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Mostrando conteúdo com maior reputação em 03-06-2024 em todas as áreas

  1. Pessoal, ainda sobre a discussão do ZP6 comparado com o C40, tenho os dois moedores e fiz alguns testes este final de semana. Foram testes simples de V60 (fiz também um cupping) mas sem parâmetros científicos. Tentei apenas deixar o mais próximo possível para não comparar coisas erradas ou sem noção. Peguei um café “difícil” para o meu paladar (Orfeu ed. especial Oscar Niemeyer), fiz diversas vezes com ZP6… Cara, eu não consegui deixar gostoso. Por mais que eu me dedicasse, o café ficava correto, mas não dava muita vontade de tomar. Ao beber, eu sentia a necessidade de ficar pensando, analisando se dava pra melhorar, porque o sabor não tava legal... Dentre os resultados: levemente adstringente, um pouquinho amargo, limpo demais, do jeito que não parecia café etc. Com extração usando temperaturas mais baixas, ficava um pouco melhor. Com o C40 foi o oposto: por mais que eu mudasse o jeito de fazer (Hofmann, Tetsu, temperatura, proporção), eu não conseguia deixar o café ruim… kkkk. Era fácil de acertar, e de beber meio sem pensar, era só um “que café bom! Tem mais?”. Ficava redondo, fácil, equilibrado mas complexo, lembrava aquilo que o ZP6 trazia mas as proporções pareciam mais balanceadas. Isso não quer dizer que o ZP6 seja um moedor ruim — aliás, preciso deixar claro que o café mais gostoso que ja fiz na vida (Dallima fermentado, do Um) foi com esse moedor. Ficou inesquecível! Enfim, na minha opinião, o ZP6 é mais exigente, tem um perfil mais “analítico”, com uma curva de aprendizado mais longa, e diria que ele entrega mais dependendo do tipo de grão. Ele é mais chatinho, mas quando você acerta, entrega cafés maravilhosos.
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  2. Esse relato ilustra bem o problema que algumas pessoas tem com o ZP6. É um moedor que entrega clareza e nitidez sensorial, ao preço de corpo. Essa combinação funciona bem para cafés complexos, com poucos defeitos e de torra bem clara. Esse café da Orfeu, naturalmente, não vai ser favorecido com o ZP6.
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  3. Tem sido minha experiência com o K6. A janela dele é muito estreita.
    2 points
  4. Compactuo plenamente com o que você falou, Maurício. Realmente o zp6 é mais exigente e traz um perfil mais analítico. Assim como relatam que o ponto ideal dos moedores de mós cônicas SSP Brew Burrs é extremamente estreito, sendo difícil acertar os cafés com essas lâminas devido à sua distribuição de partículas; acredito que o zp6 esteja no mesmo caminho, apesar de, obviamente, não ser de mesmo nível. Alguns cafés simplesmente não vão ficar bons com o zp6, como já foi relatado. Mas cafés frutados, de alta complexidade, ficam sem iguais com esse moedor. Por um tempo utilizei o zp6 e o k-ultra juntos. O zp6 com cafés mais complexos e frutados ficavam com notas evidentes, como pêssego, enquanto que com o k-ultra já não ficava tão interessante e evidente, apesar de o café ainda ser excelente.
    2 points
  5. Na gringa a ideia de fazer água customizada para café é algo bem comum, mas me parece pouco discutido por aqui. Não achei muito material prático em português e os poucos tópicos aqui do fórum mais falam sobre filtros e etc. Pois bem. Não tendo a intenção de esgotar o assunto, nem dar carteiraço de autoridade, até porque químico eu não sou, mas vou repassar pra vocês a minha rotina caseira de preparação de água do zero, passo a passo, pra qualquer um fazer. Posso garantir que o salto de qualidade pode ser muito grande, a depender da água que o leitor hoje use, comparável a um upgrade de moedor, por assim dizer. Na minha experiência dos últimos tempos, eliminar a água como uma variável da extração é algo muito positivo, principalmente porque os filtros de água tentem a perder eficácia com o tempo, e isso muda a quantidade de minerais na água; quem opta por água mineral ainda pode sofrer do mesmo dilema, ainda que em menor escala, porque existe uma padronização maior. Essa água também me fez cafés melhores do que os filtros que já usei, então mais um ponto positivo. Chega de enrolação. Alerta de post longo. VOCÊ VAI PRECISAR DE 1) Água destilada ou próxima disso: É bem comum partir de uma água com o mínimo de sólidos possível (TDS 0,0). Você tem a opção de comprar água destilada (comprada em garrafão), utilizar um sistema de osmose reversa na sua casa (bem caro) ou, como eu faço, utilizar um pitcher da ZeroWater, que agora temos a sorte de ser vendido no Brasil com distribuição oficial da IBBL (que também faz ótimos filtros, diga-se de passagem) Segue o link: https://www.ibbl.com.br/jarra-purificadora-domestica-zerowater-azul-90080001/p?idsku=135&gclid=CjwKCAjw1YCkBhAOEiwA5aN4ATOnFC3OxN29SUci5zxk5jkLgKLwai-TXBhrac2MAYis_zsNhhiTFRoCVxAQAvD_BwE O pitcher em si é um