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Diferenças entre máquina profissional e caseira


eldermarco

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Oi pessoal,

Eu tenho uma Breville Infuser. Já faz algum tempo que estou com ela e aprendendo bastante sobre a extração de espressos. Apesar de conhecer razoavelmente bem a teoria, a extração de um bom expresso é uma tarefa complicada na prática e eu ainda estou distante de ficar satisfeito com as minhas extrações. 

Perto de onde eu moro, em Niterói, tem uma ótima cafeteria onde servem cafés especiais. Normalmente eles usam grãos da Five Roasters, Café ao Leu e Pandora Roasters. Ambos são ótimos e ao comparar o café que eles conseguem extrair com uma máquina profissional (uma La Marzocco, diga-se) com o que eu consegui até agora me veio a dúvida de quão perto é possível se aproximar de uma máquina profissional.

Os mais experientes do grupo conseguiriam esclarecer o candidato a home barista aqui? :D

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Opa, tudo na paz @eldermarco?

Amigo, essa questão envolve algumas variáveis a se considerar, uma máquina profissional costuma ter uma caldeira grande, e demorar um pouco mais de tempo pra ficar pronta pra uso devido ao tempo de aquecimento da água na caldeira, devido a grande capacidade da caldeira, a máquina consegue manter uma boa estabilidade térmica, o que nem sempre acontece com a maioria das máquinas domésticas (maioria, e NÃO TODAS).

No caso da máquina da Tramontina especificamente, ela não tem caldeira, ela uma uma bobina térmica, semelhante a um termo bloco, ou seja, o bloco é aquecido e a água entra fria e passa por dentro do bloco, o formato é semelhante a uma serpentina, no final da passagem ela está com a temperatura regulada, a questão é que neste modelo, não se pode exigir um fluxo maior de água pois passando mais rápido pelo circuito ela não chega na temperatura exigida, outro problema é que o grupo neste modelo não é aquecido a contento, por isso a temperatura cai quando a água entra em contato com o porta filtro, e cai mais quando entra em contato com a xícara, ou seja a temperatura é a principal diferente entre os modelos domésticos e profissionais.

Algumas máquinas domésticas mais caras, trabalham com caldeira maior, é o caso da Fiamma Minibar, e Rancilio Silvia, ou melhor ainda as HX (que são internamente são equivalentes a máquinas profissionais) por exemplo uma Rocket Appartamento, uma Lelit MaraX, e por aí vai, nestas máquinas a experiencia que você terá é muito semelhante a de uma máquina profissional.

Fora a estabilidade, outra diferença geralmente é a bomba de água, nas máquinas domésticas é comum o uso de bombas vibratórias, já nas máquinas comerciais as bombas são rotativas, que tem um fluxo constante, e pode ser controlado, algumas máquinas domésticas mais caras tem opção de bomba rotativa, mas os preços costumam ser proibitivos pra gente.

Por fim, a vaporização de uma máquina comercial é mais potente, devido a caldeira ser maior, as máquinas mais caras conseguem uma vaporização semelhante, devido a caldeira maior também.

Agora, dito isso, você pode tentar chegar mais próximo de uma extração em uma máquina comercial usando a Tramontina, por exemplo fazendo umas duas extrações seguidas só com água pra aquecer o porta filtro antes de tirar o café mesmo, e colocando a água quente nas xícaras que você irá tirar o café antes de extrair também, depois joga a água fora e aí sim faz a extração, com isso você vai garantir que a temperatura não vai cair muito durante a extração, no caso da Tramontina, você pode ainda aumentar a temperatura programada dela pelo PID, até chegar próximo do sensorial que você quer.

Outra dica pra esquentar ela mais rápido é ligar o vaporizador um pouco, isso vai forçar a máquina a aquecer mais a bobina térmica, e com isso o grupo esquenta também, enfim, você vai adaptando os recursos da máquina pra conseguir melhorar a estabilidade dela.

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50 minutos atrás, Marcão disse:

Opa, tudo na paz @eldermarco?

