Mortari

Nesse caso, eu seguiria a dica do Sérgio que não vai ter erro. Mas acho legal explicar que nem sempre essa conversão W -> VA pode ser feita dessa forma (1 pra 1). Existe uma variável nessa conversão chamada Fator de Potência, que é a diferença entre o consumo aparente (VA) e o consumo real (W). A fórmula para a conversão é: Potência Real (W) = Potência Aparente (VA) * Fator de Potência No caso da cafeteira, que praticamente todo o consumo vem da resistência da caldeira, a carga é quase 100% resistiva (tem o consumo da bomba e de outros elementos, mas proporcionalmente são quase insignificantes) e o fator de potência deve ficar muito próximo de 1. O mesmo acontece com lâmpadas incandescentes, aquecedores etc. Por isso seria possível pra utilizar um transformador com a potência declarada em VA bem próxima à potência consumida pela máquina em W. Por segurança, é bom deixar uma folga de, pelo menos, uns 20% a 30%. Porém, outros equipamentos eletrônicos possuem fator de potência diferentes e a equivalência não é direta assim. Computadores, por exemplo, possuem um fator de potência em torno de 0,65 na média (atualmente existem algumas fontes com correção de fator de potência para próximo de 1, mas não são tão comuns ainda). Nesse caso, um transformador de 1000VA poderia alimentar um computador de apenas 650W. Cada equipamento possui um fator de potência específico (raramente declarado pelos fabricantes) que deve ser levado em consideração no cálculo de consumo.

O chuveiro na sua casa é 220v ou 110v? Se for 220v certamente você tem 2 fases 110v + neutro no seu quadro de força. Nesse caso, puxe uma tomada 220v onde deseja instalar a máquina, é melhor e mais barato que qualquer transformador.

José Alexandre, o que ele havia respondido pra mim em uma consulta anterior, talvez lhe ajude a identificar o problema: Quase fiquei com ela, mas como o frete pra cá ficaria meio caro e, sem poder ver a máquina ao vivo, mais esse histórico de esquentar demais depois do primeiro conserto e a fumaça, acabei desistindo. Boa sorte no conserto.

A Baby Class é 110v http://www.walmart.com.br/produto/Eletroportateis/Cafeteira/Gaggia/220512-Maquina-de-Cafe-Expresso--Baby-Class-Po-e-Sache-110v

Só uma dica: se não estiver querendo (ou podendo) gastar muito, pode substituir essa cremeira por uma prensa francesa da mais barata que encontrar (como é pra fazer leite, não precisa ser das melhores marcas, pode ser uma genérica). Você pode usar ela como uma cremeira manual, com a diferença de não poder levar ao fogo (então se for bebida quente já coloca o leite bem quente nela, mas também funciona com leite gelado para bebidas frias). Tenho uma dessas genéricas pequenas em casa que paguei R$25,00 na Etna há algum tempo e, depois que mostrei pra minha esposa como usá-la para fazer leite cremoso, perdi a cafeteirinha, ela usa até pra fazer leite com Ovomaltine pras crianças. Acho que o leite fica até cremoso demais (não deve servir pra fazer latte art, por exemplo), mas o custo/benefício é imbatível. Dá uma olhada como é simples: Se eu fosse você começaria com a C08 (que já escolheu) e uma prensinha dessa para o leite (se achar a vaporização da C08 ruim) e, com a sobra, partiria para um moedor de entrada.

