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Carneiro

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Tudo que Carneiro postou

  1. Isso pode ter um motivo histórico, mas hoje em dia? Tudo commodity...
  2. Foi legal. A feira é pequena, dá para ver tudo rapidamente. O problema é tempo para conversar!
  3. Sim, a pressão é igual. Na máquina de trocador a água não vai diretamente para o grupo, ela passa por um trocador de uns 100-200ml nessas menores. Ou seja, é uma "caldeirinha" - aliás, é do que os técnicos costumam chamar o trocador aqui no Brasil. Na sua a caldeira é maior, mas está cheia e aguenta os 9-10 bar (normalmente essas caldeiras são feitas para aguentar 20 bar). Isto é... Se há alguma perda de carga maior em diferentes máquinas por ter caminho maior ou restrições antes de chegar no grupo, isso é resolvido ao se medir a pressão no grupo com um porta-filtro e manômetro, idealmente simulando o fluxo do café com uma válvula agulha e regulando a válvula da bomba. Márcio.
  4. Normalmente café natural escurece a película do meio, café cereja descascado e lavado pode ficar assim até um ponto mais avançado da torra. Márcio.
  5. Se molha 2/3 do bolo em bomba é muito! Sim, os grupos E61 manuais (com a alavanquinha) têm a pré-infusão durante o preenchimento da câmara. Pode não aparecer a pressão correta no manômetro que deve estar antes do grupo, mas se medir com um porta-filtro e manômetro deve ver uma rampa de uns 7-10 segundos para chegar nos 9 bar. Não sei se é muita vantagem usar mais tempo de pré-infusão sem a bomba, ou seja, só com a pressão da linha. Uma coisa que pode mudar um pouco é diminuir o diâmetro do giclê que fica na entrada do grupo (acho que é na parte de cima), para diminuir o fluxo da bomba e atrasar um pouco a curva. Nas máquinas com bomba vibratória essa curva já é mais atrasada. Márcio.
  6. Detalhe - esses grupos sem válvula solenóide de 3 vias têm, normalmente, esse parafuso com a mola que funciona como válvula de retenção, para a água não voltar. Os grupos com válvula de 3-vias não precisam disso e normalmente tem um dispersor mais projetado. Acredito que isso faça muita diferença no comportamento da máquina. Márcio.
  7. Cada máquina é de um jeito. Grande maioria tem o disco com 4, 6 ou até 10 furos e sob o disco a tela, que pode ser uma chapa de inox com furos, como na Gaggia, ou uma malha de inox como em outras (E61, etc). Ou ainda um misto de chapa de inox com furos grandes e a malha. A La Marzocco tem uma particularidade, que é um parafuso com furos laterais, ou seja, a água é jogada lateralmente para o disco e cai na tela (malha). Márcio.
  8. São as fotos do Flickr? Não parece ter nada entre bomba e caldeira. Só se essa válvula de vapor tem também uma de segurança, pois tem essa saída com tubo de silicone. Mas não parece ser regulável. Márcio.
  9. O Paul da La Marzocco tem uma que tava alugada pro Octavio, mas eles devolveram.
  10. Solda refeita. O cara refez a solda toda com a peça no lugar mas fiquei na dúvida se o cobre não entortou um pouco para dentro ou se só estou vendo melhor esse abaulado... O calor forte para a solda detona a aparência do metal, não sei se ácido cítrico vai resolver. Também não me importo muito com a parte de fora pois penso em colocar um isolante térmico. Também ainda penso no revestimento de níquel químico. Já testei com pressão de água em 3,5 bar. Agora esquentei (deve estar em uns 60-70°C) e voltei a colocar pressão na faixa de 2 bar. O teste final mesmo seria com o vapor, mas ideal é montar ao menos o visor, acertar o nível de água e ter o pressostato para controlar. E aí deixar um tempo na micro-oficina (quarto de empregada) com a porta fechada... Márcio.
  11. Caraca, sai um cappuccino pronto do grupo E61 - eu digo que esse grupo é fantástico!!!
  12. Mas é expresso! Depois de estar pronta, você faz uma xícara rapidamente!
  13. Bota um timer nela para ligar às 6h e seja feliz toda manhã! Acho que qualquer máquina, até mesmo as Gaggias, requer um tempo e custo de aquecimento que é bem alto. Mas vale a pena!
