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Lisboa Santos

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Tudo que Lisboa Santos postou

  1. Tô com um problema no dedão do pé direito, que está me impedindo de dirigir por muito tempo, mas até lá deverá ter melhorado. Fora isso, tô super confirmado!
  2. Não tenho FP, mas é um método que proporciona bons cafés (gostei dos que tomei) pelo tempo prolongado de infusão. Duas desvantagens que vejo nela, em relação à AP, são: 1) dificuldade (ou não facilidade) de agitação, o que desfavorece uma extração mais rápida (portanto maior em função do tempo decorrido) e mais uniforme de todo o pó; 2) a impossibilidade (ou grande dificuldade) de usar granulometrias mais finas, o que também desfavorece uma extração mais rápida e uniforme, portanto maior, de todo o pó. Aumentar a temperatura vai favorecer a Extração. O Matt Perger é totalmente a favor de água fervendo (que é igual ao máximo que sua altitude e condições climáticas vão permitir) diz que não usá-la é uma "silly question" se o café for bom! Não sei o sentido de "silly" para um australiano, mas para um americano significa tola ou quase idiota, em português eu traduziria por boba ou besta. Eu já vinha usando água fervendo (entre 97,5ºC e 100ºC) circunstancialmente há algum tempo, mas faz quase um mês que venho usando direto, sem vacilação, sempre. Bem basicamente, maior temperatura e pressão aceleram a Extração; maior agitação também acelera além de dar uniformidade (homogeneidade) em relação à massa total do pó pois aumenta a área total de contato. Isso vale para qualquer método em que seja possível agitação. Sobre P.I. (Pré-Infusão) ou blooming, recentemente o Rodrigo KS deu um pitaco em outra comunidade sobre a suposta desnecessidade dela em métodos por infusão (imersão). Eu já vinha pensando nisso há tempos e resolvi parar com a P.I. na AP (o mesmo valeria para a FP), e não vi diferença de resultados na xícara, mas diminuiu o tempo total de infusão. Vejamos, o que dizem sobre a P.I.: 1) Serve para ajudar a liberar CO2 e, assim facilitar a extração. Se a liberação de CO2 facilita, ou não, eu não sei. Mas sei que despejando água com vigor (do alto e forte) você produz um blooming muito bom e até bonito de ver. Ademais, e isso se constata visualmente com facilidade, a agitação periódica também promove posterior liberação de CO2, pelo menos aquela espuma que se forma no início vai sumindo gradativamente até desaparecer após uns 2 minutos de infusão com agitação periódica. 2) Serve para "amolecer" o grão e facilitar a futura extração. Pode até ser, mas num método de infusão longo (e talvez até num de percolação) o amolecimento dar-se-á de uma forma ou outra, e usando granulometria mais fina essa questão passa a ser totalmente secundária, senão inútil. Ademais, e da forma como muitos recomendam (só o suficiente para molhar o pó, e assim evitar uma extração prematura) a concentração é tão grande em torno das partículas que quase não há extração. Isto tem até lógica: se você só encharca para a água entrar dentro do grão, ele fica lá dentro e, portanto, não estará extraindo solúveis. 3) Serve para dilatar (inchar) as partículas e, assim, minimizar canalizações, o que é válido somente para espressos. Em métodos de infusão (imersão) não há que se falar em canalização, nem mesmo nos de percolação. A única vantagem que eu veria numa French seria naquelas que tem uma parede térmica bem grossa (o Rafa tem uma dessas), pois, principalmente para quem usa temperaturas mais baixas, faz o café chegar numa boa temperatura na xícara. Mas isso também não é problema numa AP com escaldação e água fervendo, tenho feito o café chegar na xícara a 63ºC-65ºC (mesmo com infusões longas de 4min) o que está pra lá de bom (mais do que isso dá câncer, segundo a OMS). Gosto não se discute, e abaixo de uns 22% Ext as diferenças de sabores nas xícaras são grandes, ainda que para um mesmo café: 19% numa FP, num V60, numa Clever ou numa AP resultam em xícaras diferentes, porque extraiu-se pouco do café, e daí é uma incógnita o que pode ter vindo para a xícara, pois variou a granulometria, a uniformidade de extração, a agitação, o filtro (papel ou metálico) etc. Então, a escolha de um método fará diferença naqueles níveis de Extração, e cairá na velha e besta (porque óbvia) questão de "a escolha é sua!". Devido principalmente à granulometria mais grossa (especialmente se peneirado o pó), à infusão estática (sem agitação), e associada a uma água mais neutra, eu não esperaria muito mais do que 19% em média (no máximo uns 20%) numa French, o que não quer dizer nada, novamente, pois depende de gosto pessoal (até mesmo costume) e da solubilidade do café.