De jeito nenhum, é perfeitamente possível tomar um bom café com equipamentos de entrada. Não é só o equipamento que faz um bom café, principalmente no começo, quando ainda estamos acostumados com o "melitão". Utilizar bons grãos – e experimentar vários, diferentes –, com torra boa e recente, moer na hora, aprender e apurar a técnica de extração – desde a relação moagem/dosagem/tempo/fluxo/volume, o calcamento, até surfar a temperatura quando necessário etc. –, a vaporização, treinar o paladar, são todos elementos que fazem uma diferença extremamente significativa na percepção da xícara e compões um aprendizado que, até certo ponto, independe de se estar utilizando um equipamento top ou um de entrada (em alguns casos o de entrada pode até ajudar). Só pra fazer um contraponto à sua ideia de ir todo dia na cafeteria: depois que eu passei a tomar bons cafés com a minha antiga Chef Crema preta + Krups (os 2 juntos não dá R$500,00), demorei muito tempo pra achar uma cafeteria que servisse um café, ao menos, regular. Claro que, em um certo momento, os equipamentos vão começar a limitar a sua evolução e, naturalmente, você vai querer fazer um upgrade, mas isso não costuma acontecer efetivamente tão cedo assim. Te garanto que grande parte do pessoal não faz upgrade de equipamento por limitação e sim por conta da Síndrome Ruiva, uma doença contagiosa que acomete o pessoal do CDC, popularmente conhecida por "siricutico", "fogo-no-rabo" ou "coceira na mão". Ela atua no sistema nervoso central, inutilizando a área do cérebro responsável por fazer o indivíduo recusar ou ponderar a compra de algo que não lhe é necessário e induzindo-o à sensação de nirvana no momento da aquisição, com intensidade diretamente proporcional à exclusividade e valor do equipamento adquirido.

Sabe que já tentei usar uma vez e não me adaptei bem, mas não era uma luva de cozinha, era uma mais "industrial", feita de um tecido BEM grosso. A luva me atrapalhou a ficar soltando a colher e pegando uma caneta pra anotar a temperatura na ficha de torra, depois soltar a caneta e pegar a colher de novo etc. a cada 30s. A dificuldade que eu tive pra pegar as coisas e escrever com a luva foi tanta que preferi queimar os dedos. Mas vou tentar com uma dessas de cozinha pra ver se dá certo.

Valeu pela dica Jorge, vou usar um fêmea de borne bem simples que já tenho e ficar de olho, se ele começar a esquentar demais compro um mais parrudo.

JorgeO, teve problema com o motor da ventoinha na fonte de 5A direto? Ela conseguiu tocar a ventoinha na partida ou só com o resistor?

Ah, sobre o furo para o termômetro fui eu quem fiz, realmente não tem nada no caminho, podem furar sem medo. Na realidade depois eu fiz um outro furo a uns 2cm daquele, de forma que a vareta do termômetro entre em ângulo na câmara (não perpendicular como na foto), achei que ficou melhor pois não atrapalha a agitação nem da ventoinha e nem do cabo de uma colher de pau que costumo usar durante toda a torra. Aliás, uma coisa que tenho quebrado a cabeça esses dias é tentar fazer algum tipo de agitador interno na pipoqueira pra conseguir torrar quantidades um pouco maiores sem ficar queimando os dedos com a colher de pau. Pensei até em fazer algo manual a princípio (similar ao "mexedor" nas panelas de fazer pipoca no fogão), mas ainda não consegui imaginar nenhuma solução BBB.

Bom, depois de um bom tempo de sumiço do fórum e sem torrar café por conta de mudança de cidade, finalmente consegui puxar as tomadas 220v no apartamento novo e estou voltando a torrar e tomar café decente em casa. Aquele potenciômetro que comprei na china chegou faz tempo mas mal consegui desembrulhar pra ver, vou ver se consigo achar ele (o danado se escondeu na mudança) e fazer a adaptação na pipoqueira, instalando ele direto na resistência e isolando a ventoinha com uma fonte externa. JorgeO ou alguém que tenha isolado a ventoinha, tiveram problema com fonte de 5A? Vi uma foto do JorgeO com uma fonte bem parecida com a que eu tenho mas não ficou claro se teve que usar o resistor em série ou não.

Comprei a Big Bar e o Rocky usados e estou bem satisfeito (com os negócios e com os produtos). Acho que além do que o pessoal já citou (vendedor confiável, diferença de preço que valha o risco etc.) uma coisa que influencia também, na minha opinião, é o que está comprando. No meu caso, os 2 equipamentos são muito robustos: no Rocky o próprio nome já faz a alusão, o moedor é pesado, 99% das peças são de metal e superdimensionadas (só o motor dele é do tamanho do meu antigo Krups inteiro); e a Big Bar é tão ou mais robusta que o Rocky. Acho que equipamentos desse tipo são mais difíceis de estragar por desgaste em uso comum, tem que ser um uso extremamente intenso ou errado pra estragar e o risco de você pegar um equipamento "baleado" é menor. Eu não sei se compraria uma máquia dessas de entrada usada, a não ser que estivesse com muitíssimo pouco uso e um preço BEM atraente.

