Tanto manual quanto automático vai ter essa limitação de certa forma, pois ela é imposta pelas mós. Diferentes mós possuem diferentes sensoriais, e o mais comum é as pessoas buscarem uma textura no espresso que só é atingida por mós que possuem a característica de gerar muitos fines. Essa característica, no entanto, é comumente indesejada nos filtrados. Mas tem pessoas que gostam do mesmo sensorial tanto no espresso, quanto no filtrado, então é importante entender o seu gosto pessoal antes de decidir os equipamentos só porque a maioria das opiniões pende para determinado lado.
Nota que tanto automáticos quanto manuais podem, a depender do modelo, oferecer opções de mós alternativas, com sensoriais diferentes, caso do manual Bravo It mencionado acima, ou do automático Vario, entre vários outros; mas essa troca costuma levar alguns minutos, então não me vejo fazendo isso antes de cada café. Eu vejo mais pela ótica de "eu posso inverter meu moedor um dia se eu quiser, ao invés de trocar por outro"
Assumindo que a moeda seja dólares, eu pro meu gosto pegaria um único moedor gastando toda essa verba, que seja preparado pra single dosing, e tenha um sensorial recomendado para filtrados. Com isso eu vou conseguir tirar bons espressos depois, só a textura talvez não seja a ideal. Quando eu realmente quiser melhorar essa textura, aí eu posso cogitar mais um moedor. Se for possível trocar as mós do moedor de $500 para espresso, minha gama de opções agora aumenta, pois eu posso manter ele para filtrados e comprar um novo para espresso, ou mudar ele para espresso e comprar um novo para filtrados.
Para a minha rotina, eu gostaria que o espresso fosse automático, mas pros filtrados não me importo de moer na mão. Então seria bem vantajoso converter meu automático em espresso, e comprar um manual top para filtrados, como o ZP6.