-
Total de itens
5.871 -
Registro em
-
Última visita
-
Days Won
15
Tudo que José Cal Neto postou
-
Vida boa mesom é de ministro do supremo. A sessão abriu lá pelas 14:30, com um único ponto de pauta. Teori pediu a fala, sugeriu adiar tudo pra depois que não fizer mais sentido (com Dilma afastada, não se discute nenhuma nomeação de Lula). Se por um lado isso é bom no sentido que Lula não vai ser ministro nem por 20 dias, por outro me pergunto como fica a prerrogativa de foro. A coisa já tava surreal com toda investigação dele no STF a mando do mesmo Teori. Agora que ele está oficialmente no limbo, vai ficar inimputável até o fim do processo de impeachment? Bem que Dilma podia pedir asilo à ONU.
-
dia chato hoje. Fora o Renan Calheiros tentando ajudar sua aliada Dilma, valor de entretenimento baixo. Li que Lindbergh, que deve sua carreira política ao impeachment de Collor (foi líder de cara pintada), afirmou hoje que Collor foi "atropelado" pelo processo de impeachment. Acho que essa coisa ridícula só perde para Dilma afirmando que temos uma veia golpista, porque todos presidentes pós-ditadura enfrentaram pedido de impeachment, omitindo oportunamente que o seu próprio partido seria portanto golpista mor, tendo pedido impeachment de todos.
-
eu acho que antes de gostar de pobre ou miserável, o PT gosta mesmo é do poder. No início se contentava em não se aliar a ninguém e não ganhar eleições importantes. Se cansou. Preferiu no lugar de fazer alianças com alguma sincronia de ideias, comprar descaradamente votos de partidos nanicos, cuja formação passou a incentivar também, claro. Grande parte do roubo era simplesmente para se manter no poder (custera campanhas). Só que eles tentam vender o peixe de que isso é menos grave. Não é! É muito mais grave. Claro que também roubaram pra si próprios, como os padrões de vida de Lula, Zé Dirceu et caterva comprovam, mas roubar para disvirturar o sistema eleitoral é um verdadeiro golpe na democracia e não algo mais limpo do que o que Collor fez.
-
no Roda Viva do GM, levantaram a questão do Cunha ser réu e, no caso de impeachment, substituir o presidente. Pela resposta dele, pelo menos o voto dele seria como a minha tese de que o Cunha seria afastado da presidência da Câmara. Por isso mesmo eu acho que ele renunciaria ao posto (não ao mandato). Isso deve inclusive ter sido acordado com Temer & cia.
-
eu não espero grandes coisas do Temer, mas só a saída de Dilma já é notícia positiva. A Piauí publicou há uns meses um artigo interessante sobre o Macri. Fala como ele essencialmente só colocou empresários nos ministérios. Eu não acho isso uma boa ideia. Alguns eram escolhas tao esdrúxulas que terminaram renunciando assim que a imprensa começou a perguntar a que vieram. Em algum órgão ligado à educação ele colocou um executivo oriundo da tv, pra se ter uma ideia. O rabino nomeado ministro do meio ambiente foi o que disse que não sabia nada sobre a pasta, mas usaria o bom senso. A matéria especula que Macri usaria o mesmo expediente que usou em Buenos Aires: fazer melhorias às custas de alto endividamento. Isso parece ser o caminho, como se observa com as negociações com os fundo abutres. O fato de eu não ser libertário (sentido americano) e não achar que o mercado tem a solução para tudo, não quer dizer que eu ache que temos que ser reféns do PT e de seus corruptos "do bem", porque de "esquerda". O que o PT quase conseguiu por aqui foi acabar com a possibilidade de alternância de poder. Tenho colegas gays que andam comentando que sem o PT vai ser muito ruim para os gays. Como se não houvesse gays de direita, ou como se todos a favor do impeachment fossem homofóbicos. E o empresário gay, que tem que fechar as portas porque o esquema petista só dá espaço para grandes empresas corruptas, como fica? Eu tenho esperança que isso tudo sirva pras pessoas notarem que o mundo é vasto. Eu me considero alinhado à esquerda no tocante a saúde e educação públicas fortes, mas acho que o governo devia vender petrobrás, como vendeu Vale, por exemplo. Sou a favor de que casais gays se casem e adotem filhos, mas não acho uma boa ideia as cartilhas que iam ser distribuídas pelas escolas. Eu sou um exemplo. Eu diria que a maioria das pessoas não é nem "de direita" nem "de esquerda".
