

Matt__
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Boa tarde @Marcão, eu não sei se te interpretei mal mas se me permite eu vou seguir na contramão e te sugerir que é saudável desencanar um pouco da ideia de ser mais objetivo que um provador rsrsrs Até o momento em que a gente chegar num futuro incrível em que o pessoal vai extrair a informação direto da mente da pessoa que esta tomando o café dentro de uma máquina de fMRI ou com um chip implantado no cérebro, acaba que qualquer medida objetiva que você fizer só vai ter utilidade se acompanhada de informações provenientes de alguém que provou: Você poderia medir o PH do seu café e ter uma informação sobre o quanto ele é ácido do ponto de vista de ions H+ presentes nele, e isso pode ser um parâmetro para dizer o quão ácido ele será ao paladar, mas somente se os ácidos presentes nos seus cafés forem os mesmos nas mesmas proporções para as diferentes torras, porque soluções de mesmo pH de ácidos diferentes vão ter diferenças na acidez percebida no paladar, então para cada mudança na torra, se surgiu um ácido novo ou houve mudança nas proporções dos que estavam presentes, o que será percebido no paladar pode mudar mesmo que o pH se mantenha fixo. Você também pode gastar milhões em equipamentos de cromatografia, espectometros de massa e técnicos capacitados para opera-los, e assim dizer um a um quais são os compostos que influenciam o aroma do seu café e isso talvez seja de bom valor para a ciência, mas no fim se seu objetivo é simplesmente descrever o aroma do seu café, vai ser uma pessoa que cheirou esses compostos isoladamente em diferentes concentrações num olfatometro e descreveu como ele cheirava que vai te dizer o aroma, não uma máquina, e se o provador de café é subjetivo ao descrever cheiros eu não sei se terceirizar o cheirar para outros vai trazer esse tipo de objetividade que você busca e nem acredito que o somatório dos descritivos de como compostos isolados cheiram é suficiente para caracterizar a experiência de cheirar uma mistura. Em resumo, eu acho mais útil ter um grupo de provadores, procurar metodologias sistemáticas de prova, utilizar escalas na descrição de sabor, cheiro e afins, que é o que acontece em laboratório e o que deveria acontecer com quem segue uma rotina de prova de café e usa uma roda de sabores por ex. Sobre açúcar, ºbrix propriamente dito não mede nenhum tipo de açúcar. A gente tende a pensar em ºbrix como medição de açúcar por ser uma escala pensada e usualmente empregada nisso, mas é bom pontuar que o equipamento que se usa é um refratometro (mede índice de refração) e ºbrix é uma escala construida com base nessas medidas, ou seja: é feito uma medida do quanto o líquido interage com a luz por conta de ter mais ou menos coisa dissolvida e é feito uma comparação desse índice de refração com medidas feitas de quanto adicionar açúcar em água muda o índice de refração: 1º brix significa que o seu liquido interage com a luz da mesma forma que uma solução com 1g açucar/100g de solução, mas isso não quer dizer que vai ter 1g de açúcar lá. ºBrix faz sentido como medida indireta de açúcar quando o que esta sendo medido é concentrado em açúcar (tipo caldo de cana ou suco de fruta) e quando a expectativa é que aquilo que vai variar entre amostras e afetar o índice de refração será justamente o açúcar, isso é razoável para suco de fruta mas se sua expectativa é utilizar isso pro café a primeira coisa a se avaliar é se entre uma torra e outra a expectativa é que mude somente os açucares ou se mais compostos vão variar, pra mim parece fazer sentido esperar que entre uma torra e outra você possa aumentar ou diminuir a quantidade de solúveis e a forma que seu café refrata a luz sem necessariamente afetar os açucares. Sobre o principal açúcar no café, se procurar no google scholar alguém já deve ter feito um estudo completo sobre isso, mas minha opinião não muito fundamentada é que eu não espero que a sacarose seja o principal açúcar pelo simples fato de que a faixa de temperaturas em que se torra café é alta o suficiente para causar a decomposição da sacarose.
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Acho bem recomendável antes de pensar em importar um produto químico você confirmar se isso pode ser feito sem obter licença junto a PF. Na época que eu atuei em laboratório bicarbonato de potássio tinha venda controlada por poder ser empregado na fabricação de droga (ultima portaria que eu conheço é MJSP 240/2019, tu vai achar o Bicarbonato no Anexo V, se não for essa a portaria que vale fica de ponto de partida pra pesquisa)... E a titulo de curiosidade o que o amigo ali de cima falou de poder ser usado pra fazer explosivo é provavelmente nitrato de potássio, esse a venda é controlada pelo exército.
