Mortari

Ajustar a extração é como em qualquer outro método por infusão: basicamente mexendo na moagem, temperatura da água e tempo de infusão. Sobre a percepção na xícara, realmente faz diferença. Acho que o que mais atrapalha é que, com a tampa, você praticamente não sente aroma nenhum ao tomar o café, fica tudo retido pela tampa. Recentemente comprei uma mug de inox da CacauShow pra usar aqui no trabalho com a Aeropress (encaixa perfeitamente), tentei tomar com a tampa e simplesmente não consegui, achei muito ruim. Comecei a tomar sem a tampa e ficou bem melhor, quase a mesma coisa que usar uma xícara de cerâmica. Mas a borda dessa mug é arredondada, com formato praticamente igual à borda de uma caneca de cerâmica. Tomar sem a tampa pode melhorar a sua percepção do café, mas no caso da Espro acho que seria complicado. A borda não é muito anatômica e imagino que seria pouco prático ter que ficar tirando o êmbolo cheio de pó de café pra conseguir tomar.

Para o pessoal de MG: esse ano, durante a Semana Internecional do Café de BH, vai rolar um simpósio chamado Re:Verb que será organizado pela World of Coffee Events (WCE), da SCAA e SCAE. Me parece que é um evento similar ao Re:co que ocorreu na Suécia em junho. O simpósio ocorre no sábado (26/09) e vai ser o primeiro realizado pela WCE fora da Europa. Ainda não saiu a programação (logo deve sair no site da Semana Internacional do Café), mas parece que será interessante, estão prometendo palestrantes internacionais de ponta. Já abriu a pré-venda, o valor da inscrição é R$390,00. Fonte: Revista Espresso

Tirando a diferença da carcaça, esse moedor parece muito o La Spaziale Junior e, tendo o adesivo da Bluker (revendedor La Spaziale) não duvido nada que seja do mesmo fabricante: É um moedor de mós planas de 50mm. Não sei se ele é bom, mas muito ruim não deve ser pois era vendido em par com a Mini Vivaldi S1. Pelas fotos parece bem conservado pra idade. Eu choraria um pouco no preço pela idade do moedor e pelo vendedor dizer que não testou com café, mas estando tudo em ordem pode ser uma boa opção pra começar, bem melhor que esses Krups, Java, Cuisinart etc.

Quando comprei o Able pensei em (1) ter um filtro permanente que não me deixasse na mão caso ficasse sem os de papel e (2) ter um filtro que deixasse passar mais óleos pra xícara, mas não necessariamente sedimentos. O raciocínio que fiz (e posso estar errado) pra escolher o Fine no lugar do Standard foi que, sendo o filtro feito de uma lâmina de inox, que é um material inerte e não "absorvente" (como papel, tecido etc.), ele acabaria deixando passar os óleos de qualquer forma, independente de quão fina fosse a malha. Sendo assim, optei pela malha mais fina possível justamente pra conter ao máximo os sedimentos.

Acabei de tomar uma AP com o Able Fine abrindo mais um ponto do Porlex e não adiantou, ainda ficou com muito mais resíduo no fundo da caneca que ficava com o grãos que eu usei anteriormente. Apenas como referência, deixei a caneca inclinada com o restinho de café um tempo pra decantar, depois inclinei pro outro lado e tirei a foto pra conseguir visualizar bem o pó residual, vejam: Com o café anterior quase não ficava resíduo, mas com esse vai ser só no filtro de papel mesmo.

Não tenho e nunca usei o standard, mas do Able Fine pro filtro de papel há uma diferença significativa na xícara. Ambos dão resultados bons, mas diferentes. Eu costumo preferir o resultado do Able, mas, dependendo do café, quando passam muitos fines pra bebida acho melhor o de papel.

Acho que a questão dos fines com o filtro Able na AP depende muito do grão/torra também. Esses dias, aqui no trabalho, estava tomando um grão que torrei em casa (não lembro qual) com o Able Fine e passava realmente bem poucos fines pra bebida, quase imperceptível. Essa semana troquei por grãos da Nuance, com torra levemente mais escura que a dos grãos anteriores e, apesar de o café ser muito bom também, mesmo abrindo 2 pontos no Porlex a quantidade de fines na bebida aumentou bastante. Hoje vou abrir mais um ponto do Porlex pra ver se melhora, mas dá pra perceber que cafés diferentes podem alterar drasticamente a quantidade de fines na xícara com o Able, mesmo usando o mesmo moedor na mesma regulagem.

