Aconteceu comigo algumas vezes, ao longo de uma semana, visitar a mesma cafeteria, pedir espresso, o cenário mais ou menos igual, e a bebida vir diferente. Na verdade, agora não espero plena constância nem quanto a isto. Acho que há os fatores ligados ao preparo, mas também os de contexto, ambientais e os de nossa percepção sensorial. Então, antes de mais nada, não acredito que seja uma bebida a um só tempo feita de qualquer jeito e invariavelmente boa, no caso das cafeterias.
Quanto ao preparo em casa, dificuldades envolvem a entrega de temperatura e pressão as máquinas, excluída a possibilidade de uso de um moedor não adequado. E então, um café não amigável para espresso. Superado isso, acredito que as coisas ficam mais propícias, entra a questão da margem alongada.
Acontece que não temos muito braço, em casa, é difícil fazer algo em volume, escala, quando piscamos o pacote de 250g acaba, ao lado disso vem o desejo de ajustar atacando em várias frentes, uma solução pode boicotar uma eventual melhora advinda de outra, quando aplicadas de uma só vez.
Com a Flair, eu gostava de experimentar os perfis mais heterodoxos e divertidos de pressão, mas se fosse resumir, hoje, o que mais gosto em termos de resultados é quando não invento muito e faço o simples, conforme os vídeos da própria Flair.
E assim, ter paciência, repetir, buscar o simples, não focar tanto no vazio que um equipamento que não se tem sugere.