investimento relativamente alto, mas já vem com um filtro (que custa na média de 150 reais) e um medidor digital de TDS, que é interessante para saber como está sua água “pura” e da torneira, e se você não fez burrada na receita. É um medidor simples, mas serve para saber se você está no caminho certo. O recomendável é fazer medições com a água em torno de 25º para maior precisão. A durabilidade do filtro, como qualquer outro, depende da dureza da água que passa por ele. Como aqui a água é relativamente mole (60ppm), eu posso esperar uma vida útil perto de 200 litros (o medidor de TDS vai começar a apontar 0,05, por exemplo, e aí está na hora de trocar). Na ponta do lápis, pelo menos na minha cidade, sai mais barato que comprar água destilada 2) Minerais: Pela internet existem várias receitas com várias combinações possíveis. Uso uma combinação de três minerais que conseguimos achar com relativa facilidade no Brasil. Você vai precisar comprar a) Bicarbonato de sódio (NahCO3): esse normal que se acha em qualquer mercado. Sem firulas. b) Sulfato de Magnésio Heptahidratado (MgSO4.7H2O): não se assuste com o nome. É bem provável que você ache em farmácias com a denominação de “sal de epsom” ou “sal amargo”. A questão fica se o produto que você encontrar é alimentício, garanta isso por questões de saúde. Mais sobre isso adiante. c) Cloreto de Cálcio (CaCl2): você provavelmente vai achar em duas formas, “anidro” ou “di-hidratado”. As duas formas servem, apenas mudará a dose – tenha, porém, certeza de qual forma está comprando, porque às vezes na embalagem/site apenas estará escrito “cloreto de cálcio” e nada mais. Na dúvida, pergunte ao vendedor. Também garanta que o produto é alimentício. Os dois últimos podem ser facilmente achados em lojas de produtos de cerveja artesanal (pelo menos no Brasil, esse pessoal está na nossa frente nesse tópico – é algo comum nesse meio trabalhar com a composição da água). Eu recomendo a www.piquiribrewshop.com.br. Fui muito bem atendido, envio rápido, e tenho certeza das especificações dos minerais, além da garantia de ser alimentício. Sulfato de magnésio: https://www.piquiribrewshop.com.br/produto/sulfato-de-magnesio-alimenticio-100g.html Cloreto de cálcio: https://www.piquiribrewshop.com.br/produto/cloreto-de-calcio-alimenticio-100g.html OBS: não se anime em comprar grandes quantidades para “baratear”. São utilizadas quantidades muito pequenas. Potes de 100g devem durar alguns anos. 3) Balança: Eu uso uma “balança de joalheiro”, com precisão de 0.000. Comprei essa do Aliexpress e tem funcionado bem: https://pt.aliexpress.com/item/32849231936.html?spm=a2g0o.order_list.order_list_main.11.543fcaa4appVIb&gatewayAdapt=glo2bra É mais um gasto para todo o processo, mas ainda entendo ser melhor gastar 70 reais para melhor consistência, porque, como verão adiante, são quantidades bem pequenas a serem misturadas. O pessoal que tem balança Acaia com precisão de 0.00 acredito que não precise comprar outra. Não vou desencorajar quem só tenha balança com precisão de 0.0 a fazer a receita, mas faça por sua conta em risco, sabendo que a precisão estará comprometida. 4) Um recipiente grande: Para não ter que fazer diariamente a mistura, eu opto por fazer 5l de uma só vez, e vou usando ao longo dos dias. Uma solução bem barata é comprar um garrafão de 5l de água mineral em qualquer mercado. Depois de beber toda a água mineral (ou fazer café?), você terá um bom recipiente para sua água customizada por um punhado de reais. Apenas lembrando que as garrafas PET têm uma validade, então fique de olho nisso. SOBRE A RECEITA: A ideia do post não é falar sobre o papel de cada mineral no resultado, mas algumas breves considerações precisam ser feitas. Em primeiro lugar, essa receita é focada em café coado, ou outro método manual que preferir. Uma receita para espresso fica para um segundo momento. O magnésio e o cálcio tem o papel de definir a dureza da água (o alvo é 60ppm nessa receita) e o bicarbonato de sódio definir a alcalinidade da água. A alcalinidade de água tem relação com a percepção de acidez do café, que naturalmente é uma bebida ácida, ainda que estejamos falando de café com torra escura (!). Um café muito ácido é difícil de tomar de tão azedo, um café pouco ácido é sem graça. No meio termo disso temos um ponto de equilíbrio, mas onde fica esse ponto é muito subjetivo, incluindo o gosto pessoal de quem bebe. A SCA recomenda por padrão 40ppm de KH, e esse é um número bem difundido e capaz de geral bons resultados. Eu, particularmente, prefiro 30ppm (medida que aumenta a percepção de acidez) em razão do meu gosto pessoal por cafés mais frutados, cítricos. Não fiz testes cegos, triangulações e tudo mais. Pode ser apenas um viés de confirmação de minha parte. Abaixo vou colocar as medidas com 40ppm e 30ppm de KH. Fique a vontade para usar a que preferir, ou mesmo mudar, para cima ou para baixo, ajustando a quantidade de bicarbonato de sódio, mantendo igual o magnésio e o cálcio. PREPARAÇÃO 1) Pegue seu recipiente e coloque 5l de água pura dentro. Reserve. 