Essa máquina é fabricada pela Tecnosystem, é o modelo antigo da Magic Coffee (atualmente ela é um pouco diferente). A Pascucci, que é uma torrefação italiana com rede de cafeterias que também vende máquinas e acessórios, provavelmente só manda colocar a marca pra revender (atualmente eles não tem mais esse modelo no site). Parece ser uma máquina bem construída, caldeira de latão, carcaça toda de aço, aparentemente sem OPV ou solenóide. Maquina simples, mas pra durar muito tempo. O maior problema é que, se ela for como essa aqui (e suspeito que o filtro que aparece no anúncio indica que seja), é uma máquina pra sachês. Aliás, me parece que a Tecnosystem só fabrica maquinas pra sachês. Teoricamente acho que você até consegue usar com pó se comprar um filtro apropriado (e imagino que não seja tão difícil achar), mas a distribuição de água do chuveiro não costuma ser muito boa nesses grupos específicos pra sachê. Como já comprou, só testando e avaliando pra saber. Se a distribuição estiver muito ruim pra usar com pó, talvez tenha que pensar em alguma adaptação, algo similar ao kit de dispersor/chuveiro que a Ascaso vende pra converter a máquina de sachê para pó.

Esse filtro parece que é pra sachê.

Gil, relaxa que o seu PF nunca teve o interior brilhante. Com a minha Torino vieram 2 PFs: um estava com as orelhas desbastadas (chuto que é o que utilizavam rotineiramente) e com o cromado do fundo já desgastado, aparecendo um pouco o latão, e o outro veio novinho em folha, parece que acabou de sair da prateleira e suspeito que nunca tenha sido usado (eu ainda não usei). Veja como é por dentro esse que está novo, o cromo interno é bem meia-boca mesmo:

Essa máquina é antiga mas aparentemente está bem conservada. Se não me engano o Alexandre Velloso tinha uma (não sei se ainda tem) e dizia gostar. Tem até um video dele por aí extraindo nela.

5º, gostei da balança! É do mesmo tamanho e formato da minha, mas com timer, várias funções bacanas e a prova d'água.

Acho que essa questão de a La Spaziale ter menos opções, atualmente, é irrelevante. Os principais fabricantes de filtros/chuveiros de alta performance (VST, IMS etc.) fazem todos os modelos compatíveis a La Spaziale, tamper idem (o João faz do tamanho e formato que você quiser), PF naked também acha sem nenhuma dificuldade. Hoje não vejo desvantagem nenhuma nesse sentido para a LS em relação às máquinas que usam filtro 58mm.

Eu tinha uma xingling igual à do Seiti (max. 2Kg precisão 0,1g) que sempre achei boa. Gostava por não ser grande mas também não TÃO pequena como essas "de bolso" que vendem no ML e, com max. de 2kg, eu conseguia usar até pra pesar quantidades maiores de café durante as torras. Um dia minha esposa deixou ela em cima do forninho elétrico ligado e a parte inferior da carcaça derreteu e ficou toda retorcida. Mesmo assim a balança ainda funciona, meio "bamba" agora, tem que calçar uma das pontas pra ficar estável. Gostava tanto dela que comprei outra igual, mas com max. de 3kg (precisão de 0,1g também), desse vendedor: http://www.ebay.com/itm/New-Portable-3000g-0-1g-Electronic-Digital-Weight-Scale-For-Jewelry-Gold-Coins-/271811906535

O Amma é diferenciado, pode experimentar que não vai se arrepender.

