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Carneiro

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Tudo que Carneiro postou

  1. A Ariete deve ser muito parecida com a Roma Deluxe, considerando o grupo e caldeira. O grupo é decente, a caldeira pequena e de alumínio. A Illy X1, pelo que sei, é a Trio, para sachês, apesar de não estar claro. A Bugatti me parece outra empresa com nome igual a dos carros: http://www.bugatticoffeemachines.com. São 3 mil reais por um design... Márcio.
  2. Carneiro

    La Pavoni

    Muito bom, ela achou o lugar ideal mesmo, até combina perfeitamente com sua cozinha, melhor que aqui em casa! Abraços, Márcio.
  3. Dica então - vá para alguma de sachê (o Nilton aqui do fórum tem uma boa da Illy pra vender) ou cápsula. Márcio.
  4. Eu tenho essa Oscar que restaurei e melhorei. O orçamento é um pouco maior, mas de repente consigo um moinho junto num preço bom... Tem algumas informações e fotos aqui: Nuova Simonelli Oscar Abraços, Márcio.
  5. Se era apenas notas de chocolate que aparece do café e torra, isso é muito comum no café brasileiro. Mas não é fácil achar quem torra e dá esse resultado, o Suplicy uma época tava bem assim. Agora, café com sabor de chocolate mesmo, só aromatizado... O problema é que na torra esse sabor achocolatado aparece durante o primeiro estalo (crack) e mais ainda entre o primeiro e o segundo. Só que é muito fácil cair no abismo logo à frente e ganhar cinza, carvão etc, normalmente chegando no segundo ou já no segundo. Márcio.
  6. Movi aqui pros outros métodos de preparo. Essa máquina, quando encontrada antiga, é um item raro e valioso mesmo para colecionadores. É um espresso com pressão do vapor, semelhante às mokas, mas você abre e fecha o vapor, portanto escolhendo quando inicia e quando termina a extração. Existe uma fabricação de Taiwan, da Bellman, que o Orphan vende, também não é barata. Márcio.
  7. Curioso para ver a 3ª edição... Eu ganhei a 2ª e não sou muito fã. Só um comentário chato - torrar não é arte! Abraços, Márcio.
  8. Não, perguntei onde tá escrito que usam algum método de água para descafeinar os grãos... Na loja não vi nada escrito. Mas agora procurei no site deles e tá escrito que é "swiss water proccess". Mas muito estranho, pois esse nome é marca registrada, e se realmente o Santo Grão usasse esse método, provavelmente teriam o logo da empresa estampado e fariam mais alarde. Já faz bastante tempo que provei lá no Santo Grão o descafeinado deles. Foi um dos piores cafés que já tomei na minha vida - não que o processo seja ruim, mas era café da pior qualidade. Márcio.
  9. As conexões, idealmente, deveriam ser BSP (no caso do T e cotovelo seriam provavelmente BSPT, que são cônicas, como a NPT). Mas, mesmo sendo NPT, com veda-rosca se consegue selar. Coloque a fita (eu normalmente dobro a fita pois é muito larga e dou ao menos umas 3 voltas) e aperte bem a rosca, é assim mesmo que conseguirá vedar. Se quiser usar veda-rosca líquido, idealmente as conexões fêmea e macho deveriam ser do mesmo padrão e cônicas, ou NPT (fêmea e macho são cônicos) ou BSP (macho é cônico e fêmea é paralelo). Já tentei com BSPP (macho e fêmea paralelos) e não gostei muito do resultado, prefiro a fita. Veja que também muita gente usa trava-rosca como selante, mas trava-rosca é para travar, não para vedar, e depois dá trabalho soltar. Fita teflon é uma invenção fantástica e só tem me salvado nas restaurações e experimentações hidráulicas Normalmente o problema maior de macho NPT em rosca BSP é que se o macho estiver largo na ponta, aí 1 ou 2 voltas e já trava. Mas pelas fotos do vendedor do kit parece encaixar bem, então deve dar, soca veda-rosca aí para fechar as folgas. Abraços, Márcio.