-
O Ilimar Franco fala no Globo que no Collor houve precedente sim. Eu estava errado. Collor só renunciou quando o plenário do Senado ia votar o processo. Ele foi afastado e Itamar armou seu ministério. Portanto o PT não vai conseguir dar golpe nesse ponto. O rito então: http://blogs.oglobo.globo.com/panorama-politico/post/julgamento-de-dilma-deve-durar-no-minimo-90-dias.html
-
O Temer assume, isso está claro. A questão toda é quem tem a caneta pra comprar voto. Até ela ser afastada, claramente é ela. Depois, como fica? Ele tem liberdade ampla pra governar como quiser? Afinal, é um afastamento temporário para que ela não possa influenciar o processo no Senado. Burny, qual o link da reportagem do Der Spiegel que você fala?
-
bem, acho que não cabe muita dúvida quanto ao afastamento termporário de Dilma lá pelo dia 02/05, quando o senado deve aprovar a abertura do processo. Minha pergunta tem a ver com a falta de precedente no caso Collor, que já havia renunciado. A princípio, Temer devia assumir e começar a governar, provavelmente demitindo imediatamente Cardozo. Me pergunto se vai haver contestação quanto a Temer poder governar. Imagino Cardozo entrando na justiça quanto a sua demissão, por exemplo, argumentando que durante os 6 meses Dilma só não pode contratar e demitir, mas Temer tampouco. E aí, alguém contribui?
-
Vi agora o laudo da PF em que a Andrade Gutierrez confirma que as "palestras" do Lula eram contabilizadas como "gastos indiretos a serem apropriados aos custos das obras". Ou seja, um recibo de propina, literalmente. Acho que o Roberto Jefferson estava certo, Lula não escapa da cana. Ah, nada sutil o nome da conta por onder passava o dinheiro: "overhead".
-
Maracujá na Colômbia tem a dar com o pau. Tem várias variantes. Goiaba também. Nos mercados tinha uns 3 tipos: goiaba amarga (não provei), a nossa e uma com gosto bem mais forte, que tinha um nome próprio.
-
Ah, pelo visto é aniversário do Gilberto. Parabéns! Que presente, hein? Na Colômbia eu vi venderem jabuticaba, que lá eles escreviam com "o". Não lembro se era yaboticaba ou jaboticaba. Foi em Medellín, no Parque Arví, a melhor parte da viagem.
-
Não precisa parar aí: se divulga amplamente que o grande aliado Renan Calheiros é a esperança de Dilma se safar no Senado. Renan Calheiros responde a 9 inquéritos (Teori senta em cima de acho que todos os 9) mas não é réu. Cunha responde a 3, mas o Janot já fez dele réu. Ou seja, não é assim tão "ingrato". O fato jurídico para o impeachment é o pretexto. Provavelmente todos os presidentes quebram a constituição em algum grau. Não que não haja fatos jurídicos (há), mas o grande impecilho para o impeachment é e sempre foi a maioria qualificada. Como o link é de um jornal "isento de verdade", nem merce comentário. Volto a dizer que a única coisa que me parece urgente é mudar o modo de eleger os deputados, passando pra voto distrital. Fora isso, nossa democracia vai bem. Temos eleições sem fraudes e vamos impichar o segundo presidente sem nenhum tipo de golpe e na mais santa paz, exceto por um ou outro extremista petista que anda armado de facão enferrujado e anda rasgando pato inflável.