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Densidade aparente (bulk) é simplesmente a massa pelo volume do seu sólido sendo medido sem considerar a quantidade de espaços vazios que existe no amontoado de sólido em questão (algo que como ele disse vai variar em função do grão e de como você compacto o sólido, daí o sempre usar a mesma peneira dar três batidas que ele menciona). Quando ele diz pra tu usar água ficou talvez confuso mas, dado a pergunta do Thalles sobre precisar de equipamento especial, entendo que seja simplesmente pra saber o volume do seu recipiente (já que a densidade da agua a gente sabe pela temperatura e a massa com uma balança de café), dai tu pesa o sólido no mesmo recipiente (até a tampa), e calcula a densidade aparente (ρ=m/V) Edit. Se tu já tem um cilindro graduado pode também simplesmente encher até a marca 100mL, bater pra ajeitar e usar o 100mL como o volume na tua fórmula pra densidade, vai ter um erro aí em função de onde tu parou de encher já que sólido não forma menisco igual líquido mas é uma opção. Ou segue um protocolo tipo esse dando umas batidas intermediarias:
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Sobre o OP, ele tem um ponto no sentido que de fato alguém que não esta habituado a ver descritivo de sensorial ler um rótulo e levar um café de um mercado ou cafeteria para casa, essa pessoa vai ter uma reação de pensar que a torrefação ta de sacanagem... Mas sei lá, por outro lado eu tenho dificuldade de imaginar, em 2024, essas pessoas interessadas em aprender e ser parte da comunidade que ele menciona que ficariam decepcionadas ao se deparar com um café que não tem gosto do que esta escrito na embalagem, se no mar de informação que existe o que atraiu a pessoa foi uma expectativa de sabor de pêssego, mirtilo e nozes torradas, talvez essa pessoa só não fosse gostar de café especial de qualquer forma... não me parece que nada foi perdido porque na embalagem tinha um texto falando sobre como esse café tem gosto de sinestesia. E sobre se os sabores prometidos serem naturais e tal, sera que importa? A gente já esta pegando frutas que, salvo raras exceções, estão vindo de plantas que vem sendo selecionadas artificialmente pra ter características que a gente gosta já faz muito tempo, aí a gente separa dessa fruta uma semente que tem um leve gosto de semente com notas de mato e um retrogosto de coisa que não foi feita pra comer e vamos então passar por no mínimo processos de secagem, torra, cominuição e uma etapa de extração pra chegar num líquido que tem um sabor que nos agrade. Pra mim, como quase tudo que o humano consome, o natural já passa longe faz tempo... Se quiser fazer melhoramento genético da planta usando radiação, vetor viral e voodoo, meter uma levedura exótica, fermentar a fruta de ponta cabeça antes de pegar o grão e no fim colocar aromatizante pra mim ta maravilha basta me informar como foi feito que ao meu ver é mais opção no mercado.
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Não diria que confere muito, não. Sim tem um artigo da Unicamp mostrando que se extrai alumínio na bebida quando se usa essas maquinas (provavelmente do selo na parte de cima da cápsula) , mas o mesmo artigo destaca que a quantidade de alumínio que você vai consumir no café por conta disso vai ser algumas ordens de magnitude menor do que seria considerado seguro por órgãos reguladores, então eu não usaria a palavra saudável. Motivos que eu considero mais razoáveis para trocar pra uma superautomatica incluem não dar seu dinheiro pra Nestle, poder escolher cafés de qualidade muito muito superior mantendo um nível similar de praticidade, produzir menos lixo e, a longo prazo, gastar menos.
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Assim, sobre a resposta que a Aram te deu, na minha experiência qualquer funcionário que da suporte técnico em nome de uma empresa sabe (ou aprende rápido) que se a pessoa vier perguntando se pode desviar do que foi testado e validado in house você pode até avaliar o caso e responder tecnicamente se é possível mas tem sempre que colocar um adendo de que não garante os resultados... Eu me pautaria mais nas certificações: Se a graxa A e a graxa B tiverem as mesmas certificações significa que ambas são food grade e foram analisadas seguindo os mesmos critérios pelo órgão certificador, nenhuma das duas devem ser tóxica ter cheiro ou sabor... acho difícil essa escolha impactar o café, pode impactar a paz de espírito já que a Molykote é uma linha da Dupont, traz um peso e uma expectativa da fabrica deles ser melhor que uma empresa brasileira, mas aí é contigo avaliar. Ah, e lógico, aplique o mínimo possível... a graxa pode ser inerte mas não precisa ficar comendo a toa e uma colherada de silicone cobrindo tua lingua certamente vai afetar o sabor.
