Carneiro

Sim, falei de 600 ml pelo grupo, que seria o que a bomba está empurrando sem perder muita carga (por isso é difícil medir, pode ter restrições como tubo mais fino no caminho mudando o fluxo). Se mediu 250ml em 60s na OPV com um filtro cego, talvez esteja até com um pouco menos de 9 bar, mas isso não é ruim. Teste a partir daí o sabor, crema etc. De repente, se achar que não está bom, aperte um pouco para dar 200 ml/min. E assim por diante. Márcio.

Rafa. Provavelmente sua bomba é a E5. Perguntei de quanto sai de água em 1 minuto (mas pode medir 15 segundos e multiplicar por 4), para ver se ela está funcionando próximo da média que é o gráfico azul. Teria que ter uns 150 ml (gramas) de água em 15 segundos. A bomba não é um reloginho, pode variar com o tempo e ainda tem a questão de voltagem (220V a 240V) e frequência. Se, por exemplo, der 600ml, de repente tenta usar o filtro cego e pesar a água que sai da OPV em 15 s, e acertar a OPV para sair 50ml em 15s. Isso deveria te dar uns 10 bar máximo, e durante a extração dos cafés estaria na faixa de 9 a 9,5 bar. Márcio.

Há algum tempo a Breville anunciou essa nova máquina de espresso de duas caldeiras, que popularmente ficou "Breville Dual Boiler", inclusive com o nome agora registrado como marca the Dual Boiler. Basicamente é uma máquina com duas caldeiras, uma de 1L para vapor, que também pré-aquece a água que vai para a caldeira de café, de 200ml com o grupo integrado. Todas de inox, com partes de alumínio com teflon, e inclusive porta-filtro em inox. A máquina tem detalhes interessantes que podem ser lidos nessa rápida avaliação no Coffee Geek. Agora, já depois de alguns meses de lançamento, alguns consumidores estão contando as experiências e outros loucos por café comparando com máquinas profissionais. Parece bem interessante e uma opção moderna, com fabricação chinesa, mais barata e aparentemente de qualidade, de uma máquina com duas caldeiras fácil de usar e bonita aos olhos (claro que isso é relativo), com mais cara de eletrodoméstico - cara de petrecho da Breville/Cuisinart, leia-se, inox escovado e led azuis. A Art Home, importadora da Breville, me informou que ia verificar a possibilidade de importação. Hoje consegui uma informação importante que desanimará os interessados no momento pela máquina: Apesar do governo ter avisado antes o cronograma de obrigatoriedade de certificação, parece que todo mundo deixou de última hora. O equipamento não deixa de parecer uma boa compra, ainda mais como preço de USD 1200 nos EUA (que chega a USD 999 em promoções). Não sei como é a qualidade das extrações, do vapor e da fabricação, não estou sugerindo a ninguém que essa seja a melhor opção do século! Abraços, Márcio.

Como diria Hamlet, "Há mais coisas entre o grão e a xícara do que sonha a nossa vã tecnologia". As moagens de moedores diferentes, mesmo acertando a faixa correta para extrações em razão e tempo semelhantes (por exemplo, 30 segundos, 75% de razão de extração), vão compor distribuições diferentes de tamanhos. Em geral entre cônicos e planos há mais diferença, pois além dos particulados, chamados de "fines" em inglês, os planos costumam dar uma distribuição modal e os cônicos uma distribuição bi-modal. Ainda assim, entre moedores semelhantes, também há variação da distribuição e, provavelmente, no formato dos grãos. Também um moedor pode aquecer mais ou menos o pó ao moer... Será que tudo isso dá diferença na xícara? No final das contas, essas diferenças vão ser amplificadas com cafés excelente e complexos e torras excepcionais. Mas, mesmo com cafés básicos do nosso dia a dia, talvez seja possível notar. E, finalmente, também há que se considerar a consistência do moedor entre as extrações. Tem moedores que funcionam bem para expresso, mas que dão resultados meio aleatórios, vez ou outra excelentes, vez ou outra médios, e algumas vezes desastrosas... Para saber disso, só testando uma temporada. Tem uma empresa que importa Breville, a Art Home, mas que não importa o Smart Grinder, então não deve dar muita bola para a assistência. Talvez seja mais fácil conseguir peças diretamente com a Brevilla na Austrália. Com a Baratza é possível - inclusive eles vendem online a maior parte das peças que podem dar problema. Márcio.

