer, finalizando a torra média/média-escura (antes do segundo crack) com 8-10 minutos. Tenho utilizado 80g.
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