Amigo, essa questão envolve algumas variáveis a se considerar, uma máquina profissional costuma ter uma caldeira grande, e demorar um pouco mais de tempo pra ficar pronta pra uso devido ao tempo de aquecimento da água na caldeira, devido a grande capacidade da caldeira, a máquina consegue manter uma boa estabilidade térmica, o que nem sempre acontece com a maioria das máquinas domésticas (maioria, e NÃO TODAS).

No caso da máquina da Tramontina especificamente, ela não tem caldeira, ela uma uma bobina térmica, semelhante a um termo bloco, ou seja, o bloco é aquecido e a água entra fria e passa por dentro do bloco, o formato é semelhante a uma serpentina, no final da passagem ela está com a temperatura regulada, a questão é que neste modelo, não se pode exigir um fluxo maior de água pois passando mais rápido pelo circuito ela não chega na temperatura exigida, outro problema é que o grupo neste modelo não é aquecido a contento, por isso a temperatura cai quando a água entra em contato com o porta filtro, e cai mais quando entra em contato com a xícara, ou seja a temperatura é a principal diferente entre os modelos domésticos e profissionais.

Algumas máquinas domésticas mais caras, trabalham com caldeira maior, é o caso da Fiamma Minibar, e Rancilio Silvia, ou melhor ainda as HX (que são internamente são equivalentes a máquinas profissionais) por exemplo uma Rocket Appartamento, uma Lelit MaraX, e por aí vai, nestas máquinas a experiencia que você terá é muito semelhante a de uma máquina profissional.

Fora a estabilidade, outra diferença geralmente é a bomba de água, nas máquinas domésticas é comum o uso de bombas vibratórias, já nas máquinas comerciais as bombas são rotativas, que tem um fluxo constante, e pode ser controlado, algumas máquinas domésticas mais caras tem opção de bomba rotativa, mas os preços costumam ser proibitivos pra gente.

Por fim, a vaporização de uma máquina comercial é mais potente, devido a caldeira ser maior, as máquinas mais caras conseguem uma vaporização semelhante, devido a caldeira maior também.

Agora, dito isso, você pode tentar chegar mais próximo de uma extração em uma máquina comercial usando a Tramontina, por exemplo fazendo umas duas extrações seguidas só com água pra aquecer o porta filtro antes de tirar o café mesmo, e colocando a água quente nas xícaras que você irá tirar o café antes de extrair também, depois joga a água fora e aí sim faz a extração, com isso você vai garantir que a temperatura não vai cair muito durante a extração, no caso da Tramontina, você pode ainda aumentar a temperatura programada dela pelo PID, até chegar próximo do sensorial que você quer.

Outra dica pra esquentar ela mais rápido é ligar o vaporizador um pouco, isso vai forçar a máquina a aquecer mais a bobina térmica, e com isso o grupo esquenta também, enfim, você vai adaptando os recursos da máquina pra conseguir melhorar a estabilidade dela.

Puxa vida, que ótima explicação! Eu já pesquisei um pouco sobre a Rocket Appartamento, mas o preço é bastante salgado e teria que ser importada ou adquirir uma máquina usada por aqui. Para o momento, que é de aprendizado, não faz sentido um investimento tão alto. Sem contar o bolso que grita um NÃO em alto e bom som! :D

Eu costumo fazer as extrações em falso para aquecer o porta-filtros, as xícaras e o grupo antes de efetuar a extração propriamente dita.  Isso, de fato, melhora um pouco os resultados, mas não o suficiente para me agradar. Mas acredito que um pouco mais de experiência vai ajudar a chegar em extrações melhores.

 

 

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Opa o jeito é ir testando, uma coisa que esqueci de falar também, é que as máquinas comerciais geralmente estão reguladas em 9bar, então a moagem não precisa ser tão fina, no caso da Tramontina, o padrão dela é fazer a pré infusão com pressão menor, mas depois ela sobe acima dos 9bar, tem gente aqui no forum que fez o ajuste na OPV pra regular em 9bar, isso melhora bastante a extração, eu ainda não tive coragem, então um ajuste que dá pra fazer é regular a moagem mesmo, se moer mais fino a bomba vai segurar um pouco mais a extração, isso também é uma coisa que pode melhorar em relação a uma máquina comercial.