Não usei o Rocky, mas imagino que a graduação seja mais semelhante ao Virtuoso. Se não me engano até com graduação mais larga (menos pontos na faixa toda) que o Virtuoso. O Preciso tem uma segunda escala de 11 pontos para variar a moagem dentro de cada um dos 40 pontos. Durabilidade do Virtuoso e Preciso só daqui um tempo saberemos. Claramente é um moinho barateado, a carcaça é de plástico, bem como muitas outras peças. Mas o motor é bem robusto. Não sei o tempo de vida dessa peça. As outras são muito baratas para se preocupar. Em relação à durabilidade das mós, como o uso doméstico é pouco, acho que demora muito para precisar trocar... Márcio.

Entendi. Não há muito texto em português mesmo, por isso esse fórum é importante e vai crescer. Aguardem o conteúdo estruturado com artigos, tutoriais etc. Nos moinhos, muito se fala de dosador ou não. O MDF, por exemplo, assim como Rocky com dosador, Macap com dosador etc, vai dar mais trabalho para fazer um café ou outro durante o dia. Afinal, não vai querer encher o dosador e usar a característica dele de dosar corretamente, mas ficar com o pó velho em menos de hora. Ao mesmo tempo, já testei o MDF e achei ele um pouco barulhento e lento, mas a qualidade final da moagem é boa. Os moinhos Virtuoso e Virtuoso Preciso são semelhantes (e agora parece que o Virtuoso vem com as mós do Preciso), a diferença sendo a adição da segunda escala de regulagem no Preciso (mais opção de regulagem sutil para expresso). A qualidade da moagem é muito boa, já testei bastante o Preciso e acho o perfil de sabor excelente. Tive que trocar 2 vezes a engrenagem da mó, não sei se minha unidade tá com algum problema ocasionando isso ou se é fácil mesmo forçar e quebrar. Não foi nenhum grão verde ou pedra, só moagem de cafés mais densos (torras claras). Mas, a peça é barata e fácil de trocar. O Virtuoso, por USD 200, é muito bom. O Preciso já é um pouco mais caro. As mós do Preciso fazem a diferença, então se encontrar o Virtuoso com essas mós, melhor. Sobre o Breville não posso dizer muito, o Léo aqui do fórum é que tem e gosta bastante. Eu imagino algo na linha do Preciso, com mais detalhes eletrônicos. Alguns detalhes aqui são difíceis de comparar. Por exemplo, do dosador, eu acho um saco, mas muitos podem achar que é algo como "fechar a cortina" pra TV de LCD, é só se acostumar a usar o dosador, limpar rapidamente e boa. A durabilidade do produto não é algo subjetivo, mas trocar uma peça barata rapidamente também pode não ser problema algum para muitos. No final das contas, o mais importante, que é o sabor, é subjetivo. Tenho impressão que MDF, Rocky, Preciso, Virtuoso, Breville Smart etc, dão resultados bons, e acho que nesses tamanhos menores as mós cônicas ganham em custo/benefício. Márcio.

Ricardo! Você tem um valor limite que quer gastar? Márcio.

Regular a válvula pelo fluxo é meio difícil. Primeiramente, teria que ver o quando a bomba empurra livre, mas fica mais difícil. Ao menos esse teste faça - quantos ml de água sai pelo grupo (sem filtro sem nada) em 10s ou 15s? Se possível faça uns 4-5 testes e pese a água. Abraços, Márcio.

Talvez primeiro colocar um controlador PID, depois algo como uma OPV regulável, se é que isso importa tanto. Se não dá para pegar o Vario, acho que o Preciso é mais prático que os outros e a qualidade é bem boa. Márcio.

Sim, pode ser. Mas curioso que as mós devem ser maquinadas mesmo, não fundidas, pela aparência das fotos... As de cerâmica, por sua vez, acho que só são feitas em moldes. Márcio.

Não... A expressão die casting significa metal fundido ou injetado, pode ser alumínio, latão etc. Pelo que sei a expressão die cast é referente a miniaturas de veículos em metal injetado. Não sei qual foi a intenção da Krups com esse nome. Márcio.

Uai, controlador de temperatura, em máquinas com uma caldeira ou duas (nesse caso na caldeira de café) vale a pena. Te trará a temperatura inicial consistente. Apenas por gosto... É mais visual. Você pode regular essa válvula e limitar a pressão no valor desejado. Pode ser 8, 9 ou 10 bar. Em geral essas máquinas vem com a válvula fixa em torno de 11 bar. Sim, é a de alumínio. Não sei se é melhor que inox, transfere calor mais rápido, mas inox não tem erro quanto a problemas de corrosão. Mas os modelos com a caldeira de inox, como a Dose e Color, parece que têm dado reclamações com outros problemas não relacionados a caldeira. As Gaggias e Silvias estã no mesmo patamar, mas claro que cada uma tem seu perfil de temperatura e seu disco de dispersão. A Silvia vêm com OPV regulável, uma ou outra Gaggia também (Classic e Baby antiga?). Se tem uma Gaggia, não vejo muita melhoria numa Silvia. Se gosta de usar o vapor, uma máquina com trocador de calor ou duas caldeiras separadas é uma melhoria. Márcio.

