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Miyamoto

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Ótima palavras, CaE! Direcionadas a pessoa errada, mas ,vlw!

 

Já melhorou bastante a comunicação... esqueci que tem um botão de fod@-S$ e já ocultei as mensagens de mais dois individuos.

Pronto, o fórum ficou 100% melhor!!!  :lol:  :D  ;)

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Acho que precisamos nos unirmos contra um inimigo comum: convido a todos para virem até Curitiba, para irmos em caravana no Barista Coffee Bar, para questionarmos o Moço sobre torras e terroir, e tentar convence-lo que torrar na pipoqueira é melhor. ;-P

 

Na boa, foi mal Léo Moço... É só brincadeira.

 

Wagner, Sérgio, tenho certeza que tudo isso não passa de um mal entendido. É muito difícil medir a intenção das palavras sem o olho-no-olho.

 

E mesmo que não seja mal entendido, todo mundo tem um dia de rei e um dia de cão as vezes... Respeito o protesto do Wagner, se ele se ofendeu, e a intenção do Sérgio não foi ofender, pede desculpa um pro outro e vamos pra frente.

 

Essa comunidade é muito legal, tem muita gente com interesse genuíno de ajudar apenas por ser uma pessoa bacana.

 

Não vamos trazer estresse pro nosso hobby.

 

E nos dias difíceis, pega aquela chaleira linda gooseneck e faz um chá de camomila.

 

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Quia peccavi nimis cogitatione, verbo, et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. 

 

 

Utinam logica falsa tuam philosophiam totam suffodiant!

 

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Non curo. Si metrum non habet, non est poema.

Saravá pra vcs tb hehehe

 

Voltando ao direcionamento off do tópico, a máquina do alemão é muito bonita, eu teria interesse em comprar ela se ganhasse na mega-sena. Até daria uma de brinde no fórum :D

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Cápsulas ? Esta tarde levei meu filho tomar um café na PPD, foi um coado, o Cup of Excelence, acho que da Terroa (o de 92,7).

É bom, mas não fiquei "emocionado" ...

Dai passamos no shopping e ele quis comprar cápsulas da Nespresso para levar.

Tentei entrar na loja .... mas o cheiro de borracha queimada não permitiu ...

Sinceramente: para beber café da Nestlé, prefiro o Nescafé batido com açúcar.

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  • 3 weeks later...

Vamos lá...

 

Li o texto. Achei fraco.

 

Fui ver quem de fato é Mark Manson. Aparentemente ninguém cujas palavras quanto aos problemas do Brasil mereçam algum peso especial. Achei até um site de uma "ex" que de cara chama o cara de mentiroso e maniuplador, mas enfim, isso é outra história...

 

Talvez o Mark, de tanto viver por aqui, tenha ficado meio fora de sintonia com como age um "gringo". Em tom moralizador, ele afirma que nós mentimos em coisas sérias, como no caso de um acidente de carro. Bem, vale lembrar os vários casos de negros recentemente mortos pela polícia americana em situações no mínimo controversas (todos desarmados). Não somente o policial em questão mentiu, mas em vários casos, o departamento de polícia todo mentiu quanto ao assunto, acobertando o ocorrido. Por sorte, houve gravações em vídeo amador de vários episódios que ajudaram a esclarecer a coisa. Mesmo assim, vários desses policiais nem sequer foram indiciados.

 

Os políticos de lá também não são imunes: Hillary Clinton mentiu sobre emails confidenciais de trabalho que não foram enviados de sua conta funcional, mas de sua conta pessoal (toda uma "vaidade" ligada ao email clinton). Do lado republicano, o ex-médico Ben Carson também mentiu ao afirmar que Westpoint ofereceu uma "bolsa de estudos" (a instituição não cobra anuidade, nem houve tal oferta) para ele, de tão bom que era.

 

Me pergunto se o Mark tem um passado de ativista. Na verdade, me pergunto se ele ao menos votou nas últimas eleições presidenciais. Quando eu morei lá, me impressionava a quantidade de colega de classe média que não votava. Mais ainda ao ver que desproporcionalmente quem menos vota é quem menos é atendido pelo sistema. O negócio é que estar por baixo em um país rico é bem mais cômodo do que por aqui.

 

A pergunta me parece importante, porque se ele se sente na posição de dar conselhos importantes pra gente, gostaria de saber se ele ao menos, como dizem por lá, "pratica o que prega".

