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Lisboa Santos

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Tudo que Lisboa Santos postou

  1. Há dois tipos básicos de harmonização: por similaridade e por contraste. Antes de virar hobbista, eu costumava por uma lasquinha da casca de limão cravo (tb chamado limão rosa, meu favorito) no cafezinho. Se, por exemplo, o café tiver notas de limão siciliano (muitos grãos brasileiros dizem ter esta nota), aposto que casaria muito bem com sorvete de limão siciliano! Eu vou experimentar, logo...
  2. Bem... resultado da primeira experiência. Tive que parar a infusão com 11 horas, pois a outra opção era de 14 horas, o que seria (será?) excessivo pra primeira vez. Usei moagem grossa do tipo para French Press, sem peneirar. O aroma estava delicioso com aquela nota de mel de lichia e passa, mas ficou um pouco mais amargo do que eu esperava, pouco doce e bem ácido (com uma acidez não complexa), sintomas de subextração. Bingo! medi o TDS e deu uma Ext de 14%. O Strength estava alto (2,42) pro meu costume, sem dúvida porque a BR foi o dobro da que estou acostumado, então usei o Barista Hustle Strength Calculator (do Matt Perger) e ajustei o Strength para 1,40 (adicionei 85g de água a 100ml de café), reduziu bem o amargor mas não resolveu, como era de se esperar, a falta de doçura e excesso de acidez por causa da subextração originária. Da próxima vez vou peneirar e preparar com uma BR mais baixa, o que acredito deverá aumentar a Extração e deixar o Strength num nível mais compatível ao meu costume atual. A área de contato da água com o pó depois que ele sedimenta, e se não houver agitação periódica, é bem pequena na garrafa Voss, pra quem não conhece ela é estreita e alta; com a chaleira que comprei acredito que esta área de contato deverá aumentar umas 6 a 7 vezes, tanto no contato imediato (pó tocando a água) quanto no mediato (porção mais interna da massa de pó versus distância da água). Isso deve mudar muito o resultado final. Agora... a experiência visual da dança das partículas e gases dentro da garrafa foi fantástica, perderei isso com o novo bule. Mas a vida é assim mesmo: toda escolha implica em renúncia(s). O que não me impede de, volta e meia, preparar na Voss em prol do espetáculo!
  3. Tinha esquecido do pedágio, que é muito mais caro que no trecho similar que costumo fazer (Caconde-Campinas). Eu já decidi que vou ficar por lá mesmo, até pq ninguém merece 5 horas/dia de viagem pra (talvez) economizar uma merreca.
  4. Olhem só, acredito eu, a belezura filtrante do Rodrigo! https://www.facebook.com/TercaExpressa/photos/a.271235446404801.1073741828.269167276611618/490390211155989/?type=3&theater Sobre padronização (mínima) de água na preparação de café, hoje vi um vídeo de uma longa palestra do Collona-Dashwood e o buraco, como eu já imaginava, é bem, mas bem mais embaixo: ou a indústria (torrefações) e, digo eu, o consumidor final (através de baristas em cafeterias, ou usuários domésticos como nós) padronizam minimamente a água, ou vai ser muito difícil chegar a resultados realmente satisfatórios, controlados e reproduzíveis.
