Rodrigoks

Bah, tirou o escorpião do bolso. Foi presente de alguém?

Algumas ficaram uma porcaria, mas não deixa de ser impressionante.

Sim, Gilberto, isso é fato. As mós trabalham já se tocando quase que em toda a faixa de moagem de expresso no Vario. Já no Pharos não e no Bezzera muito raramente, apenas na faixa mais fina e com torras muito claras.

É possível, Sérgio. Nunca testei essa hipótese. Como não usava marcação nem no BB005 nem no Pharos, a correlação fica prejudicada na minha experiência. Mas é claro que sempre dá pra testar...

E daí?

Extração muito rápida (tal qual uma cachoeira). Piada interna.

Acho que eu expliquei mal. Com o Pharos, por exemplo, com a regulagem X faço um normale pra um certo café. Mudo de café e frequentemente nem preciso alterar essa regulagem, salvo se a torra for bem diferente. A extração não muda muito. Já no Vario a necessidade desse ajuste é bem mais comum, pois a extração muda bastante. O shot é bem mais sensível às pequenas nuances de granulometria. E dado um mesmo café, ele tem apresentado resultados consistentes, mesmo quando alternado. Por enquanto, não notei nada que desabonasse o sistema de regulagem. E olha que eu não sou de puxar brasa pro meu assado! Mesmo planares maiores podem ter essa característica. O SJ, por exemplo, que é um tanque, lembro do Jim Schulman, aos meios dos testes com o TGP, falando como não era fácil ter consistência entre extrações com o seu conjunto de planares de 65mm, mesmo utilizando WDT. E eu tenho notado esse traço: mudanças na técnica do barista influenciam mais os shots do Vario que o do Pharos. É o que chamam de tolerância (a tal forgiveness).

Não creio que seja o caso. Essa é uma característica comum aos planares, e deve ter bem mais a ver com a distribuição de partículas do pó.

Legal. Mas cachoeirou.

Não, Sérgio. A resolução é mais do que o suficiente. É a característica do pó que é muito diferente. Entre chocar e cachoeirar há pelo menos umas 8 regulagens possíveis, talvez até mais. Apenas para ter uma idéia, no Pharos nunca colei uma escala. Fazia os ajustes por aproximação (digamos que na faixa de 1/16 de volta), a olho, e errava muito pouco, mesmo variando os cafés. No Vario, o moinho precisa de bastante ajuste de escala entre cafés diferentes. Se não se fizer nenhuma nota, acaba perdendo muito café por erro.

Eu fico uns dias fora e o pessoal já começa a folgar. Daí sou obrigado a justificar o salário.

Retomando... -Continuo achando o sistema de moer por peso muito prático. Costuma ser bem preciso, na faixa de 0,1g o erro. Só acho uma certa malandragem o sistema desativar a balança quando atinge o peso desejado dentro de uma certa margem. Quando isso acontece, aparece o peso que você programou (17g, por exemplo). Daí dá a falsa impressão que que o alvo é sempre atingido na mosca... -como eu esperava, o moedor de mós planas é bem mais chato com a sintonia fina da regulagem. Com os cônicos (Pharos e BB005) eu nunca precisei fazer anotações das regulagens para os diferentes cafés. Um ou dois pequenos ajustes e tudo estava resolvido. Com este, não. Cada café exige uma regulagem bem diferente, senão é chocar a máquina ou fazer cachoeira. Desaposentar a cadernetinha...

Pode entrar em outra faixa de preço, Anita, mas frequentemente ainda compensa.

Tópico!

Como diz o patrão: voltemos ao tópico.

Se estivesse vivo, Robin Williams provavelmente compraria cafés dessa torrefação alemã.

O frete de 250g e um quilo é o mesmo. Logo, guarde umas moedas, encomende 1Kg e utilize o freezer. É a melhor maneira de diluir o valor do transporte.

Eu toparia, mas saio de férias em janeiro e não sei se chegaria a tempo.

Não é normal confundir o Jacu com Kaganda???

Concordo com o Zé Cal. Usei um moedor de hélice pela primeira vez em uma TE. Não considero viável para expresso, por outro lado não é tão ruim quanto eu imaginava para outros métodos até testar um. Não espere obviamente obter o estado da arte em cafés com esses moedores, mas custando 10x menos que um Encore e sendo mais prático que um Hario Mini ou Porlex(nem todos gostam de manivelar - isso é algo que quem gosta de moedores manuais, como eu, devia democraticamente aceitar), é um bom passo a frente em relação a comprar café pré-moído.

Se precisar de algum pequeno reparo, ainda assim está bom de preço.

Coloca uma Flojet e já era.

Já faz um tempo que ela vende moedores de mós.

Isso parece manchete de jornal. Você pensa que é uma coisa, vai ler e é outra.

Acontece que meu Vario está com mós de cerâmica, original. Vou trocar pelas de aço, mas antes vou fazer uma bateria de testes. Infelizmente ainda não tive tempo de fazer as degustações comparadas que pretendo. Mas farei. O fato é que o Pharos não está a venda, e nem vai estar. E lhe digo que com o Pharos moo quase tão rápido quanto o Vario a dose de um espresso duplo, e certamente mais rápido que uma extração do ROK ou qualquer máquina. É uma equívoco achar que toda moagem com manuais é demorada. Exige força, sim, o que pode ou não ser um problema, dependendo do caso. Voltemos ao ROK, que é legal.