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regisassao

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Tudo que regisassao postou

  1. Peço desculpas pela dissertação, mas são duas excelentes perguntas... Algumas coisas serão obvias para muitos, mas vou tentar deixar mais detalhado para que sirva a praticamente qualquer um que passar por aqui. Começando pela dificuldade e tentando desmistificar um pouco isso, digamos que alguem muda de uma máquina de 51mm para uma E61. Mudou o diâmetro, mudou a altura do bolo, vai ter que mudar a granulometria e alterou totalmente a interação da água com o bolo. A E61 tem mais estabilidade térmica, varia de 2-3 graus pelas minhas medições. Dependendo da máquina de 51 mm, a variação é de uns 15 graus ou mais, com PID talvez caia para a faixa dos 5-10. Pode ser que essa E61 tenha controle de fluxo, o que te dá mais uma ferramenta para manobrar sua extração, que você pode pilotar bem ou mal. A pressão no bolo cresce mais lentamente num grupo E61, numa Philco a pancada é maior. O chuveiro original de uma E61 já é bem melhor que o original de uma Philco, e muitos já trocam logo de cara por IMS. O portafiltro de uma prosumer normalmente é bem mais pesado, os filtros normalmente são trocados pelos de competição, pois em geral a pessoa que compra um E61 já está mais no fundo do poço da toca do coelho. Mas, talvez tbm tenha feito alguns upgrades na Philco e essa diferença pode ser menor. Algumas máquinas já vem com PID e alguns não instalaram um PID na sua Philco, adicionando mais uma ferramenta pra ajudar ou confundir. Já ter uma válvula 3 vias, ou solenóide, tem um benefício que eu julgo irrelevante na xícara. Então, ao contrário daquela máxima de mudar uma variável de cada vez, ao trocar de máquina, mudou praticamente tudo ao mesmo tempo, tem uma curva de aprendizado, então, não diria que é mais difícil usar uma E61, é que de repente você virou praticamente um novato naquele setup. E aí, no meio daquela ansiedade de tirar um espresso melhor depois do grande investimento, mudamos tudo ao mesmo tempo com pouca experimentação e achamos que estamos levando uma surra do setup novo. Esses problemas podem ser exacerbados: alguns estudaram muito e praticaram muito, entendem melhor o que muda quando altera um ou outro parâmetro. Outros também treinaram melhor o olfato e paladar, e entenderam seus gostos. Outros ainda estudaram os grãos e processo de torra. Quanto mais entende todas essas coisas, mais fácil é se acertar com seu setup novo. E não é uma crítica a ninguém, apenas um reconhecimento de que cada um está em um estágio nessa jornada e vai ter mais ou menos dificuldade de se ajustar ao novo equipamento. Mas, de fato, dependendo do upgrade, são muito mais ferramentas à disposição e pode ser mais complexo nesse sentido. Agora, sobre os benefícios de ir para uma E61, vou falar da minha experiência, de quem migrou de uma Poemia com Dimmer, PID e manômetro para uma ECM Classika PID: Qualidade na xícara: não acredito que eu possa dizer que tive necessariamente um grande salto na xícara, mas tem uma melhora sim. Alguma melhoria a estabilidade de temperatura traz. O chuveiro, filtro e portafiltro melhores em teoria geram uma xícara melhor devido ao fluxo de água e extração mais uniforme. O maior diâmetro, há controvérsias se beneficia ou não. Tudo isso somado, sinto que melhora, mas quanto isso é placebo e quanto eu realmente sinto? Eu não tenho a Poemia para fazer testes lado a lado, fiz aquele teste com o Thales comparando com a Nuova Simonelli Appia II, e pudemos ver que é possível chegar a um sensorial muito próximo. Porém, isso não quer dizer que uma máquina é tão boa quanto a outra. Um ponto relevante é que talvez as prosumers dêem mais ferramentas para tirar o melhor de uma variedade maior de grãos, e possivelmente uma Poemia modificada não chega tão próximo em todos os grãos e para todos os gostos, e aquele foi apenas um retrato do dia em que testamos um determinado grão na Poemia e na Appia II. Certamente a durabilidade da Poemia ou de uma Philco é menor, e a dificuldade de manutenção maior, mas isso não quer dizer melhor ou pior xícara. Eu posso dizer com certeza que o workflow é muito melhor: o reservatório é o triplo, a bandeja é uma pia e eu enxáguo portafiltro e puck screen enquanto dou flush no chuveiro após a extração. Também tem a estética inegavelmente mais bonita. Tenho acesso muitos mais acessórios (questionável o quanto ajudam ou não) para testar, o que não está facilmente disponivel para máquinas 51 ou 53 ou 54 mm. Muito embora digam que tem tudo para 51 e 54 mm atualmente, não vejo que seja assim. Tem colegas nos grupos de whats que não conseguem comprar uma ou outra coisa que só tem para 58 mm, ou demora mais para chegar, como um Moonraker, Autocomb, ou seus genéricos e 3D. Eu também acho que tenho mais ferramentas para tentar melhorar a minha xícara, podemos questionar minha capacidade de usar bem essas ferramentas, mas o aprendizado também é parte da diversão, e com certeza cada 1% de melhoria agora custa muito mais que no início, diminishing returns claramente. E finalmente, a satisfação em fazer um espresso na Classika é muito maior. Sobre vaporização, não costumo vaporizar, mas um boiler de 750 ml faz muita diferença. É muito vapor. E consistência em shots seguidos não posso avaliar pois sempre faço apenas um pra mim. Já o pouco que conheço da Breville, tem a famosa questão dela ser termocoil e disso afetar a previsibilidade da temperatura. Algo que pode ocorrer também numa E61 com HX sem PID e sem termômetro de grupo. Acho que essa é a principal diferença em relação aos pontos acima.
