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Tudo que Rodrigoks postou
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Isso é verdade. Tem a questão dos blends... Acho que dá pra fazer uma analogia com vinhos. Aqui sul do Brasil se investe, talvez por tradição, muito mais em vinhos varietais do que em cortes. Acontece que é muito mais difícil conseguir fazer um vinho varietal de boa qualidade do que um de corte, ainda que facilite o processo, pois depende da vinificação de uma única cepa. Na França, são muito mais comuns os assemblages, até porque eles tem tradição e conhecimento no trato com a bebida. Recentemente é que a indústria do vinho por aqui tem investido em enólogos e consultorias especializadas, o que tem agregado qualidade à bebida.
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Talvez uma sugestão seria que quem produzisse esses cafés de nicho vendesse pelo ponto de torra, e não pelo tipo de utilização, que é o que a gente mais vê por aqui. Um ponto de torra mais preciso, bem dito, não coisas vagas como clara, média, escura. Não precisa nem inventar, basta usar as escalas que já são referência mundo afora. Pode até ser impressão minha, e excluindo as distorções de cor que podem existir entre dispositivos de captação e reprodução de imagem, mas os cafés que vejo usados pra fazer espresso nos vídeos na Seattle Coffee Gear são muito mais claros que qualquer torra vendida como "para espresso" pelas bandas daqui. Rodrigo
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Hehehe. Concordo plenamente. O problema é que acabei usando boa parte dele, joguei fora a embalagem original, etc. Na época, por falta de noção, fui fisgado (sozinho, admito que ninguém me influenciou) pela ilusão de que um café caro por si só faria um espresso melhor. Mas foi um ótimo aprendizado. Compreendi coisas que demoraria muito mais pra perceber se esse erro não acontecesse desde cedo.
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Foi o que eu pensei intuitivamente quando vi (e provei o café): está torrado demais! E tive a confirmação coletando informações aqui e acolá. Diga-me uma coisa: aquelas tabelas de cores pra torra de café que se compra na internet (uns discos sobrepostos, como uma cartela de cores de tinta) pode dar um bom indicativo do ponto de torra? E se fosse pra dizer o ponto de torra desse meu café, eu diria de memória que corresponde ao 14 da tabela abaixo: http://www.google.com/imgres?hl=pt-BR&sa=X&biw=1280&bih=821&tbm=isch&prmd=imvnse&tbnid=TVVUVGfIACB_6M:&imgrefurl=https://www.sweetmarias.com/library/content/using-sight-determine-degree-roast&docid=pTkOchT3cknM9M&imgurl=http://www.sweetmarias.com/roastprocess-singlebean/roasting-allin1.jpg&w=800&h=617&ei=ztr9T9ijJ8bK6wG8-_3LBg&zoom=1&iact=hc&vpx=193&vpy=158&dur=5475&hovh=197&hovw=256&tx=144&ty=69&sig=109839684813026424667&page=1&tbnh=158&tbnw=205&start=0&ndsp=24&ved=1t:429,r:0,s:0,i:72
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O café? Quando fui comprar café no Café do Mercado, aqui em Porto Alegre, eles estavam com uma edição limitada de um café do Cup of Excellence. Não tenho maiores informações além disso. Vinha já lacrado em pacote preto, sem nenhuma identificação. Segundo o atendente, tinha sido torrado no dia anterior ao dia em que comprei. Só que ao abrir o pacote em casa eu achei a torra escura demais, grãos bem brilhantes marrom-escuro. Eu sei que lá eles tem um torrador Dietrich, e fazem a torra lá mesmo, na mesma sala da cafeteria do mercadão. Recentemente soube que eles tem cursos de barista. Estou pensando em fazer um quando tiver disponibilidade de tempo, que anda escasso ultimamente.
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Vou ver o que eu consigo com uma temperatura de extração inicial mais fria. Pra falar a verdade, como esse café foi o primeiro com que fiz experiências na minha máquina, não tinha muita noção de como surfar a temperatura. Não posso dizer que agora domino, mas já consigo resultados melhores. Tentarei e depois conto aqui se funcionou. É que esse café me custou R$ 25 por 250g, e não dá pra simplesmente descartar, né? Tenho obrigação moral de tentar mais.