  5. @Strangedata, parabéns pela sua receita! Como sempre, a exemplo da sua para o Globinho, é bem estudada, técnica e simples ao mesmo tempo, muito bem explicada nos detalhes, e com uma apresentação visual clara e didática. Comprei na Flavors (está pra chegar) um bule para chá Hario, metálico, 700 ml que acredito servirá tanto para preparação de chá (quente ou frio) quanto cold brew coffee, de repente para iced brewed coffe também. Hoje fiz (estou fazendo) meu primeiro cold brew (infusão a frio), com o Camocim do Henrique, torra da Sílvia Magalhães (torra de 3 semanas, aberto dois dias depois da torra), que já estava perdendo suas características, então aproveitei sua sugestão para testar. Adorei o visual da preparação! Pus numa garrafa de água Voss (800ml), primeiro 400ml de água, daí joguei 95g de pó por cima, o café começou a cair devagarinho e de repente implodiu para baixo (desceu tudo de uma vez) foi um espetáculo à parte, lembrou a excentricidade "alquimística" do globinho que comecei a usar a semana passada! Foi demais! depois completei com mais 350ml de água (BR de 12,7%), de vez em quando virava a garrafa de cabeça pra baixo e vice versa, e a dança das partículas e espuma é um show visual à parte, relaxante! adorei! Vou continuar testando receitas, a ideia de fazer mais concentrado é muito interessante, pois pode-se preparar com menos frequência, mas vou reduzir a BR nas próximas para ver como fica. Vou deixar este 12 horas. Andei experimentado na semana passada cold brew e iced brew em cafeterias de Sampa e adorei; de longe o cold (em garrafinhas) e o iced na AP da Urbe foram os melhores, quase zero de amargor, e bem sofisticados. Talvez fosse mesmo interessante mudar essa sua receita para um tópico de Cold Brew Coffee. Ainda não sei exatamente a terminologia apropriada, mas este tópico é de café gelado, que pode ser o cold brew (infusão a frio) ou o iced brew (infusão a quente sobre pedras de gelo). Sei lá.... ambos se tomam frios ou gelados, mas são técnicas e resultados totalmente distintos. Valeu! Ps.: duas horas depois de iniciada a preparação, dei mais uma viradinha na garrafa e abri a tampa: o exótico e característico aroma deste "africano de Camocim", mel de lichia, já está demais! acho que vou dormir dentro da geladeira (deve estar mais quente que meu quarto) dando um cheiradinha na infusão de vez em quando!
  6. Testei hoje uma micro pitadinha de sal com o café Urbe 01, em que o Wolf está conseguindo um gostinho de umami em altas concentrações (mais perceptível no espresso, que não faço em casa), e parece que ressaltou o umami. É gostoso, mais exatamente exótico, e meio estranho ao mesmo tempo!
  7. Lisboa Santos

    Isso É Café

    Beto, no cupping do dia 20/04 gostei mais do nº 5 (aquele que ficava embaixo à direita, marcação verde), anotei que era um Icatu Amarelo de MG, descascado e em tanque de fermentação, por acaso o mais pontuado (de 89 a 91 segundo o Felipe Croce), é este o da tar da sombra? Agora... aquele Etíope que serviram com BR de 6,5%, hein?! Di mais da conta sô! BTW... não resisti, e já comprei minhas duas colherinhas de cupping agora vai ser tudo na basi da baruieira da sugassão!
  8. O trecho Sampa-Lorena, segundo o Google Maps, dá aproximadamente 2:30h de viagem. Não sei se compensa o esforço da viagem bate-e-volta 3 vezes, ou dormir lá mesmo. Sai muito mais barato, viajar todo dia, mas vai cansar mais, fora a questão dos horários pois pode ser estressante levantar de madrugada pra chegar a tempo do primeiro workshop, e, ou, sair de lá tarde de volta pra Sampa. Temos dois candidatos, por ora: eu e Beto.
  9. Eu vou estar baseado em Sampa desde a véspera, se juntar um grupinho de até 5 CdCianos, podemos combinar de ir num carro só, ou ficar no mesmo hotel lá.... Pelo que entendi os 3 dias workshops serão gratuitos.
  10. Como parece que o Jamboree Sampa 2016 está temporariamente suspenso (previsto inicialmente para 21 e 22 de maio), então vou participar do evento em Lorena, nos workshops dos dias 20 a 22 de maio, de sexta a domingo. E aí, pessoal?! Vamos nessa!? Eu vou... Mais informações no site do Facebook: https://www.facebook.com/semanadocafelorena
  11. @Jose Luiz, só de curiosidade minha... vc tem como medir e postar aqui o pH da água antes e depois do café preparado?
  12. Rodrigo, quanto vc postar mais informações sobre o seu Everpure, diga também onde o comprou e por quanto. Valeu!
  13. Rodrigo, vc parece que tem razão, relendo as informações técnicas do meu filtro, parece que é o filtro com carvão ativado que tem as 5 micra. O que o fabricante me disse, se eu não entendi errado, é que para filtragem em OR eu precisaria do outro filtro deles (de 0,002 micra), com bomba de pressão (se não nem a água passa rsrsrs), imagino que este outro seja o segundo filtro, o de membrana.