2) Pegue sua balança e meça as seguintes quantidades de minerais: OBS: entre parênteses coloquei as medidas em 0.000, mas eu sempre arredondo na segunda casa decimal (duvido que eu vá perceber a diferença): a) Sulfato de Magnésio: 0.51g (0.506g) b) Cloreto de Cálcio: 0.14g (0.137g) se di-hidratado ou 0.10g (0.104g) se anidro. c) Bicarbonato de sódio: 0.25g (0.251g) para 30ppm KH ou 0.34g (0.336g) para 40ppm KH. 3) Despeje no recipiente com a água pura. Provavelmente vão ficar bastante mineiras colados na “conchinha” para medir. Dê uma “chuchada” na água para que não fique nada sobrando. 4) Dê uma boa chacoalhada no garrafão e pronto! Sua água está pronta para consumo. Eu guardo a água na geladeira e vou usando. É possível deixar fora, e se você consumir dentro de uma semana, provavelmente não terá nenhum prejuízo. Isso vai depender do clima, da umidade e do quão rápido você consome. Se por acaso sentir um cheiro estranho, ou gosto diferente no café, sugiro cogitar armazenar na geladeira. Era isso por hoje. Desculpem o post longo. Estou à disposição para quem quiser um auxílio, mas, como viram, não é nada muito complicado. Abraços.
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  6. Sim, partindo desse pressuposto minha ideia com o PID era não deixar avançar muito a temperatura e não pra ter um controle maior sobre a extração. Mas vamos lá. O PID chegou e eu instalei. A máquina tem originalmente um sensor NTC pra controlar a temperatura e um termostato bimetálico de 170° (creio eu que para segurança). Eu retirei esse sensor pra colocar o termopar tipo k e anexei o PID ao thermoblock. O aquecimento do termobloco é muito rápido, então quando o sensor passa a temperatura para o termostato, essa temperatura já é muito maior. Então para "solucionar" isso, eu deixo o termostato definido com aproximadamente 80 graus. Ligo a máquina por alguns segundos e desligo, espero uma nova leitura da temperatura e ligo novamente, assim que chega próximo aos 80 eu deixo ligado, então a temperatura real vai estar próximo dos 100 graus. Depois de um flush a temperatura cai e o termostato aciona de novo aquecendo devagar dessa vez, então a temperatura fica perto dos 90. Resumindo, funcionou? Funcionou, da um trabalhinho pra tirar um café, mas funcionou. Fiz várias extrações e foram as melhores que fiz com essa máquina. Vale a pena? Não. Apesar do espresso ter sido melhor, não foi nada muito melhor e não vale o trabalho pra tirar um café.
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  7. Eu tinha olhado no equipamento, mas acho que era isso mesmo, tem que listar todos os acessórios ao criar o equipamento. Vou testar assim mais tarde.
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  8. Deve ter sido a promoção recente. Aguenta um pouco que aparece. Mas na faixa dos 2k, compensa o Bravito.
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  9. Opa Hugo, boa sorte no transporte e que dê tudo certo com sua compra. Espero que fique satisfeito também.
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  10. Show de bola sua análise! E é isso mesmo que também percebi entre os dois moedores: C40 e ZP6. O primeiro é muito fácil de acertar, pois entrega um café equilibrado que, geralmente, agrada. O segundo, parece que foi fabricado com exclusividade para alguns tipos de cafés, a despeito de estarmos falando e usando cafés especiais. Fica difícil de compreender a natureza do festejado moedor ZP6. Mas essa troca salutar de observações dos companheiros deste grupo contribui sobremodo para o aprimoramento dos cafezinhos de cada dia, que não não podem faltar.
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  11. Opa, toda sugestão é bem-vinda! Heheh Obrigado por compartiilhar!
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  12. Opa, eu olhei com mais calma por aqui. Para que o app mostra uma lista de acessórios disponíveis ao registrar uma nova extração, você precisa ir no menu Brewing Parameters > Manage Parameters > Preparation Tools. Daí é só ativar essa opção. E é claro, ao criar um novo método, é preciso vincular os acessórios que se utiliza com ele para que apareçam na lista.
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  13. Isso é possível de adicionar, Régis. Essa flexibilidade foi uma grande vantagem que eu vi nesse app. Quando você adiciona um novo método, é possível definir os acessórios que estão vinculados com ele. E nas configurações é possível adicionar um campo para os acessórios utilizados durante uma extração específica. Daí é só selecionar. Veja as figuras com um exemplo dos acessórios vinculados com a minha máquina e os que foram escolhidos em uma extração que eu fiz.
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