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Pessoal, Já perguntei antes, mas queria mais opiniões. O que fazer com um café supostamente de boa qualidade e que está muito torrado para espresso (pelo menos ao meu paladar)? Coado foi o que me sugeriram. É por aí?
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Mesmo assim, muitas vezes compensa, ou porque não tem por aqui o produto(muito comum) ou porque é mais barato mesmo. Nas compras abaixo de 50 doletas, que costumam passar batido pela amostragem da RF, é praticamente certo que é ótimo negócio. Tanto é verdade que o volume de importações pessoa física não para de crescer. E o sintoma é que pra aduana despachar as encomendas está cada vez mais demorado. Eu tenho uma longa experiência de importação de badulaques de pequeno valor, e nunca demorou tanto como demora hoje, mais ou menos o dobro do tempo de antes.
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Temos uma democracia muito recente, Fogo Ruivo. Até meados do início dos anos 90 (até o governo Collor, mais especificamente) era impossível importar qualquer coisa, e a indústria nacional era muito atrasada em quase todos os setores. Pelo menos agora já é possível. Até não acho que seja uma questão de um governo isoladamente, mas uma questão estrutural, que envolve o modo como se assentaram as estruturas de poder no Brasil desde priscas eras. A conjuntura até tem mudado, lentamente. Mas não quero desvirtuar o tópico, hehe! Mas que me deixa acabrunhado o fato de que lá fora tu pode comprar uma Breville Dual Boiler por uns R$ 2.400, e aqui custa (importando, obviamente) R$ 5.700, não tem como não ficar desolado, rsrsrs.
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Valeu, Alexandre. Eu acho até que a Gaggia Dose é capaz de tirar um bom espresso sem modificações, mas não é nada fácil. O bichinho é manhoso pra caramba!. Mas algumas coisas não funcionam mesmo. Pra fazer latte, por exemplo, eu já aposentei a panarello. Aquilo lá deveria ser colocado em um aquário pra fazer bolhas, e não pra vaporizar leite. Abraço, Rodrigo
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É nessas horas que morro de inveja dos gringos. Pro brasileiro tudo é difícil, rsrsrsrs. Rodrigo
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Gerenciamento de temperatura da Gaggia
Rodrigoks respondeu ao tópico de Carneiro em Máquinas de Expresso
Certo, Márcio. Por enquanto meus testes tem sido mais na base do paladar. Mas já deu pra notar que a temperatura inicial de extração já interfere muito no resultado. Tenho feito testes com uns sachês que tenho do Atelier do Café. No meu caso fica bom pra comparar por dois motivos: padrão na amostra (sempre com o mesmo peso e compactação) e rapidez (tenho um moinho Hario, rsrs). Se eu fizer a extração logo após um ciclo da caldeira, o café fica horroroso. Amargo, sem acidez e complexidade. Mas se eu fizer algum procedimento de temperature surfing (o que tenho usado é abrir a válvula de vapor pra expurgar a pressão e calor excessivos), o sabor e o aroma melhoram muito. O que me intriga, conforme tenho falado, é a estabilidade de temperatura durante a extração. Mas sem instrumentos fica difícil afirmar o que efetivamente acontece. Fica no campo da estimativa. Mas tudo indica que cai mais do que deveria, sim. Rodrigo -
Tanto faz importar como comprar aqui. MAs não seria o caso de comprar fora e trazer na bagagem, não.