Tomei o Reserve Peaberry agora há pouco na Cafeteria Cambuí aqui em Campinas. Não tenho o paladar tão apurado pra identificar notas, mas a experiência foi interessante. Tomei ele num curto bem extraído, achei bem doce e muito bom, com alguma nota diferente que não soube identificar, mas a princípio nada de espetacular. Fiquei um tempo papeando com o dono da cafeteria e logo tomei outro curto, dessa vez com o café da casa (Fazenda Pessegueiro), que é o café que tenho usado em casa ultimamente e que considero bom. Nesse momento deu pra perceber bem a diferença, apesar de o Pessegueiro estar ótimo, achei o Peaberry superior em vários aspectos, principalmente no aftertaste. Apesar de não ser capaz de identificar muita coisa, o Peaberry me pareceu uma bebida mais limpa, mais complexa e, até, um pouco mais encorpada. Gostei.

Carneiro respeito seu ponto de vista e acho a discussão saudável, eu gosto de ler argumentos contrários para refletir sobre os meus próprios, sempre cresço com essas discussões. Também não gosto a analogia futebolística (por isso chamei de tosca), mas foi a melhor que encontrei de ilustrar a situação do mercado, que, apesar de aberto, não é livre de fato. Eu me referi ao monopólio de serviços postais (talvez tenha usado o termo errado) para citar justamente o serviço de envio de cartas onde, acho correta a isenção fiscal justamente por ser monopólio estabelecido (apesar de não ter uma opinião 100% formada sobre a vantagem ou não dessa situação). O problema é que os Correios possuem imunidade tributária em todos os serviços, inclusive onde o mercado é "aberto", aí fica difícil competir, concorda? Como uma empresa vai investir pesado para entrar nesse mercado de encomendas, atendendo a todo o país, sendo que a competição já começa desigual. Mas, na minha opinião, o maior problema não é nem esse. Com o governo que temos atualmente, quem garante que, caso uma empresa que entre de cabeça no mercado nacional de encomendas comece a roubar receita da ECT, o governo não lance uma PEC protecionista qualquer que inviabilize completamente as operações da empresa concorrente? Não vejo nosso país trilhando políticas que viabilizem o livre mercado nesse setor (nem em outros, na verdade). Aí fica tudo nas costas da ECT mesmo, infelizmente, e nós ficamos sem opções na prática.

Entendo a questão da praticidade quando usa-se cápsulas prontas (sejam originais ou genéricas), só não consigo visualizar isso tendo que moer o pó na hora, encher cápsulas minúsculas (não cai um monte de pó na mesa etc?) e, depois de usá-las, ter de esvaziá-las e lavá-las para reutilizar. Utilizando o mesmo café, o resultado fica ao menos parecido com um espresso extraído numa máquina doméstica "comum" ou fica "meia-boca"?

O melhor do meu ano foi um Monte Verde que torrei em casa. Foi uma daquelas situações em que o universo conspira a seu favor: a melhor extração de uma daquelas torras que, sem querer, saem espetaculares. Antes mesmo de terminar a xícara eu já estava triste de pensar que não conseguiria tomar algo igual tão cedo. O pior não me lembro, não gosto de guardar más recordações

Esse Café Caiçara, que arrematou 2 sacas do natural, é vizinho de onde estou morando atualmente em Jundiaí. Sempre que saia pra passear com o bebê pelo bairro sentia um cheiro de café torrado e não sabia de onde vinha, esses dias descobri a torrefação, mas nem dei muita bola pois já conhecia a marca e, até onde sei, vende apenas "café de supermercado". Legal saber que estão olhando também para o mercado de cafés de qualidade.

Acho que, dentre outras coisas, o empelotamento tem grande relação com a velocidade da moagem. Como nos manuais normalmente gira-se mais devagar que nos elétricos, a estática gerada é menor e o pó empelota menos.