  10. Onde tem informação de que eles usam algum método de água? Márcio.
  11. Rafa. Apesar da profundidade do filtro ser calculada para caber a quantidade correta de pó, a diferença maior está na área de furos, quantidade de furos e área total dos furos. Seu filtro, pela foto, me parece ser "nominal de 14g". Na Classic eu usava de 16g a 18g com bons resultados. A distância do bolo à tela não precisa ser pequena, e distância maior até garante um tempo maior de molhar o bolo antes da pressão subir. É mais difícil usar os filtros com 14g pois na Itália se usa misturas com Robusta e torras mais escuras e nós torramos menos escuro e não usamos Robusta. Mas com 16-18g e moagem adequada, tudo se resolve. Acho que se você usar 21-23g nesse filtro terá moagem grossa e extrações inferiores. Lembro de ter usado também na Classic o filtro da La Marzocco com 14-16g compactados no centro (com o tamper de plástico da Marzocco). Funcionava muito bem. Infelizmente os baristas no Brasil não pensam direito sobre essa questão de dose e razão de extração e a maioria usa 21g socados até a borda sem testar direito qual melhor relação dose/moagem para uma boa extração e aproveitamento do café. Márcio.
  12. Um pouco mais tem minha Oscar...
  13. Nos portafiltros a tendência é a saída da serra ficar pior. Não sei como seria no inox fino. De qualquer maneira, o manômetro vai cobrir o furo. Uma lixa resolver rebarbas, o ruim é ter que aumentar o furo na lixa... Márcio.
  14. Bi-metal... Acho que uma serra de aço carbono não dá conta. Como a chapa é fina, deve ser fácil cortar com a serra-copo. Imagino que tenha arranjado um manômetro de 40mm, né? A que usei nas Oscares, se não me engano, era medida em polegada, então não tinha exatamente 40mm, acho que 39mm. Aí lixar o plástico para encaixar o manômetro é moleza. Mas no seu caso vai dar trabalho, então tente já fazer um furo do tamanho certo. Dependendo do sistema de fixação do manômetro, pode até ser um furo de 41 ou 42mm. Vai colocar um T no tubo de teflon para conectar o tubo capilar do manômetro? Abraços, Márcio.
  15. Tomei já 3 versões da Square Mile, incluindo essa última. A minha cliente principal aqui não pode tomar muita cafeína, quando dá para alguém trazer eu compro e congelo. Sendo um café bom, descafeinado num sistema legal (só provei esses descafeinados por método de água e CO2 super-crítico) e bem torrado, sai coisa boa. Márcio.
  16. O manual deve te dar resultados mais consistentes e de qualidade. Márcio.
  17. Movi o tópico para "Quando o Assunto é Café", considerando que os vídeos são mais de entretenimento que realmente dicas de técnicas ou educativos. Abraços, Márcio.
  18. O software pro computador, Artisan, já funciona com várias interfaces. Eu uso o Arduino + TC4, TC4 é essa placa que o Jim Galt fez. Tenho aqui pra soldar, mas vou me iniciar nisso, alguns componentes são SMD. Se alguém tiver experiência... Dá para colocar um LCD também e ver as medições sem o computador. São 4 canais de termopar, podem ser utilizados com tipo K, T etc, mas o tipo K é o mais comum e fácil de encontrar, o tipo T normalmente é mais caro, traz precisão menor (0,5°C), o que não é necessário para a torra. E sim, pode-se utilizar para medir a temperatura de qualquer coisa usando um termopar. Para colocar dentro do forno, que chega a 250°C ou até 300°C, só precisa ver se o isolamento do cabo aguenta. Senão tem que fazer uma sonda com bainha de inox, e só a bainha fica no forno. Tem opções de termopares K no eBay etc. Mas também é possível mandar fazer como quiser, o preço deve ficar em torno de 70 a 100 reais. Márcio.