  14. Embora a ideia do tópico seja preparar (temperar) água para extração de solúveis de café, é inevitável e até mesmo desejável falarmos sobre outras qualidades da água. Eu também estou engatinhando e aprendendo a andar nesta área, mas vou arriscar alguns pitacos amadores. Sobre preparação, ou água mais "favorável" para extração, e conforme o artigo do 1º post, um bom parâmetro inicial seria a água ter até 7g de Bicarbonato de Sódio (mais do que isso tem efeito tamponador de acidez, o que pode ser bom ou ruim) e até 3g de magnésio. Segundo Collona-Dashwood (barista tricampeão do Reino Unido e estudioso de águas) seria de 5g para as duas substâncias. Daí é só checar nos rótulos das águas minerais à venda. Sobre filtragem de água para café ou consumo geral, o ideal seria tirar todos os "sabores" que são artificialmente adicionados à água para fins de tratamento em rede pública, que são os seguintes: Cal não sei se tem sabor, acredito que não pois sei que é usada em doces para dar aquela casquinha "cristalizada". Flúor (na forma de fluoreto), li agora em https://pt.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%BAor, tem eficiência comprovada de apenas 5% na prevenção de cáries infantis, fora isso (e especialmente em grandes quantidades) é altamente tóxico e prejudicial à saúde, quem estiver curioso sobre o Flúor em geral, leia o artigo acima no que já foi utilizado (campos de concentração, bomba atômica e gás sarin). Então um filtro que não tira o flúor da água, sobre o pretexto de fazer bem à saúde (segundo o mesmo artigo, propaganda de política pública de eficácia duvidosa) não seria um critério de escolha. Cloro altera sabidamente o sabor da água, quanto menos melhor. Meu pai dizia que teve leves problemas de fígado a vida toda (morreu aos 96 anos) porque quando era jovem bebeu muita água com excesso de cloro em piscinas de clubes. Tirar o cloro da água, depois de ele ter cumprido sua função "esterilizadora", é algo extremamente desejável. Outros sabores indesejáveis... por exemplo, na Zona de Sul de São Paulo, onde morei e ainda mora minha irmã, a água tratada vem da Represa Guarapiranga, que é uma água quase parada onde tem muitas algas. Mesmo tratada pela SABESP, portanto potável para consumo humano, ela tem um cheiro horrível de alga (principalmente quente, como no chuveiro) e uma cor marrom avermelhada. Para beber e cozinhar só com água mineral mesmo, ou um bom filtro; minha irmã tem um muito bom, Purefive da Latina, que tira todo o gosto de alga etc., a eficiência para Cloro é certificada como máxima pelo INMETRO, não fala sobre Flúor. Agora... que filtro é melhor ou pior para café, até sobre a ótica custo-benefício, é uma opção pessoal de cada um depois de jogado no bule as informações acima, com as especificações dos filtros.
  15. Não pesquisei a este ponto comparativo virtual, dei uma olhada geral e depois, independemente de preço, sondei mais fundo uns dois ou três que poderiam me interessar, que estivessem disponíveis para consumidores finais, que fosse modular e pudesse futuramente fazer um upgrade para OR (mais exatamente, filtro com membrana de 0,002 micra ou equivalente, e bomba de pressão senão a água não passa no filtro rsrsrs), e que me dessem uma resposta rápida e bom atendimento; foi o que aconteceu na HTZ. Já tive o Europa por muitos anos, mas não dá pra comparar só na memória. Segundo a HTZ, com as 5 micra ele tira "todo" o cloro, flúor e cal, que dão aqueles sabores de água de rede pública, a água só não fica totalmente insípida e neutra porque deve ter outras químicas (bicarbonato?!) que dão um gostinho muito leve de quase nada! Se eu achar um reagente de fita pra cloro baratinho vou testar pra vc. A água do HTZ é perceptivelmente diferente, testei às cegas com mais 3 minerais e da torneira comum, é muito menos saborosa, o que neste caso é bom! Como sou sozinho, e também uso só para beber e café (para cozinhar uso água mineral, geralmente) a estimativa mínima é de uns 6 meses para o filtro de carvão e de um ano para a membrana de 5 micra. Uma das dificuldades que tive na pesquisa era saber exatamente a malha da membrana filtradora, alguns simplesmente não responderam meus e-mails, e dizer que tira o cloro era meio vago. A questão da vazão também pareceu-me ser relevante (na minha casa tenho pouca pressão na rede, queda de uns 3 metros) pois quanto mais rápido (sem muita pressão) parece-me que menos filtra, tanto é que o de OR, com 0,002 micra, precisa de uma bomba de pressão. O meu HTZ são dois filtros separados, o de carvão ativado compactado (que só deixa passar a água, retendo as impurezas) e o da membrana (que filtra a química), a vazão é pequena de cerca de 900ml/min (é estimada em 3,8l/min). o que não me incomoda. O da 3M diz que tira 75% do cloro e mantém o flúor para saúde bucal (o que não tem sentido com as pastas de hoje em dia), a HTZ disse-me por e-mail que tira todo o Cloro e Flúor, só por isso acredito que a malha da HTZ seja bem mais fina mesmo e supostamente deixe a água mais "limpa", insípida e inodora, realmente.
