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Alexandre Chaves

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Tudo que Alexandre Chaves postou

  1. Boa tarde, Beatriz. Para obter um café sem amargor, há algumas variáveis que devem ser consideradas. A primeira delas é a forma como o grão foi torrado e até que ponto. Uma boa torrefação garante que se obtenha o melhor do café. Quanto mais avançada a torra, mais escuro e, quanto mais escuro, maior a probabilidade de se obter amargor, devido à carbonização dos grãos. Começando, então, pela torra, prefira cafés de torras mais claras. Aí surge um outro problema, que é o de você não ter como verificar a cor da torra quando compra cafés embalados moídos. A informação sobre o ponto da torra, normalmente, não estará disponível na embalagem. E nem nos grãos torrados vendidos em supermercados. O único meio de você obter grãos cuja informação sobre a torra seja minimamente confiável é comprar de torrefadores de cafés com classificação gourmet, que normalmente oferecem informações sobre o perfil de torra e as notas sensoriais oferecidas por aquele perfil. Para comprar grãos, recomendo um dos diversos vendedores de quem os demais usuários do fórum compram regularmente. Minhas melhores experiências, até o momento, foram com o Café Creme e o Seleção do Mário. Também tem torrefações maiores e mais famosas, como o Café Orfeu e o Suplicy Cafés Especiais, que oferecem bons cafés. Tem a questão da temperatura, também. Você vai precisar aprender a "surfar" na sua máquina. A temperatura ótima para extração de espresso se situa entre 92 e 93ºC. Menos que isso costuma deixar o café muito ácido. Mais que isso, amargo. A espessura da moagem também determina o amargor. O café para espresso deve ser moído bem fino, para que seus sólidos sejam melhor extraídos e que se possa "perceber" o café em sua potencialidade máxima. Mas grãos moídos finos demais tendem a "chocar" a máquina (que foi o que aconteceu com você) e os cafés, a ficarem mais amargos. Já a moagem muito grossa vai ocasionar uma subextração, e entregar uma bebida mais ácida. Por fim, o mais importante, depois da torra (isso na minha opinião, alguns usuários podem ter opinião diferente), é a moagem na hora, com controle da granulometria, que compreende a espessura e uniformidade dos grãos. Isso, só com um moedor minimamente razoável. Dentre os elétricos, a melhor opção de entrada é o Encore, da Baratza. Dentre os manuais, tem o Hario Mini. Em termos de granulometria, o Encore ganha por uma margem pequena. Já em termos de conveniência, não temos como comparar, os moedores elétricos sempre vencem (desde que haja eletricidade disponível e não se esteja em trânsito). Se você pode obter um café adocicado sem moer na hora? Pode. Basta ter um pó de café de boa qualidade. Mas o grão pré moído perde suas propriedades muito rapidamente, e não há nada que se possa fazer quanto a isso. Já o café em grãos, normalmente, conserva bem suas propriedades até um mês após a torra, ou até mais, se bem armazenado.
  2. Conforme o post do Bernardo, parece valer a pena.
  3. Entendi desde o início que a moagem era independente da extração, mas se fosse comprar uma máquina assim, ia querer usar o moinho. Bom saber que é fácil de limpar, apesar de ainda ter dúvidas sobre a consistência da moagem, bem como a diferença os passos do moinho, que imagino serem muito distantes. Sobre o portafiltro, é pressurizado ou não? Parece muito os pressurizados da DeLonghi.
  4. Bom, minhas impressões iniciais sobre a máquina são as seguintes: o primeiro problema é esse moinho acoplado, que deve ser difícil de desmontar para limpar, deve reter bastante café e isso tem o potencial de arruinar qualquer extração, pois o contato do café novo com a sujeira e com o café oxidado vai promover uma deterioração indesejável. Além disso, a uniformidade da moagem, bem como os ajustes, devem ser semelhantes ao de máquinas superautomáticas, que costumam ser bem precários. O segundo problema é que me parece que o sistema de filtro e portafiltro é pressurizado. Se o seu nível de exigência não for muito alto, você ficará satisfeito com o sistema. Se você, no entanto, já desenvolveu gosto por espresso e consome cafés bem extraídos em cafeterias sérias, vai ficar decepcionado. Por fim, se for para tirar cafés em equipamento com sistema pressurizado, preferiria investir um pouco a mais e comprar um moedor manual, com o qual se pode ter muito mais controle sobre os resultados da moagem, e uma máquina de entrada, como uma Saeco Poemia. Mas também acho que vale testar a máquina. Leve o grão de sua preferência e peça ao vendedor para fazer um café com ele na sua frente. Se ficar satisfeito, feche a compra, o preço está razoável.