Dúvida: qual a vantagem de usar Nespresso com essas cápsulas que tem que encher com seu próprio pó? Não é mais fácil usar logo uma máquia de espresso "normal"?

Recebi ontem também, muito bem embalados e empacotados. Agradeço também a todos os envolvidos pela iniciativa e pelo cuidado, valeu mesmo!

De jeito nenhum, como competir com uma empresa estatal que possui isenção fiscal não apenas nos serviços em que detém monopólio (serviços postais) como também em TODOS os outros serviços que presta (encomendas, banco postal etc.)? Livre mercado é quando as empresas concorrentes possuem igualdade de condições (legislativas e tributárias) para competir livremente. Fazendo uma analogia bem tosca: é o mesmo que organizarmos um campeonato de futebol entre times de bairros, mas no seu bairro mora o presidente da CBF, que coloca metade da seleção brasileira pra jogar no seu time. Será que haverá competição real no campeonato? Será que algum outro time vai querer jogar pra valer? Porque você acha que nenhuma dessas grandes multinacionais de logística entrou pra valer no Brasil ainda no setor de encomendas, um setor que é extremamente carente por, ao menos, alternativas? Veja, não estou dizendo que a ECT é a pior empresa do país e que todos os serviços que presta são horríveis, reconheço que há muitas virtudes na empresa e que alguns serviços prestados são realmente bons (apesar de caros). Porém, acredito que ela ainda está muito aquém do que poderia ser (mas muito mesmo), o que, na minha opinião, está diretamente ligado ao fato de a ECT ser uma empresa gerida pelo Estado.

"Temos diversas empresas" entre aspas né? Não sei a quanto tempo a DHL, Fedex ou UPS trabalham no Brasil, mas claramente elas atuam em nichos bem específicos de mercado. Quem aqui já enviou encomendas internas por alguma dessas empresas? Pelo que percebo, essas empresas são viáveis apenas com grandes contratos e em setores específicos (normalmente mercadorias de valor mais elevado). Pequenas e médias empresas ou pessoas físicas dificilmente conseguirão utilizar serviços de envio dessas empresas de maneira efetiva. O que percebo é que há algumas transportadoras começando a se mexer no mercado de encomendas internas (Total, por exemplo) e substituindo os Correios em algumas (senão a maioria) das grandes redes nacionais de e-commerce. Mas aí cai-se novamente no problema da escala. Eu gerencio uma livraria virtual que utiliza os Correios, apesar de já ter tido muitos problemas com atrasos e extravio, pois é a única alternativa viável que encontramos até o momento. O Alex e outros membros que trabalham com comércio eletrônico acredito que também utilizem os Correios, assim como a lojinha do CDC. Realmente não é monopólio, mas que outra opção nós temos?

Pra registrar, fui conhecer a Cafeteria Cambuí indicada pelo Leandro e gostei. O lugar é pequeno e bem simples, sem muita frescura, mas me parecem que se preocupam com o que é importante: oferecer um café de qualidade. O Milano é realmente muito atencioso e gente finíssima. Eles utilizam café da Fazenda Pessegueiro com torra sempre recente e vendem tanto o saco fechado (1Kg) quanto a granel. Pelo que o Milano me disse, eles recebem café fresco a cada 15 dias e a torra é um pouco mais clara que o padrão da Pessegueiro. Como estou meio sem tempo de torrar café em casa ultimamente, fui lá buscar 250g desse café torrado (do saco que estavam usando na cafeteria), com aprox. 15 dias de torra. Achei o café muito bom, superou tanto as minhas expectativas que já voltei lá pra buscar mais 250g (dessa vez com a torra um pouco mais recente, em torno de 7 dias) e, como o estoque está baixando e não consegui torrar nesse final de semana, provavelmente vou voltar lá pra buscar mais essa semana. Reforço a recomendação do Leandro, é um lugar que vale a pena conhecer e frequentar.

Comprei no final de maio/2013 no site deles como pessoa física sem nenhum problema, me parece que mudaram a política.

Só vi o tópico hoje, espetacular o moedor Sérgio! Se um dia seu pai tiver interesse em fazer uma edição limitada de X unidades, tenho certeza que fecha as encomendas rapidinho.