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Mortari

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Tudo que Mortari postou

  1. Muito legal, realmente bem útil pra praticar sem gastar muito leite. Será que é café moído isso que ele "polvilha" por cima do leite? Se fizer com cacau em pó, depois dá até pra aproveitar o leite e fazer um chocolate quente. Outra boa aplicação da técnica é salvar vaporizações mal feitas, que não ficam com a textura correta. Basta jogar numa prensa, bater um pouco, voltar pro picher e usar.
  2. Ah sim, faltou eu escrever na mensagem anterior que, apoiando a base do tamper direto sobre a balança, ela mostra a força real de calçamento contanto que o movimento esteja dentro do limite de curso da mola principal. Não sei o quanto de curso tem a mola principal do tamper, mas imagino que essa situação seja perceptível na prática: você vai aplicando força e a balança vai aumentando na mesma proporção, ao chegar no ponto de calibragem da mola, o cabo do tamper deve descer e a balança continuar subindo, mas bem mais devagar (aí devem entrar os tais 0,5kg que o Gil citou) e, ao atingir o limite de curso, aí sim ela volta a subir na mesma proporção do aumento de força no cabo (mas essa situação já não aconteceria na aplicação prática pois o curso da base estaria travado pelo batente externo). O Sérgio está certo, a balança mostrará sempre a força aplicada no cabo, mas apoiando a base do tamper diretamente sobre a balança, acho que você consegue perceber exatamente o ponto de calibragem.
  3. Gil, se apoiar a base do tamper direto sobre a balança ela vai indicar a força real de calçamento que o tamper faz sobre o bolo que teoricamente será a mesma calibrada pela mola principal) e não a força que o barista está colocando no tamper. Pra saber essa segunda, basta colocar a balança embaixo do suporte do PF e fazer a compactação com café, aí sim terá a força que está sendo colocada no tamper (independente de em quanto esteja calibrado o calçamento).
  4. Espetacular Gil! Mas para de fazer protótipo e lança logo alguma coisa. Você fica fazendo vontade no pessoal (eu incluso), se deixar pra lançar tudo ao mesmo tempo vai ter gente vendendo o carro, pedindo empréstimo no banco etc. Sérgio, se o Gil apoiou a base do tamper direto em cima da balança (imagino que tenha feito assim, pois ele disse que mediu "sem café") a medição foi correta.
  5. O termômetro realmente pode ajudar nas experiências de surfing com a máquina, mas depois que pegar a dinâmica acredito que não vai mais usá-lo. No dia-a-dia, o mais importante serão as referências que obterá da própria máquina, como o indicador de acionamento da resistência ou ponto de ebulição no flush (em algumas máquinas a água sai fervendo no início do flush e o momento em que ela para de ferver pode ser um bom indicador de referência). Cada máquina tem suas particularidades nesse sentido, talvez no tópico da C-08 tenha algumas informações a respeito. De qualquer forma, é bom mesmo ter um termômetro pois ele pode ser útil também pra aprender a vaporizar (vai te indicar o ponto certo de parar a vaporização) e pra ajustar a temperatura da água caso resolva se aventurar em outros métodos de extração (coado, french, aeropress etc.).
  6. Não me lembro de ninguém tão metódico assim a ponto de anotar as (tantas) variáveis de todas as extrações. Respondendo as suas perguntas: 1. Acho que o principal para melhorar a qualidade do seu café, além da própria evolução do seu paladar (que pode até agir no sentido contrário), é conseguir controlar e ajustar a extração para alcançar o melhor resultado de acordo com a sua percepção e gosto pessoal. Falando especificamente do espresso, que me parece ser o seu foco, ao usar café pré-moído e filtro pressurizado, você ficará bem engessado nesse sentido pois praticamente não terá variáveis pra alterar. Isso não significa que você não conseguirá um café que te agrade na xícara, só que nunca saberá ao certo se o resultado alcançado é o melhor possível, já que não vai ter muito o que variar pra alterá-lo de forma controlada. 2. Termômetro eu acho desnecessário (a não ser que estivesse na máquina, medindo a temperatura de extração de fato), pois você não vai ter muito o que medir além da temperatura na xícara e essa pode variar devido a outros fatores que não estão relacionados à extração (temperatura ambiente, temperatura da própria xícara, tempo que demorou pra tomar etc.). Mas importante que isso acho que é você conseguir controlar, mesmo que de forma precária, a temperatura relativa de extração, aprendendo a surfar a máquina para tentar extrair sempre na mesma temperatura e/ou variá-la de forma minimamente consciente. Balança (serve xing-ling, de preferência com resolução de décimo de grama) e cronômetro serão os acessórios mais importantes pra você nesse momento. A dica do Alexandre é ótima e concordo com ele, mas te garanto que, assim que começar a pegar gosto pelo café, vai demorar muito pouco tempo pra você desejar moedor (mesmo que manual), tamper e filtro despressurizado. E não se esqueça de dar uma boa lida nesse tutorial que vai ajudar no começo.