  5. A Bonavita tem dois modelos com aquecimento elétrico: a electric e a electronic. A diferença entre as duas é que a electronic permite o controle da temperatura, tem um mecanismo eletrônico de controle e seleção, enquanto a electric funciona como as demais chaleiras elétricas comuns, tem um sensor que a desliga quando a água atinge temperatura de fervura.
  6. Sim, Lisboa, ela mantém a temperatura programada. Isso já foi tópico de debate, aqui.
  7. Tem uma nova à venda por R$ 9.700. Alguém encara?
  8. Vem sim, e funciona a contento. Também vem pronta para ser acoplada à Drip Station, o que a torna ainda mais interessante.
  9. Você está certo, Seiti. Tomo o café ruim disponibilizado no trabalho, diariamente, por pura necessidade de cafeína. Eu até tinha uma Aeropress, com uma jarra elétrica e um Hario Mini aqui, mas me "pediram" para parar porque estava incomodando uma colega, que "não suporta" cheiro de café, e que estava muito incomodada com o barulho da britadeira (Hario MIni), que durava muitíssimo tempo (45 segundos). Mas, veja bem, eu só tomo o café do trabalho por necessidade. Com o paladar um pouco mais desenvolvido, não se toma mais Nespresso por prazer, e sim por conveniência.
  10. Faço parte do clube da Hario. Paguei R$ 250, há um mês. Tenho uma xing ling comprada no Mercado Livre também, que me serviu por um bom tempo. Mas a Hario é pura conveniência, pois tem o cronômetro incorporado, e pura elegância e design.
  11. Se você tiver um moedor de razoável para bom, cafés bons e frescos, e fizer a moagem na hora da extração, você conseguirá, utilizando a máquina em seu estado original, cafés bem melhores que Nespresso. Se modificar o portafiltro e a máquina, os cafés ficarão ainda melhores. Mas há uma diferença nada trivial entre espresso e Nespresso: o espresso envolve um ritual de preparo, que dá trabalho e que só é recomendável a quem deseja um novo hobby. Nespresso é bom para quem quer conveniência, não dispõe de tempo e não tem o paladar muito desenvolvido. Quanto ao moedor, não existe nada bom e barato. O moedor elétrico mais barato e que vai lhe entregar resultados aceitáveis é o Baratza Encore, que é vendido na faixa de preço entre R$ 750 e 1.000. Já dentre os manuais encontrados no Brasil, o melhor, em termos de regulagem e granulometria, é o Hario Mini, que pode ser encontrado na faixa de R$ 150 a 250. Um Hario Mini e uma Poemia lhe oferecerão muito mais qualidade que qualquer café em cápsulas.
  12. Já que seu amigo está lá fora, ao invés de um Hario Mini, peça para ele trazer um Porlex Mini. É mais robusto e durável. Quanto à Aeropress, é o método de preparo favorito de muitos de nós, devido à versatilidade. Mas você pode comprar tranquilamente por aqui, e se seu orçamento não permitir a compra à vista, você sempre pode parcelar.
  13. Legal, Walter. Então, em termos de valores, ainda sai mais caro que importar uma máquina de U$ 1.000, pelo fato de a máquina ser de uma categoria superior, o que responde também à pergunta do Muraro.
  14. Suponho que comprar uma Vivaldi no Brasil, pelo fato de ter distribuidor oficial com estoque local, acaba saindo um pouco mais barato, rápido e conveniente que importar uma máquina de U$ 1.000.
