Estou usando o Starseeker E55 há alguns dias e, até agora, estou gostando bastante.
Esse é meu primeiro moedor elétrico desde que comecei a fazer espresso em casa. Entre 2019 e 2021, usei um Breville, mas apenas para métodos de coado.
A construção e o acabamento do E55 me surpreenderam positivamente. São excelentes, robusto e compacto.
Ainda assim, confesso que o design não me agrada muito. Acho meio estranho a mistura de linhas retas com curvas e, para mim, não ornam.
O bellow realmente não tem um material muito bom, mas, sinceramente, não vejo necessidade de trocá-lo. Ele funciona bem.
Com o meu moedor manual, nunca precisei usar RDT (spray de água nos grãos), mas com o E55 faz muita diferença e é super necessário. Tanto pela questão de retenção como limpeza.
No meu E55, com ele desligado, as mós fecham completamente no ponto 75. Então, subo até o zero e uso isso como minha referência de partida.
Não acho necessário fazer ajustes nas mós para que o marcador zero coincida com o fechamento total, nem recorrer a gambiarras com arruelas.
O marcador é só uma referência e, com poucos usos, você encontra a faixa ideal para os seus grãos e a sua máquina.
A única modificação que fiz foi colocar um feltro embaixo do copinho e também colei um pedaço de papel contact na base para evitar riscos.
Tenho extraído espressos entre os ajustes 40 e 45 com os grãos que estou usando atualmente.
Os dois primeiros testes fiz em 30 e 35, e apesar das extrações demorarem mais de 1 minuto, os resultados não foram ruins.
Um deles saiu como um ristretto (1:1) bem doce, inclusive, mas era a última dose do pacote.
Para referência, no Bravito costumo moer para espresso entre 0v40 e 1v. Minha máquina é uma Philco 15 BAR, PF de 51 mm (mods: OPV em 9 BAR, dimmer, manômetro e PID).
Para coados, só testei duas vezes até agora. Foi uma moagem em 100 e outra em 140 (considerando que o marcador vai de 0 a 100, seria uma volta completa a partir do zero e depois mais 40 pontos). Ele não tem "clicks", é realmente stepless.
O pó sai bem fofo, sem clumps. Costumo fazer WDT, mas fiz uma extração apenas assentando o pó com umas batidas e depois o tamper, e foi bem consistente.
Eu costumo ligar o moedor primeiro e só depois despejar os grãos.
No geral, ainda não notei uma grande diferença sensorial entre o Bravito e o E55. Tenho optado pelo elétrico pela praticidade nos últimos dias, mas não fiz testes lado a lado nem provas cegas... não é muito meu estilo.
Comprei pelo AliExpress, com envio do estoque no Brasil.
Não estava planejando comprar um elétrico agora. Até pensava em pegar um DF54 no futuro, mas acho que essa foi uma boa oportunidade pelo custo-benefício excelente.
Paguei R$ 1.050 e ainda deve cair um % de cashback em breve.
Pontos negativos eu diria que:
- grãos ficam presos na parte inferior da entrada do moedor, especialmente quando uso RDT e por conta da inclinação. Aí preciso desligar o moedor e empurrá-los com o dedo ou algum objeto.
- os imãs do bico não são tão fortes, algumas vezes esbarrei sem querer ele caiu facilmente
Mas fora isso, estou gostando bastante e é impossível não recomendar ele nessa faixa de mil reais.
Segue abaixo algumas fotos e um vídeo da moagem:
Na bancada de espresso, entre a minha Philco 15 BAR e o Bravito
Moagem direto no PF, usei como apoio um distribuidor de cabeça para baixo
Saída sem o "nariz" e usando RDT nos grãos
Aqui sem fazer RDT
Moagem em 1v40, para V60
Vídeo da moagem, clicar aqui