Ir para conteúdo

Dificuldade com repetibilidade


QueroCafe

Postagens recomendadas

Fala pessoal, gostaria de compartilhar com vocês uma dificuldade que tenho e tem me desanimado um pouco nos preparos de café. É o fato que, independente do método, as vezes consigo uma xicara muito boa e outras horas com a mesma receita, a xicara fica diferente, e quando muda de café então, é sempre um ritual, e os pacotinhos de 250g acabam num estalo. Eu não sei exatamente o que acontece, mas até coisas como o horário, tem interferido na minha xicara (por exemplo, preparos de manha ou a noite, tem resultados diferentes). Gostaria de saber se mais alguém passou ou passa por isso e quais dicas poderia dar.

Obs, tenho todos os itens necessários para métodos filtrados e por infusão, meu setup é:

image.png.549fc3fbefb014556d3498b08aaf42a2.png

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

19 minutos atrás, QueroCafe disse:

Fala pessoal, gostaria de compartilhar com vocês uma dificuldade que tenho e tem me desanimado um pouco nos preparos de café. É o fato que, independente do método, as vezes consigo uma xicara muito boa e outras horas com a mesma receita, a xicara fica diferente, e quando muda de café então, é sempre um ritual, e os pacotinhos de 250g acabam num estalo. Eu não sei exatamente o que acontece, mas até coisas como o horário, tem interferido na minha xicara (por exemplo, preparos de manha ou a noite, tem resultados diferentes). Gostaria de saber se mais alguém passou ou passa por isso e quais dicas poderia dar.

Obs, tenho todos os itens necessários para métodos filtrados e por infusão, meu setup é:

image.png.549fc3fbefb014556d3498b08aaf42a2.png

Vez ou outra eu tenho um problema semelhante com a extração de espressos, mas pude perceber que existe alguma relação com o uso de puck screens. O seu caso é mais estranho. 

Você usa o mesmo nível de moagem, mesma técnica e mesma temperatura para a água? E ainda sobre a água, você costuma aquecer uma quantidade razoável para evitar uma queda muito brusca durante a extração? Eu já tive um resultado bem ruim na xícara pq a temperatura caiu bastante entre o primeiro e o último despejo.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

5 minutos atrás, eldermarco disse:

Vez ou outra eu tenho um problema semelhante com a extração de espressos, mas pude perceber que existe alguma relação com o uso de puck screens. O seu caso é mais estranho. 

Você usa o mesmo nível de moagem, mesma técnica e mesma temperatura para a água? E ainda sobre a água, você costuma aquecer uma quantidade razoável para evitar uma queda muito brusca durante a extração? Eu já tive um resultado bem ruim na xícara pq a temperatura caiu bastante entre o primeiro e o último despejo.

Eu procuro sempre aquecer até o limite da minha chaleira (650ml), até o ponto de fervura, e vou acompanhando a temperatura descer com termômetro, e quase sempre utilizo entre 90º a 95º. A moagem eu procuro não mexer, pois tive experiências muito ruins quando tentei variar muito, e já até decorei as que sempre utilizo:

Timemore C2 (segundo modelo):

Mellita - Click 24
Clever - Click 18
Moka - Click 14
YuroPress - Click 12
Prensa - Click 24

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Olá, é bem difundido o entendimento acerca da dificuldade a envolver o espresso, mas, de minha parte, penso que os desafios da extração de coados também não são simples, por serem estes desafios largos, com possibilidades sutis. Um maestro famoso dizia que é mais difícil reger Mozart do que Mahler: pois a música daquele exige uma transparência absoluta, de modo que qualquer erro fica escancarado; já em Mahler um erro seria fácil de esconder, tendo em vista a amplitude e escopo musical de suas obras.   

Nos coados (em analogia, nosso Mahler), é muito fácil surgir inconstância, o “erro” ficar escondido, não chegar a se estragar o café, mas o deixando em um resultado um tanto quanto sem graça. E aí surge a questão da repetibilidade.

Com cada grão se inicia nova busca por extração, senão ideal, pelo menos adequada. Da mesma forma, qual a proporção com que você tem trabalho? Claro, dá para tomar alguns pontos de partida a depender do perfil de torra (temperatura mais alta para torra clara, por exemplo). Uma coisa que noto é que replicar proporcionalmente uma receita não dá muito certo. Uma receita de Melitta, tida como boa ao resultar 160 ml, mesmo com tudo proporcionalmente mantido, provavelmente não gerará resultado equivalente, se se buscar alcançar 300 ml.

