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Fernando - 1268 Café

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Tudo que Fernando - 1268 Café postou

  1. E eu a meses atrás tava louco atrás dessa chaleira, mas comprei a da cuisinart que é melhor que ela e não muito mais cara. Essa eu acho vantagem pra coados pelo controle de temperatura delicado e pelo controle ser todo na base (a cuisinart é todo no corpo da chaleira mesmo). O bico de ganso faz falta, mas não é insubstituível. Eu teria essa e um bule comum pra fazer o pouring só pelo controle de temperatura.
  2. Numa cafeteria comum não, mas quando o dono acorda de lua e resolve por a cafeteria no meio da platéia de um espetáculo, ruído é algo a se considerar e reduzir ao máximo (e as chances de eu acordar de lua e do povo dar asas a minha loucura é bem grande no novo espaço, hehehe). Pra ter idéia, um dos novos levantados é café do inferno, em homenagem ao boca do inferno, Gregório de Matos, que dá nome ao teatro, hehehe
  3. rbcassani,li uns reviews dele essa madrugada e me bateu uma tristeza . Tenho um Mazzer super jolly e acho ele barulhento, parece que o forté ganha em ruído do Super Jolly, que já acho escandaloso. pelo visto vou ter que improvisar uma caixa acústica pra botar o moedor dentro e diminuir o barulho x.x A OKKafé achei visualmente interessante, mas me deixa meio inseguro também. Vou ligar lá e sondar sobre ela. A de 1 grupo tem potência parecida com a Vivaldi, mas por ser um grupo, ser dual boiler pode fazer a diferença x.x
  4. Wagner, ou contrário: Franquia da starbucks do lado do burguer king. Acho que ia vender bem, mas deu até dor no estômago imaginar o povo tomando o café da Starbucks com algum dos hamburgueses e batata frita do burguer king. Tenha medo ! Gilberto, obrigado, mas por hora não. A Walter ainda tá encima do muro, querendo se jogar do muro mas torcendo pra alguém empurrar ela de cima do muro, e acabo ficando muito preso ao encerramento da Walter enquanto reabro um novo estabelecimento, enfim, to virado no cão como diriam aqui em SSA, heheeh
  5. Lucas, tem um tópico nessa mesma seção no qual estamos tratando do tema. Acho que pode ser um primeiro norte bom pra suas questões
  6. Wagner, então, análise de ponto nunca consigo levar de uma maneira "clássica", digamos assim. Pois um ponto é um ponto, já o que está em seu entorno, ou os conceitos trabalhados no espaço, podem dizer muito sobre o que pode se tornar o ponto. Você tem um concorrente em potencial na frente do seu negócio, a loja de sobremesas, e de resto, vi outros pontos de entretenimento, comida e etc na região. Na minha opinião, se tiver algo ligado mais ao período matutino e vespertino, como almoço, e um almoço mais saudável, tem potencial, ou uma starbucks da vida. Se é pra pensar um ambiente clássico de trabalho, com funcionários, hierarquia clara e etc, acho que tem um potencial, mas se fosse eu, pela forma como entendo gestão de negócios e pessoas, não me animaria não x.x
  7. Gilberto, ano passado fui na FISPAL e a parte de máquinas achei bem interessante, a de cafés foi um pouco frustrante. Por hora, uma de um grupo super atende a minha demanda. Na Walter temos uma de 2 grupos, e raramente acontece a loucura de precisarmos utilizar os dois, acontece, mas geralmente um grupo fica bem utilizado. Tenho trauma de Fiamma, hehe. Pensei na Vivaldi II por ser dual boiler, ter uma caldeira de 2,5 e aparentemente ter uma recuperação bastante rápida (além de uma depreciação bem baixa pelo que tenho notado. Não tem ela usada no mercado, e quanto tem, vende rápido). No momento minha maior urgência é uma máquina parruda e pequena, máquinas de 2 grupos por hora são inviáveis por conta do projeto. Os prós da Vivaldi II pra mim