  2. regisassao

    Ajuda no k2

    Além das perguntas do @Zephyyr quantos gramas está tirando em quanto tempo no 40 e 39?
  3. Q nada. Nem curto torra desenvolvida. Aqui tô usando nos ultimos dias um torra nórdica pra Filtrado no espresso. E nos outros dias, eram todos torras pra Filtrado, dificilmente compro algo focado em espresso. Os chocolate e caramelo passam longe daqui. Mas é um perfil peculiar, eu sei.
  4. Esqueci de mencionar que minha máquina está ajustada pra 7 bar na OPV. Quando faço a pré-infusão tem no máximo 6 bar no boiler. Pode ser que ajustada pra 9 bar gere mais pressão tbm, não testei.
  5. Esse é um fator importantíssimo. Um colega saiu de uma maquina 51 mm (EOS) para uma 58 mm (ECM Classika PID) e teve exatamente esse problema. No caso dele, afinando a moagem resolveu, mas tendo PID, a coisa fica mais fácil. Especialmente porque a Classika tem um PID muito bem ajustado, eu medi a temperatura no bolo e talvez tenha um erro de 1 grau, entre o que é ajustado e o observado no bolo (durante a extração, a leitura no display varia mais que o observado no bolo), e a estabilidade térmica era ótima também, cerca de 2-3 graus de variação durante a extração, mas aí ajuda muito ter um grupo E61 com grande massa metálica e uma caldeira de 750 ml que somadas proporcionam uma ótima estabilidade.
  6. Curiosamente, estavam me perguntando sobre isso no WhatsApp (como fazer pré-infusão com grupo E61 sem alavanca de flow control) e fiz um vídeo pra mostrar o que é possível fazer com essa limitação:
  7. Eu não duvido da performance ali na segunda casa decimal, pelo menos pro meu paladar leigo. Só consigo perceber alguma diferença no lado a lado. Então, pra uso no dia a dia, eu abro mão dessa "pequena" melhoria em nome da praticidade. Acho que vai muito da realidade de cada um. E preciso vender o Comandante pra abrir espaço para um Kinu ou Pietro da vida... é muita coisa pra testar e se divertir kkk
  8. Comandante pra mim ganhou mais um ponto negativo que é esse comportamento de patent troll tentando barrar a venda de qualquer moedor manual com alavanca. Se fosse o Mischief beleza, mas os outros não tem similaridade nenhuma. Infelizmente, tinha esquecido desse ponto e comprei, fui lembrado depois. O Lance fez um vídeo inclusive criticando muito esse comportamento deles e, de fato, ridículo e desnecessário. E nao ter ajuste externo, virou algo indispensável pra mim. Tenho anotações de mais de 200 extrações, nenhuma do Comandante, pois sempre tenho preguiça de abrir e contar os cliques, vai ficando no 1 pra cá, dois pra lá, e não anoto. Como só comprei pra testar e ver se era tudo isso que todo mundo fala, já decidi que vai embora mesmo. Já a Kingrinder não quis enviar uns rolamentos para uma pessoa que teve problema com ferrugem no K4. Tem um post sobre isso aqui no fórum tbm. Ridículo isso. Custaria 1 dólar pra eles. Não entendo isso. Desse jeito, vamos ficar só com o Bravito... Esse sim, tem atendimento excelente, peças de reposição, tomara que continua assim na nova fase. Um dia quem sabe tbm testo o Orca e o Pietro...
  9. Vou ser do contra aqui: só acho perceptível a diferença pro K6 num teste lado a lado. No dia a dia, não sinto falta do Comandante e prefiro o K6 pelo ajuste externo. E no teste lado a lado, difícil dizer qual é melhor, acho que vai mais de gosto pessoal e do café que está usando no dia. Em breve, devo vender o meu Comandante e ficarei com o K6.
  10. Você tem que verificar a conexão. Se for igual, beleza. Mas eu não lembro de ter visto bombas de 12 bar. A grande maioria usa algum modelo de Ulka de 15 bar. E você sempre pode colocar um dimmer.
  11. Se busca tradição, olhe as ECM, Profitec, Bezzera... Gosto das Lelit mas somente de 58 mm, as de 57 mm acho furada, tem que prestar atenção nisso. Na União Europeia, não faz diferença comprar da Itália ou outro país sa UE, eles entregam no seu hotel da mesma forma que uma empresa italiana. Mas se ainda assim quiser comprar na Itália, a Espresso Coffee Shop costuma ter bons preços, e se mandar uma mensagem, vários relataram aqui que eles dão um descontinuo adicional, é só pedir.