 

Vale citar o (já saudoso) Umberto Eco falando sobre as redes sociais:

 

"Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel"

 

Na íntegra:

 

"I social media danno diritto di parola a legioni di imbecilli che prima parlavano solo al bar dopo un bicchiere di vino, senza danneggiare la collettività. Venivano subito messi a tacere, mentre ora hanno lo stesso diritto di parola di un Premio Nobel. E' l'invasione degli imbecilli"

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Vamos lá, deixa eu me defender... =D

É o seguinte, nem de longeee eu acho o estados unidos um país perfeito, nem de longe. Hj se fosse pra eu escolher um país pra conhecer seria Australia. Pq? Não sei.

Acho o povo estado unidense sem moral, preconceituoso. Sei lá.

Sobre o Mark, nem sei quem é. Só isso.

Meu objetivo com o texto era só um, leitura critica sobre o que o país em que vivemos, colocado nesta posição por nós mesmos, está passando por conta da corrupção.

Não sei se a forma que falou foi pra mim, se foi só quero q tire a impressão de "jovem idolatrador da cultura exterior" da minha pessoa, e se não foi me desculpe.

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acho que o Umberto Eco colocou a coisa de uma forma boa. Nada contra um estrangeiro expressar ideias criticas quanto ao Brasil. O negócio é dar o mesmo peso às palavras do Mark e, por exemplo, do próprio Umberto Eco.

 

O negócio com o Mark é que não somente ele não é gabaritado, como o que fala não é assim tão interessante. Com generosidade, dá pra chamar de ingênuo.

 

A gente pode, deve e fala sobre esses problemas todos, aqui mesmo no CdC. Eu mesmo pessoalmente me interesso bastante pelo tema. Tem otros colegas aqui que também costumam se manifestar. Já tivemos várias discussões muito boas, com pontos de vista bem distintos, e levadas num ótimo nível. O nível só costuma cair quando algum barista "famoso" resolve fazer propaganda de seus produtos.

 

Eu pessoalmente acho que o país anda muito mal. Só não acho que a culpa é minha. Como eu falei antes, já morei alhures e já conheci muita gente de muito canto. A maioria esmagadora nem sequer acompanhava de perto a situação do seu país. As de país rico não acompanhavam porque tudo ia bem pra elas, as de país pobre, só ponderava pra que país emigrar. Ok, é uma opção, mas não pra todos.

 

Eu vejo todas essas prisões como um passo muito positivo. A decisão do STF de "já" prender alguém depois de uma 2ª condenação também achei ótima, se bem que já foi frustrada quando a ordem de prisão do ex-governador de Roraima foi cassada. Espanta só ver os votos "supremos" contrários à medida. Isso é uma medida que já existe em quase todo mundo civilizado (nos EUA uma primeira condenação já dá cana e na França, em alguns casos também).

 

Minha opinião é que o pêndulo certamente andou muito pra um lado quando fizemos a constituição de 88. As proteções "às pessoas" foram tais que a sociedade ficou sem pai nem mãe. 

 

Hoje mesmo tive uma reunião em minha universidade pública em que se falou de técnicos administrativos que quando ouviam que tinham que trabalhar no mínimo 3 vezes por semana, rapidinho arrumavam uma transferência pra um setor onde só trabalhariam 2. São funcionários públicos pagos com nosso dinheiro e concursados pra um cargo de 40 horas semanais (todos os dias, claro). Demitir um funcionário assim é tarefa impossível, como também não foi demitido o japonês da federal, mesmo depois de passar 2 meses preso, pela própria instituição. Ele se aposentou! Só virou celebridade porque até a aposentadoria foi irregular e ele teve que voltar à ativa pra comprir tempo de serviço.

Podem conferir: http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2016/02/o-japones-da-federal-e-escola-base.html

 

Ontem também fui a outra reunião onde se falou de uma universidade que participa de um mestrado profissional em rede onde houve cola generalizada de todos os alunos em um exame de qualificação nacional (os professores deram a cola!). Também nada foi feito e a instituição continua participando do programa. Quando se pergunta porque, a resposta é sempre que é impossível fazer qualquer coisa, porque o processo aberto na universidade concluiu que as provas foram iguais porque os alunos estudaram juntos (é sério!).

 

Enquanto o serviço público continuar nos moldes atuais, não vejo como melhorar. Não acho que não devemos ter serviço público, mas claramente a forma atual é muito ruim.

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Aaaahh serviço publico, como tem problemas ai. Também nao vejo muita solução sobre como acabar com a mamata de alguns sem beneficiar outros.

Me vejo entre estudantes de uma universidade renomada falando "quero acabar a faculdade, passar num concursinho e ficar sussegado." Se é q vc me entende.