  19. Lavou as mós? Se fosse a engrenagem com problema maior chance dele rodar sem moer e fazer um barulho diferente quando gira livre. Márcio.
  20. Oi, Marcelo. Lembro dessa postagem do Ben no HB com essa tela, de repente pode perguntar para ele. Você tem interesse no TC4? Tenho aqui para soldar as peças, estou deixando isso para depois mas posso tentar adiantar. Basta então comprar um Arduino e os termopares. Eu uso tipo K mesmo. Márcio.
  21. Bem vinda, joyjoy. Café já moído para máquinas de café espesso é a receita para a frustração. O ideal é comprar um moedor, café em grãos e moer na hora. O moedor permite ajuste na granulometria e com isso você consegue acertar o tempo de extração. Mas, se você tem um filtro "crema perfecta" da Gaggia, que tem apenas um furinho na saída, esse filtro chamamos de pressurizado, e ele requer pó menos fino, pois requer pressão na saída do café também. Essa é a solução da indústria para o uso de café já moído em máquinas domésticas. Normalmente a moagem deve ser levemente mais grossa que espresso, como a de coador ou, dependendo do caso, até mais grossa, quase como nas mokas. Outra dica, não guarde o pó na geladeira. Feche bem e guarde em lugar seco. Márcio.
  22. A maioria dos filtros deixa espaço sobrando mesmo. Acho que os italianos projetaram os filtros para caber facilmente os 14g na borda sem compactar, depois da compactação sobra o espaço necessário para o disco de dispersão e tela. Mais espaço entre a tela e o pó aumenta o tempo de preenchimento do bolo e consequentemente o tempo para se formar a pressão total no sistema. Isso é um tipo de pré-infusão - várias máquinas tem um giclê (restritor) de 0,5mm a 0,9mm no grupo para reduzir o fluxo livre da água e aumentar o tempo de preenchimento. A La Marzocco usa 0,6mm, vários grupos E61 usam algo em torno de 0,6mm também, e assim por diante. A Elektra usa na Semiautomatica 0,9mm e mudei o meu para uns 0,65mm. O tempo de preenchimento foi de 4 segundos para 6 segundos. Um efeito colateral é aumentar o tempo de descarga (flush) necessário para preparar o grupo... Detalhe interessante da Oscar é que tem um restritor de 1,2mm antes do trocador de calor. Demora uns 10 segundos para preencher o bolo e a pressão subir - parece que existe um atraso no preenchimento do grupo pelo fluxo antes do trocador ser menor que na saída do grupo (3mm). Márcio.
  23. Opa, vou dar palpite! O tradicional espresso italiano, que ganhou um instituto nacional na Itália e definições rígidas (página 7 desse documento) seria: Porzione di caffè macinato necessaria 7 g ± 0,5 Temperatura dell?acqua uscita gruppo 88°C ± 2°C Temperatura bevanda in tazza 67°C ± 3°C Pressione di immissione dell?acqua 9 bar ± 1 Tempo di percolazione 25 secondi ± 5 secondi Viscosità a 45°C > 1,5 mPa s Lipidi totali > 2 mg/ml Caffeina < 100 mg/tazzina Millilitri in tazza (compresa la crema) 25 ml ± 2,5 Veja que não é tão rígido também. A pressão pode ser de 8 a 10 bar. A água pode ser de 86°C a 90°C. E assim por diante. De qualquer maneira, o duplo seria dobrar os 7g, dobrar o volume na xícara, mas não dobrar o tempo. Quanto a temperatura da água, tenham em mente que a tradição das misturas italianas é de torras mais escuras e presença de Robusta, ao menos 10%. Certamente água menos quente nessas torras deve dar um resultado melhor. Ao mesmo tempo, a tendência do Brasil, pelo que vejo em algumas cafeterias e baristas, é seguir a moda do expresso da "third wave", que é mais comum nos EUA, Canadá, Inglaterra e países nórdicos. Se reparar nos países que foram campeões dos últimos WBCs fica claro quem são os baristas estão criando as tendências. James Hoffman (Inglaterra), Michael Phillips (EUA), Tim Wendelboe (Noruega) e por aí vai. A direção dessa nova onda é diferente da tradição italiana. Busca-se o espresso com doçura e acidez elevada, usa-se torras mais claras (de média para clara), e consequentemente dosagens maiores. Descartam o Robusta completamente, e o ápice da especialidade é conseguir fazer um excelente expresso com um café de origem única, que é chamado de Single Origin. Quanto a proporção de dose e xícara, acho que a tendência mais comum é a do "brew ratio" que, curiosamente, foi proposta por um "coffee geek", Andy Schecter, e têm sido adotada pelos baristas (acho que o James Hoffman foi o grande divulgador). Veja essa tabela: Vou traduzir aqui para razão de extração. A idéia é pesar a dose de café utilizado bem como o líquido extraído e fazer a divisão de café por líquido. Exemplo, se utiliza 14g para um duplo e extrai um total de 40 gramas de líquido, sua razão de extração é de 14 / 40 = 35%. Se utiliza 18g de pó para um total de 25 g de líquido, sua razão de extração é de 72%. Ou seja, quanto maior a razão, mais concentrado é a extração. O Andy definiu na proposta dele que tipicamente um ristretto é 100% e um expresso normal é 50%. Ou seja, para 15g de pó, um duplo seriam 30g de líquido (e o volume em geral é maior pela crema) para um normal. A tendência atual têm sido de 75% nessas cafeterias, ou seja, normalmente servem duplos de 20-22g de pó e na xícara uns 30-33g de líquido. Em casa, chegue ao seu ideal de acordo com seu paladar. Essa padronização de razão de extração é útil para compararmos, por exemplo, posso dizer que gosto de 75%, ou de 100%. Sei que muitos gostam de menos de 50%, e o brasileiro, em geral, toma algo em torno de 20%... Isso mesmo, em geral, de acordo com essa definição, toma-se lungo e café crema aqui. Não é a toa que as super-automáticas fazem sucesso, pois é isso que elas oferecem. Lembre-se que isso não leva em conta o tempo. E aí é mais uma variável de experimentação. Torras mais densas (em geral mais claras ou que teve pouca expansão) requerem maior tempo de contato para uma extração legal. Pode ser que com um café desse fique fantástico algo em torno de 75% ou até 100% e com tempo de extração longo, de 30 a 45 s. Pode ser que torras diferentes em razões diferentes não possam passar de 25 s para não trazer algum sabor indesejado. Guia para o fluxo/tempo é que, se o volume a se extrair é maior (razão menor, longo, café creme etc), o tempo deve ser menor, já que mais água passará pelo pó. O contrário também é verdadeiro. Claro que não existe números fixos, mas o "por volta de 25-30s" é sempre um bom alvo, afinal os italianos testaram muito nessas muitas décadas de espresso, mesmo sendo outro tipo de torra e mistura. Última dica essencial para a experimentação em casa: mude uma variável por vez!!! Tenha café suficiente para provar e mude uma coisa de cada vez. Por exemplo, moagem para chegar no fluxo (tempo total) desejado. Ou, depois, fixando a moagem, mudar a dosagem. Ou ainda para a mesma dosagem e moagem mudar o tempo. Se mudar muita coisa ao mesmo tempo, não terá idéia do que te ajudou a melhorar (ou piorar) o seu café e sempre terá um comportamento praticamente aleatório na sua técnica. Finalmente, em relação a simples e duplo (e recentemente doses maiores), o filtro adequado é que deve trazer a possibilidade de se manter moagem e tempo iguais. Ou seja, 7g para um filtro simples, ou 14g para um duplo, ou recentemente 7g, 15g, 18g, 20g e 22g como nos filtros VST, devem trazer a mesma razão de extração para uma moagem semelhante e tempo semelhante. Claro que não existe mágica, mas essa é a idéia. Abraços, Márcio.
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