Sim Elder. O grupo é montado na caldeira, portanto essa parte estará quente e queimará sua mão no mínimo toque, mas o resto da maquina precisa estar quente, porque rouba calor. Se você só acionar a água e fizer dois espressos, a máquina estará fria, conforme a água passa pela tubulação que está por volta de 80 graus, vai roubar calor. A máquina tem uma massa muitíssimo maior do que a de uma single boiler. Tudo precisa estar quente e não somente a caldeira e o grupo. É importante passar vapor, ligar a torneira de água quente ajuda porque a água esquenta as duas pontas também. Tudo precisa estar quente. Pra você ter uma ideia, trabalhei muitos anos em uma cafeteria italiana, ligava a máquina às 6 horas ao abrir, lá pelas 7 começava a usar a máquina. Fazia 20 espressos muito claros, imbebíveis apenas pras tubulações aquecerem plenamente. Os 20 espressos imbebíveis viravam tiramisú mais tarde e aí sim a máquina ficava pronta pros clientes que chegavam um pouco antes das 8h. Além disso, a questão que o Dan apontou tem relevância. O que você quer é criar um bolo que resista à passagem da água. É normal estranhar o equipamento, seja ele qual for. A altura do bolo é relevante, principalmente se você já estava acostumado de um jeito e passa a ter que fazer de outro jeito. A granulometria impacta nesse ponto porque a depender da forma como se mói, o pó pode ocupar mais ou menos volume no filtro. A bomba rotativa quebra o bolo com muito mais facilidade, mesmo que a pressão seja menor, então a granulometria é diferente. Eu não tenho o hábito de pesar, somente pra regular o moedor, mas esquente o sistema por completo, sem medo de usar bastante água pra aquecer a máquina toda, deixa a bomba trabalhar e empurrar água pelo sistema. Eu não sou exatamente um fã de pré-infusão, mas nesse específico modelo percebo muita diferença no aspecto e no corpo do espresso. Estou dando esse feedback porque quando adquiri essa máquina, também estranhei um pouco até entender o que ela estava demandando.
Bons cafés ☕☕