Não acho q todos tem q ter minha vidão de quem detesta o marasmo de um serviço publico, mas minha critica a isso é pq as pessoas não entram pela segurança ou pelo bem alheio em ajudar o serviço publico. Tem gente que vai literalmente pra arranjar uma forma de burlar o sistema e receber sem trabalhar. Vejo isso nos meus colegas e acho uma puta falta de respeito consigo mesmo, com o proprio dinheiro. Pq reclamam do serviço publico q é atrasado, burocratico e ao mesmo tempo falam em se beneficiar com ele. Acho q era esse aspecto q eu queria mostrar com o texto, de que falamos muito, coloca muito nisso, para depois arrumarmos um "jeitinho" de nos beneficiar.

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Acho que tem uma diferença grande se você faz um trabalho intelecual ou se é uma tarefa repetitiva/braçal.

Não vejo diferença entre país ou público/privado pra trabalho mecânico: na Alemanha, quando tocava a sirene, todo mundo largava o que tava fazendo na fábrica e ia pra casa (idem pro escritório). Na universidade, os poucos funcionários técnicos melhorzinhos, são os que trabalham em áreas mais interessantes, onde o trabalho em si é mais gratificante. Esses ficam até mais que 40 horas (conheço ao menos uma).

 

O negócio é que o Brasil é meio esquizofrênico: um país capitalista que não aceita o sistema. O funcionalismo público funciona como um esconderijo perfeito: lá as regras são  "de cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades". Só esqueceram de atender a necessidade de quem paga a conta, que não tem as necessidades atendidas. 

 

Acho que uma sociedade capitalista moderna precisa tanto de um setor privado, que aceite tomar risco e com uma remuneração boa, condizente com esse risco e de um setor público profissional competente, que ofereça os serviços cuja exploração não sejam atrativos pra iniciativa privada.

 

Afinal, qual o interesse da iniciativa privada em manter, por exemplo, universidades com professores se dedicando em grande parte à pesquisa? Mesmo cobrando caro, não faz sentido econômico. A pesquisa nas universidades de elite americanas vive de dinheiro público, via grants para professor, bolsas de doutorado ou subsídio para bolsas oferecidas pela instituição. 

 

Mesmo a nossa saúde privada, que parece ser a única que funciona, conta com os hospitais públicos pra atendimento de acidentes e mesmo para procedimentos caros que só esses hospitais oferecem. Se esse custo fosse incluido na conta, provavelmente eu não teria como pagar o meu plano. A lei fala que o governo tem que ser ressarcido por esses gastos, mas as operadoras nunca pagam.

 

O negócio é como fazer a roda girar de um modo satisfatório. O serviço público tem que incorporar algum tipo de incentivo ao trabalho. O dinheiro tem que parar de ser vilificado. Um exemplo: eu coordeno um programa. Com isos, sou responsável por uma miríade de coisas e posso inclusive ser processado por um dos mais de 100 alunos que tentam entrar no programa a cada ano. Sabe quanto eu ganho pra correr esse risco? Nada. A única moeda de troca que temos é eu dar menos aula. Ou seja, o incentivo pra se assumir uma chefia é você trabalhar menos!? Outra coisa curiosa: eu posso participar até de 3 programas distintos de pós-graduação. À primeira vista, um workaholic que trabalhasse como um mouro e produzisse como louco em 3 programas seria um super-professor. Ledo engano, como ele só pode trabalhar 40 horas, que têm que ser divididas em 3, ele apareceria como um medíocre nos 3 programas, a ponto da minha universidade sugerir que não se participe de vários programas.

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Falta de incentivo é um problema, muita burocracia para demissão (a pessoa se sente acomodada), falta de fiacalizaçao por parte dos chefes (pq temos a tendencia a deixar passar pq se amanha precisarmos queremos pode usufruir), tem muitos errinhos. Mas eu acho um erro um pouco mais pesado e mais fundamental que esses: falta de cultura.

Não digo cultura ligada a inteligencia, conhecimento. Cultura mesmo, raiz, senso critico a si mesmo, muitos brasileiros se sentem impunes, por desacreditarmos do sistema (justiça) acabamos por desacreditar q ele chegue até nós.

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Se alguém seguir de perto as coisas nos EUA, talvez fique surpreso como tanta coisa que aqui seria impensável, lá é considerada normal e ainda com toda uma "consciência de que não tem como mudar". Basta olhar o sistema eleitoral, em que a maioria (acho que mais de 30 em 50) dos estados é super-representada no colégio eleitoral que elege, de modo indireto, o presidente deles.