Se o equipamento for esse, é o mesmo que o Guilherme usa como base pra montar o F1, adaptando arduino, outro motor etc. Tem tópico dele aqui: http://forum.clubedocafe.net/index.php?/topic/2464-gtcr-f1/

Eu já tomei, o café é bom, diferente, tem alguns sabores que nunca encontrei em outros cafés, mas também acho que não vale o preço. É legal pra conhecer, mas acho que não tomaria novamente. Já tomei cafés melhores por uma fração do preço do Kopi Luwak. Só que alimentar os animais em cativeiro, como mostra no vídeo, acaba com boa parte da "qualidade" do café. Teoricamente, a vantagem de se pegar o café digerido pelo bicho (o mesmo vale para o Jacu) é que, solto no meio do cafezal, ele acaba escolhendo sempre os frutos mais maduros pra se alimentar, então o café expelido por ele já passou por uma colheita extremamente seletiva, resultando nas sementes apenas dos melhores frutos do cafezal. Deixando os bichos enjaulados, eles vão comer qualquer café que lhes for oferecido, não há seleção alguma. Aí já acabou com o principal diferencial do café, na minha opinião.

Eu gostava da Confraria, mas há muito muito tempo não vejo pra vender, achei até que estivesse extinta.

Muito bacana o vídeo, só achei uma coisa ruim: vocês não me convidaram.

Não é a mesma máquina, mas antes de pagar muito dinheiro numa Breville, sugiro que dê uma lida no tópico abaixo, especialmente a partir do post #77: http://forum.clubedocafe.net/index.php?/topic/3256-breville-bes900bes900xl

Aí já tenho as minhas dúvidas. Não que o Preciso não seja capaz de fornecer uma moagem tão boa quanto a do Rocky, pois acredito que é (apesar da difícil comparação, considerando as diferenças entre as geometrias das mós) e a micro-regulagem dele também é uma vantagem, mas, na minha opinião, a robustez do Rocky o colocaria acima do Preciso na minha lista de opções. Esse negócio de "fusíveis mecânicos" do Preciso não me deixaria confortável se eu não tivesse sempre peças sobressalentes na gaveta. Tenho a impressão que no Vario esses "fusíveis" não são tão requisitados, pois é bem menos comum vermos esse tipo de problemas ocorrendo com Varios aqui em comparação aos Precisos. Rocky "quebrado" eu só me lembro de ter visto um por aqui, mas foi por imperícia do dono durante a limpeza e não por defeito do equipamento.

Acredito que o Rocky seja realmente um moedor mais "sólido", ele tem mesmo poucas peças de plástico (nenhuma estrutural) e é praticamente um moedor comercial em escala reduzida (inclusive utiliza o motor e as mós do MD40, que já é um moedor da linha comercial da Rancilio). Acho que é justamente por isso que colocaram esse nome. Nunca tive Vario, mas acho que o desempenho dele, de forma geral, deve ser superior ao do Rocky. A retenção dele é bem menor, tem mais níveis de regulagem que o Rocky e, apesar de menos robusto, não chega a ser um moedor frágil (me parece que o Preciso, por exemplo, é bem mais problemático quanto a isso). Existe um moedor que une o melhor dos 2 mundos (desempenho do Vario com robustez do Rocky), que é o Baratza Forté. Grosso modo, acho que pode-se dizer que ele é um "Vario comercial", sem plásticos, todo de metal. O problema é que ele foge "um pouco" da faixa de preço dos outros 2.

Custava nada ter incorporado o mod do Will (voodoodaddy do HB) no Pharos 2 hein, além de resolver o problema do alinhamento - que já melhorou com as capas de alumínio, mas imagino que com o mod resolva em definitivo - eliminaria de vez aquele funil infame. Será que seria tão mais difícil ou mais caro incorporar esse mod no projeto?

Muito bom Lisboa, atualizei a primeira mensagem do tópico para 51mm. Já suspeitava que a C-08 e a Chef Crema preta (que eu já tive) usassem o mesmo tamanho de filtro.

Acho que o problema da higiene pode realmente ser mais crítico nas superauto pelo fato de normalmente elas não serem operadas por quem entenda ou se preocupe demais com o café, mas semi-auto mal cuidada fica tão nojenta quanto. Já vi lugares em que os operadores da máquina de espresso (não dá pra chamar de barista) sequer sabiam que o filtro saia do PF. Você acha que um lugar desse faz backflush ou qualquer outro tipo de limpeza na máquina de vez em quando? Uma máquina dessa só deve ver limpeza quando quebra e chamam o técnico pra dar uma olhada. Idem para os moedores.