no momento são: - Tamanho reduzido - Dual Boiler - Bomba rotatória Outro ponto que me veio na cabeça, com relação ao moinho, é que é bastante desejável um moinho silencioso, o mais silencioso possível,pois terão dias que a cafeteria estará DENTRO da sala de apresentações, e pra isso, preciso de um conjunto leve. Terei uma cozinha de apoio no espaço, mas é um apoio. No dia, tem que tudo estar no carrinho, hehe. Preciso montar a cafeteria num carrinho porque a Dona Lina Bo Bardi na hora de construir o prédio fez maluquisse, e o lugar que fica a cafeteria no prédio é péssimo. Como Salvador tem uma cultura de carrinhos de cafés nas ruas, essa onda de food trucks entrou na moda e a Dona Lina Bo Bardi tinha uma paixão e vínculo enorme com a cultura popular, to buscando elementos que remetem mais a essa cultura soteropolitana (e da região da cafeteria, entrada do centro histórico da cidade e antigo encontro dos trios elétricos do carnaval) do que dos típicos carrinhos de café gringos e da "moda" atual. Não será um carrinho de café tradicional, mas terá boas referências, sobretudo estéticas e funcionais deles (todos os carrinhos de café tem volante por exemplo, mas a estrutura deixa a desejar). Trabalhar com uma máquina de 2 grupos, seria exagero no momento atual, além de fazer um conjunto muito pesado. Além da máquina e moinho, no mesmo carrinho haverá um galão de água mineral, pois como ela andará, não terá rede hídrica, e outro galão pra receber os dejetos, ou seja, será um 4x4 dos carrinhos de café, hehehe Uma foto de um típico carrinho de café do centro histórico, hehe
  8. Olá a todos ! Esse tópico é, de certa forma, uma ramificação do "E quando o negócio é café? Ou melhor, cafeteria?". Lá, por ser um tópico mais amplo do universo de cafeterias, acredito que ter um de equipamento ajuda até a ficar mais organizado. Bom, como o outro tópico, esse também surge de uma certa insegurança e crise enquanto me vejo imerso em planilhas de planejamento do Excel, hehe. Indo direto ao ponto é: Qual conjunto máquina e moinho seriam os melhores pra mim hoje? Aluguel está fora de cogitação no momento atual, são caros, equipamentos duvidosos e a médio/longo prazo é muito dinheiro perdido. Nas minhas investigações atuais, e por conta das particularidades do negócio (um híbrido de food truck com cafeteria tradicional. Uma cafeteria num espaço cultural grande, amplo, com uma cozinha muito boa, mas que a cafeteria foi muito mal planejada por Lina Bo Bardi, o que cria uma demanda que a cafeteria possa se movimentar no espaço, em partes por necessidade, e em partes por desejo e por se inserir conceitualmente na obra de Lina Bo Bardi) vi que preciso de uma máquina de 1 grupo, parruda e pequena. Pensei na GS3, mas é dinheiro demais pra engessar e retorno de menos. Pensei em alguma usada, mas bate a eterna insegurança de usadas, mas se for uma usada boa, porque não? E a terceira alternativa e que a que estou tendendo mais é a La Spaziale Vivaldi 2. Minha demanda acredito que será pouca inicialmente,e como o público consumidor de café não é tão grande, prefiro uma de 1 grupo, até pra deixar o conjunto do balcão móvel mais leve. Agora moinho, que tá sendo uma crise maior. To com uma tendência a dois moinho. Mazzer Mini e Baratza Forté AP. Dos dois, o que mais me anima é o Forté, por ser mais versátil. Por hora acho difícil fazer coados/filtrados lá, mas o Forté dos dois é o que daria uma flexibilidade maior de alteração de moagem sem precisar ter um segundo moinho pra filtrados, mas que possivelmente terei (o Café da Walter tá fechando e provavelmente fique com Krups GVX2). Fico na dúvida do conjunto Vivaldi 2 e Baratza Forté pelo quesito depreciação. Após um ano e meio de uso dos equipamentos, qual seria a perda de valor deles? A vantagem que vejo de comprar um usado é que, apesar do risco, ele perde muito pouco valor de mercado também. Bom, é isso, fico no aguardo