-
Golpe de Constituição Federal na presidente! Bolsonaro é uma peça triste, mas não cuspiu em ninguém. Esse foi a sua imagem do espelho, Jean Wyllys (acho que é assim que se escreve). Ou seja, palavras devem ser combatidas com violência física? Durante a ditadura, o problema era que não podíamos eleger livremente nossos políticos. Agora o problema é o Congresso? O Supremo? A Constituição "cidadã"? O problema é que tem Jean Wyllys *e* Bolsonaro? PT e outros partidos? O país não foi ridicularizado na mídia estrangeira por causa do impeachment. Eu tenho acompanhado vários jornais. O The Economist já tinha sugerido fortemente que Dilma renunciasse. O NYT descreve o seu governo como um mar de corrupção. Falam, claro, que 60% dos políticos são investigados por corrupção. Isso é trágico, mas que fazer, acabar com as eleições? Voltar à ditadura, só que do PT? Lendo alguns comentários aqui, fica bem aparente que esse devia ser o caminho.
-
vamos esperar o pronunciamento do Jaques Wagner e JEC, já que Dilma não teve coragem de falar ela própria. Vamos ver se vão anunciar estado de emergência ou o quê.
-
-
entrou no single digit...
-
pro pessoal de Brasília, o Wladimir Costa do Pará ainda deve ter canhão de confete sobrando.
-
de fato, seja pelo motivo que for, quanto menos violência, melhor. Até agora quase que voto a voto a proporção sempre foi maior que 2 para 1 pelo sim. Acho que a Dilma já deve estar gravando a tal declaração que avisou que faria ao final da votação.
-
é, a gente de fato engatinha no quesito democracia. Especialmente no que diz respeito à livre veiculação de ideias. Em vez de nesses últimos 30 anos a gente diminuir a diferença em relação ao resto do mundo civilizado, ficamos acirrando posições extremas. Quando eu ouço colegas meus, doutores em várias áreas, que dizem coisas como que o impeachment do Collor não foi golpe porque ele tinha menos defensores, vejo que o país não cobra coerência e lógica nem de quem devia fazer disso o seu ganha pão. Mas o fato do apoio popular que ainda estava com Dilma nas eleições ter virado de forma tão sólida, justamente por causa de todos esses escândalos de corrupção é animador. Prova que as pessoas não são assim tão permissivas com corrupção como se vivia afirmando. Mesmo quando achavam que o grupo no poder era o "certo", "do bem". Claro que ainda existe uma parcela (os 20% que dizem que votariam no Lula pra presidente) que pensa assim. Isso é inevitável. Em uma democracia, não se pode apagar essas pessoas. Que fiquem por aí gritando que foi golpe e coisa e tal. Só não pode é quebrar a lei. Ontem pegaram um grupo contra impeachment cheio de facão enferrujado e *liberaram* todos, porque disseram que era material de trabalho! Onde tavam os sacos de semente, o adubo? Só saem pela rua com as facas? Ridículo. Hoje um cara invadiu o terreno onde fica o pato da fiesp, armado de faca, e cortou o pato. São vários os episódios de violência, especialmente do grupo contra impeachment.
-
Hoje (domingo) tem de novo a tal junta local. Dessa vez vai ser mais fácil de ir, pelo menos de metrô e a pé: Rua do Rosário, 30. Acho que dessa vez eu vou. Pena que o saara vai estar fechado e não vou poder comprar logo uma camisa do Brasil.
-
a gente devia fazer um bolão para o resultado da eleição de amanhã. O prêmio seria um pacote de 250g de café em grão. Fora esse resultado, outra coisa que ando pensando é o que será de Cunha. Me parece que a estratégia do STF é esperar o afastamento provisório da Dilma (após o Senado aceitar a abertura do processo, na primeira de 3 votações sobre o impeachment lá). A partir daí, Temer assume como presidente e Cunha passa a ser seu substituto eventual em caso de viagens, por exemplo. Cunha já é réu no STF por corrupção. Isso gera uma situação incoerente, já que se o presidente vira réu, deve ser afastado e responder por impeachment no Senado (nesse caso nem passa nada pela Câmara). Esse muito provavelmente seria um motivo usado para afastar Cunha da presidência da Casa (não do mandato). Acho que não fizeram isso antes porque a constituição não trata do assunto explicitamente e ser apenas o segundo na linha me parece muito distante para merecer apreciação o caso. Na verdade, isso até pode criar jurisprudência para a tese de alguns de que ninguém na linha sucessória pode ser réu e manter o cargo de presidência (Câmara, Senado ou STF). Mas se fossse para apostar, talvez o próprio Cunha renuncie ao cargo de presidente antes, para não dar o gosto ao STF de retirá-lo.