  3. Uma vez visitando a fazenda da Roberta Bazilli aqui, ela falou que dava pra fazer um chá gostoso da casca (fresca, não aquela palha ressecada do/no chão), tomados os devidos cuidados de higiene, ou da flor de café (que eu já tinha tomado na Academia do Café, em BH). Sem agrotóxico (será!?) aqui, nem tomate... Acho que o cuidado que a Roberta falou ou era de pé sem agrotóxico (ela tem uns pezões de Mundo Novo perto da Sede, naturais sem tratamento especial) ou lavar/higienizar bem até mesmo antes de descascar a cereja, se a finalidade é fazer o chá (e depois o café). Vou pedir pra ela me arrumar um pouco.
  4. Foi o que eu falei: ótimo no "chafé das 5", e não no "café das 5"...
  5. Seu resultado foi semelhante ao meu: +- 85% do que deveria ter sido medido. Usei os 3 tipos de Nescafé, davam quase no mesmo o que não deveria ter acontecido já que um era mais "forte" que os outros. Esse negócio de medir solúvel então não dá certo mesmo, por alguma razão que (a mim) não interessa saber. Lembrei daquela sua experiência.... hehehe Mais um! Mais um! Mais um! (loucos murmurando em volta do fogão, olhando pra dentro do forno, por horas sem fim....)
  6. Sergio, uma vez eu falei que a medição do Nescafé estava dando uns 80-85% do que deveria, depois que passei a calibrar meu condutivímetro continuou na mesma. Pode ser algo específico de condutividade do Nescafé mesmo.... Vc tá falando em secar o café coado no forno?!?! pra depois pesar o Sergeicafé?!?!? Não deveria, mas fico meio aliviado em saber que tem alguém mais louco do que eu!
  7. Lá tem umas coisas interessantes, como o La Legua Cascara para o qual eles recomendam BR de 2,5% (dois e meio por cento) e tempo de infusão de 7 minutos! Deve ficar ótimo no "chafé das 5", e olha que eu gosto de BR baixa, hein?! Achei que tinha visto um brazooka Caxixe também, mas hoje não tem nada....
  8. Gabriel, fico surpreso que "cafeterias" ainda "repitam" (a la papagaio) essa ideia de que apertar o êmbolo da AP até o final vai amargar o café. Por várias razões: 1) se o café foi minimamente bem extraído (pelo menos uns 18%) o grosso do amargor já foi pra xícara faz tempo: o que resta (se restar) para ser extraído (de amargor ou outras notas desagradáveis) é muito pouco mesmo; 2) se a extração foi mais "normal" (uns 20% ou mais) e esse resto, ou a bebida toda está amarga, é problema de qualidade do café: muito provavelmente torra muito escura, para espresso, ou avançada demais para desfavorecer a doçura no grão; 3) ainda que seja amargo (o que nunca constatei na prática #ficaadica1), como é que uns 5g de café vai amargar o restante da bebida pronta: uns 180g em geral (para quem despeja 200g), ou pelo menos uns 130g? só se for suco concentrado de amargor, ou estiver muito subextraído, ou ambos.. Você que anda extraindo bem, da próxima vez empurre o êmbolo até ouvir o chiado e pare; depois em outro recipiente extraia o restante (aperte bem o êmbolo, sem dó) e prove! #ficaadica2 Eu nunca senti amargor nenhum, ao contrário sempre foi um típico "chafé" (ou pior), aguado pacas e até docinho. Se estiver amargo, cai no #1 ou #2 acima, pois não serão uns poucos gramas (de 3% a 4% de toda a bebida) que irão amargá-la, ou deixá-la mais amarga, né ou num né?!