  15. Bela crema, levando em consideração o equipamento utilizado. Parece muito bom.
  16. Acabei de tomar um Seleção do Mário exótico, Melado de Cana, no V60. Tomei dele duas vezes, preparado na Aeropress, ontem. O café é bem doce, mas "perturba" menos o paladar que o Mel de Abelha. Achei menos pungente, mas bem mais balanceado, tudo tendendo para o centro exceto a doçura, que é mais para o alto. Um café para ser tomado em qualquer ocasião, e que deve funcionar em qualquer método de preparo.
  17. Estava sem café uns dias atrás, esperando chegar uma encomenda. Passei pela 202 Sul, quando vi que o Antonello Monardo mudou de nome, mas os cafés ainda estavam à venda no estabelecimento novo, que suponho que tenha participação dele. Comprei 250g do café, e veio um café tipo peaberry, diferente do que tinha comprado dele anteriormente, que devia ser peneira 11 ou 12. O café estava ótimo, torra média/clara, com bastante acidez, e umas notas de capim cidreira, riquíssimo. Funcionou bem em todos o métodos de preparo que tentei - V60, Aeropress e French Press.
  18. Pois é, Miyamoto, pensei exatamente em você quando vi a figura. Essa vai ao encontro da sua opinião, e de encontro à minha.
  19. Se achar uma Crossland CC1 em uma loja física de Nova Iorque, é uma excelente pedida, porque ela já vem com uma quantidade de eletrônica embarcada que lhe permitirá operar bem as variáveis concernentes à extração. Entretanto, pessoalmente, ainda preferiria uma Silvia com PID a uma CC1, pois a Silvia, além de mais elegante, também me parece ser muito robusta. Infelizmente, não conheço nenhuma dessas lojas de equipamentos de referência na Web, como Seattle Coffee Gear, Whole Latte Love e Prima Coffee, que tenha loja física em NY. Em NJ tem a 1st-line Equipment, que vende a Silvia em seu estado original.
  20. Já eu, sempre achei o contrário.
  21. Por prudência, acho importante você levar em conta o valor de um possível tributação. Se você não for tributado, sairá no lucro, mas leve em consideração que é um equipamento de volume considerável. Não é possível trazer um equipamento desses em bagagem de mão, vai ter que ser despachado. Quanto à escolha de máquina, dizem que Silvia é mais difícil de domar, mas é também mais robusta e durável. No entanto, é também mais cara. Com um PID, vira um equipamento fantástico. E a Seattle Coffee Gear costuma vende-la com PID instalado. Eleva o preço, mas você não vai ter necessidade de trocar de máquina tão cedo.
  22. Você pode tentar colocar o café moído, já com o grão moído mais espesso, em um papel toalha, e então despejar o café no filtro. O papel toalha retém uma parte dos fines. Mas, pelo que me lembro do uso que já fiz de coadores de pano, não tem muito pra onde correr, sempre vai haver mais particulado na bebida que quando filtrada com uso de papel. Mas ainda é menos que na prensa.
  23. Acabei de tomar um Seleção do Mario Mel de Abelha filtrado no V60. Esse café tem uma doçura que beira o excesso e inebria o paladar, impressionante. Estou com um colombiano, dado por um amigo cuja esposa trouxe na mala dos EUA. Fiz um dele anteontem, também espetacular, de uma complexidade memorável.
  24. Salvo engano (porque me baseio em leitura e não em experiência própria, por não ter tido contato com nenhum dos equipamentos citados), a principal diferença entre o Vario e o Rocky é que, no primeiro, há a possibilidade de fazer microajustes na granulometria, o que pode diferenciar um bom espresso de um ótimo espresso. Por outro lado, o Rocky passa uma sensação de maior robustez, mas que pode muito bem ser falsa. O Vario tem outra vantagem muito importante sobre o Rocky, que é o controle de dosagem por tempo. Dentro dessa faixa, não tem nada que concorra com o Vario, na minha opinião. Um pouco acima, acho que um Mazzer Mini, por ser stepless, entregue uma moagem tão boa quanto o Vario, com um pouco mais de robustez, mas ainda acho que o Vario é uma opção que apresenta um melhor custo x benefício.
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