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José Cal Neto

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Tudo que José Cal Neto postou

  1. Toda cabeça pensante sabe que o valor economizado com essas medidas é bem baixo. Mesmo assim, impressiona como aqui nem mesmo medidas cosméticas os políticos querem tomar. Em qualquer lugar mais normal, essas são as primeiras medidas, nem que seja pra mostrar que estão "cortando na carne", como adoram dizer. Aqui, cortar na carne significa remanejar ministros e em vez de extinguir pastas inúteis, pendurar os cargos em outros ministérios. Na verdade, essa é a primeira vez que eu me lembro de uma medida assim ser tomada e mesmo assim de forma bem branda. É ilusão achar que os parlamentares vão fazer algo parecido ou o judiciário, que mais ganha e não vai abrir mão do aumento de ao menos 40%. Já se congelou salário de funcionário público por vários anos (FHC), mas não lembro de abaixarem salários de político. E olha que eles já ganham tanto auxílio isso e aquilo, que nem sentiriam.
  2. Em NY existe um salário minimo por hora mais baixo para profissões como de garçon. Nunca ouvi falar de garçons em NY que trabalhassem só por gorjeta. Me parece possível, mas o total no mês tem que ser no mínimo o salário mínimo. É também curioso ver esse tipo de regra. Me lembro que na Alemanha existia um limite máximo para gorjetas que não precisava ser declarado. Aqui, onde tudo oficialmente tem que ser sabido, declarado e pago, causa estranheza. A não ser no andar de cima, onde ter conta na Suíça pra esconder o dinheiro roubado da gente não é da conta de ninguém. Não vejo diferença entre ver o valor líquido e bruto em uma conta pra se calcular a gorjeta. Na verdade, essa coisa de nos EUA o valor anunciado ser (quase) sempre sem imposto é um transtorno. Acho bom que na nota venha dito quanto se paga em imposto, mas como consumidor, eu quero saber de antemão quanto tenho que pagar. Me lembro de situações ridículas, em lojas minimas, eu obviamente querendo comprar uma coisa e o diálogo: "Oi, quanto custa?"? "20 dólares." "Ok, vou levar." "Ótimo, são 21,75."
  3. CE, bem que eu lembrava de se chamar o que ganhava um parlamentar de subsídio. Imaginei que fosse algo parecido para ministro e presidente. A The Economist uma vez publicou um estudo que comparava quanto ganhavam políticos em relação à renda mediana do páis. Nós só perdíamos das cleptocracias familiares da África. Jà que nossa economia é cheia de indexação, o mais razoável seria atrelar esses "subsídios" à renda mediana. Se o país fosse bem, eles até teriam um aumento, mas como está é um assinte. Sem falar que temos mais que 10 vezes o número de parlamentares que ministros e presidentes. O que realmente impressiona aqui é ler notícias como a de que pagamos mais de 2 bilhões a filhas de civis que ainda recolhem pensão. Em vários casos ilegalmente, porque trabalham. O valor médio é em torno de 3 mil por mês, mas há vários casos em que é maior que meu salário (conheço uma, por exeplo). Isso devia ficar de alerta. Toda hora que apontamos esses casos, dizem que é coisa pequena, que são poucas. Como os números mostram, não são nada pequenos os números. Só de pensionista "solteira", já dá mais de 5 bilhões. O que eu acho mais absurdo de todos são os planos de saúde privados e auxílio educação pra filho de político. Eles deviam manter a rede pública. Se a gente paga por todos os serviços privados pra eles, saúde e educação públicas não vão melhorar nunca. Na verdade, eles se afastam cada vez mais da sociedade. O Cristovam Buarque uma vez sugeriu que políticos tivessem que por filhos na rede pública. Era um factoide, devia ter batido na tecla que esses auxílios pra político deviam ser proibidos.