  9. Adorei ver essa participação da fazenda Ouro Verde no fórum, mas confesso que me sobram traumas do Rigno, exceto pela torra do Eystein que é sensacionnal ! E que me fazem lembrar como o Rigno é um café excelente, apesar de não curtir muito o perfil de torra. Como citaram o Liu da Terroá.... o Liu para filtrados e o Jairo para espressos são duas experiências raras que merecem serem provadas por serem sensacionais. Cândido, espero de fato que a logística de vocês tenha melhorado. Como ex-cliente de vocês, me vi obrigado a trocar de café pela falta de contato conosco do café da Walter. Espero de verdade, que a qualidade da entrega de vocês se equivale a qualidade do grão, pois por problemas de logistica, deixamos de comprar de vocês e utilizamos outros fornecedores, da mesma região e quem tem nos feito bastante felizes. Desculpem a acidez de minha parte para um café de 84 pts que tenho certeza que vale mais, mas precisava deixar público isso
  10. Vendo hoje, o fato de ter pouca experiência e usar uma torra mais clara para os espressos foi um dos motivadores da troca de equipamento que fizemos na Walterç. Começamos com uma torra média-escura da Terroá e de Rigno, e quando trocamos pro vento norte, que é média-clara, trocamos o equipamento todo, mas lembro que nessa época, fazer nutation ajudou bastante a melhorar as torras. Até fizemos WDT pra ver se melhorava, mas dava muito trabalho e o nutation se mostrou mais eficiente. As torras da feito a grão são mais claras que as tradicionais de espresso, tanto que mesmo na loja sede deles, pros filtrados tem 5 opções de grãos, pro espresso só uma, que é o blend próprio deles (fazenda ouro verde com serra do caparaó) e o mestre de torra é campeão nacional de AP da Noruega e terceira onda de carteirinha, hehe
  11. Depois que vi a foto do bolo, pensei o mesmo que o Antenor, acho que pode ser o chuveiro ou algo na máquina. Não falei em trocar a máquina, mas uma Faemma é uma coroa delicada e temperamental (ao menos a minha era assim, hehe) Chegando o chuveiro e o filtro novos, acho que é certo melhorar e diminuir as canalizações, e o café do video pareceu bem bom, apesar da canalização Quanto ao arrocha, morando em Salvador, haja sofrência, é o tempo todo tocando arrocha aqui, heeheh
  12. Fiamminha? Acho que o problema é nela mesmo, hehe. Eu experimentaria diminuir um pouco a quantidade de café pra 18 grs e fazer os ajustes de moagem. 20 g acho bastante dependendo do PF, e acredito que esse problema que tem dado e 15 seg é justamente o bolo expandir e ficar sem espaço pra expandir. Em 15 seg muito dos sólidos já foram arrastados, mas em compensação, o que sobrou expande bastante. Lembro do meu passado com a prima da Fiamma, a Faemma, de metade do cake grudar no grupo. Considerando que elas são parentas, acho que reduzir pra 18 g pode melhorar. Então bota o Pablo no som e boa sorte nos ajustes ! heheh
  13. Wagner, ir bem é bastante relativo. Ter casa cheia é um sinal de que as coisas andam bem, mas muitas vezes a saúde financeira da empresa tá bem ruim, ou em lenta recuperação. Pagar, se vai bem, se paga, mas, em quanto tempo? E quais as alternativas? Será que não existiria uma alternativa mais barata? O ponto até soa interessante. Minha irmã trabalho na região e tem várias empresas e escritórios (ela trabalhava na comgás), e sempre vi movimento nos restaurantes e padarias, alguns inclusive a noite e de madrugada (pessoal da comgás que precisa madrugar, ou fazer alguma obra de madrugada). Comercialmente, o ponto é interessante pra quem quer fazer $$$, trabalhar no volume, ticket