  12. Alguém aqui comprou o kit PCB pra Silvia? Sabe o que devo comprar pra substituir? De início, acho que o sensor tipo K, que deve ser M3 na Silvia. Até pedi para mandarem M3, mas não sei se tem disponível. Também acho que vou comprar um T, pois o que vem no kit é daqueles de engate rápido, talvez seja mais fácil ligar o T na saída da OPV, conectando o transdutor de pressão ali. Algo mais?
  13. Eu não vi muita diferença, fiquei 1 mês com o Bravito e estou há mais de 2 anos com o K4, mas muita gente tem uma percepção diferente, de que o K4 é muito duro.
  14. Eu não achei muita informação sobre essa La Pavoni. Parece white label. Eu iria na Silvia que é muito conhecida, tem muita peça de reposição, manutenção fácil, possibilidades de mods futuras bem documentadas... Se quiser gastar um pouco mais tem a Profitec Go, aí já vem com PID e manômetro, e se nao me engano a OPV regula fácil num parafuso na parte superior.
  15. A pressão não deve passar de 2 bar, quando tiramos espresso a caldeira aguenta 15 bar pelo menos. Tem a OPV ainda que funciona como uma válvula de segurança ainda. Acho que o risco é mais a resistência mesmo.
  16. Eu acho que o termostato de vaporização é de 130-135, eu não passaria disso. E a Gaggia tem um boiler ridiculamente pequeno. Uns 130 ml. Se o da Philco não for nessa faixa, a diferença deve ser bem pequena.
  17. Melhor pessoa pra essas coisas é o @cabeca em Sampa. Procura pelo Garagem, vai lá, brinca com as máquinas, compra uns cafés e volta com sua máquina arrumada.
  18. A La Pavoni é peça de decoração também, não apenas uma máquina de café, vê se cola... rs... Eu tenho usado pouco a minha, sempre fico nesse dilema de manter ou não. O workflow é mais complicado que uma semiautomática, principalmente tendo uma ECM do lado com aquela bandeja que é quase uma pia, mas ela é linda, difícil desapegar. Pra quem tem perfil, recomendo muito, é muito satisfatório tirar um espresso nela.
  19. Eu acho interessante conseguir fazer uma correspondência pra todos os cliques entre dois moedores, mas acho que a imprecisão esta nos pontos de partida, ou seja, mesmo peneirando na Kruve, não seria uma correspondência muito precisa pois teria premissas de fines, boulders e regulars diferentes dependendo da pessoa, depois teríamos diferentes interpretações de qual clique mais se ajusta àquele perfil, e por fim tem a propagação de erros. Então, a finalidade de ter pontos de partida pra moedores diferentes não é a mesma e, talvez, a melhor forma seja uma nuvem de pontos com os cliques que cada um usa em cada moedor pra V60, Prensa e Espresso. Por isso, gosto mais da iniciativa aqui. Talvez possamos colocar num gráfico esses números...
  20. Jeito certo de fazer uma tabela de correlação: https://www.instagram.com/p/C4bOdqvRA2-/?igsh=cmc5YjBpNzI5emV1 Mas precisaria de um kit de Kruve pra isso, acesso aos moedores, e as Kruve tbm tem uma imprecisão na medida.
  21. Então pede pro Alex tirar uma amostra um pouco antes e já encomenda outros normais... rs...
  22. Eu ja provei da Roast muito bom e, se nao estou enganado, é o mesmo grão. O Garagem tem otima reputação entre os entusiastas, mas só tive tempo de provar um gormet na Kapi Café, numa epoca que ainda nem tinham aberto oficialmente o Garagem, mas estava muito bom. Meritos do Mateus tbm (dono da Kapi), que é do fórum inclusive. Torra clara, recomendo Um Coffee, mas sao caros comprando avulso. Sugiro assinatura. Mas o critério torra clara engana muito, melhor perguntar nas torrefacoes quais eles recomendam pro perfil sensorial que esta buscando. Pergunte nas boas torrefacoes, como as citadas acima, o Torra Fresca do @AlexLima, Lucca, Five, Fruto Mineiro, Aksa.... tem várias...
  23. Fale com o @Fogo ruivo ou o @cabeca que poderão te auxiliar na escolha. O Cabeça é a referência em manutenção de equipamentos de café, e o Ricardo Gobbi (Fogo Ruivo) já ajudou muita gente a montar seu negócio e vende equipamentos profissionais.
  24. O problema desse site é que ele só multiplica microns de um pelo de outro fazendo regra de 3. Pode ver que a regulagem recomendada é a mesma para o K4 e K6, pois ambos são de 60 cliques por volta, 16 microns por clique. Na prática, uma moagem pra espresso no K6 é na faixa dos 40 e do K4 em 60-70. Aqui, como temos o relato do pessoal, fica mais preciso.
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