Rodrigoks

Gozado, sempre fiquei com a impressão de que a pré-infusão diminui a resistência do bolo ao fluxo de água quando em pressão total, inclusive exigindo moagem ligeiramente mais fina. Porém, de experiência própria apenas alguns poucos testes que fiz com o PWM. Afinal, a CC1 tem pré infusão real ou é apenas um corte na extração? Claro que a Ulka tem uma curva progressiva que atenua o atingimento da pressão de extração máxima (e cujo crescimento pode ser ainda mais lento dependendo do uso de restritores de fluxo no projeto), então talvez levem isso em conta. Mas se é programável, me pergunto como. Desculpe se já foi respondido antes.

Sim, Gilberto, com vantagem para o Preciso. Não sei dizer também o quão grossa foi a moagem testada. Pra isso precisaria sobrepor o gráfico de outros moedores de referencia na faixa de prensa, em especial os que sabidamente moem bem nessa faixa: Bunn, EK43, etc. Aliás, pra escolher, o ideal era ver o gráfico dos diversos moedores pra dada granulometria. Lembro de alguém do Titan Grinder Project que o Vario tem desempenho bastante diferente nos dois extremos da faixa de espresso.

Sou um pouco cético quanto a peneiras, Sérgio, pois seleciona apenas por uma dimensão. Um espaguete passa em um buraco fino, por exemplo, mas a superfície é grande. Fora a perda, né? Ainda vou comprar um moedor bom pra granulometrias grossas, mais pra frente. É um investimento.

Mas é simples. Pra cada granulometria (cor de linha) mostra a densidade de distribuição das partículas. Perceba que nas moagens mais finas a distribuição forma duas modas bem identificáveis. Nas moagens mais grossas, a quantidade de partículas de tamanhos diferentes é um pouco melhor distribuída, com vantagem para o Preciso nessas. Qual a importância disso? Quanto mais estreito e alto o pico da moda, significa que a distribuição de partículas se concentra mais naquela faixa de granulometria, o que permite obter maior rendimento de extração (a metáfora do cozimento do macarrão de mesmo tamanho). Pra prensa, é bom um pico bem alto à direita, com o resto do gráfico baixo e plano. Pra expresso, geralmente há dois picos. O método tradicionalmente depende de uma distribuição diferente (com mais particulados) pra estabilizar a extração. A exceção é o Perger com o EK43, que é um moedor que faz um pico um pouquinho mais a esquerda que os demais moedores pra espresso, o que significa que teoricamente dá pra conseguir uma extração com TDS mais alto. Claro que a distribuição de partículas é mais um dado, e não explica todo o fenômeno da extração. Certamente que a forma das partículas fracionadas também deve influir no rendimento.

Por isso a expressão no máximo.

Acho que só vai funcionar bem por cima mesmo.

Isso, Miyamoto.

Ninguém mais de junho?

Muito legal, Guilherme.

Leandro, não se indisponha por pouco. A questão é de organização e terminologia. Usando esse título, todo mundo vai pensar em máquina, não importando que o moinho seja, afinal, também uma máquina, ou que o assunto seja relacionado ao seu primeiro conjunto. Essa terminologia já está consagrada pelo uso, correta ou não. Dito isto, pode abrir tópico separado nos moinhos. Não há limitação. Apenas pesquise antes pra saber se a sua dúvida não foi respondida. E dê uma olhada nas Leituras Obrigatórias, na página principal. Boa sorte.

O que deve acontecer em até três dias, no máximo.

Característica atenuar e preferência fatídica? Tudo bem que você não é nenhum poeta, mas essa proeza só pode ser obra do (des)corretor ortográfico. Que pelo jeito só serve pra atrapalhar mesmo. Estou por cometer a heresia de comprar uma U&Milk. Minha mulher reclama que não sabe operar a Elektra quando não estou em casa, e eu mesmo de manhão já não estou mais conseguindo engolir leite com café solúvel, tampouco tenho tempo (nem costumo estar acordado o que baste) pra usar usar a máquina de espresso. Pelo menos chegarei em um compromisso para os momentos de pressa.

Eu apostaria que sim, Gilberto. Talvez o inconveniente seja ter que usar uma resistência potente e por conta disso ter de reforçar a parte elétrica.

Como diria Cal, a vida como ela é.

Acho que se fizer uns backflushes na sequência, não vejo porque teria problema. O xarope de café que volta também é grudento.

Pretendo comprar o livro do Rao também. Boa pedida. Porém pra mim, a explicação do fenômeno é simples: com muita pressão, as partículas pequenas se aderem com força contra os furos estancando a pressão. É como em uma banheira cheia, deixando a tampa do ralo solta. Ela acaba pressionada com força contra o ralo, estancando o vazamento. Com pouca água, a pressão é menor e a tampa do ralo não fica tão afixada. É um raciocínio bastante simplório, mas que acho que se aplica razoavelmente ao que acontece no café. A pressão aumenta o fluxo até o ponto em que passa a pressionar as partículas pequenas com força o suficiente (pela migração dentro do bolo) para obstruir os buracos. A partir desse ponto, quanto mais pressão, mais obstrução. Faz tempo que penso que é isso que acontece, e a constatação do Rao me faz acreditar que é por aí.

Algumas coisas sobre a pressão: -a pressão mais alta interfere bastante na fase inicial de extração. Elevação da pressão muito rápida e há uma migração forte de particulados para o fundo do bolo, causando uma maior restrição inicial. Esse fato é facilmente constatável nas máquinas que tem pré-infusão verdadeira. -A OPV afeta, por óbvio, apenas a pressão máxima de extração. Em um duplo normal, uma OPV a 9-10 bar provavelmente nem deve atuar considerando a curva de pressão da bomba para o fluxo necessário. Já em ristrettos ou singles, atua bastante. -Sérgio, a pressão da Elektra, pela falta da OPV, vai depender do tipo de extração. Em um duplo típico (faço poucos) a extração terá 10 ou 9 bar iniciais, caindo um pouco conforme o fluxo aumenta. Com o Pharos, a pressão costuma se sustentar estável por bom tempo. Em ristrettos ou singles, vai fácil de 11 a 13 bar, dependendo do caso, caindo também conforme a extração desenvolve. O bom do manômetro é isso: se durante a extração cair demais a pressão, é porque canalizou.

A meta é ser o maior postado.

Ele tem uma Poemia...

Sim, deve ser relacionado com a distribuição de partículas. Pra extrair com portafiltro pelado, é uma excelente característica.

Tópico pra isso não é latte art.

Não. Pra mim seria legal se inventassem um sistema que não precisasse aquecer massa desnecessária nem de metal, nem de água. Se um termobloco bem leve conseguisse fazer isso, quem sabe, mas não é necessariamente o que eu pensava.

Menos, B. Mas o seu cumprimento aceito com grado.

Dizem que o Ades vaporiza legal, Santiago.

Tem uma coisa mais legal que isso que são os gráficos de distribuição de partículas dos moedores da Baratza. Já vi em tópicos do HB, mas não achei as fontes pra poder copiar pra cá os gráficos. Se achar...