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Meio atrasado mas eu diria que calcular o torque me parece bem difícil... Não me surpreenderia se nem o pessoal que projeta moedor faz isso: mais fácil medir o torque necessário para um dado conjunto do que calcular. Se você quiser mesmo um numero pra servir de ponto de partida usa o torque de uma parafusadeira que dê conta com o grão mais duro que você achar ou procura alguém que te deixe usar um torquímetro. Em ultimo caso da até pra medir na gambiarra o torque com aquelas balanças de bagagem... mas se fosse eu partiria da especificação da parafusadeira mesmo, se brincar até acabaria usando o conjunto motor engrenagens de uma.
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Entre o preço e o fato de São Cristovão ser o bairro vizinho quase comprei essa relíquia para passar raiva e depois tentar vender de novo com adjetivos mais negativos... De qualquer forma tudo indica que é de uma marca alemã chamada Rowenta, modelo FK-02 do começo da década de 80...
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Depende, se tu quer coisa simples (Moka, Chemex, prensa francesa, aquelas máquina de espresso tipo Oster ou Philco) é praticamente certo de ter em loja grande de departamento nas 3 cidades de fronteira a preços que podem ou não ser melhores que os brasileiros... eu peguei uma Bialetti Venus 6 xícaras no Shopping China em CdE tem uns 2 meses, acho que paguei na casa de 50 a 60 dólares (achei que estava um preço até legal), mas vi na mesma loja que tinha produto da Oster saindo mais caro que na Amazon BR. Da pra ter uma noção de preço e onde tem no Paraguai acessando o comprasparaguai. Ocasionalmente você acha máquina superautomática, uma coisa ou outra da DeLonghi, umas máquinas chinesas single boiler (que tem muita cara de ser as mesma white label das Ariete, EOS e afins) ..mas não é a norma ter. Moedores, máquina de espresso de marcas mais conceituadas, isso eu desconheço onde tenha, talvez você ache uns distribuidores locais se sair um pouco do comércio de fronteira mesmo mas não procurei muito. Edit Mais uma dica geral sobre comprar no Paraguai é ter cuidado com a cota, se for passar é bom declarar ou ir em mais gente (lembrando que se um produto só for mais do que a cota ele não pode ser rateado entre a cota de várias pessoas)... Eu quando vou costumo declarar e pagar imposto se for algo de valor alto porque, ao menos indo por via terrestre, mesmo se passar pela aduana sem ser fiscalizado a polícia rodoviária federal também pode te parar e se estiver com bens acima do isento eles apreendem a mercadoria sem dó.
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Não sei hoje, mas há uns 10 anos atrás quando precisei mexer com conector e mangueira acabou sendo mais fácil ir no centro da cidade comprar, tem loja especializada em mangueiras e conexões, ou se for uma área mais industrial tem as lojas voltadas a ferragem e instrumentação industrial que daí tu consegue até o manômetro tbm e em qualquer caso os atendentes dessas lojas geralmente tem algum conhecimento e podem te ajudar a selecionar os produtos se você especificar no que vai ser usado... Fora isso se quiser continuar na busca online, sem saber o seu caso em específico umas dicas gerais pra compra desse tipo de coisa seriam: dependendo da mangueira na sua máquina tu vai querer um T (tee) de espigão ou de engate rápido (preferencialmente de inox com vedação de teflon devido a temperatura, mas se for outro material desde que especificado que suporta serviço na temperatura tá joia tbm)... Pra mangueira eu não tenho muita dica, é mangueira + material da mangueira (provavelmente silicone ou Teflon) + diâmetro compatível com o restante da instalação, aí tem que checar no anúncio se a mangueira suporta a pressão e temperatura. E não esquece que tu precisa de um adaptador que seja numa ponta algo compatível com a mangueira que você está usando e na outra a rosca fêmea compatível com o manômetro que você comprar (rosca geralmente é especificado como NPT ou BSP e um dado diâmetro, então sua busca vai ser algo como adaptador espigão rosca bsp 1/4").
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O meu volta coisa de 1 ou 2 clicks depois de moer.