  4. Bem, deixa eu fazer meu disclaimer logo. Não quis maldizer nenhum empreendedor que não trabalha no negócio. Mas eu também não estava falando de sócios trabalhando no negócio e sim somente eles trabalhando no negócio. Na Starbucks, não tem nenhum sócio trabalhando, claro, mas em geral, isso é mais comum em cadeias mais ou menos grandes. Aqui no Brasil é comum mesmo em lugares menores. O Beluga, segundo a reportagem, só tem os 3 sócios de funcionário. Isso foi o que me chamou a atenção. Os 10% é um assunto que dá pano pra manga. Na Europa não é comum. Pelo menos na Alemanha da década de 90 você deixava um valor baixo, tipo arredondando a conta, se estava satisfeito. A ideia de que é opcional aqui é uma fantasia. Ainda me lembro quando um comensal foi assassinado pelo segurança do Sagres no Baixo Gávea quando se recusou a pagar. No fim das contas, a gorjeta é simplesmente uma forma do empregador responsabilizar o consumidor por pagar diretamente parte do salário do empregado. Isso gera algumas distorções. Nos EUA, onde a prática de gorjeta é comum (em NY era algo em torno de 16%), a coisa está mudando. Alguns restaurantes estão aumentando os preços e dizendo que o serviço está incluído. A ideia é diminuir a sexualização do trabalho por parte de garçonetes, diminuir a divisão entre garçom e pessoal da cozinha (em geral não ganham nada da gorjeta) e outras distorções.
  5. eu confesso que não sei como funciona o Curto, só que o preço é imbatível. Acho que já me falaram de algúem que trabalhava lá e agora estava em outro lugar. Parecia um funcionário não-sócio, mas não lembro direito.
  6. hoje em dia esses vale tudos viraram água com açúcar. Me lembro de umas versões antigas do UFC em que supostamente só não valia dedo no olho. Me lembro bem de uma luta em que um cara apagou logo no início e os comentaristas se perguntavam se ele estava bem. "Ele está bem... está se mexendo. Acho que só quebrou a mandíbula". Bons tempos, quando um real era um real. A vida como ela é. E a política, ninguém mais dá pitaco? E o relator do TCU? E a reforma ministerial? Meu colega Nelson manteve o emprego dele, se bem que com 10% de "desconto". Por falar nisso, alguém sabe como é possível abaixar esses salários (presidente e ministros)? A constituição não diz que salário é irredutível? Ou no caso deles a coisa tem outro nome e aí, sim, "vale tudo"?
  7. outro dia eu vi na tv um café pequeno em São Paulo que tinha 3 sócios. O que eu achei legal é que eles não tinham outros funcionários. Sinto muita falta disso aqui no Brasil. Em lugares mais ricos, até pelo salário ser mais alto que por aqui (mesmo levando em conta a carga de fgts, inss etc), é comum ver coisa assim. Fico sempre com a impressão que aqui trabalho é coisa pros épsilons, pra usar a terminologia de Admirável Mundo Novo. Mas eu já falei dessas coisas antes. Procurei agora na internet e acho que é o Café Beluga. As fotos parecem o que eu me lembrava da matéria (acho que era daquela moça classuda de cabelo Chanel da Globo News, Maria Prata). Esse é um lugar que eu gostaria de ir se fosse a São Paulo. Mas hoje em dia, eu só vou até o trabalho ou a festa de 3 anos. Voltei há pouco de uma, de um colega exatamente um mês mais velho que meu filho.
  8. só tomei robusta puro em prova. Com já foi falado, não é amargo, mas sim tem gosto de milho de pipoca. Não é ruim, mas também não se destaca por ser bom. Pessoalmente não teria interesse.
  9. Titio Avô é a cara do finado Pedro de Lara, que por sua vez também é a cara do meu ex-padrasto, também falecido. A morte como ela é.
  10. tenho visto bastante Titio Avô (Uncle Grandpa, no original). É bom. Começou a passar no Cartoon Network agora há pouco. Em tempos pré-impeachment, dá mais uma noção de realidade. O curioso é que apesar de já termos a confirmação oficial que o Eduardo Cunha tem conta na Suíça e ele negar, ficamos falando que "se vazar um extrato de conta", aí sim. Impressionante.
  11. ... sem tirar nem por. Como diria a secretária eletrôncia do português: "não estou, mas vou estar". Vou fazer um queniano agora. Acho que 10,5g pra virar 150.
  12. eu não limpo. Mais fácil. Se bem que só uso o porta-filtro sem fundo. Aí não tem muito o que limpar mesmo.