Veja se os grãos estão em tamanho e torra uniformes. Brinco que determinados grãos são teimosamente bons, pois chegam a ficar bons de quase todo jeito. Portanto, tente testar mais coisas diferentes do que testou. Algo interessante pode ser gastar uns 7 g para fazer um cupping simples, para entender melhor como será o grão.

Também recomendo não mudar muito entre métodos, antes de explorar um bom potencial em um único.

Creio que a Clever é ótima para repetir resultados, observando-se os tempos finais de extração, a intensidade de agitação, e demais variáveis.

De todo modo, não desanime! É questão de tempo, sentirá mais à vontade, conforme passa o tempo. É importante considerarmos os fatores subjetivos também, como humor, tempo que se dispõe para apreciar/tomar o café. Às vezes estamos mais sensíveis e dispostos a perceber as coisas.

  • Curtir 5
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

21 minutos atrás, Octávio disse:

Olá, é bem difundido o entendimento acerca da dificuldade a envolver o espresso, mas, de minha parte, penso que os desafios da extração de coados também não são simples, por serem estes desafios largos, com possibilidades sutis. Um maestro famoso dizia que é mais difícil reger Mozart do que Mahler: pois a música daquele exige uma transparência absoluta, de modo que qualquer erro fica escancarado; já em Mahler um erro seria fácil de esconder, tendo em vista a amplitude e escopo musical de suas obras.   

Nos coados (em analogia, nosso Mahler), é muito fácil surgir inconstância, o “erro” ficar escondido, não chegar a se estragar o café, mas o deixando em um resultado um tanto quanto sem graça. E aí surge a questão da repetibilidade.

Com cada grão se inicia nova busca por extração, senão ideal, pelo menos adequada. Da mesma forma, qual a proporção com que você tem trabalho? Claro, dá para tomar alguns pontos de partida a depender do perfil de torra (temperatura mais alta para torra clara, por exemplo). Uma coisa que noto é que replicar proporcionalmente uma receita não dá muito certo. Uma receita de Melitta, tida como boa ao resultar 160 ml, mesmo com tudo proporcionalmente mantido, provavelmente não gerará resultado equivalente, se se buscar alcançar 300 ml.

Veja se os grãos estão em tamanho e torra uniformes. Brinco que determinados grãos são teimosamente bons, pois chegam a ficar bons de quase todo jeito. Portanto, tente testar mais coisas diferentes do que testou. Algo interessante pode ser gastar uns 7 g para fazer um cupping simples, para entender melhor como será o grão.

Também recomendo não mudar muito entre métodos, antes de explorar um bom potencial em um único.

Creio que a Clever é ótima para repetir resultados, observando-se os tempos finais de extração, a intensidade de agitação, e demais variáveis.

De todo modo, não desanime! É questão de tempo, sentirá mais à vontade, conforme passa o tempo. É importante considerarmos os fatores subjetivos também, como humor, tempo que se dispõe para apreciar/tomar o café. Às vezes estamos mais sensíveis e dispostos a perceber as coisas.

Obg pela mensagem, curiosamente, a Clever chegou pra mim hoje, e tive uma experiência muito interessante. Me parece que é mais fácil travar as variáveis nela e focar principalmente no tempo de infusão. Vou fazer alguns testes.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

1 hora atrás, Octávio disse:

Olá, é bem difundido o entendimento acerca da dificuldade a envolver o espresso, mas, de minha parte, penso que os desafios da extração de coados também não são simples, por serem estes desafios largos, com possibilidades sutis. Um maestro famoso dizia que é mais difícil reger Mozart do que Mahler: pois a música daquele exige uma transparência absoluta, de modo que qualquer erro fica escancarado; já em Mahler um erro seria fácil de esconder, tendo em vista a amplitude e escopo musical de suas obras.   

Nos coados (em analogia, nosso Mahler), é muito fácil surgir inconstância, o “erro” ficar escondido, não chegar a se estragar o café, mas o deixando em um resultado um tanto quanto sem graça. E aí surge a questão da repetibilidade.

Com cada grão se inicia nova busca por extração, senão ideal, pelo menos adequada. Da mesma forma, qual a proporção com que você tem trabalho? Claro, dá para tomar alguns pontos de partida a depender do perfil de torra (temperatura mais alta para torra clara, por exemplo). Uma coisa que noto é que replicar proporcionalmente uma receita não dá muito certo. Uma receita de Melitta, tida como boa ao resultar 160 ml, mesmo com tudo proporcionalmente mantido, provavelmente não gerará resultado equivalente, se se buscar alcançar 300 ml.