Agora se decidisse trocar, na minha opinião o melhor custo benefício que eu vejo hoje é uma Minibar, é uma máquina muito bem construída, e que não é tão valorizada por não ser muito conhecida, eu tenho uma e gostou muito da construção da máquina ela é toda em aço inox, a caldeira é relativamente grande pra uma máquina doméstica, com isso tem bastante estabilidade térmica, ela está no nível da Silvia, mas custando bem menos, o único porém é que não fabrica mais, aí precisa pegar uma usada e como é uma máquina antiga, precisa geralmente fazer uma limpeza de caldeira, e dar uma verificada nas conexões e na bomba, fora isso é uma baita máquina que consegue tirar um café muito próximo de uma máquina comercial custando muito menos.

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55 minutos atrás, Marcão disse:

Opa o jeito é ir testando, uma coisa que esqueci de falar também, é que as máquinas comerciais geralmente estão reguladas em 9bar, então a moagem não precisa ser tão fina, no caso da Tramontina, o padrão dela é fazer a pré infusão com pressão menor, mas depois ela sobe acima dos 9bar, tem gente aqui no forum que fez o ajuste na OPV pra regular em 9bar, isso melhora bastante a extração, eu ainda não tive coragem, então um ajuste que dá pra fazer é regular a moagem mesmo, se moer mais fino a bomba vai segurar um pouco mais a extração, isso também é uma coisa que pode melhorar em relação a uma máquina comercial.

Agora se decidisse trocar, na minha opinião o melhor custo benefício que eu vejo hoje é uma Minibar, é uma máquina muito bem construída, e que não é tão valorizada por não ser muito conhecida, eu tenho uma e gostou muito da construção da máquina ela é toda em aço inox, a caldeira é relativamente grande pra uma máquina doméstica, com isso tem bastante estabilidade térmica, ela está no nível da Silvia, mas custando bem menos, o único porém é que não fabrica mais, aí precisa pegar uma usada e como é uma máquina antiga, precisa geralmente fazer uma limpeza de caldeira, e dar uma verificada nas conexões e na bomba, fora isso é uma baita máquina que consegue tirar um café muito próximo de uma máquina comercial custando muito menos.

Pois é,

Além da falta de conhecimento para fazer algo desse tipo, a minha máquina está na garantia e não seria uma boa ideia arriscar, por enquanto. Fica como um plano futuro.

Eu tentei fazer algumas extrações só com a pré-infusão, moendo mais fino, mas notei que o tempo de extração pode aumentar consideravelmente a ponto de estragar o resultado. E uma moagem mais grossa joga pressão para 6-7 bar. Mas seria o caso de realizar mais testes futuramente.

 

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Com certeza, eu não me arrisquei também, dá medo de estragar alguma coisa.

Sobre a pressão, pode deixar a pré-infusão normal (o que já está pré-configurado da máquina), aí o afinar a moagem é para a hora que ela sobe a pressão mesmo, é muito difícil ficar nos 9bar, mas dá pra fazer ela ficar um pouco mais lenta com a moagem, teria que achar o ajuste que fica melhor na xícara, porque se afinar muito também fica amargo.

Mas é tudo teste mesmo.

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5 horas atrás, eldermarco disse:

Puxa vida, que ótima explicação! Eu já pesquisei um pouco sobre a Rocket Appartamento, mas o preço é bastante salgado e teria que ser importada ou adquirir uma máquina usada por aqui. Para o momento, que é de aprendizado, não faz sentido um investimento tão alto. Sem contar o bolso que grita um NÃO em alto e bom som! :D

Eu costumo fazer as extrações em falso para aquecer o porta-filtros, as xícaras e o grupo antes de efetuar a extração propriamente dita.  Isso, de fato, melhora um pouco os resultados, mas não o suficiente para me agradar. Mas acredito que um pouco mais de experiência vai ajudar a chegar em extrações melhores.

 

 

MÁQUINAS DE ESPRESSO - Pasquali Máquinas (pasqualimaquinas.com.br)

 

É possivel comprar uma rocket aqui no brasil, com nota fiscal, garantia e tudo. 16k.

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1 hora atrás, Pereira disse:

MÁQUINAS DE ESPRESSO - Pasquali Máquinas (pasqualimaquinas.com.br)

 

É possivel comprar uma rocket aqui no brasil, com nota fiscal, garantia e tudo. 16k.