As próprias primárias não sada nada transparentes. Não sei se todos aqui sabem, mas 30% dos votos que decidem quem é o candidato democratas são de "superdelegados", que votam em quem quiserem, independente de quem "ganhou" a primária de seu estado (se está confuso: nas primárias, os pré-candidatos "elegem" delegados que decidem na convenção nacional do partido quem vai ser o candidato).

Pra quem já esqueceu: o último mandato de George W. Bush foi dado pela suprema corte deles, que proibiu que o processo de recontagem fosse adiante. Ele continuou sendo feito (sem efeito legal) e apurou que o opositor, Al Gore, é que deveria ter sido eleito. Pra ficar mais legal: pela lei, o irmão de Bush, que era governador da Flórida, podia determinar quem era o vencedor do seu estado, independente do resultado das urnas.

Quem precisa de jeitinho com regras assim? Muito do que é ilegal no Brasil, é permitido nos EUA através dessas regras obtusas.

O único que vale também mencionar é que mesmo no meio dessa loucura toda, o sistema funciona na base de pressão política (por que vocês acham que o Jeb não deu logo de presente pro irmão a presidência).

Aqui a pressão política não consegue nem cassar um senador em prisão domiciliar. Ele também sai na maior de licença médica sem justificativa e paga com nosso dinheiro.

A pressão política aqui é pra ele não delatar os colegas e continuar quieto no canto.

 

Eu passei minha vida ouvindo os malefícios do jeitinho, mas até hoje não vi uma definição boa do que é. Vários episódios são improvisos salutares em um país pobre e com sérios entraves burocráticos. Os exemplos mais nocivos eu vejo mundo a fora a dar com o pau, só que não foram batizados (ou são perfeitamente legais).

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Incentivo é perigo de demissão? Isso parece uma coisa boa? O escravo trabalha melhor por medo da chibata? O caminho não seria o contrário? Estimular o bom funcionário por meio de quadros e estruturas que valorizem quem se empenha e presta um serviço qualificado?

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Apontei erros, não disse que estavam relacionados.

Falta um programa estruturado q agregue a quem quer subir nos cargos.

Entrar num cargo publico pq não tem chefe q te cobre e o sistema nao pode te demitir pq vc é concursado é correto?

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Naturalmente que é possível exonerar funcionário público por falta de desempenho. Existem ferramentas para isso, como avaliação periódica, que poderiam servir tanto para premiar quanto para sancionar. Quanto a eventual infração disciplinar, funcionários públicos são comumente demitidos, não tão raro com arbitrariedade por meio da administração pública.

 

Não estou com isso a dizer que o setor público é uma maravilha, mas existe uma fatia considerável da iniciativa privada que tampouco serve de paradigma.

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É raríssimo conseguir demitir um funcionário público. Já li que mais de 50% das demissões são anuladas por falhas processuais. Nem o japonês da federal foi demitido, apesar de ter sido preso lá pelo ano 2000.

 

Na minha universidade, houve um caso envolvendo colegas do meu centro (http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/negocios-entre-universidades-publicas-empresas-sao-alvo-de-investigacao-15845818).

O último processo (3 anteriores evaporaram) demitiu alguns colegas e foi presidido por um ex-procurador da república. O procurador da Unirio anulou o processo por falhas. Bem, se nem um ex-procurador consegue presidir um processo que dê em demissão, imagina alguém como eu (que inclusive já tive que presidir uma sindicância).

 

Concordo que é importante ter incentivos, também financeiros, como no caso que eu mencionei. Tem casos mais graves. A chefia de almoxarifado ficou vaga por muito tempo na Unirio. O adicional era menos que 100 reais e o chefe responde por todos os ativos armazenados, facilmente na casa das dezenas de milhares. Quem quer ganhar 80 reais mensais pra ter que responder por eventuais roubos de ativos?

 

Agora, o fato é que a maioria dos cargos (em ambos setores) é desinteressante. Eu não sei bem como motivar alguém que tem que trocar papel higiênico de banheiro e limpar o chão. Ou alguém que tem que ficar sentado numa cabine 8 horas diárias como vigilante. Eu nunca vi um vigilante faltar ao trabalho. Na verdade, eu tenho que pedir ajuda deles com frequência pra fazer o trabalho de um concursado de mesmo nível que nunca encontro na sala. A única diferença aparente entre os dois é que um pode ser demitido facilmente e o outro não.

 

É muito difícil ser eficiente com essa estrutura.  