  9. Não, Gil, você sempre precisar pesar o café coado que foi pra xícara, porque sempre (em qualquer método, inclusive espresso) haverá água retida no pó que não conta para a Extração: se ela ficou no pó, ela não extraiu nada do pó. Pela minha experiência (varia um pouco conforme o café), com uma moagem fina como a de espresso a retenção de água é igual ao peso do café moído (40g de pó reterão 40g de água); num outro extremo, para moagens bem grossas como a para French, a retenção pode chegar a 200% (ou mais) do peso do pó (40g de pó reterão 80g de água). Veja que nos dois exemplos do Márcio, as retenções de água foram de respectivamente 195% (se ele empurrou bem o êmbolo até o fim) e 222% do peso do pó (no outro método), por isso acho que ele estava usando granulometria média-grossa, ou grossa, na AP. Uma vez mais a fórmula universal, para espressos ou coados ou outros: Ext = TDS * brewed coffee / pó. Se você quiser medir Ext, e só para essa finalidade, você tem que empurrar totalmente o êmbolo da French até o final. Isso vale para AP também. No caso de coados por percolação tem que esperar gotejar tudo (ou quase), ou seja esperar o bolo secar. Caso queira cortar antes a extração, tem que passar para outro recipiente, esperar parar o gotejamento, pesar este café coado residual também e adicionar ao peso do café na xícara para poder calcular corretamente a %Ext.
  10. Mesmo que seja para um café sem qualquer pretensão, não é fácil acertá-lo para um bom resultado em cápsulas. Lembro de um produtor de cafés brasileiro que já tinha feito dezenas de testes e não acertava o ponto do café dele numa cápsula que estava testando. Li esta semana de um produtor australiano que faz um ano que está testando apenas dois cafés dele, e ainda não chegou a um resultado que realmente diferencie o seu produto. Acertar o ponto de moagem (dizem que a Nestlé tem um moedor especialmente projetado para que a moagem destaque características dos grãos, não é só moer), o blend necessário para determinado resultado (se for o caso) e por aí vai... pode ser um desafio, como talvez disse o Cabral, que não compense o trabalho todo.
  11. @Márcio, seus cálculos estão corretos novamente, parabéns pelo resultado! Se na AP vc estiver empurrando o êmbolo até o fim, sua moagem deve estar (no mínimo) média-grossa (pela retenção no pó em tornos de 200%). Faço questão de frisar, porque tem muita gente que acha que eu fico bebendo números, em vez de café, que os números não passam de números, e servem para você mesmo (independente da precisão ou acuracidade internacional do seu aparelho) ajustar (e avaliar) suas receitas. Nas últimas semanas, com meus experimentos mais radicais, tenho chegado no limite do que cada café tem para oferecer nas circunstâncias dadas: qualidade sensorial, data da torra, data de abertura (e conservação) do pacote, grau e desenvolvimento da torra (para coado, de preferência). Por isso tudo, tem café que não vai passar dos 20%-21%, outros vão chegar nos 22%+ mas com sacrifício de acidez e doçura, e talvez ao custo de algum amargor. Semana passada tomei um Blend Especial de um Exótico do Mário com 17 dias da torra e 12 do pacote aberto (guardado no próprio pacote), consegui média de 19,5% (mínima 19,3%, máxima 19,6%), esta última saiu sem nenhum amargor, as outras duas quase nada, e todas com acidez frutada bem destacada (manga, maracujá), boa doçura. Teve uma que fiz de propósito, antes, com a receita "puxada antiga" (sempre faço uma de controle para comparação de resultados) e deu 17,5%, ficou relativamente amargo, menos doce e as notas frutadas não estavam bem definidas (que frutas eram). Daí puxei com minhas novas receitas (só para isso é que serve o aparelho) e o resultado na xícara melhorou demais, principalmente no aftertaste (que pra mim é muito importante também). Esse Zardo a 19,6% estava muito melhor que muitos outros a 20%, 21% (e até 22%) que fiz ultimamente, e teve um gesha colombiano que já a 18% (depois cheguei a 21%) foi um dos melhores da minha vida. Tudo isso vem a corroborar que a medição, em si mesma, não quer dizer nada, depende de cada café. Mas até agora, fora umas pouquíssima exceções, extrair mais (às vezes até o limite daquele café) só melhorou o resultado na xícara. @Gil, para calcular %Ext precisa medir o café coado na xícara, e não a água despejada (esta serve para calcular a BR somente). Se o café na xícara foram os 400g, então seu cálculo está correto: 17,5%. Caso contrário, supondo-se que vc verteu os 400g de água, e considerando uma retenção média de 175% de água no pó, daria uns 312g na xícara e sua Ext pode ter dado mais ou menos 14%.