Opa, valeu! Obrigado, eu não sabia dessa.

Salvei o link. Deve ser a primeira coisa que eu vou comprar quando eu ficar rico. :D

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Cara, eu respeitosamente discordo em partes com nosso amigo @Marcão.

Ao meu ver a principal diferença de uma máquina profissional é a consistência entre shots, tirando diversos shots durante o dia, um atrás do outro. No geral as máquinas caseiras vão ter menos consistência nesse ponto, mas para um único shot não acredito que esse seja o problema. A queda de temperatura durante a extração acontece também em várias HX profissionais, e não é um problema, você só vai ter um curva de temperatura durante o shot, por exemplo queda de 5ºC, linearmente durante uma extração de 36g em 30s. O mais importante é que não tenha alterações nessa curva entre extrações, não que necessariamente a temperatura seja constante. Quanto a pré-aquecer as xícaras eu nunca entendi essa função, porque não interfere em nada na extração, somente reduz a queda de temperatura após a extração quando o líquido cai na xícara. Geralmente a temperatura que sai é muito maior do que o ideal para sentir todas as notas do café e mesmo muito quente para minha sensibilidade na língua, então já espero 1-2min para tomar o espresso. Agora tem até aquela nova moda de fazer a extração em cima de uma bola de metal congelada, abaixando a temperatura logo após a extração.

Um exemplo interessante para essa comparação de máquina comercial e caseira é o vídeo do Sprometheus em que ele faz um comparativo do espresso que ele tirou na La Marzocco Linea Mini, equivalente a uma máquina comercial, e da Gaggia Classic Pro, em que ele preferiu o espresso da Gaggia. https://www.youtube.com/watch?v=RnGeEfazcpc 

Por fim, acredito que 4 fatores podem interferir muito mais na sua percepção de qualidade entre o espresso da cafeteria que você frequenta e o espresso que você tira em casa (não necessariamente nessa ordem):

 

1 - O grão em si

2- Moedor

3 - Treinamento/conhecimento do barista vs. Seu treinamento e conhecimento

4 - Qualidade da água

 

Espero ter contribuído para a discussão. Bons cafés a todos!

 

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1 hora atrás, Rafael Simas disse:

Cara, eu respeitosamente discordo em partes com nosso amigo @Marcão.

Ao meu ver a principal diferença de uma máquina profissional é a consistência entre shots, tirando diversos shots durante o dia, um atrás do outro. No geral as máquinas caseiras vão ter menos consistência nesse ponto, mas para um único shot não acredito que esse seja o problema. A queda de temperatura durante a extração acontece também em várias HX profissionais, e não é um problema, você só vai ter um curva de temperatura durante o shot, por exemplo queda de 5ºC, linearmente durante uma extração de 36g em 30s. O mais importante é que não tenha alterações nessa curva entre extrações, não que necessariamente a temperatura seja constante. Quanto a pré-aquecer as xícaras eu nunca entendi essa função, porque não interfere em nada na extração, somente reduz a queda de temperatura após a extração quando o líquido cai na xícara. Geralmente a temperatura que sai é muito maior do que o ideal para sentir todas as notas do café e mesmo muito quente para minha sensibilidade na língua, então já espero 1-2min para tomar o espresso. Agora tem até aquela nova moda de fazer a extração em cima de uma bola de metal congelada, abaixando a temperatura logo após a extração.

Um exemplo interessante para essa comparação de máquina comercial e caseira é o vídeo do Sprometheus em que ele faz um comparativo do espresso que ele tirou na La Marzocco Linea Mini, equivalente a uma máquina comercial, e da Gaggia Classic Pro, em que ele preferiu o espresso da Gaggia. https://www.youtube.com/watch?v=RnGeEfazcpc 

Por fim, acredito que 4 fatores podem interferir muito mais na sua percepção de qualidade entre o espresso da cafeteria que você frequenta e o espresso que você tira em casa (não necessariamente nessa ordem):

 

1 - O grão em si

2- Moedor

3 - Treinamento/conhecimento do barista vs. Seu treinamento e conhecimento

4 - Qualidade da água

 

Espero ter contribuído para a discussão. Bons cafés a todos!