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Gerenciamento de temperatura da Gaggia
Rodrigoks respondeu ao tópico de Carneiro em Máquinas de Expresso
Já tinha lido esse artigo do AndyPanda. Estou pensando em adaptar a técnica pra minha Gaggia Espresso Dose. O Andy disse que utiliza, ou melhor, já utilizou, uma variação dessa técnica em uma máquina Briel, com caldeira de inox, como a minha. Rodrigo PS: Acabei de ler no Home Batista que você postou justamente nesse tópico. Interessantes as tuas ponderações. O esquema de partes da Gaggia Pure (que é quase idêntico ao da Dose) acusa que a caldeira Saeco de inox tem 9oz de capacidade, ou seja, aproximadamente 266 ml. Só não sei se essa é a capacidade volumétrica da caldeira com ou sem a resistência mergulhada dentro dele. Mas mesmo com a resistência imersa dentro, o volume não deve ser menor mesmo que 200ml. Nesta máquina, especificamente, o termostato fica atarrachado na parte superior da caldeira, próximo à lateral. Como o aquecedor fica imerso na água e o inox não é dos melhores condutores de calor, é de se supor que o termostato funcione com um certo delay, que só vou ter oportunidade de conhecer melhor quando meus termômetros chegarem. Estou curioso, porém. Gostaria de saber se é verdade que se eu primar a máquina pela saída de vapor em vez de pelo grupo a caldeira fica mais cheia. Por que se for verdade, é possível, pelo menos em teoria, que o delay de resposta do termostato seja um pouco menor nessa hipótese, pelo possível contato entre a água e a parte superior interna da caldeira (próxima ao termostato). Muita besteira? -
Interessante vc falar isso. Veja só minha pretensão. Comprei em Porto Alegre 250g de um café que teria recebido destaque no último Cup of Excellence. Detalhe é que foi o primeiro café que comprei logo após adquirir minha Gaggia Dose. Minha intenção era das melhores, mas o resultado foi desastroso. Além de o café ter uma torra muitíssimo escura (marrom escuro, todos os grãos muito brilhantes), o resultado dos espressos na minha máquina sempre foi muito amargo para o meu paladar. Claro que eu sou um iniciante, mas com outros cafés tenho tido resultados bem mais aceitáveis. Inclusive aceito sugestões sobre uma melhor utilização desse café Cup of Excellence de torra escura, pois como espresso na minha máquina não dá, rsrsrs. Rodrigo
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Caro Alexandre, Primeiramente, gostaria de dizer que é um prazer começar a participar desse forum, pois o pessoal é muito amigável e voluntarioso, e faz questão de dividir os seus conhecimentos com os novatos como eu. Em segundo lugar, pediria licença pra discordar quanto ao argumento de que os equipamentos não deviam ser modificados pra fazer o que foram projetados originalmente pra fazer. Na minhã opinião, é justamente esse o problema. Se eu seguir o manual de instruções da minha Gaggia, bastaria aguardar 6 minutos para o primeiro café após fazer o prime da máquina. Mas nesse tempo o portafiltro, só para ficar em um argumento, fica no máximo morno. Segundo o manual, pra vaporizar leite eu deveria acionar o botão de vapor e esperar ele parar de piscar. Mas se eu fizer isso, a resistência da caldeira desliga e a pressão de vapor só cai durante a texturização do leite, até o termostato resolver ligar de novo a caldeira. Há abordagens bem mais eficientes pra ter mais vapor. Não vejo grande inconveniente em fazer alguns mods nas máquinas de entrada pra deixá-las operando (ao menos em parte) de forma mais parecida com máquinas profissionais, alcançando resultados mais satisfatórios e com mais repetibilidade (principal problema a meu ver). De qualquer maneira, agradeço muito pelas suas informações, e assim que receber meus instrumentos de medição, com certeza que vou fazer os testes que indicaste. Depois posso organizar os dados e dividir as informações com o pessoal do forum, pois sempre alguém pode aproveitar os resultados, bem como críticas e ponderações quanto aos métodos e resultados são sempre muito bem vindas. E, Alexandre, em breve quero encomendar uma amostra dos seus cafés. Só não o faço agora porque o meu consumo é pequeno e tenho um pouco de café em casa ainda que não quero deixar envelhecer. Abraço, Rodrigo K.
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E nessa faixa de preço (da Silvano e da Oscar), Márcio, o que seriam boas pedidas de compra?