médio baixo e pouca permanência no espaço. Já a trifecta fico curioso dela nesse espaço, e que grão usam nela. Achei simpática a trifecta, mas só. Gastaria horas e quilos de café brincando com ela, mas acho que só. Se é pra vender café, prefiro dar uma de vintage vendendo espresso, french press e aeropress, hehe A trifecta achei muito boa pro mercado norte americano. Cafés mais fracos, cafeinados e etc., o que mostra por exemplo como a Intelligentsia e sua cafeteria de filtrados. Pro mercado brasileiro não me parece de todo ruim, mas o preço desanima de tentar arriscar qualquer coisa com ela
  14. rbcassani, sempre considerei essa hipótese. Primeiro porque é um sabor que as pessoas estão mais acostumadas, segundo que "é" barato, se não usar os equipamentos da Bunn que são os olhos da cara, hehhe
  15. Sou ignorante nos equipamentos da Bunn x.x. Quanto as variáveis, entra o que o Alan disse, e são variáveis um tanto dificeis de equacionar também, Um equipamento ruim com um grão bom, vai gerar um café entre mais ou menos a bom, Um equipamento bom, com um café mais ou menos, vai gerar um café mais ou menos a bom. Agora destrinchemos mais ainda a variável equipamento, entre Máquina e Moinho, tendo o café mais ou menos como norte (Máquina ruim) + (Moinho bom) = Café + ou - a bom, e aumento da produtividade por kg (Máquina boa) + (moinho ruim]) = Café + ou -, em casos raros bom, mas um café com resultado inconstante, que exige mais do barista e que diminui a produtividade do kg (Máquina boa) + (moinho bom) = Café correto, menos treinamento do funcionário, maior produtividade por kg de café, que dependendo da cafeteria, justifica fácil a diferença no aluguel Tenho como referencia de máquina: ruim : Faemma 2 grupos boa: Aríete 2 grupos (mais ou menos, mas eu gosto da bichinha Excelente: La Marzocco Moinhos: Ruim: Tectec do inferno que geralmente acompanha as faemmas e farats Bom: Mazzer Super Jolly automático Se pensarmos em grãos, um moinho ruim deve render uns 80 espressos vendáveis, no max, porque retém muito pó, são inconstantes e sempre gasta um tanto de café pra regular Ou seja, pegando a Walter como exemplo. Quadro A 1 kg de café (a 60 reais) = 80 espressos (a 4 reais) (10 pacotes mensais) = 3200,00 bruto e 2600 líquidos Custo mensal do equipamento: 350,00 reais Lucro líquido: 2250,00 Quadro B 1 kg de café (60 reais) = 100 espressos (pode render até 120) (4 reais) (10 pacotes de café : 4000 bruto e 3400 líquido Custo mensal do equipamento: 550,00 Lucro líquido 2850,00 Nessa brincadeira dá um aumento do lucro em teoria de 600, reais, na prática é menos, porque como o grão rende mais, se consome menos café. Considerando o consumo de café do Quadro A, no contexto do quadro B, temos: Cafés (800 - produtividade do quatro A)*(4,00) = 3200,00 - (480 do grão [8 kg de grão devido a produtividade do quadro B ser maior] e 550 do aluguel) = 2170,00 líquido A primeira vista fica mais interessante vender café ruim com equipamento ruim, porque dá mesmo trabalho e quase o mesmo lucro que a máquina boa. A vantagem da máquina boa é que ela fideliza, e com o tempo, as vendas aumentam e compensam o preju inicial, que dependendo do espaço, ter um equipamento ruim, é certeza de ter um prejuizo grande Enfim, adorei desenhar isso. Bom que já fiz a base de algo que precisava refazer aqui, heheeh