  7. Tem ao menos data de validade? Creio ser legalmente obrigatória essa informação.
  8. Na pipoqueira atualmente faço assim, desligo a resistência e deixo o fluxo de ar no máximo (apesar que fica sempre no máximo). Dá pra ter uma ideia do tempo pelo vídeo que postei outro dia: com 1 min de resfriamento baixou de 212°C para ~95°C, com 2 min para ~60°C, 3 min para ~45°C e só com 4 min chegou em ~40°C. Ainda temos que levar em consideração que, apesar do termopar estar imerso na massa, na fase de resfriamento provavelmente a temperatura interna dos grãos estava mais alta do que a medição apresentada. Na minha opinião poderia ser mais rápido que isso, considerando que se tratavam de apenas 150g de café crú. Mas, como nunca usei outro equipamento, bateu a curiosidade de quanto tempo o pessoal costuma levar pra resfriar os grãos nos torradores (ou resfriadores) domésticos.
  9. Quanto mais potente, mais rápido vai resfriar. O quão mais potente tem que ser aí depende do projeto. Vale lembrar que, além dos grãos, toda a RC estará bem quente e tem que resfriar junto. Se ela contiver partes que acumulam muito calor (vidro grosso, peças metálicas grossas ou de metais que retêm mais calor) vai demorar mais pra resfriar e, nesse caso, um fluxo mais alto pode ser importante.
  10. Além da questão do barulho, que o Guilherme já comentou, o sobredimensionamento do soprador num torrador de leito fluído é bem útil para se fazer o resfriamento na própria RC. Jogar um fluxo alto de ar frio ao finalizar a torra (bem maior do que o necessário pra torrar de fato) é a forma mais simples de resfriar rapidamente os grãos.
  11. Guilherme, outro dia fizemos uma torra na máquina de pão aqui em Campinas e, pra resfriar, usamos um escorredor de macarrão e um aspirador portátil que tem também função soprar. O aspirador é pequeno e bem forte, tanto que colocamos muito perto dos grãos e ele acabou jogando café por toda a cozinha do Leandro. Na hora já imaginei ser um bom candidato pra um projeto de torrador doméstico de leito fluido. O aspirador é da Black & Decker, modelo VH800, tem 750W de potência e custa na faixa de 100 reais novo. É um pouco barulhento, mas talvez valha a pena dar uma olhada. Esse projeto que o Rodrigo postou está bem detalhado aqui, inclusive com links para códigos e softwares utilizados. Mas acho que é um projeto inacabado porque há vários problemas práticos sem solução ali. Existem outros projetos mais interessantes no Homeroasters.
  12. Bem interessante. Acho que pra torrar na pipoqueira não se faz necessária essa velocidade toda, já que o termômetro vai estar o tempo inteiro imerso na massa de grãos, acompanhando as variações de temperatura. Parece bem mais útil pra medições instantâneas, onde não é possível manter a ponta de prova o tempo inteiro no local de medição (aplicações culinárias, por exemplo).
  13. Esse é o da Pinhalense, não? Tem um de 500g (nao sei se é esse do video) que parece bem interessante, pena que o custo seja proibitivo para uso doméstico.
  14. Imagino que você já tenha o funil, mas o que daria pra baratear nesse caso, e ainda diminuir o trabalho por não precisar colocar a "peneira" no fundo do funil, é utilizar uma coqueteleira de inox. Dá pra usar ela ao contrário, com a cúpula de vidro entre a tampa e o copo. Assim, a tampa (que já tem uma peneira no fundo) faz o papel de base da RC e o copo serve como tampa (teria que fazer um furo). Já pensei em fazer um torrador bem semelhante ao que imagino que você está projetando, o difícil foi achar uma coqueteleira larga o bastante pra ficar compatível com o vidro de lampião. Acabei desistindo dessa ideia e partindo pra um projeto totalmente diferente, mas que por falta de tempo é possível que nunca saia do papel (ou da cabeça). Um projeto que achei bem inspirador nas minhas pesquisas foi esse aqui, não sei se já viu, dá uma olhada: http://imgur.com/a/PLhHZ#0 Um pouco grande, mas bem interessante. RC feita com o bake-a-round da Pyrex (impossível de achar no Brasil, mas bem comum nos projetos torradores domésticos de leito fluído lá fora).