  16. Daniel, entrei em contato direto com o fabricante, falei que era hobbista de café e expliquei a finalidade, eles me deram um desconto e ainda paguei em duas vezes (a vista e 15 dias dd). Total de R$850,00 + R$30,00 de frete. Ele vem com dois filtros, um de carvão ativado para segurar as impurezas físicas e outro com membrana de 5 micras para filtragem de alguns químicos, esse filtro não altera o pH da água. Mais tarde será possível fazer o upgrade para o de OR, mas por ora não sei se valerá a pena, diante de outras prioridade equipamentais. Diga que é do CdC e quem indicou foi o Dr. Lisboa Santos que comprou para preparação de café, certamente ela manterá as mesmas condições. Contato: cyro@aguahtz.com.br
  17. Legal CaÊ! Nada como a teoria testada (e no caso confirmada) na prática. Vou passar a congelar cafés também pois ando perdendo café para a oxidação mais do que pra minhas peneiras. Normalmente consumo um tipo de grão ao longo da semana, deixo um pouco sempre naqueles potes a vácuo da Consul, para isso eles servem perfeitamente, para testar e provar para novamente dali 2 a 4 semanas mas muitas vezes acaba sobrando mais do que pude tomar durante um mês. Valeu!
  18. Buemba! Buemba! Buemba! Foto tirada por agente da SCAA* com câmera especial fornecida pela NASA confirma que aqueles loucos falando sem parar sobre café, moendo, peneirando e sujando a mesa e o chão de partículas de diversas granulometrias, apesar do calor humano que irradiavam, não eram mesmo tão "normais" assim. Tudo indica que tinham planos menos inocentes do que simples preparações esdrúxulas de cafezinho terrestre. Não se sabe de qual Espiral ou Buraco Negro vieram, mas ficou registrado nas câmeras especiais de monitoramento de ETs da NASA, instaladas sorrateiramente no PPD, que desembarcaram na Nave-Mãe Debut do Gil e, horas depois, partiram também sorrateiramente pros quatro cantos da Terra nas quatro mini Peneiras-Voadoras do Lisboa. * Spatial Counter Atack Agency
  19. Previsão: minhas viajantes peneiras grunulométricas (5"x2") estão atualmente em GYN com o Rafa. Vou visitá-lo no final de Maio e trá-las-ei de volta para o Gil brincar com seu Debut. Depois, pensei em mandá-las tomar um chimarrão com o Rodrigo, se houver interesse. O próximo da lista, pois só as têm no serviço, mas não em casa, seria o Burny.... só para constar, sujeito a modificações.
  20. Exato, eu aprendi com o Matt Perger a agitar bastante, e quanto menos finers e fines tiverem na preparação, tanto melhor pois mais controlável (e, em consequência repetível) fica a extração. Nota: chamo de finers (mais finos) tudo que está abaixo da peneira sendo utilizada, por ex.: uma partícula de 400 micra é mais fina (finer) do que as que estou separando numa peneira de 600 micra. Fines, mesmo, seriam aquelas micropartículas inferiores a 200 micra ou menos. Os finers (e coarsers também) atrapalham sua extração; já os fines (mesmo), acabam com ela. Pela minha experiência, em coados (especialmente AP), de 350 micra pra baixo já torna imponderável e indesejável o resultado da extração.