  16. Gilberto, é café DA Walter, a Walter é transgênero, hehe (Na verdade é por ser o café DA sala Walter da Silveira, que foi um crítico de cinema baiano, mas enfim, só pra descontrair, eheh) Sim, já visitei o espaço. O museu está fechado desde 2013, mas em Novembro do ano passado, dei uma passada lá na cara de pau, e consegui conversar com o pessoal do administrativo sobre a forma de ocupação e conheci também a cozinha da cafeteria, além do espaço. Só não entrei no museu porque está numa reforma pesada. Aproveitei e dei uma volta na região, e num surto de coragem, fui andando de lá até o finado sofá café da Alameda Franca. O bairro ainda é muito residencial, incluindo muitas casas. Dei uma volta pela região, e de café, aparentemente não vi nada, apenas butecos, restaurantes por quilo e delivery, mas pouca coisa. O que tem de grande e próximo, a menos de 100 metros é um campus da Anhanguera, atrás dele um da UNIBAN, e tem a casa modernista na rua da frente. O museu também não fica muito perto do metrô, nem muito longe, seja o chácara Klabin ou o Santa Cruz. Tem também muito próximo a casa modernista, projeto do mesmo arquiteto do Lasar Segall, e que por ser a primeira obra modernista brasileira, pode ter um trânsito legal de profissionais de design e arquitetura. Apesar de ser num ponto mais residencial, é numa travessa da Domingos de Morais, então é fácil chegar de metrô e de carro. Na Domingos de Morais encontrei vários cafés, mas nada que simpatizei muito também. São espaços mais comerciais, comerciais no sentido que servem almoço e são locais pouco convidativos a ficar um tempo nele. Servem café, mas acho que a proposta é outra do espaço da Segall. Alan, massa seu post, e vejo que é o primeiro no fórum, hehehe. Quanto ao quilo do café, sempre achei sacanagem das cafeterias usarem cafés ruins porque a margem de lucro encima do café é alta, mas como ele tem um valor baixo, precisa que sejam vendidos muitos pra se ter um retorno. Pra ter idéia, pro dono da cafeteria, se ele usa um café de 60 reais o quilo, ele gasta em média 0,60 centavos por xícara. Aqui em ssa eu gasto em média 0,45 centavos, e vendo a 3,50. Tem muita cafeteria que gasta menos de 0,30 centavos e vende a 5 reais. Nisso to considerando só o valor do grão, sem o gasto com equipamento. Então dá pra servir um grão melhor, ter, uma redução inicial na margem de lucro, mas isso pode se reverter numa quantidade maior de vendas. Um grão especial demanda também um melhor treinamento do funcionário, para que saiba o que está servindo e também pra educar os clientes
  17. Complicado é, mas não é uma informação desprezível. Na etapa de planejamento, toda informação é útil, pois serve pra ser cruzada com outras, e considerando que existem pessoas aqui no fórum/tópico que podem vir a ser meus clientes dá mais crédito ainda a ela, e por isso criei o tópico também, pra criar essa primeira ponte. Descobrir os valores máximos e mínimos é uma equação delicada, cheia de incógnitas, a pergunta aqui não foi no sentido de achar que isso é uma equação de primeiro grau, e sim que o valor aqui posto ´pode ser uma das incógnitas dessa equação
  18. Riponga é um termo interessante, pois não fala só do produto, mas do serviço, espaço e referências que um possivel cliente tem (no caso você, hehe), e que trás alguns apontamentos sobre o público-consumidor/alvo do meu produto, hheheh Quanto aos valores citados do café para comerciante, concordo com os 40 reais mas acho que a questão é mais complexa também. Um café acima de 60 reais para cafeteria acho bastante caro, e não é toda cafeteria que tem poder de fogo pra ter duas ou três opções de grãos e seus respectivos moinhos a disposição. Na Walter cogitei seriamente em trocar o vento norte pelo Jairo, que custava 60 dilmas o quilo. Não trocamos porque o inicio do ano foi um inferno na terra pra donos de cafeteria em SSA. O que me motivou o desejo de troca era o fato de ser um café que ao paladar era mais doce, com referências numa torra mais tradicional de espresso, mas com doçura pronunciada, retrogosto sensacional e um corpo bastante sofisticado, com uma referência de sabor forte ao melaço de cana e