  12. Até corrigi, CaÊ, é menos de 3min, em torno de 2min (já corrigi acima, 8 quarteirões sem trânsito) quando o entregador sabe da "caixinha" pela presteza! A pizzaria até me liga, conforme sempre combinamos: "Dr. tá saindo AGORA! JÁÁÁ!", dái já fico pronto esperando para desabafar a benedetta! O forno a lenha não é só o "cheiro" (que óbvio passa pra pizza, por isso não pode ser qualquer madeira), mas acho que tem a ver com a irradiação direta do calor da brasa sem intermediários até a massa, mais do que por convecção (circulação de ar quente). Mas aromatizar com ares naturalísticos (fumaça de verdade, de madeira de verdade) é uma boa ideia do seu irmão...
  13. Eu tenho um primo cozinheiro (requintadíssimo, mas não profissional) que tem na casa onde morava (atualmente do pai dele) tudo quando é aparelho e equipamento para cozinhar: só de panela para paella umas 12 de todos os tamanhos, panelas de ágata, ferro ou pedra, fogão a lenha tradicional brasileiro (comprido), fogão de ferro a lenha (parece o a gás com 4 bocas mas é a lenha), defumador, duas churrasqueiras (uma das nossas tipo laje gourmet e uma autêntica de parrilla, argentina), e o principal para o papo aqui: um forno "profissional" para pizza de uns 9 m2, ou mais. A grande maioria das pizzarias em Sampa não tem um forno daqueles. Depois que ele mudou há uns 5 anos, nunca mais fizemos nossas pizzaiadas, todo mundo ajudava na montagem, punha, virava e tirava com a pá, e comia na mão mesmo, como deve ser. O segredo de pizza é o forno, ideal é que seja a lenha mesmo, bem quente mesmo, aquele vermelho da brazza rodeando a bichinha. Em casa nunca sequer cheguei perto do resultado de quando fazíamos lá. Ano passado comprei um Brastemp de 5 bocas, aquele baita fornão, mas não dá certo, num chega nem perto do que deveria. Nunca tentei usar a tal pedra em casa, vou providenciar para o futuro. O mais próximo do forno a lenha é o elétrico (simulação do calor da brasa), eu tinha um pequeno com uma resistência em cima e outra em baixo, é pouco, nunca ficou como eu queria. No mês passado cheguei a pensar em comprar um elétrico "profissional", mas o café está consumindo meu orçamento todo, e acabei comprando um Oster médio, duplas resistências, vou testar para esfiha hoje à noite. Deve ficar melhor que no Brastempão. Qualidade do recheio é fundamental, quando é época aqui acho uma mussarella de búfala caseira excelente (R$12/kg), tomate ralado à mão, temperos e ervas frescas, farinha boa (coisa difícil de achar por aqui), fermento fresco (tablete ou de padaria, ou da pizzaria de um amigo meu daqui, que faz uma massa excelente, como as de Sampa) e por aí vai. Receita?! Tenho não.... vai no olho mesmo, é tanto tempo fazendo... o difícil é fazer a massa crescer corretamente, aqui é muito frio e úmido mas, acertando isso, vai. Ponto?! ah isso é na mão que se sente, não dá pra explicar em palavras (nem vídeo), scusatemi. Ou faço em casa (mesmo com forno merreca, pois garanto no recheio), ou vou na pizzaria do meu amigo, raramente peço em casa pois só de colocar na embalagem e abafar a bichinha já murcha e perde a crocância. Quando é delivery eles já sabem: faz a minha, pega só a minha pra entregar (os outros que se danem), saí do forno pra embalagem e imediatamente pega a motinha e vem voando (2 min), pego correndo e tiro a tampa imediatamente, se não tiver saindo "fumaça", ainda, ligo lá reclamando! Já cheguei a devolver uma que veio "morna" pois tinham feito mais duas entregas antes.
  14. Leandro, qual foi seu método de envio: bag or bag tracked?
  15. Sergio, assim não dá né!? Não diz nem pra que serve, o que mede? NaCL, por exemplo?! Caê, não tenho Globo News (só parabólica padrão), mas tenho acompanhado essas apresentações pelo Facebook, o pessoal sempre posta os links a respeito. Obrigado! Eu preciso é criar vergonha na cara e ir visitar o produtores de ponta daqui de Caconde (João Hamilton, da Canaã, FAF; o Rossetto que ganhou do João num concurso de 2012), a própria FAF em Mococa (SP) e a Mantissa em Poços de Caldas (MG), ambas a uma hora de viagem de casa. Hoje quase fui em Póci di Car, comprar Águas da Prata e visitar a Mantissa, mas tava duro e meu dedão do pé ruim para dirigir.