Sou um mero administrador aqui!

Café já moído é furada! Entendo a idéia de gastar o pouco dinheiro em um bom produto, mas eu não acredito que os moinhos mais simples e máquinas baratas são bons produtos para espresso. Combinação moedor simples e máquina simples (filtro pressurizado) te dará um quase espresso. Em geral será algo mais próximo do café creme, um café mais diluído (ou de extração bem menor) que o espresso. Mais fácil de usar e mais garantido sair sempre o resultado satisfatório. Combinação moedor bom e máquina boa (filtro sem pressurização) te dará um espresso. Mais difícil de usar, garantido um resultado bom e com cuidado e café excepcional, pode obter resultados excelentes. Depois disso pode aumentar a qualidade com moedor melhor e depois máquina melhor (ou modificações na máquina boa, dependendo do caso). Abraços, Márcio.

Não, o custo é pago e ponto... O software também foi pago, mas foi um custo fixo. Os anúncios AdSense vão ajudar a diminuir o custo. Quem sabe em breve não tenhamos um sistema de propaganda ou patrocínio oficial. Acho que por enquanto a idéia é divulgar e crescer, afinal é uma comunidade. Abraços, Márcio.

É, o RSS do IP.Board é bem estranho. Não há opção dele publicar as respostas, e pelo que vi não tem atualizado mesmo. Vamos procurar mais informações na Internet e tentar arrumar. Por outro lado, essa interface é bem melhor, tanto visualmente, quanto em recursos, que a antiga do Nabble. Eu mesmo não senti mais vontade de usar o RSS. Ao acessar aqui todos nos ajudam a manter o custo de hospedagem e divulgação do fórum, que não é barato. Abraços, Márcio.

Minhas correções: Moinho: Gosto muito do Kyocera e Hario manuais, mas não tenho certeza que dará resultado satisfatório. Na moagem bem fina, dá sim, mas é bem um limite baixo e muitas vezes vai sair gotejando o café, muito mais extraído que um ristretto. Uma opção boa, mas não barata, é o Pharos, do Orphan Espresso. Tenho o 8º que ele fabricou, penei um pouco no começo para acertar o alinhamento dele, mas parece que ultimamente ele acertou a fabricação e muitos usuários estão gostando. Por USD 245, não é barato... Mas ele tá planejando fazer um moinho com mós de 38mm que deve ficar mais em conta, não sei qual vai ser a qualidade pro espresso, considerando que nesse ele quer focar em moagem para prensa francesa e prova de café. Marcas Os modelos antigos da Gaggia parecem ser melhores mesmo. A Classic não tinha erro, peças robustas. A Coffee Machine ainda tem várias Baby (modelo anterior) por bom preço, e acho que tem OPV regulável. Logo consigo testar uma para dizer o que acho. Como estou sempre fuçando em máquinas e restaurando o que aparece de legal, não deixem de me perguntar... Márcio.

Com duas caldeiras você pode controlar a temperatura da caldeira de café para o valor desejado de extração, seja com um termostato preciso ou eletronicamente (controlador PID). Também pode desligar a caldeira de vapor (mas algumas máquinas como GS/3, Alex Duetto II etc usam a caldeira de vapor para pré-aquecer a água que vai para a caldeira de café). Um controle com termostato, no caso da caldeira de café, se o termostato for preciso, pode ser muito bom (há termostatos com banda de +- 1°C). Mas são caros. Como hoje é muito barato um controlador PID, também fica fácil. A caldeira de vapor, tanto no caso de trocador quanto duas caldeiras, pode ser controlada por um pressostato (pressão da caldeira) quanto por um termostato ou PID (temperatura). E nesse caso controlar a temperatura da água do café é parecido com "surfar", mas em geral a água está bem quente, é necessário extrair a água sobre-aquecida mais um volume para jogar a temperatura para uma faixa desejada. Em geral não tem um visual do valor desejado... Em geral o controle de temperatura não muda muito o perfil. Nas Gaggias, pode ser que o PID ajude a diminuir minimamente a queda, pois a resistência é ligada 100% logo que a temperatura cai mais que uns 3-4°C. Mas não deve mudar muito não. O controle de temperatura garante o início da extração. O perfil de temperatura é mais relacionado ao projeto - caldeiras pequenas e termoblocos costumam dar um perfil de queda, como as Gaggias dão uns 4°C, Silvia uns 1-2°C. Caldeiras maiores, como a Marzocco, dão algo mais plano. Há muito tempo o David Schomer, uma referência entre os baristas, insistiu que fazia diferença, modificou a Linea dele (pré aqueceu a água no vapor) e disse que fez maravilhas. Hoje, já se fala em perfil de temperatura, que uma queda pequena ou uma subida pequena pode fazer diferença. Acho que não teremos uma definição de negativo ou positivo, cada máquina tem sua personalidade pela dispersão da água, pressão, e perfil de temperatura. Márcio.