  14. Concordo com o Rodrigo que falamos mais da turma que aparece aqui para escrever e participar - é pouca gente, mas interessada. No tópico que tem uma enquete a maioria prefere pagar 50 reais em cafés excepcionais, o que mostra o grande interesse em excelência na torra doméstica, não economia. Márcio.
  15. Concordo que o custo não é fácil de ser baixo. Discordo que o custo de 20 ou 10 reais o kg é um empecilho - como já disse várias vezes, o objetivo principal de torrar em casa deve ser aprendizado, variedade e personalização das torras. Mas tem que gostar e querer aprender, inclusive ter a humildade de saber das próprias limitações. Acho que os poucos usuários que querem gastar mais de 1000 reais em torradores pensam mais nisso, não o custo como investimento que precisa de retorno. Márcio.
  16. E, sinceramente, essa tal de Blossom é uma besteira nesse valor, não? Pior que Clover.
  17. Não, foi só para inspirar o pessoal da Fluicoffee a fazer um menor... Márcio.
  18. Do tamanho de um forno não sei... Talvez um fornão? Inspiração para o pessoal desenvolver aqui: http://www.sonofresco.com/
  19. Vi duas Elektras! Uma comercial de 2 grupos e uma Semiautomatica...
  20. Mas é gostar de fazer isso, senão não adianta. Hoje verifiquei que o rasgo só vaza na faixa de 2 bar. Bem capaz de na pressão de trabalho, entre 0,9 e 1,2 bar, não vazar, talvez muito levemente um chiado? De qualquer maneira, já que encontrei antes esse ponto, melhor manda ver um reforço na solda ali. Márcio.
  21. O Bruno pode te dizer quanto valeu a pena exatamente da Twin para uma E61 com trocador. Em geral essas máquinas precisam de bastante tempo para esquentar, isso pode ser ruim no dia a dia. Em compensação há vapor disponível sempre e muita estabilidade do grupo para extrair em sequência. Se for fazer café e cappuccino para várias visitas, é um exemplo de vantagem. Quanto ao café, acho que a diferença maior está na distribuição de água (cada máquina tem sua particularidade), no perfil de temperatura (normalmente essas E61 variam pouco) e na pré-infusão (particularidade do E61 com a válvula 3-vias mecânica). Márcio.
  22. Sim, só é usada para o vapor. A maioria das máquinas, hoje em dia, mantém o nível constante com um sensor - a água fecha o circuito. Algumas tem 2 sensores, só abre a solenóide quando chega no inferior e fecha no superior. Márcio.
  23. Olás! O Léo pediu para eu explicar por cima (digo por cima pois isso é um dos assuntos que deveria estar bem estruturado, extenso, mas no IP.Content) sobre restritores de fluxo. Como falei várias vezes sobre isso no sistema de termosifão vou explicar aqui focado nessa assunto. A grande maioria das manuais aquecia o grupo através de conexão direta com a caldeira. Pode-se usar água da caldeira ou de um trocador. Num sistema desse não há muito o que fazer para diminuir a temperatura média do grupo. No caso da Microcasa a Leva, por exemplo, eu coloquei um espaçador de 2mm de PTFE, e ajudou um pouco. Mas eu sempre desligo a caldeira entre as extrações etc, para tentar não deixar o grupo ficar quente demais. Nas máquinas comerciais os grupos têm 8kg-12kg, é muito metal, e a temperatura média do grupo fica na faixa desejada para equilibrar os 115-120°C de água que entra. O termosifão é um sistema de circulação de água com troca de calor. Não sei exatamente se nasceu nas manuais ou nas hidráulicas que evoluíram para o E61: Pode-se usar um trocador de calor fechado como esse, ou ainda ter esse trocador aberto recebendo água da caldeira. Aberto era usado nas manuais (exempo Faema President), mas claro que nas máquinas com bomba tem que ser um sistema fechado para receber água de fora. Normalmente o sistema requer um caminho menor para uma das metades. Pode ser a parte mais "fria", que é o tubo de baixo, e o trocador fica nessa posição inclinada para frente, ou pode ser a parte mais "quente", e o trocador fica inclinado para trás. A água dentro do trocador aquece rapidamente. Mas o grupo é um radiador, normalmente com muita massa de latão, e como esse caminho de "quente" ao grupo esfria a água, a parte de baixo está menos quente. Por convecção a água "sobe" e é criado esse fluxo. Um dos problemas do termosifão é que se a máquina fica ligada sem extrair café por muito tempo o grupo pode chegar num limite de temperatura e o fluxo parar. Não sei se isso acontece com qualquer máquina e deve depender de vários fatores. Tradicionalmente as máquinas com esse sistema requerem uma descarga da água que está muito quente no termosifão para trazer o sistema a uma temperatura desejada, e em ritmo de trabalho comercial o sistema deve ficar estável. Claro que com um tempo extra de pausa novamente há sobre-aquecimento, e cada sistema tem sua particularidade. Há várias maneiras de balancear um projeto de uma máquina dessa para ser mais estável e mais fácil de gerenciar a temperatura. Por exemplo: Grupo de massa maior: quanto mais metal no grupo, mais capacidade térmica ele tem de "controlar" a temperatura final da água, mais capacidade de funcionar como radiador etc. Desvantagem, a inércia é maior e seria mais difícil mudar a temperatura rapidamente; Pressão da caldeira: com temperatura (e pressão) maior o termosifão fica mais quente e aumenta a temperatura do grupo. O contrário também é verdade, tanto é que muitos técnicos de várias marcas por aí ficam baixando a pressão da caldeira, vez ou outra para 0,6 bar, tentando resolver esse problema, enquanto na verdade o que falta é o barista (normalmente não é barista) saber usar a máquina; Nível de água: a relação de água e vapor dentro da caldeira acelera ou diminui o fluxo do termo-sifão, considerando que há uma diferença na velocidade de troca de calor na água e no vapor; Injetor: a posição em que a água fria entra, se é no meio do trocador, ou logo na entrada, pode fazer diferença no perfil de temperatura; Restritores de fluxo: Com restritores no termosifão é possível diminuir o fluxo e consequentemente mudar a temperatura média do grupo e comportamento do sistema. Simples, né? Claro que várias dessas mudanças são de projeto, como massa do grupo, injetor etc. Chato mudar depois. Já a pressão, nível e restritores, é mais viável fuçar e experimentar. Só com o exemplo, a Simonelli Aurélia tem um grupo monstro, de uns 8kg de latão. O trocador também é gigante, deve ter 1L de água. Ou seja, o projeto era estabilidade. Entre a Aurelia normal e a Competizione (WBC) muda pressão da caldeira, nível de água e os restritores. Mudar a temperatura do grupo com um flush é meio difícil! Como o trocador é gigante, capaz de um flush razoável aquecer o grupo e também a extração, pois a temperatura da água no trocador vai voltar ao máximo rapidamente. Para nós mortais, com máquinas semi-profissionais, a regra é algo como 1,5L-2L de caldeira, trocadores de 100-150ml, e grupos como o da Oscar/Musica (relativamente leve) e E61 (mais pesado). A Oscar é como alguns chamam lá fora de "dragon HX". Normalmente você tem que extrair toda a água do trocador que está muito quente para depois extrair um café. E no caso da Oscar a temperatura ainda sobe durante a extração. No E61 talvez não suba muito, pois o grupo tem muita massa. Com os restritores é possível: Mudar o fluxo do termosifão (máquina em espera); Mudar a proporção de fluxo da parte fria e quente na extração. O primeiro ponto muda a temperatura média do grupo. O segundo ponto muda a mistura de água quente e fria principalmente se não há injetor, como na Oscar e Musica. No caso da Oscar, segui a receita da Musica. Um restritor de 3,2mm na parte "quente" e outro de 3mm na parte "fria". Claro que o de 3mm é que restringe o fluxo do termosifão. O grupo fica menos quente. Na hora de extrair café, a mistura 3,2mm e 3mm fica perfeita. Eu tentei variações, não deu certo. Ou seja, ou os italianos fizeram cálculos mirabolantes, ou testaram muito e acertaram a relação. No caso desse grupo, as conexões de entrada e saída tinham a medida interna ideal para um parafuso sem cabeça M8. Fazer um furo num parafuso de latão é fácil, fazer a rosca M8 também (tenho um macho manual M8 pra isso): Algo que escrevi aqui ajuda em máquina com caldeira direta no grupo etc? Não! Só vale para termosifão... Abraços, Márcio.
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