 

Olá @Rafael Simas, tudo bem? Gostaria de entender especificamente o que você está considerando no quesito consistência? Pressão da bomba? Temperatura? Ou mais algum outro item específico?

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Eu também tenho uma Tramontina Breville e acho que depende muito também do café que a gente usa. Mesmo pré aquecendo tudo, ajustando o PID pra temperatura mais alta, etc, a máquina parece que não consegue manter tudo constante durante toda a extração.

 

Estava com uma torra um pouco mais clara no moinho, o café sai no tempo, num fluxo bem tranquilo (tanto com toda a pressão quanto usando só a pré infusão), mas pra beber como espresso não estava tão legal: sem corpo, crema rala, uma ácidez já no limite pra ficar desagradável... pra bebida com leite, estava muito bom, mas puro não gostei.

 

Agora abri um pacote de um café com uma torra um pouco mais escura e aí sim, quase um licor de café, denso, crema persistente, excelente.

 

Acho que pra essas máquinas mais simples, um grão 'mais simples' vai facilitar a extração pra gente.

 

Outro ponto importante é o moinho, eu usava um Tramontina Breville também e sempre ficava com a impressão que o café mais claro ficava muito ácido e o mais escuro ficava muito amargo; com o Vario+ melhorou muito.

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1 hour ago, Otávio Tassinari Dornelles said:

o café sai no tempo

Que tempo? Os tão falados 25 segundos? 

 

Cafés com torras mais claras eu só consegui resultados legais com bem mais tempo que isso. Ontem extraí um com 32 seguindo-se e estava super equilibrado, doce, com acidez dentro do esperado, sem amargor, etc. 

 

Já peguei torra mais clara que o sabor só ficou bom entre 37 e 39 segundos e isso porque o próprio produtor sugeriu. 

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5 horas atrás, Rafael Simas disse:

Cara, eu respeitosamente discordo em partes com nosso amigo @Marcão.

Ao meu ver a principal diferença de uma máquina profissional é a consistência entre shots, tirando diversos shots durante o dia, um atrás do outro. No geral as máquinas caseiras vão ter menos consistência nesse ponto, mas para um único shot não acredito que esse seja o problema. A queda de temperatura durante a extração acontece também em várias HX profissionais, e não é um problema, você só vai ter um curva de temperatura durante o shot, por exemplo queda de 5ºC, linearmente durante uma extração de 36g em 30s. O mais importante é que não tenha alterações nessa curva entre extrações, não que necessariamente a temperatura seja constante. Quanto a pré-aquecer as xícaras eu nunca entendi essa função, porque não interfere em nada na extração, somente reduz a queda de temperatura após a extração quando o líquido cai na xícara. Geralmente a temperatura que sai é muito maior do que o ideal para sentir todas as notas do café e mesmo muito quente para minha sensibilidade na língua, então já espero 1-2min para tomar o espresso. Agora tem até aquela nova moda de fazer a extração em cima de uma bola de metal congelada, abaixando a temperatura logo após a extração.

Um exemplo interessante para essa comparação de máquina comercial e caseira é o vídeo do Sprometheus em que ele faz um comparativo do espresso que ele tirou na La Marzocco Linea Mini, equivalente a uma máquina comercial, e da Gaggia Classic Pro, em que ele preferiu o espresso da Gaggia. https://www.youtube.com/watch?v=RnGeEfazcpc 

Por fim, acredito que 4 fatores podem interferir muito mais na sua percepção de qualidade entre o espresso da cafeteria que você frequenta e o espresso que você tira em casa (não necessariamente nessa ordem):

 

1 - O grão em si

2- Moedor

3 - Treinamento/conhecimento do barista vs. Seu treinamento e conhecimento

4 - Qualidade da água

 

Espero ter contribuído para a discussão. Bons cafés a todos!

 

Opa, obrigado pela resposta. 

O meu moinho é um Kingrinder K4 e os grãos que eu testei até agora são os grãos da Five Roasters e do Cafe ao Leu, aqui do Rio. Quanto a água, eu uso água filtrada. Quanto ao conhecimento, eu estou nesse processo de aprendizado e já li muita coisa, mas a experiência ainda não é grande e demanda tempo. 