laranja. Por ser um café ainda mais agradável que o vento norte, era um café mais fácil de ser vendido e que justificaria um pequeno aumento no valor, mas não mudamos porque quando a coisa voltou a melhorar, decidi sair da Walter. Os valores de 60-80-100 pilas pra cafeteria eu acho bem altos. Vou pegar aqui dois exemplos de cafeterias, A the little coffee shop e a kombi do Biobarista. São cafeterias de uma pessoa só, e usar um blend de 100 reais é puxado, mesmo com uma média de 70 cafés/dia da the little coffee shop (e que não sei o preço que cobra). Nesse ponto a curto café no Rio teve uma sacada excelente e um investimento certo ao trabalhar com/investir em cafés do Espírito Santo. Possuem um grão excelente a um custo baixíssimo (acho que li uma vez, numa matéria ou aqui no fórum, que o kilo do café pra eles acaba saindo por 24 reais) Sergio, não é tão perda de tempo assim não. Como minha formação e experiência em gestão é mais na área de moda, não dá pra deixar de entender os cafés especiais como um produto de moda, regido por lógicas particulares, mas ainda assim um produto de moda. Oferta e procura influenciam bastante, mas identificar os preços cobrados no mercado, ainda mais pra um produto em que as pessoas não tem muita referência pra discutir sobre, e não carrega uma marca para ostentar (na verdade até carrega, mas é um ponto mais complexo também) e especular sobre os valores. Concordo que o vendedor deve vender pelo preço mais alto possível, mas antes precisa identificar o preço mínimo que é possível ele vender (custo por dose + margem de contribuição). Tendo esses números, uma expectativa/estudo de quantos cafés sejam vendidos por dia, assim como outros produtos e um estudo dos preços praticados no mercado, aí sim temos material pra discutir preço. Perguntei sobre preço "justo" porque as pessoas consomem café nos mais diversos lugares, e muito desse público pode olhar pro meu espresso e dizer "AFF, vem em xícara de ouro esse café ?!". A idéia de justo é relativa, mas pode influenciar no ato de deslocar o cliente até minha cafeteria, além de ter uma perspectiva didática que pode fidelizar o cliente e ele perceber "Poxa, seu café é muito melhor que aquele do shopping e custa quase o mesmo preço ! E o espaço é tão legal ! Vou voltar outro dia com amigos pra tomar esses outros do cardápio!". As duas situações vivencio até hoje na Walter, como uma vez que a cliente perguntou o preço, achou caro e perguntou: Ela: - Moço, quanto custa o café? "Cardápio tá escrito na parece em letras garrafais" Eu: - 3,50 o espresso Ela: - Ah tá, mas quantos ml de café vem? 200 ml? "Faz com a mão um gesto de medida, na medida do copo americano...." Eu: - O curto tem 29 ml e o longo 60 ml. Se quiser, temos os filtrados também, e a french press vem aprox. 180 ml e tá 7,00 Ela: "Arregala o olho e olha com aquela cara de "Você é louco de cobrar isso ?!" - Certo, obrigada Era uma cliente riponga, hehe. Universitária da federal, mas curtindo sua fase neopseudohippie que prefere beber um café Maratá de 1 real, ruim, cheio de químicos e produzido com mão-de-obra escrava, mas que tá acostumada com ele desde a infância, a um café de agricultura familiar dentro de uma perspectiva sustentável. A questão de preço é bem delicada, e até perguntei aqui no fórum porque todo mundo entende o mínimo de cafés, sabem quanto custa e todo o trabalho envolvido nisso, e esse é um dos públicos que gosto de focar, pois reconhecem o trabalho, são chatos com o que consomem e são formadores de opinião, nem que seja num meio restrito como o familiar. Se implemento um preço que pra esse público não é justo, aí a coisa azeda pro meu lado e vou ter que vender café pilão de 1 real pra recuperar o prejuízo, heheh