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Márcio, isso significa que a Oscar não é capaz de funcionar satisfatoriamente sem mods? Estive dando uma olhada no site do Chris Coffee, e na faixa de preço da Oscar tem a Quick Mill Silvano, que já vem com PID, e por um pouco mais (uns $200) uma Quick Mill Alexia, com PID e grupo E61. Na opinião dos foristas, qual a opinião sobre essas máquinas? Rodrigo
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Como nunca fiz a medição da temperatura, é um palpite. Mas com alguma fundamentação: 1-Tenho lido muito em diversos fóruns (coffeegeek, homebarista, grupo da Gaggia do yahoo, etc.) que esse é um problema comum das máquinas de caldeira pequena, especialmente a caldeira saeco de inox. Então não é um dado produzido por mim, mas que foi experimentado por outros com regular frequência; 2-Mesmo se eu começar a extração imediatamente após um ciclo da caldeira, quando sei que a temperatura da água ainda está muito quente, é praticamente certo que o termostato vai ativar a a caldeira antes do final da extração. Sabemos que os termostatos bimetal que vem de fábrica trabalham com uma faiza de temperatura bem ampla, então dá pra intuir que a temperatura está variando demais durante a extração, ainda que o termostato meça a temperatura na cabeça da caldeira e não reflita exatamente a temperatura da água, que vai ser influenciada também pela temperatura do grupo; 3-Percebi que é muito difícil fazer extrações consistentes. Meu problema inicial eram extrações muito amargas, mesmo com um café que eu sabia que não tinha essa características. Sei que outros fatores entram em jogo, mas parece ter algo a ver com uma temperatura muito alta no início da extração. É fácil perceber que após um ciclo de aquecimento da caldeira (que leva em média de 20-25 segundos com a máquina razoavelmente aquecida) a água fica fervendo dentro dela por um tempo, pois é possível até ouvir. E se eu abrir a válvula de vapor, sai um esguicho de água e vapor com razoável pressão. Logo a temperatura da água dentro da caldeira deve ser de 100 C ou um pouco mais; 4-Uma técnica de temperature surfing que tenho usado com algum sucesso é abrir a válvula de vapor assim que termina um ciclo da caldeira, deixando sair a pressão (e calor excessivos) por uns 15s. Daí fecho a válvula e faço a extração imediatamente. Se for com a cesta de single, consigo um café de sabor bem razoável, e a máquina só liga a caldeira bem no final da extração; já com o cesto duplo é um pouco mais complicado, pois o volume de água que entra na caldeira faz o termostato ativar mais cedo na extração. Claro que são apenas suspeitas, e são baseadas mais em impressões do que em dados empíricos. Mas prometo postar os resultados que encontrar quando começar a fazer medições. Encomendei dois thermocouples no ebay. Vou instalar um na caldeira, e outro vou utilizar para fazer o styrofoam cup test. Outra possibilidade de instalar o segundo termômetro é colocá-lo entre o portafiltro e filtro simples pra sachê, que diminui um pouco o fluxo de água, e quem sabe obter resultados mais próximos do que acontece em uma extração real. Pode ficar à vontade pra corrigir alguma besteira que eu tenha falado. E minha idéia de "dimmerizar"a resistência da caldeira é muito absurda?
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Pessoal, Sou novo no fórum. Recentemente ganhei de presente uma Gaggia Espresso Dose. Como não gostei muito da qualidade dos cafés de sachê, que são no máximo aceitáveis, comprei um Hario Mini Mill, que deve servir nessa fase de aprendizado até adquirir um moinho definitivo. Pois bem, tenho sofrido com a falta de estabilidade de temperatura da Dose. Ele vem com um boiler saeco, de aço inoxidável, resistência interna na massa de água, e o termostato centrado em 95º C (não medi, mas os esquemas que achei na internet confirmam isso). O problema é que a temperatura flutua muito. Ainda não medi, pois os termosensores que encomendei no ebay ainda não chegaram, mas obviamente a temperatura passa dos 100ºC no pico quando a resistência desliga e fica abaixo de 90 no momento que a resistência é ativada novamente. Isso tem feito que eu tenha extraído mais singles do que doubles, porque o volume de água fria que entra na caldeira é menor, e acaba variando menos a temperatura. Mesmo assim, antes do fim da extração a resistência costuma ativar, o que significa (provavelmente) que a temperatura já caiu muito. Estou com uma idéia para minimizar esse problema e gostaria de saber a opinião do pessoal aqui do forum. Já notei que se eu deixar o botão de vapor ligado durante toda a extração a temperatura aumenta (demais, fica difícil controler). Pensei então que se eu instalasse um potenciômetro (como o thermo banho, ou algum outro mais específico para a potência de 1100W) no circuito da resistência da caldeira eu poderia manter o botão de vapor ligado durante toda a extração, mas com uma potência um pouco menor, mantendo a temperatura do shot mais estável. Vocês acham essa idéia muito absurda? Abraços, Rodrigo