-
eu não aceitaria um moedor novo dado pelo RJ. Chance alta de ser moedor roubado de alguma loja e eu ser incriminado pelo "domínio do fato", já que se trata de meliante notório. Uma das estratégias de quem defende o governo é dizer que "nós" é que somos corruptos. Ou seja, esse que é o maior escândalo de corrupção da história mundial no fundo é fruto do que eu e você fazemos no dia a dia. Uma mentira. Como o Roger mencionou, poucos são os que têm a chance real de ser corrupto. Nunca me ofereceram nada pra mudar nota, por exemplo. Sem falar que o dano que eu causaria se tivesse incorrido em corrupão seria bem menor do que quem rouba dinheiro de merenda escolar, pra citar um exemplo que não é encabeçado pelo PT. Achar que brasileiro é mais corrupto do que europeu ou americano é aplicar teorias de eugenia. O que teríamos de tão inferior? Não tem muito mistério. As pessoas no mundo todo fazem em grande parte o que conseguem se safar. Se a percepção geral é que nunca ninguém é punido por corrupção, vão-se embora os freios morais. Até é verdade que nossa cultura é muito permissiva com corrupção. Por isso mesmo é ainda mais grave esse discurso de tentar dizer que "somos todos corruptos de forma igual". Não dá um passo em uma direção melhor. Na verdade, o que mais me incomoda na defesa absurda do governo é a recusa em se fazer qualquer coisa pra melhorar o país, só porque a bola da vez é o PT. Impressiona ver que essa minoria da população não está contente com o fato de que finalmente conseguimos encarcerar toda essa corja de empreiteiros, que sempre soubemos ser super bandida, ver finalmente gente graúda, incluindo políticos com mandato ir preso por corrupção. O discurso do PT e do Lula pessoalmente sempre foi de que isso era o que deveríamos fazer. O que a gente está aprendendo agora, é que só valia se fossem corruptos de outros partidos.
-
onde vocês conseguiram esse Carmem Miranda? Eu comprei ele mas torrado, aqui no Café Secreto tem uns meses.
-
eu não compraria um moedor novo dele.
-
é, me lembro bem do Roberto Jefferson obeso mórbido, com a musiquinha "Roberto Jefferson... PTB... vai ser prefeito junto com você!" Depois, ainda obeso, na tropa de choque do Collor, mentindo pra todos que eles já tinham 200 votos pra derrubar o impeachment. É uma entrevista meio estranha, já que essencialmente nada do que ele diz pode ser levado a sério, dado todo o histórico de mentiras. O mais abjeto é ele ser de novo presidente do PTB. Sem falar que o clima da entrevista era quase como se ele não tivesse feito nada de errado. A hora que o cara do Globo de SP perguntou se ele era menos corrupto fechou o tempo e ele já veio dizendo que "essa era uma palavra forte". No final deixaram ele pousar quase que de herói. Pelo menos no final da entrevista ele deixou bem claro a situação: pegaram ele aceitando dinheiro roubado, disseram que ele ia cair e ele deu com a línguas nos dentes. Nada de herói. Queria que não cassassem ele, quando cassaram, se vingou. Preto no branco. Nem lembrava, mas ele era "advogado dos pobres" no Povo na TV. Lembro mais do "doutor" Roberto Lengruber, Wagner Montes e Wilton Franco, que eu nem sabia que tinha morrido (vi agora conferindo na intenet).