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As falhas processuais que você fala são falhas no processo administrativo em que não respeitam alguns dos direitos constitucionais mais comezinhos, como contraditório e ampla defesa.

 

A questão do funcionário público tem outro aspecto complexo que é a falta de equivalente na iniciativa privada em diversos cargos burocráticos, o que dificulta a recolocação no mercado em caso de afastamento.

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pois é. Você não acha estranho alguém que foi procurador cometer essas falhas? Ele é que tocou todo o processo.

Das duas (pelo menos), uma: ou o ex-procurador falhou propositalmente pra garantir que ningúém fosse demitido, ou o procurador que anulou o fez de forma leviana.

O fato é que como sempre, a suposta proteção ao indivíduo (funcionário aqui) é elevada a um extremo em que ninguém é de fato punido e a sociedade fica completamente desprotegida.

 

Isso acontecia também com nossos poderosos. Quantos processos não eram jogados fora por motivos ridículos? O que está acontecendo com mensalão e agora petrolão é algo inédito no Brasil. Mesmo assim, todo dia eu leio os advogados dos bandidos, pagos com dinheiro roubado do nosso bolso, pedindo pra anular toda a lava-jato, dizendo que os direitos dos clientes são desrespeitados e por aí vai. 

 

No serviço público existe essencialmente apenas porta de entrada. Pra quem entra é ótimo, pra sociedade, péssimo. Me lembro quando o Collor acabou o órgão onde minha mãe trabalhava. Ninguém foi demitido. Até que ela foi logo remanejada pra outro lugar, mas não existia nada contra alguém ficar no limbo até se aposentar, recebendo salário, claro.

 

Você falou em avaliação periódica. A única coisa parecida que eu conheço é o pedido de promoção a cada dois anos. Eu também tive que me esgoelar pra abrir processo contra aquele colega que me agrediu e apresentou documentos falsos contra mim. A conclusão da universidade foi que ele tinha errado, mas não iriam fazer nada. Assim mesmo. Nenhum tipo de sanção. Isso é raro? Tenho minhas dúvidas.

 

Como consertar, não sei direito, mas claramente como etá não atende às minhas necessidades de cidadão. Nem no meu próprio local de trabalho, pelas histórias que já contei.

 

Só sei que em países ricos vejo universidades e outros órgãos públicos funcionando de forma bem mais eficiente. Com instalações limpas, bem cuidadas e por aí vai.

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Isso não é verdade, Cal. Existe a porta de saída, sim. Servidores são regularmente demitidos por faltas funcionais e os processos administrativos são mais confirmados do que anulados judicialmente, ao menos na jurisdição estadual do RS.

 

Quanto à avaliação de desempenho, sou avaliado semestralmente desde 2004 pela chefia imediata. Todavia, a porta de saída realmente é mais difícil em caso de desempenho funcional insatisfatório, o que é diferente de cometer falta funcional.

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Talvez no RS a coisa funcione melhor. Eu tenho um colega (de outro departamento, mas mesmo centro) que ia no primeiro dia de aula e passava um trabalho pra entregar no último. Nada no meio. A coisa se arrastou por um tempo enorme, até que um dia denunciaram... e com muita vaselina e a ex-mulher falado com ele (também colega), ele passou a trabalhar.

 

 

Quando dei aula pra administração pública, também ouvi relato de alunos meus que diziam que um professor específico foi à primeira aula com o "estagiário do trabalho dele" e o apresentou à turma. O estagiário deu o curso todo. Os professores da administração não costumam ser dedicação exclusiva, mas o que se vê é que de fato, não dão aulas. Os alunos viviam fazendo abaixo-assinado e entregando na secretaria (quando encontravam o secretário) do curso, mas nunca dava em nada.

 

Quanto à promoção, apesar de todo o alarde quanto a falta de mértio no setor público, até acho que as regras na universidade são melhores do que em várias empresas multinacionais. Se eu não cumprir a meta fácil que eu e os colegas determinamos, não progrido. Agora, estou cansado de ver executivos falindo empresas, mas saindo com pára-quedas de ouro, com bônus milionários. Pro andar de baixo dessas empresas, mérito se confunde em fazer um bom serviço pro chefe imediato e não para empresa. Acho que deveria haver incentivos meritocráticos, mas em escala moderada. Um exemplo, usado em programas de MBA nos EUA, é fazer parte do salário dependente da avaliação dos alunos. 

 

P.S. muito do que eu falei é pensando na esfera federal, a minha. O número acima de 50% de anulações das demissões, se não me falha a memória é federal, por exemplo.

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