  16. O algoritmo conversor para NaCl (um dos que o fabricante do meu aparelho considera adequado para medir café) do meu está em torno de 2:0,95. Uma relação padrão de condutividade em mS para TDS é de 2:1
  17. Salve Márcio! Os cálculos estão corretos, e se for isso mesmo foi uma belíssima Extração pra uma BR de 8,8%. Mas tô achando esse TDS altíssimo (nunca vi nada assim, nem em outros fóruns alguém se referir a algo acima de 1,5%). A faixa considerada usual pra coados fica entre 0,9% (900ppm parts per million ou 0,9 parts per thousand) e 1,9% (1.900ppm ou 1,9ppt), sendo considerada uma boa faixa de apreciação entre 1,2% e 1,5% (há variações, claro). Aqui dois exemplos, o da direita é o da SCAA em g/1,9L: Ps.: tô achando que essa sua medição é em mS (miliSiemens) o que daria numa conversação grosseira: 2,25 / 2 = 1,12%TDS => Ext% = 10,6%. Muito baixa, não pode ser....
  18. [Off-Topic] Flora, adorei sua "autobiografia" no seu perfil, peito aberto, sem papas na língua, e pra frente pois a vida se vive a cada instante. Vc é uma guerreira, continue assim, avise-nos (no sem assunto, ou tópico de músicas) sobre o seu "disco" e suas experiências (batalhas) cafeinadas! Boa sorte!
  19. Lisboa Santos

    Bravo Mini

    [Off-Topic, as well] Parei há praticamente um ano, mas já estava com 14.000 horas de cabine, umas 2.000 on-line. Também fazíamos sessões em tempo real na Califórnia, com controle de tráfego, rádio em tempo real, e todo protocolo formal (oficial) americano, elas duravam em média 12h, umas 360 milhas, até 30 trens rodando simultaneamente. Teve algumas de 14h, sem parar! Numa destas cheguei a dormir mais de uma hora num cruzamento na serra de Tehachapi, tinha um trem quebrado no contrafluxo, via única, acordei com as luzes e a buzina tocando! Tomei um café e segui! Numa das sessões, 10 horas, 6 horas cada trem, com protocolo ultra rígido, teve até um observador convidado da FRA (Federal Railroad Administration), dava nos nervos principalmente quando eu tinha que interagir com algum colega texano ou mississipiano, esses eram dose de entender! Saudades daqueles tempos! Gosto muito de voar, mas quase nunca tinha um pc que aguentasse rodar um FS como deveria. Cheguei a passar na admissão (mas não a voar, ou voar muito, não me lembro mais) na TAM Virtual, muito bem organizada e realística, parecia.
  20. Lisboa Santos

    Bravo Mini

    Leonardo... essa sua chaleira é incrível, um misto de vintage com toques modernos. Eu sou maquinista virtual há mais de 15 anos, e fico imaginando nos tempos de hoje uma viagem retrô no famoso Pioneer Zephyr, o Raio de Prata (mas na verdade em aço inoxidável) no carro panorâmico, ou no carro restaurante, com um um belo dum café servido numa chaleira como a sua! Casariam perfeitamente! Até mesmo em uma viagem no mais moderno e restaurado Nebraska Zephyr.