  15. Gulherme, não sei exatamente como está projetando a junção funil/vidro na sua RC, mas lembre-se de considerar as diferenças nos coeficientes de dilatação entre o vidro e o metal (inox?). Não conheço esse cimento cerâmico que citou, mas talvez não seja uma boa colar com material muito rígido. Um adesivo flexível ou algum sistema de encaixe com o-ring de borracha (sem cola) pode ser mais interessante. Como a dilatação do metal será bem maior que a do vidro, é importante que, ao dilatar, o metal não submeta o vidro a uma tensão maior do que ele é capaz de suportar (o ideal seria que o metal pudesse dilatar sem gerar nenhuma tensão adicional ao vidro), senão você pode acabar com um acidente como o que ocorre no final desse vídeo:
  16. Pra quem estiver pensando em comprar, estão com frete grátis internacional (não sei se é promocional ou se vai ficar assim daqui pra frente). No fim das contas vai sair praticamente o mesmo preço de quem comprou na pré-venda. http://www.wacaco.com/
  17. Mortari

    Moka: como eu faço

    Talvez não precise ser tão grosso quanto a foto do rbcassani, mas usando café pré-moído vai ser difícil você avaliar. Quando chegar o moinho você experimenta com moagens diferentes até achar o ponto de equilíbrio entre sabor e pó residual que mais te agrade. Outra coisa que você pode fazer pra reduzir o pó residual é não despejar todo o café da moka na xícara e descartar os últimos 10~15%, que provavelmente é onde estará a maior concentração de pó que tenha passado pelo filtro.
  18. Pela foto, dá a impressão que o "cogumelo" está um pouco deformado e, por isso, talvez não esteja vedando corretamente. Acho que a mola e o "cogumelo" devem ser iguais aos da linha Baby (a confirmar) e, se forem, é provável que a Imeltron tenha. Aliás, não sabia que a Evolution utilizava a caldeira de alumínio das Baby/Classic, achei que fosse a de inox das Color/Dose. Capaz de todo o grupo ser idêntico ao das Baby.
  19. Teoricamente, se bem aquecido o de cerâmica tende a segurar melhor a temperatura durante a extração em relação ao de plástico. Na prática, não acredito que faça diferença significativa, pois o V60 já é desenhado pro filtro encostar o mínimo possível no PF e essa troca de calor deve ser irrisória.
  20. Apenas como informação: se o Diogo ou alguém mais estiver pensando em comprar o termômetro de 2 canais e não tiver pressa, comprei um idêntico ao do C. Eduardo pelo Ebay por US$12,73 e frete grátis, chegou direitinho dentro do prazo esperado (em torno de 30 dias). Segue o anúncio: http://www.ebay.com/itm/Digital-Dual-Two-Channel-K-Type-Thermocouple-Thermometer-Pyrometer-TASI-8620-/221510485383 Aproveitei pra comprar alguns termopares diferentes desse vendedor, chegou tudo certinho também.
  21. Sei que a ansiedade é f*da de controlar, mas, na sua situação, eu tentaria analisar com um pouco mais de calma pra decidir o que realmente você quer antes de comprar. Você está comparando máquinas bem diferentes: uma HX (VFA), uma SBDU (Silvia) e outra SB com PID e termobloco dedicado pro vapor (CC1). As 3 máquinas possuem características e comportamentos diferentes, com vantagens, desvantagens e particularidades de operação bem distintas. Exceto no caso da CC1 que é nova, eu não condicionaria a decisão de compra a esses anúncios específicos, mesmo porque eles não são oportunidades tão "imperdíveis" assim. Apenas para ter uma base, a minha VFA foi anunciada em março desse ano aqui no CdC por 3,5k (a máquina estava muito nova) e, negociando, fechei por um valor ainda significativamente abaixo desse. Como você me parece um cara interessado não apenas no café extraído, mas também no próprio processo de extração, se eu fosse você pesquisaria melhor sobre as características de uma HX e de uma single boiler, as diferenças práticas entre elas, as vantagens do PID e do termobloco de vapor nas single boiler etc. Aí, tendo uma ideia geral do que é cada máquina, tentaria responder pelo menos a essas perguntas antes de decidir: - Qual será a frequência de uso da máquina (shots/dia)? - Você toma capuccinos/lattes? Se sim, com qual frequência? Vai precisar tirar vários em sequência? - Qual o espaço que você tem pra acomodar a máquina?
  22. Sábado passado experimentamos um Pacamara aqui em Campinas que eram os maiores grãos que já vi na vida, cada grão tinha fácil 1,5cm de comprimento pra mais. Gil tá ficando bem legal o Mini hein, não perde nada em estética pro Debut.
  23. Realmente Bernardo e, lendo novamente sobre a peneira de malha mais grossa que ele pretende colocar, já deu pra entender que aspira e, assim, as películas que passarão pela peneira grossa ficarão retidas na tela de mosquito. Em casa uso uma peneira "pra feijão", dessas grandes com aro de madeira (parece peneira de areira, mas bem mais grossa) pra soltar as películas dos grãos. Depois que resfrio, jogo os grãos lá e dou uma esfregada neles com a mão contra a peneira. Solta praticamente tudo, mesmo naqueles grãos mais chatos que ficam cheios de películas depois de torrados.
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