Rodrigoks

Essa compreensão é fundamental. Sou natural de Cachoeira do Sul, "capital nacional do arroz". Até bem pouco, o arroz era a principal fonte de economia da cidade. Não sei se ainda é, hoje a soja está tomando (já tomou) um espaço cada vez maior na produção agrícola local. O fato é que a produção agrícola de arroz é totalmente sazonal, e funciona exatamente da mesma maneira. Era muito comum o seguinte mecanismo: safras ruins, e os agricultores quebravam (especialmente os pequenos); safras excepcionais faziam o preço cair e os pequenos não recuperavam os prejuízos. Raramente acontecia uma safra boa o suficiente conjugada com bom preço pra salvar a economia local. Agricultura não é fácil, não, exceto talvez para os latifundiários, que sempre são um jeito de conseguir financiamentos a perder de vista com o governo.

Não sei se minha pergunta foi clara, o que quis dizer é se você recomenda uma curva de torra mais agressiva ou não para este café, independentemente do ponto final. PS: Opa, desculpe, postamos ao mesmo tempo e não vi a sua resposta! Obrigado.

Victor, algum deles é chato em relação à intensidade do calor fornecida? Pergunto porque a pipoqueira tende a fornecer bastante, sendo mais difícil torrar cafés "frescos", que não gostam de muito calor.

Vamos tentar de novo: alguém já torrou um desses cafés que o Moço vende verde?

O etileno é um amadurecedor genérico, e existe naturalmente nas frutas. O uso mais comum é pra colher produtos verdes e amadurecê-los depois, a fim de não perder produção na cadeia de distribuição. Claro que mal utilizado é uma porcaria. No tomate, por exemplo, o efeito é bastante deletério para a qualidade do produto. Ele fica vermelhinho alguns milímetros abaixo da casca e o resto é verde, inviável fazer um molho decente com esses daí. Pelo menos dá pra reconhecer a diferença entre um maduro de verdade pelo tato. Pelo que sei, o etileno não é particularmente tóxico. Quanto ao café, a utilidade é um pouco diferente, afinal o que nos chega não é o fruto. Acho que se for puder ser usado pra beneficiar o negócio do produtor como o Márcio falou, ou ainda puder melhorar a qualidade do fruto no caso dos dos especiais, o que depende de testes, não acho inválido nem problemático.

Hehe, exatamente. Não foi nem uma nem duas vezes que fiz extrações muito bonitas, listradinhas, e a xícara foi pra pia. Na minha máquina e moedor, com o filtro duplo original da Gaggia, é mais fácil isso acontecer com doses mais baixas e moagens mais finas.

Se melhor significa mais bonito, a resposta é necessariamente sim. Entretanto, o paladar deve ser seu principal guia pra boa xícara. O tigrado nada mais é do que o arrasto de sólidos para a xícara. Com moagens mais grossas, não é tão fácil conseguir essa aparência. Entretanto, quando se afina a moagem, geralmente é mais fácil essa característica aparecer, e pelo jeito é o que aconteceu com você por acidente. Claro que esse padrão vai depender não só da moagem, mas do café, do filtro, etc.

Mas será que tem efeito cascata nos cafés especiais, em que os valores de saca são bem mais altos que esses? Talvez seja má notícia pra quem toma Melitta.

Costuma-se falar em 70C.

Acho muito legal, estimula a arte. Contudo, penso que se houver assistência isso deve ficar claro quando da inscrição do trabalho, nominando autor e assistentes. Óbvio que isso dependerá do critério ético de cada um. PS: Deixando claro que não me refiro em absoluto ao caso do Luís Alberto, mas sim a quem pretender aperfeiçoar o seu trabalho com ajuda externa, que eventualmente pode ser profissional.

Como sugestão: -sendo foto, acho que o tema pode ser livre ou dirigido, tanto faz. -se for vídeo, ou incluir vídeo, parece-me que um procedimento longo, sem nenhum tratamento ou edição, não fica esteticamente bom. Uma extração naked, por exemplo, fica esteticamente interessante por si só se bem filmada; já o processo todo, moer, nivelar, calcar e extrair, acho que é muito difícil fazer ficar artisticamente interessante sem uma edição caprichada, com cortes, etc.

Até acho que, Anita, um concurso de fotos tem que ter um período mais longo pra receber os trabalhos e ter um resultado mais interessante, que é produzir boas fotografias sobre café. Parece-me que conforme o pessoal for postando e expondo seus trabalhos, mais gente se estimula a fazer o mesmo.

Que tal o CdC promover um concurso de fotos de café, ou de vídeos de extrações, etc., como próxima promoção? Seria legal!

Alguém já torrou robusta? Melhor, Brasil produz robusta de boa qualidade? Se sim, é possível conseguir ou vai todo pra grande indústria?

Mortari, ironicamente a pipoqueira torra melhor café do que faz pipoca. Gostei do resultado da sua gambiarra, pretendo fazer uma igual.

Nos comentários do vídeo do youtube está lá: 40% Chapadão, 60% Unique Frutado, torra caseira.

Nem contei tempo, foi mais pelo colapso do cone mesmo.

Só pra dar uma de invejoso, acho que você poderia ter cortado a extração uns 5s antes...

Caraca, agora que vi o vídeo entendi o porquê da pornografia. Fala em crema... Tem robusta nessa mistura, confessa!

Hahaha! Leo é o Dirk Diggler do espresso.

Problema 2 pode ser resolvido usando filtro single.

Pode funcionar, Mortari. O problema de usar essa sugestão é que se diferentes filtros tiverem a "bainha" de tamanho diferente, pode acontecer de às vezes funcionar, outras não. Pensei já em um mesmo fazer um anel de compensação, ou de um plástico grosso, ou talvez até de alumínio retirado de uma latinha de cerveja. Acho que pode funcionar, mas estou com preguiça de fazer. Estou esperando meus filtros LM chegarem, e se vazarem também, vou tentar esse enjambre.

Poderia ser até de borracha, sem problema, mas teria que ser bem fina. Ainda não encontrei o material adequado.

Gostei muito das suas habilidades avançadas de latte art, Bernardo. Não é fácil fazer um Pokemon.

A torra faz pouquíssima fumaça, especialmente se você não a fizer muito escura. Já a película, é uma sujeira limpa, por assim dizer. Tipo casca de amendoim: um aspirador resolve tudo.