De fato, eu fiz duas extrações por aqui e tentei manter tudo constante. Acho que eu consegui. A primeira extração ficou com uma acidez menos elevada do que a segunda e com menos corpo. Ambas ficaram diferentes do que eu conheço na cafeteria que eu citei, mas não ficaram ruins para o meu paladar.  Por outro lado, é ruim você extrair dois expressos supostamente sob as mesmas condições e obter resultados muito diferentes. Mas pode ter sido algum erro da minha parte também. 

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26 minutos atrás, Victor Sgarbi disse:

Que tempo? Os tão falados 25 segundos? 

 

Cafés com torras mais claras eu só consegui resultados legais com bem mais tempo que isso. Ontem extraí um com 32 seguindo-se e estava super equilibrado, doce, com acidez dentro do esperado, sem amargor, etc. 

 

Já peguei torra mais clara que o sabor só ficou bom entre 37 e 39 segundos e isso porque o próprio produtor sugeriu. 

É isso mesmo, entre 25 e 40 segundos.

 

Mas a tua Gaggia tem caldeira, filtro de 58mm, acho que leva vantagem sobre as nossas Brevilles...

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5 horas atrás, Rafael Simas disse:

Cara, eu respeitosamente discordo em partes com nosso amigo @Marcão.

Ao meu ver a principal diferença de uma máquina profissional é a consistência entre shots, tirando diversos shots durante o dia, um atrás do outro. No geral as máquinas caseiras vão ter menos consistência nesse ponto, mas para um único shot não acredito que esse seja o problema. A queda de temperatura durante a extração acontece também em várias HX profissionais, e não é um problema, você só vai ter um curva de temperatura durante o shot, por exemplo queda de 5ºC, linearmente durante uma extração de 36g em 30s. O mais importante é que não tenha alterações nessa curva entre extrações, não que necessariamente a temperatura seja constante. Quanto a pré-aquecer as xícaras eu nunca entendi essa função, porque não interfere em nada na extração, somente reduz a queda de temperatura após a extração quando o líquido cai na xícara. Geralmente a temperatura que sai é muito maior do que o ideal para sentir todas as notas do café e mesmo muito quente para minha sensibilidade na língua, então já espero 1-2min para tomar o espresso. Agora tem até aquela nova moda de fazer a extração em cima de uma bola de metal congelada, abaixando a temperatura logo após a extração.

Um exemplo interessante para essa comparação de máquina comercial e caseira é o vídeo do Sprometheus em que ele faz um comparativo do espresso que ele tirou na La Marzocco Linea Mini, equivalente a uma máquina comercial, e da Gaggia Classic Pro, em que ele preferiu o espresso da Gaggia. https://www.youtube.com/watch?v=RnGeEfazcpc 

Por fim, acredito que 4 fatores podem interferir muito mais na sua percepção de qualidade entre o espresso da cafeteria que você frequenta e o espresso que você tira em casa (não necessariamente nessa ordem):

 

1 - O grão em si

2- Moedor

3 - Treinamento/conhecimento do barista vs. Seu treinamento e conhecimento

4 - Qualidade da água

 

Espero ter contribuído para a discussão. Bons cafés a todos!

 

Eu vi o vídeo do Sprometheus por aqui. No caso da comparação, eles fez algumas modificações na máquina para chegar na conclusão informada. A minha comparação foi com Breville no seu estado de fábrica. Mas alguns são itens simples para mudar e eu estou fazendo isso, como o chuveiro e o filtro IMS. Já a OPV Mod vai ter que ficar para outro momento, conforme mencionado nos comentários anteriores.

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2 hours ago, Otávio Tassinari Dornelles said:

Mas a tua Gaggia tem caldeira, filtro de 58mm, acho que leva vantagem sobre as nossas Brevilles

Eu nem estava levando em consideração a máquina. Também já extraí bons expressos com 30 segundos em uma oster xpert que eu tinha. 

 

Comentei só porque eu me prendia aos exatos 25 segundos que vi muita gente falando e depois entendi que não era bem por aí. 

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2 horas atrás, Victor Sgarbi disse:

Eu nem estava levando em consideração a máquina. Também já extraí bons expressos com 30 segundos em uma oster xpert que eu tinha. 