  21. Obrigado Rafa pelo relatório, vc apenas confirmou (resumiu) tudo que venho dizendo a tempos sobre as vantagens de peneirar. Outro dia numa MP alguém definiu bem o que é a Rafino: um filtro (assim como tantos outro, por ex., o Able Fine para AP), que por ser feito numa chapa perfurada a laser é muito mais barato, mas sua área de passagem (área perfurada x área não perfurada) fica em torno de uns 20%, enquanto nas peneiras granulométricas de malha a relação é justamente o inverso. Se as de malha não fossem mais eficientes, laboratórios de precisão já as teriam substituído há muito tempo, não parece lógico?! Como já viram num vídeo meu, para auxiliar e agilizar a peneiragem uso um massageador para fazer as peneiras vibrarem, o que provoca um movimento de partículas tanto no sentido horizontal (circular) quanto no vertical. O movimento de chacoalho lateral é muito menos eficiente que o movimento vertical (tanto é, que é assim que se peneira na roça com a bateia), a combinação de ambos torna tudo mais rápido e eficiente. Peneirando sem auxílio de aparelho vibrador demora mais, mas não é tanto assim enquanto a água esquenta (boa Rafa!), só que dá um trabalho extra que não pode ser desconsiderado. Posso postar algumas dados depois, sobre eficiência de peneiração. Mas se no seu coador de papel ficou aquele lodinho na parede ou no pó, ou se no seu bolo da AP ficou algum fio de lodinho (os genuínos fines), enton você pensa que peneirou, mas non! É lógico que peneirar alguma coisa é melhor que nada, mas peneiragem eficiente que separe 95% do que deveria ser peneirado, com ajuda de aparelho, demora 1:30min na de 850, 2min na de 600, e uns 3min (ou mais) na de 400. Non é mole non! Comprei recentemente um conjunto de peneiras da Bronzinox de tamanho reduzido (3 polegas de diâmetro por 1 polegada de altura) o que tem sido suficiente para peneirar até 25 ou 30g de pó. Mas já cheguei à conclusão, assim como o Rafa, que quanto maior o diâmetro mais rápido todo o processo. As mini peneiras têm alguma utilidade em campeonatos pois permite o uso de até 4 peneiras simultaneamente (cabem na palma da mão com folga), ou também para dar um toque de performance visual tanto em casa para visitas quanto numa cafeteria, do tipo showzinho de barman com uma coqueteleira preparando coquetéis. É que eu não tenho quem grave um vídeo comigo usando as peneiras, senão faria um demonstrando todos esses detalhes e técnicas de agitação que venho aprimorando nos últimos 5 meses. Não li ainda o texto do Matt Perger, depois dou um pitaco aqui. Uma coisa me parece lógica, e portanto certa, como disse o Santiago acima: quanto mais estreita a faixa granulométrica maior o controle e repetibilidade da extração. Trabalho normalmente numa faixa de 250 micra, eventualmente numa de 400 micra; e pra quem, assim como eu e o Rafa (este com seu paladar aguçadíssimo), já provou o resultado na xícara: não há o que contestar. Sobre a questão do desperdício, quanto mais eficiente a agitação (com ajuda de aparelho, especialmente; ou ainda na mão, em ambos os casos com tempo maior) menor é, diria eu, o aproveitamento do pó. Na faixa 600-850 o aproveitamento médio tem sido de 50-55%, na faixa de 600-1000 de 65-70%. Quanto melhor o moedor, ou seja, mais estreita sua curva granulométrica, melhor o aproveitamento; pelo que rapidamente testei em Curitiba no Campeonato de AP, o aproveitamento no EK43 foi de quase 20% a mais (relativo ao total peneirado) comparado ao do meu modesto MD40. O conceito de desperdício é extremamente relativo, eu, por ex., que consumo pouco, se não usar logo os pacotes abertos perco os grãos para a oxidação, então não considero o pó não utilizado como desperdiçado, dá até para aproveitá-lo para outras cositas, se eu quiser. Também se considerar o ganho de qualidade na xícara, acho que vale a pena o subaproveitamento. Sem falar que uso 20g de pó para aproveitar 12g, o que me dá cerca de 183ml de bebida muito bem preparada e extraída, enquanto numa preparação de espresso, por ex., usa-se 20g de pó para obter só 30g de bebida na xícara... Isso não é desperdício, também?!