  19. Imaginava que fosse caro, mas nem tanto. E foi o preço médio que imaginei do pessoal da FAF também. Por esse preço fico com os microlotes da Terroá por 60 reais o kilo mesmo, pena que um dos mais legais vai acabar em breve, que foi o Jairo, da fazenda que ficou no quarto lugar do BSCAA, o melhor café que tomei até hoje preparado numa AP. Os tradicionais pra cafeteria, numa compra mínima de 10 kg, tem saído a 44 reais com frete grátis. Das últimas vezes que fui a SP, e conversava em cafeterias e etc, a Bahia era aquele lugar lá longe que produz um café bom, mas que ninguém nunca viu ou bebeu. Além disso tem a questão regional. Não está no hábito do paulista, nem muito dos nordestinos migrantes (meus pais são dessa geração de migrantes da década de 70), mas muita gente gosta, e quando comento que moro aqui, já vão listando as comidas que gostam, sentem falta, e casam muito bem com café, como beiju mole, beiju canoa, cuscuz, cuscuz de tapioca, e outros mais exóticos, como o bolinho de estudante, abará, queijo coalho com melaço e outras brincadeiras, que harmonizam super bem com café, e dão uma identidade boa e necessária ao espaço, sem esquecer do básico, como um bom e clássico pão de queijo. Até que é uma riponguisse, mas acho que puxa mais pro raio gourmetizador que pra riponguisse, heheh
  20. Wagner, sim, conheci, mas só de ouvir falar mesmo. Seria num formato próximo. João Martins, havia pensado em 4,50 mesmo. To pensando em ter um foco mais regionalista no conceito da cafeteria (por isso até brinquei que não teria ripongagem, e sim baianagem, hehe), e um dos focos é servir os cafés de Piatã nela. Reparo que muito se fala dos cafés de Piatã, mas pela grande oferta de cafés que chega de SP e Minas em SP, não achei até hoje uma cafeteria que servisse cafés baianos em SP, apesar da curiosidade (mas tbm procurei pouco. E como converso mais com o pessoal da Terroá, Rigno grande parte é para exportação e venda de grão vende, que deve estar vendendo a um preço bastante alto depois do primeiro E segundo lugar no Cup of Excellence), e as que servem blends mais exclusivos, geralmente são blends da Raposeiras, que são cafés de Minas e SP tbm. Acho que pela qualidade do café, e apelo exótico, 4,50 é um preço justo. Ah, por falar em blends próprios. Alguém aí tem idéia de quanto custa aproximadamente 1 kg de um blend pra cafeteria da Raposeiras??
  21. Milton Santos já tenho uma maior proximidade por conta da UFBA. Aqui o trabalho dele é bastante reconhecido e acho que já fui em um seminário dele por aqui, mas já tive contato com a obra dele (Sou formado em dança na ufba, e o curso de dança é basicamente um curso hibrido de humanas e artes, tanto que minha iniciação científica e trabalho de conclusão de curso foi em dança, ciência e tecnologia, e meus professores beberam bastante em Milton Santos e numa galera da Sorbonne, que desses o mais legal pra mim, inclusive pra pensar gestão, cool hunting e empreendedorismo é Michel Mafesolli. Dele que surge, por exemplo, o desejo de criar um curso de cafés caseiros, pensando como melhorar o jeito de fazer café em casa, nem que seja usando filtro Melitta e café Pilão, heheh) Nessas horas que vejo como sou nerd, e sendo nerd, consigo usar um bucado de coisas acadêmicas e artísticas misturando com os de administração, gestão e empreendedorismo. Mudando do café Pilão pro Lavazza.... Gilberto, lendo sua descrição do Lavazza, só posso imaginar que o que você tomou foi uma água com corante quente, hehe. O café da Eataly tá 5 dilmas, e vejo que os cafés em SP tão nessa média de preço, e os de Salvador também, usando equipamentos e grãos muito piores (exceto pela feito a grão com um blend próprio que me conquistou e que custa 5,40 dilmas). O que vocês acham desses valores ?
