Guilherme Torres

Em suma, alterar a pipoqueira para torrar adequadamente café envolve alterar o circuito elétrico, de forma a isolar o funcionamento da resistência do funcionamento da ventoinha.

Não sei, contudo, se daria certo ligar o dimmer na resistência, sem isolá-la da ventoinha. Como elas são ligadas em série, não sei se o dimmer, mesmo introduzido entre ambas no circuito elétrico (normalmente, a ventoinha está ligada ao fase e, no fio que sai dela, a resistência, que se liga ao neutro - ou viceversa (neutro-fase)) não alteraria a velocidade do ar.

"Fora que há relatos de pipoqueiras que desarmam um fusível térmico se desligadas em alta temperatura (comigo nunca aconteceu), tem que ver se um PID direto na corrente priméria não poderia acabar gerando esse desarme nas fases finais da torra. Porém, aquele dimmer que você postou o link em outro tópico me deixou curioso, você acha que dá pra ligar ele direto na resistência para controlar a intensidade dela isoladamente (deixando a ventoinha constante), será que esse dimmer aguenta a potência da resistência?" Acho que não há risco muito grande de desarme, uma vez que as temperaturas estarão sob um controle muito maior e, abaixarão ao invés de aumentar se realizado o bypass que eu falei. O dimmer aguenta com certeza - sua potência é de 3000W quando ligado a rede de 220V. Deve ser um pouquinho menor na rede 110, mas ainda suficiente para o controle de apenas uma resistência (em torno de 800W, se não estou enganado). Tinha um menos potente ligado no meu forno nas fases iniciais de modificações (além do PID, eu tinha colocado um desses para diminuir a intensidade de calor da resistência superior para possibilitar maior controle dos assados, que se revelou desnecessário posteriormente).

Myamoto, muito boa kkkkkkkkkkk

Quem sabe, introduzir uma segunda ventoinha no lugar da primeira, mas sem desconectá-la dos fios que a ligam à rede elétrica e à resistência (tira a ventoinha original do lugar e deixa ela apontada para outro lado, colocando aquela ligada a um transformador AC/DC no lugar da antiga, que fique ligada o tempo inteiro durante a torra)

Mortari, Sua consideração me deixou intrigado. Pensando melhor, não dá para apenas introduzir o PID, porque, ao se cortar a corrente de ar, a agitação dos grãos seria paralisada e o café acabaria por queimar ao encostar e ficar em contato com a parte metálica da câmara da pipoqueira. Tem que, aliado a isso, alterar a forma de ligação da ventoinha. Não é tão simples como eu havia pensado, portanto.

Exatamente, mas de uma forma muito mais rápida e humanamente impossível de ser realizada manualmente (lembre-se que estou falando de uma saída relê ssr, e não de uma saída controlada por relé mecânico). Se quiser mexer mais um pouquinho, você poderia fazer um bypass na ventoinha (colocando um resistor da mesma potência do que ela, para evitar que o excesso de voltagem não consumida vá para a resistência (e a queime)) e introduzir um transformador de notebook ligado diretamente a ela (18V acho que é o suficiente para um vento bem acelerado) para manter o fluxo de ar mesmo quando cortada a corrrente da pipoqueira.

Editado. Tirei porque não seria adequado colocar anúncio de produto aqui.

Continuando o post anterior, você apenas ligaria a tomada (macho) que sai da pipoqueira nessa caixinha para adicionar o controle de temperatura. Obviamente, também sairia da caixinha um cabo com tomada macho no final para ser ligado o PID na rede elétrica, de forma a permitir a passagem de corrente para a pipoqueira. Não é para qualquer um, é claro, porque mexer em eletricidade sempre envolve risco de choque e até de morte. Portanto, não se aventure se não souber o que está fazendo.

Em conversa em outro tópico (mostre sua torra), sugeri a introdução de um PID na pipoqueira. Embora o controle de velocidade de ar não seja ideal (não sei não, as vezes, ao invés de diminuir a potência da ventoinha, pode-se aumentá-la), o PID não influiria em nada na voltagem, de forma que apenas a temperatura variaria de acordo com a programação do setpoint. Seria uma modificação relativamente simples. Pode-se controlar a passagem de voltagem (abrir ou fechar o circuito) sem mexer em nenhum fio da pipoqueira. Eu faria da seguinte forma: confecção de uma caixinha de controle que ficaria ao lado da pipoqueira. Com o uso de uma tomada de 20A fêmea, eu ligaria o neutro em uma das extremidades da tomada e o fase no relê SSR, que, por sua vez, seria controlado pelo PID. O sensor termopar sairia dessa caixinha direto para a pipoqueira e seria instalado na câmara onde o café é aquecido (usaria daqueles que tem apenas uma pontinha metálica e suportam até 300ºC, pois o furo seria minúsculo (3 a 4mm) e possibilitaria que a ponta do sensor ficasse imersa na massa dos grãos, sem tocar nas partes metálicas da pipoqueira). Segue pequeno diagrama tosco feito para exemplificar a idéia:

Já estou considerando comprar um cooler de notebooks para colocar em cima do forno durante as torras - único espaço que sobra no meu atual cantinho do café. O controle a mais que o roastlogger proporciona não é de se desperdiçar he he. Listo as vantagens e desvantagens entre o roastlogger e o OSPID: Roastlogger: VANTAGENS: quando controlado por computador, é imbatível: você pode definir inúmeros parâmetros a serem seguidos (potência das resistências, acionadas por determinados gatilhos (início da torra, início do primeiro crack, fim do primeiro crack etc); se, durante a torra, quiser fazer alguma alteração fina, você tem a barra de potência (heater) x ventilação (fan); permite salvar e exportar gráficos de torra, parâmetros de definição de fases da torra etc. DESVANTAGENS: O controle via botões do LCD é pífio; não dá para ser controlado via bluetooth (ao menos até agora não conseguimos descobrir como fazê-lo - comprei até outro shield para testar outra alternativa). OSPID VANTAGENS Também possibilita um bom controle quando conectado ao computador; quando desconectado, funciona da mesma forma que um PID, cabendo destacar que você pode deixar salvo na memória um programa de rampas (a curva inteira da torra pré-programada); O controle do PID é bem satisfatório no modo desconectado. Pode ser utilizado para qualquer operação (assar um bolo, pão de queijo etc), não sendo específico para torra de café, de forma que o programa é mais genérico; funciona adequadamente com o shield bluetooth de conexão serial 232. DESVANTAGENS Quando executado programa (profile) de curvas pré-definidas de torra, você não pode alterá-lo em tempo real. Se algo der errado, você tem que parar a execução dessas rampas e inserir manualmente, a partir dai, os valores que quiser sejam alcançados no setpoint, o que demora em média 10 segundos para fazer; nem sempre a conexão dá certo na primeira tentativa (ele conecta mas as alterações que você faz, bem como as alterações na temperatura medida não são mostradas no OSPID Frontend), tornando indispensável uma desconexão e nova conexão (na segunda, não sei porque, sempre dá certo); o Autotune não funciona; No modo PID (DESCONECTADO), você não pode inserir parâmetro para o D (P I D) superior a 100 (o meu está configurado para 270, via computador); você não consegue exportar nada, a não ser os profiles de torra. Você não consegue armazenar as temperaturas medidas x tempo, para futura comparação com outras torras, o que torna necessário o uso de um programa a parte para isso, com inserção manual dos dados, como o ROASTMASTER. Tecidas essas considerações, havendo espaço para o computador, para torrar café, vou de roastlogger. Para outras aplicações, de OSPID.

Ruston, Foi mal antecipadamente. Parei com o offtopic

Esse controlador de voltagem dará conta do controle de potência. http://dx.com/p/thermostat-3000w-scr-voltage-temperature-regulator-dimmer-for-speed-light-ac-220v-161111

Acho que a melhor forma de introduzir algum controle na Pipoqueira é adicionar um PID e um sensor termopar. Você pode, ainda, colocar um dimmer entre o fio que sai da resistência e vai para a ventoinha (a ligação, se não estou enganado, é em série) para modificar a velocidade do ar quente/frio que sairá da Pipoqueira. Um PID esta na faixa de U$13,00 no ebay e o sensor, u$4,00. Talvez tenha que acrescer um relê Ssr tb (em torno de U$6,00).

O tempo certo permite que a torra se desenvolva adequadamente, tanto dentro como fora do grão.

Ficaram muito bonitas. O Gene realmente arrebenta!

Hoje fiz uma experiência com o roastlogger. Ainda não havia afinado os parâmetros PID, mas deu para se ter uma boa impressão em relação ao programa. Eis o log da torra, que resultou 13% de perda de massa:

Legal. Se quiser trocar experiências depois, estamos aí.

Sim. Ok.

Deve ter ficado muito bom. A gaggia é uma boa máquina. Você não vai se arrepender. O João Crispin faz uns muito bons, peso balanceado e boa pegada. Comprei um no ebay mais barato para servir a máquina do Trampo e atesto que não se compara a pegada.

Na aparência, ficou excelente. Quanto de perda de massa? Depois poste impressões quanto ao sabor.

Nem o roastlogger, nem o artisanqpid funcionaram com o shield Bluetooth (serial 232).

A propósito, consegui fazer nosso Bluetooth funcionar no windows. O problema era o péssimo gerenciamento do windows. Instalei o software de gerenciamento da toshiba nele e pronto, agora funciona com o ospidfrontend. Falta testar com o roastlogger. Segue o link: http://aps2.toshiba-tro.de/bluetooth/?page=download-toshiba

NOVO LINK DO OSPIDFRONTEND - AGORA ELE SALVA UM LOG COM DADOS DA TORRA https://docs.google.com/file/d/0ByeNNDDkmoEEV2htYlJ6dHEza28/edit?usp=sharing

Léo, testei aqui e demorou 8 minutos para chegar aos 200º. Antes de eu acrescentar as ventoinhas na lateral do forno, demorava menos. Mas, como é o meu protótipo e ele já sofreu deveras, acho que o vento que está sendo soprado para manter a temperatura da carcaça sobre controle está invadindo um pouco o interior do forno. De qualquer forma, como isso não está atrapalhando as minhas torras (acho que até ajuda um pouco, já que percebi uma maior homogeneidade depois da inclusão das ventoinhas), vou deixar como está. No seu, provavelmente, a temperatura de 200º é alcançada mais rápido. O meu aquece bem rápido nos 3 primeiros minutos, de forma a que o forno acompanha a rampa crescente. Mas, quando chega em 170ºC, a velocidade de subida cai drasticamente. Ao menos, partindo do forno frio. Desisti, por ora, novamente, do sketch do artisan, já que não consegui modificá-lo a contento. Voltei ao sketch do OSPID. Resolvi todos os problemas, tanto das rampas, como dos artefatos (não sei se o autotune está funcionando). Agora sim!!! kkkkkk Bom, não tentei conectar a ele via bluetooth do PC, mas funciona muito bem conectando pelo MAC. Acho que vai ser o sistema de PID da minha escolha. Segue a versão final (por ora) do OSPID: https://docs.google.com/file/d/0ByeNNDDkmoEEMGd0Rkl0ZXctUnM/edit?usp=sharing