  21. Então meu café é ruim também Graças a Deus! Sem problemas, porque gosto não se discute, punto! Com meus últimos experimentos na AP (vide tópico do "café perfeito", sobre moagem congelada, mais fina e uniforme), de uns 14 cafés que já fiz com moagem mais fina do que para espresso (só dá para brincar assim na AP, nos outros métodos bagunça o tempo de infusão pois o filtro de papel entope, e no espresso chocaria) só 5 amargaram um pouco em %Ext bem altas: 3 brasileiros <88 SCAA, 1 brasileiro que estava com 55 dias da torra (tava flat tb) e 1 colombiano que estava com torra escura (eu diria mais optmizada para espresso). Ou seja, se o café for realmente bom e estiver apropriadamente torrado para coado (com BR mais baixa, entre 5,5% até 7%), não deverá amargar se vc chegar perto do limite de Ext dele (pode ser 20%, 22% ou 24%, depende da torra, conservação e solubilidade), é o que o eu tenho observado na prática. Intensidade é uma questão de preferência pessoal, e isoladamente não quer dizer nada, pois ela vai variar conforme a %Ext que você estará atingindo, como bem explicou o Rodrigo. Fixei minha BR em 5,5% temporariamente, justamente porque estou testando Ext, e quanto menor a BR mais alta a Ext%. Minha intensidade (os café tinham todos entre 4 a 6 semanas da torra, portanto já estavam menos solúveis e menos ricos) tem ficado entre 1,24TDS (o que dá 20,9%Ext) e 1,32TDS (Ext% de 22,5%). Mas dentre os que ficaram melhor na xícara um deles (um extraordinário Gesha Colombiano) deu entre 1,06 a 1,09TDS (%Ext entre 17,2% e 18,5%), e numa delas atingi o pico de solubilidade daquele café com 1,25TDS e 20,9%Ext. Analisando só os números, não eram intensidades nem Extrações "tecnicamente" ideais (mesmo para os meus padrões), mas o café ficou fantástico na xícara, o melhor deste ano. Por outro lado, um dos outros cafés (um brasileiro muito bom, mas já velho de torra) consegui 1,31TDS com 22,1% Ext, não tinha amargor nenhum, estava até doce, mas estava com acidez flat e sem graça (um dos mais sem graça que tomei este ano). Ou seja, números são só números, e como diz o Matt Perger (o que venho comprovando na minha prática) não espere bons resultados com cafés menos do que excelentes e com a torra otimizada (ideal) para o método escolhido e, digo eu (não menos importante), sua preferência pessoal. Não é moleza juntar tudo isso de uma só vez, né ou num né?! Torrefador bom, origem boa, grão bom (ou seja, café de marca boa ou bem pontuado) por si só não quer dizer nada, esse é o ponto. Você vai ter que fazer uma escolha entre intensidade maior (TDS maior) ou Extração maior, é muito difícil conseguir os dois ao mesmo tempo, e será uma mera questão de preferência pessoal sua. Tem um artigo muito bom sobre esse dilema (e um vídeo também) do Matt Perger sobre Espresso Recipes: Understanding Yield. Apesar de ser sobre espressos, vai te dar uma boa noção das correlações existentes entre Yeld (quantidade de café na xícara), Tempo, Intensidade (Strength, tanto no sentido de %TDS quanto no de intensidade degustativa) e Extração (Extraction, ou Extraction Yeld, ou Solubles Yeld). No artigo ele diz que podemos didática e hipoteticamente dividir as pessoas em 3 grupos. Eu particularmente estou no grupo 2 dos que preferem uma intensidade média ou média-fraca (aqui, novamente, vai depender da %Ext), com Extrações mais altas, pois é onde se consegue (eu tenho conseguido, na maioria esmagadora das vezes) mais complexidade, mais doçura, menos amargor e maior sutileza de notas exóticas. Grande abraço!
  22. No Mini, vou moer para espresso, ou menos, então vou ter que comprar uns cafés gringos e brazookas peneira 17 pra cima, para minimizar o pobrema, no problem....
  23. Aprendi na marra (marinheiro de primeira viagem) que, em havendo possibilidade de o café evoluir com o tempo (características sensoriais, solubilidade etc.), é melhor separar uma parte fora do congelador, conservando-a o melhor possível em temperatura ambiente justamente para permitir a suposta evolução do grão com o decorrer das semanas. Eu fiz a besteira de congelar todo um lote de um Gesha colombiano (estava com 1 semana da torra, excelente), e agora jamais saberei se ele iria melhorar, ou não, eu até acho que iria....
  24. Não sei porque fazem tanta festa na, e para a, Sexta-feira, ou Sábado... Domingo tem sido para mim, há muitos anos, o melhor e mais bem aproveitado dia da semana. Mesmo ao seu final, anunciando a volta à rotina segunda-feirense.
  25. Geisha é a denominação secular da tradicional cortesã japonesa. No Panamá, onde se desenvolveu e tornou-se mundialmente famoso o cultivo deste varietal originário da vila de Gesha, Etiópia, a denominação mais comum é gesha (em referência à origem), mas passaram a chamá-lo também de geisha (provavelmente por indevida similaridade com a expressão nipônica, e com a qual não deve ser confundida). É a coqueluche do momento, 3 finalistas do WBC 2016 usaram um gesha. Agora... tomar um gesha, servido por uma geisha, sob a invocação protetora de Ganesha, numa xícara de porcelana japonesa pintada à mão, deve ser uma experiência simplesmente incrível, quase, ou totalmente, transcendental! Quem me dera! O gesha, a xícara e a imagem de Ganesha eu tenho... quase lá.... aquele "quase" extremamente improvável, mas não impossível. [emoji14]
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