  13. não. Só comprei verde pra torrar aqui. Foram 4 vezes ao todo. Tomei etíope, indonésio, queniano, ugandense, nicaraguense, burundiano, colombiano e boliviano, se não me falha a memória. Acho que todos foram memoráveis. Talvez o colombiano e o burundiano tenham sido os menos interessantes. O da Nicarágua tinha uns grãos imensos. O boliviano era como uma cruza entre um brasileiro e um queniano. Muito bom. No expresso, o ugandense era um dos melhores que já tomei. Hoje tomei um café mexicano que ganhei de presente. No expresso lembrava um pouco o Unique frutado, mas um tanto pior. Fiz depois coado, mas não gostei. O jeito é fazer expresso mesmo. A torra pelo menos não era carbonizada como outros cafés que já ganhei da Costa Rica, por exemplo (desses que você compra em aeroporto). O nome é Bola de Oro. http://www.boladeoro.com.mx/index.php?option=com_ecwid&view=ecwid&Itemid=365#!/Café-Gourmet-250-gr/p/27399582/category=7060270 é o Café Gourmet da foto, que saiu a uns 16 reais.
  14. de repente vendem a lata sem o café por um bom desconto. Se bem que pelo que vocês contam, o valor está na lata mesmo.
  15. o café que fazem no Armazém do Café não é bom. Eles conseguem a dádiva de estragar o próprio café, que não é ruim. Sugiro só comprar o grão e fazer em casa. Sempre achei surreal isso. Uma cafeteria devia ser a melhor propaganda pro seus grãos. Lá a coisa funciona em marcha ré. Pior só o Cafeína, que tem um café intragável.
  16. achei que o GYN fosse alguma coisa de mulher. Boa iniciativa. Aqui no Rio já é difícil conseguir encontrar o povo pra distribuir a compra coletiva, imagina algo assim. Mas seria bom. Bons cafés.
  17. eu fiquei um bom tempo sem comprar café torrado. Comprei/ganhei há pouco tempo uns cafés torrados bons. Não achei que a torra da pop fun com dimmer deixasse a desejar. Fica mais heterogênea, mas na xícara fica tão boa quanto. Acho que o que o Sérgio falou é mais relevante, mas tem também o outro lado da moeda: se você quiser tomar coado, tem sempre torra fresca. Comprando torrado, às vezes a torra não é assim tão fresca. Sem falar que em geral você não pode escolher o tipo de torra no café torrado (há exceções, mas não é comum), mas torrando em casa pode fazer ora uma torra clara pra coar, ora uma mais avançada pra expresso. Enfim, é um admirável mundo novo, como diria Miranda (essa foi especial pro Miyamoto - por anda, por sinal?).
  18. Bem-vindo ao clube, Pedro. The more the merrier (principalmente na hora de negociar a compra). Comprou o dimmer também? Eu diria que é fundamental. Sem dimmer as torras ficam todas prontas em 4 minutos e não dá pra variar quase nada.
  19. não sei se eu vou chegar a beber alguma coisa. Talvez seja só aroma. Imagino que queiram mapear meu cérebro com e sem aroma de café. O cérebro como ele é. Rafa, você vai toma o queniano no expresso? As vezes que eu comprei na Hasbean, os que eles tinham não recomendavam pra expresso (eles têm um quesito que é "bom pra expresso?"). Enfim, por falar nesses, tomei agora um queniano coado. Com 5 dias de torra ficou muito bom. Bem melhor do que depois de 2 horas, quando tomei da última vez. Eu gosto muito dos cafés de lá que já tomei. Pena que agora com o dólar tão mais caro, não tenho ideia de quando vou tomar de novo.
  20. Pô, Ruben, você casou! Parabéns. A felizarda foi aquela moça que eu conheci na Sorelle aquela vez da Nuance?
  21. Oi, Rafa. O café da Camocim que eu gostei era marcado como o orgânico deles. Não sei se era o mesmo que você tomou torrado pela Suplicy. Enfim, só uma ideia. Fico no aguardo do que o nosso coffee prospector decidir.
  22. Vou destoar do povo: leito fluido. Eu confesso que tenho uma preferência pessoal por torra na pipoqueira. Ainda tem a vantagem de no desenho do Guilherme a gente poder ver os grãos bem melhor do que em um tambor.
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