Finalmente fixei o controlador e fechei a tampa. Ficou jóia. Tenho usado o bico de 2 furos que arranjei pro vapor, tem sido bom. Última oferta aos membros, preço especial, só me escrever mensagem privada. Semana que vem coloco no Mercado Livre. Final de semana farei vídeos. Abraços, Márcio.

E gastem todo o orçamento primeiramente num moinho!!!

Já enviei uma senha provisória para o Gustavo, vamos aguardar e ver se ele consegue acessar o fórum.

Teve um tempo que havia Gaggia Evolution por R$ 499,00. Opção excelente. Mas a Viva Gaggia é a Evolution com o grupo em alumínio, bem como o porta-filtro, eu fugiria. Se encontrar uma Evolution ou Carezza por 200-300 reais, vale a pena. Márcio.

Não gosto muito do termo "queimar" o café, não é bem claro. Por que 96°C ou 97°C "queima" o café e 95°C não? De qualquer maneira, a questão é a extração mesmo. Deixar o café na água fervendo aumenta muito a extração, pela alta temperatura (e tempo prolongado aumenta a extração). Jogar o café na água quente com o fogo desligado, deixar em infusão e depois coar, também vai ser uma extração maior. Ou seja, o gosto dessa pessoa, como o Léo disse, é por um café super-extraído, que significa muito extraído (melhor ainda, extraído além do ideal). Infelizmente uma prensa francesa talvez não agrade sua visita, pois a infusão é longa, mas normalmente se usa moagem mais grossa. Agora, uma pergunta importante - qual moagem usa para o café coado? Ou o pó já é moído? E qual dosagem (quantos gramas de pó por litro de água)? Você filtra mais lentamente ou joga toda água no pó (isto é, quanto tempo leva o processo para coar 600ml ou 900ml)? Observo que muita gente gosta de preparar o café na água e depois coar pois se jogar no pó rapidamente a filtragem será rápida e o café ficara "aguado", ou seja, sub-extraído. Ao mesmo tempo o gosto do brasileiro, em geral, é por um café coado concentrado. Márcio.

Na verdade, costuma-se dizer que a regra é de 25 a 30 segundos... A pressão de compactação não é tão determinante. Moagem e dosagem são muito mais importantes nessa equação. Para o filtro pressurizado, a faixa de trabalho para a moagem é mais grossa, pois você não pode criar um bolo muito restritivo. O café, ao sair do bolo e passar pelo furo tem que ter pressão e isso determina a pressão máxima da bomba durante a extração. A regra dos 25-30 segundos de extração pode ser seguida. A partir daí, pode moer um pouco mais fino, ou dosar mais, para aumentar o tempo de extração, de repente 35-40 segundos e ver se melhora para seu gosto o café. Não acredito que extraindo com menos de 25s conseguirá algo satisfatório, exceto se quiser um café longo. Márcio.

Olás. Parece que a Krups lançou um moedor que compartilha a mesma estrutura do Sunbeam e Graef, só que mais barato. Tem um tópico no Home Barista: Krups Conical Burr Grinder - 1st Look E o link da Amazon: Moedor Krups GX610050 na Amazon Inclusive verifiquei que eles oferecem envio por courier, mas não sei o custo. O mais interessante é o preço, 99 dólares é bem barato para um moedor que pode dar um resultado decente pra expresso. No tópico o Eric testou um café pouco denso, já que ele mesmo comentou que havia chegado no segundo estalo. Seria interessante testar com cafés mais duros, torras menos escuras, para ver se o moedor dá conta (normalmente pode aparecer problemas nas engrenagens, mesmo que se consiga moer fino). Abraços, Márcio.