 

Comentei só porque eu me prendia aos exatos 25 segundos que vi muita gente falando e depois entendi que não era bem por aí. 

Acho que nesse caso ele quis dizer que tanto a Gaggia quanto a OSTER sao 58mm o que levaria como ele citou ´vantagem´.

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Pessoal, em relação ao tamanho do portafiltro, isso é irrelevante, não é porque é 58mm que é melhor, a única vantagem do tamanho do portafiltro ao meu ver é ser mais comum e por isso ser mais fácil encontrar acessórios e filtros compatíveis.

Existem máquinas maravilhosas que não usam filtro de 58mm, por exemplo a La Spaziale (54mm), a Aram (54mm), e as La Pavonis (49mm) manuais, nenhuma delas tem portafiltro de 58mm e todas são capazes de tirar excelentes espressos.

O que conta na verdade é a moagem e a dose, quanto mais café tiver no filtro mais intenso vai ser o sabor, uma dose de 18g a 21g vai produzir um espresso muito encorpado dependendo do café e moagem, independente do tamanho do filtro.

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@eldermarco recentemente estive no Rio e visitei Café ao Leu e CaféZaum. Na segunda provei um café muito bom no espresso, mas não tinha disponível para venda naquela semana. 

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4 minutos atrás, ivoesazevedo disse:

@eldermarco recentemente estive no Rio e visitei Café ao Leu e CaféZaum. Na segunda provei um café muito bom no espresso, mas não tinha disponível para venda naquela semana. 

Eu ainda estou para ir no Café ao Leu.  O café que eu experimentei deles foi o Café do Jhones na Bakery Crosta, em Niterói. Entre os que eu tive oportunidade de conhecer, foi o que eu mais gostei até agora.

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@eldermarco vai no CaféZaum. Pergunta se ainda tem o café que ele nos serviu (meu nome é Ivo, fui com a esposa e a filha) no espresso nos dias 22 e 24 de janeiro. O menos ácido. Não lembro agora qual era o grão, infelizmente. 

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30 minutos atrás, ivoesazevedo disse:

@eldermarco vai no CaféZaum. Pergunta se ainda tem o café que ele nos serviu (meu nome é Ivo, fui com a esposa e a filha) no espresso nos dias 22 e 24 de janeiro. O menos ácido. Não lembro agora qual era o grão, infelizmente. 

Boa, vou conferir sim! Conforme o calor permite, eu vou conhecendo as boas cafeterias do Rio. :D

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12 horas atrás, Marcão disse:

Pessoal, em relação ao tamanho do portafiltro, isso é irrelevante, não é porque é 58mm que é melhor, a única vantagem do tamanho do portafiltro ao meu ver é ser mais comum e por isso ser mais fácil encontrar acessórios e filtros compatíveis.

Existem máquinas maravilhosas que não usam filtro de 58mm, por exemplo a La Spaziale (54mm), a Aram (54mm), e as La Pavonis (49mm) manuais, nenhuma delas tem portafiltro de 58mm e todas são capazes de tirar excelentes espressos.

O que conta na verdade é a moagem e a dose, quanto mais café tiver no filtro mais intenso vai ser o sabor, uma dose de 18g a 21g vai produzir um espresso muito encorpado dependendo do café e moagem, independente do tamanho do filtro.

Não é questão de ser melhor ou pior. Porém você tem (com tecnica) maior aptidão e acerto no 58 pelo tamanho de base e contato que 53mm ao meu ver (e muitos).
Mas é mais gosto que melhor ou pior. Ele colocou bem com ´´ VANTAGEM´´.

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Em 09/02/2023 at 21:41, MaLeandrini disse:

Não é questão de ser melhor ou pior. Porém você tem (com tecnica) maior aptidão e acerto no 58 pelo tamanho de base e contato que 53mm ao meu ver (e muitos).
Mas é mais gosto que melhor ou pior. Ele colocou bem com ´´ VANTAGEM´´.

Apesar do diâmetro não mudar, um filtro IMS parece ajudar nesse quesito por ser mais reto.  Quando ele chegou aqui eu até pensei que tinham me mandado o filtro errado por parecer maior que o original.

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