  22. @Daniel, eu tinha desativado minha Mondial (única máquina de espresso que tenho), mas esta semana tirei-a da aposentadoria para testar o MateSpresso. Uma das razões de eu ter escolhi aqui a H2O Sáude é por que era a única que não ficava leitosa quando passava pela máquina, não sei dizer por qual razão, todas daqui tem pH 6, como a maioria das águas comercializadas, deve ter a ver com a composição química delas. Vou testar visualmente com as águas que tenho aqui, inclusive filtrada, depois dou um retorno. @José Luiz, não sei se foi vc, mas lembro de alguém que testou em ambiente doméstico (com a família) várias águas, não sei se foi vc. Mas, bem vindo ao tópico, aguardamos suas contribuições. Sobre a questão de benefícios à saúde, há uma controvérsia sobre a água alcalina, mas existe um hospital no Japão que trata seus pacientes somente com água (bem) alcalina. Para beber, venho consumindo a Águas da Prata que tem pH 7,34, que também tem muito Bicarbonato de Sòdio, outro elemento que é que nem Bombril: serve desde limpeza até para sáude em geral. Antes da Águas da Prata eu já costuma acrescentar Bicarbonato num copo d'água em jejum. A água por OR (Osmose Reversa) em tese não é boa para café, justamente porque ela é livre de quaisquer substâncias químicas, e tanto o Bicarbonato quanto o Magnésio favorecem a extração. A água por OR serve justamente como base para temperar a água para preparação de café. Talvez eu faça um upgrade no futuro do meu aparelho HTZ de dupla filtragem para o de OR (vai sair mais barato agora que já tenho o filtro deles). O único senão da água filtrada por OR, segundo o fabricante, é que a OR reduz o pH para 6, isto seria desfavorável tanto para a saúde como para o cafezinho. Vc tem filtro de OR, afinal? não entendi direito... mas a questão é a mesma para as cápsulas Nespresso: em geral haverá uma tendência para desfavorecer a extração, o que pode ser bom ou ruim, dependendo de quais solúveis (ruins ou bons, respectivamente) não estão sendo dissolvidos pela água de OR. Eu não acredito que a Nespresso (ou qualquer outro torrefador de grande porte) ajuste seus Grand Crus com água pura (por OR). Isso porque seus cafés serão consumidos, presumo eu, por pessoas que em sua vasta maioria usam água de rede pública, ainda que filtrada. Penso que devem trabalhar com água filtrada (em algum nível, inclusive na questão da dureza da água), e na base de um pH 7 (que seria um padrão mundial de saúde) para não distanciar demais os resultados em seus laboratórios dos resultados dos consumidores finais, no mundo todo. @Beto, tô sabendo de suas águas em mochila nas costas para um barista paulistano! Seria interessante saber qual a composição química delas, além do resultado na xícara, claro!
  23. Daniel, existem diversos tipos de "filtros" mais diretamente relacionados com nosso assunto: 1) os que eliminam apenas impurezas mais grosseiras como barro, areia etc. Muitos também eliminam algumas bactérias; 2) os que eliminam também algumas substâncias químicas como Cloro, Flúor e Cal, encontradas em águas da rede pública, além de bactérias. Este é o meu caso, pois como disse antes, meu filtro elimina moléculas de até 5 micra, ele dá uma água da rede muito mais insípida (não totalmente) porque elimina aquelas 3 substâncias de típicas do tratamento público. Acredito que a maioria dos torrefadores, exceto é claro os de grande escala com laboratório de análise química, use este tipo de filtro; 3) os de Osmose Reversa (filtro em torno de 0,002 micra!) que eliminam praticamente tudo da água, deixando-a realmente pura, mas são caríssimos (em torno de R$3.000,00). São ideais como base para preparação de água (acréscimo de químicos, a partir de zero) para café. Neste contexto, não há necessidade de filtrar água mineral comercial envasada, e se fosse o caso de OR (Osmose Reversa) qualquer água serviria, até a de torneira. À minha disposição (aqui na cidade) há 3 marcas de água, a que dá melhor resultado (uso há uns 8 meses, depois de comparar às outras) é a H2O Sáude. Atualmente tenho usado também a "Águas da Prata", tenho que viajar ida e volta 110km para comprá-la em Poços de Caldas (MG), às vezes tem quem vá para lá e traga para mim. No Campeonato de AeroPress usei a "Águas da Prata" que deixou a acidez ainda muita boa e complexa (a minha receita, que não consegui reproduzir lá, estava bem menos ácida do que as preparadas lá), além de extrair bem o doce, ou seja, foi uma água boa para aquele café específico do campeonato. Tive pouco tempo para comparar águas com o café que estou usando agora (o Camocim, torrado pela Silvia Magalhães) pois viajei nas últimas duas semanas, mas ele ficou excelente com a "Águas da Prata". Quando tiver novidades, eu posto aqui. Agora... que diferentes águas mudam o resultado na xícara: não há duvidas! Resta saber qual água (em seu estado "natural" ou "temperada") fica melhor para cada café.
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