  22. "É um cafezinho de torra escura e sabor muito intenso". Dispenso, além disso, reforça que café espresso é café forte, e café forte é amargo, e quando sentir o amargor da torra escura, é pra fazer a cara da Ana Maria Braga e falar pros amigos que é intenso, e que é assim porque é italiano, como se existisse um pé de café da Itália Aiai, tenha medo
  23. Bom, como meu foco é baianagem e não ripongagem no futuro café de SP, meu desejo é ter os chocolates da AMMA a venda. O AMMA é um chocolate orgânico premiadíssimo no mundo produzido aqui na Bahia, E poxa, pelo marketing da Eataly, uma la marzocco e um grão melhor era o mínimo, não que o Lavazza e a La Spazialle sejam ruins, mas são comuns demais ao meu ver pra um espaço desse. Pra uma Eataly, acho que até uma Slayer e alguém sabendo comandar bem ela, além de bons cafés especiais, caberia muito bem no conceito da marca. Se bem que pra boa parte do publico que vai, ter um café com nome italiano tirado numa máquina com nome italiano já justifica ser um bom café por ter o pé na Itália (e suas cafeterias com robusta no blend)
  24. Wagner, talvez. A Eataly tá mais pra um shopping do que pra um espaço de coworking. No coworking a hierarquia quase não existe e é mais horizontal. Na Eataly não, existe uma estrutura e um conceito já dados, e se seu buteco cabe no conceito e apresenta números interessantes, massa, senão, tem uma fila de gente querendo aquele canto. No coworking os custos são coletivos, os lucros individuais, mas a saúde financeira de todos depende de todos. Usando bichos como exemplos, coworking tá mais pra uma caravela, que é uma colônia de cnadarios que flutuam e queimam juntos, ou pra lontras, que na hora de dormir, dão as mãos pra flutuam juntas e fazer o ato de dormir mais seguro e confortável. A Eataly tá mais pra um grupo de patos tendo um pato chefe. Na hora de dormir, quase todos os patos dormem normalmente. O pato chefe dorme com um olho aberto e o outro fechado pra garantir a segurança e uma estrutura confiável pro grupo em caso de alguma situação de risco. É possivel fazer um espaço assim num coworking? É, mas é uma pegada bem oceano azul, porque fazer junto ou separado vai ser caro do mesmo jeito. A vantagem é que será menos burocrático, porque a burocracia vai ser dividida entre todos. O que mais ferra no Brasil pra uma empresa não é o custo brasil, é o trabalho pra se abrir uma empresa. Se é um MEI, até que é bem rápido, mas fazer a correria de uma empresa comum dá trabalho, é mais rápido mas dá um trabalho do cão. Abrir uma EIRELI ou um Simples é o cão na terra. Na Walter iniciamos os tramites de abertura de empresa em Outubro do ano passado, felizmente, até hoje não está pronto, está perto do final, mas como estamos dissolvendo a sociedade, não ter a empresa aberta ainda é uma dor de cabeça a menos pra resolver. Numa empresa de coworking quem vai sofrer é o contador, heheeh, mas dependendo de como a empresa se organiza, até pra ele facilita, porque pode ter um espaço na própria empresa ao invés de um escritório tradicional
  25. Só satanás na causa ! Felizmente conseguiram o dinheiro, infelizmente pra quem investiu no projeto
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