Veja se os grãos estão em tamanho e torra uniformes. Brinco que determinados grãos são teimosamente bons, pois chegam a ficar bons de quase todo jeito. Portanto, tente testar mais coisas diferentes do que testou. Algo interessante pode ser gastar uns 7 g para fazer um cupping simples, para entender melhor como será o grão.

Também recomendo não mudar muito entre métodos, antes de explorar um bom potencial em um único.

Creio que a Clever é ótima para repetir resultados, observando-se os tempos finais de extração, a intensidade de agitação, e demais variáveis.

De todo modo, não desanime! É questão de tempo, sentirá mais à vontade, conforme passa o tempo. É importante considerarmos os fatores subjetivos também, como humor, tempo que se dispõe para apreciar/tomar o café. Às vezes estamos mais sensíveis e dispostos a perceber as coisas.

Um dos motivos de eu frequentar esse fórum é que sempre tem respostas bastante completas e pessoas com um ótimo conhecimento por aqui. Muito bom.

Além da Clever, eu acho que a AeroPress também pode ser utilizada como método para testes.

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Gostei da ideia da Clever, que ainda não experimentei.

Tirando a prensa francesa, que necessita uma moagem mais grossa, a Aeropress e a Clever permitem brincar e experimentar bastante com a moagem e a extração. Poucas vezes não gostei do resultado da Aeropress e, quando isso aconteceu, foi porque usei muito café, ou deixei muito tempo, ou o café era ruim. 

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Bom dia @QueroCafe!!! O preparo do café especial em casa parece ser complicado, mas na verdade é simples demais, o nosso paladar que é complexo, o que precisamos fazer é prestar bastante atenção na simplicidade das variáveis, e repeti-las com exatidão e precisão, a melhor dica que posso te dar, preste mais atenção nas variáveis do método do que nos materiais utilizados, tudo que precisa para um ótimo café está ai nesse armário.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Prezado:

Qual a data da torra dos cafés que vocês usa? Principalmente com torras mais desenvolvidas (o que me parece ser o caso desses cafés na sua prateleira) a mudança de sabor, para pior, tende a ser exponencial conforme o tempo passa. A partir de umas 3 ou 4 semanas tem um declínio rápido de qualidade, dia após dia.

Estou chutando que possa ser um dos problemas da inconsistência. 

Eu faço coro ao que disseram por aqui, e sugeriria pegar só um método daqui em diante, utilizando uma técnica fixa, com a mesma quantidade de café e água. Dos vários que você tem, acredito que o Melitta com filtros da três corações entregue o melhor resultado (gosto pessoal meu).

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

31 minutos atrás, DouglasES disse:

Prezado:

Qual a data da torra dos cafés que vocês usa? Principalmente com torras mais desenvolvidas (o que me parece ser o caso desses cafés na sua prateleira) a mudança de sabor, para pior, tende a ser exponencial conforme o tempo passa. A partir de umas 3 ou 4 semanas tem um declínio rápido de qualidade, dia após dia.

Estou chutando que possa ser um dos problemas da inconsistência. 

Eu faço coro ao que disseram por aqui, e sugeriria pegar só um método daqui em diante, utilizando uma técnica fixa, com a mesma quantidade de café e água. Dos vários que você tem, acredito que o Melitta com filtros da três corações entregue o melhor resultado (gosto pessoal meu).

Aproveitando o gancho no que tu falou, acho que vale a pena adicionar que é possível congelar o café para ganhar algum tempo, já que nem sempre dá para consumir tudo em tempo que mantenha a qualidade. É importante, no entanto, que se se faça isso separando por porções antes de colocar no freezer. Eu uso sacos zip-lock para esse tipo de coisa.

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

36 minutos atrás, valacomum disse:

Olá.

Caso a opção seja por congelar, há um tópico bem interessante sobre o assunto:

Mas confesso que prefiro optar por comprar pequenas quantidades de grãos torrados recentemente.

Saudações!

Boa! Eu também prefiro comprar dessa maneira, mas a parte ruim de comprar pequenas quantidades é o frete, que pode levar uma parte boa da grana que poderia ser utilizada para comprar bons cafés. Nesse caso acaba valendo mais a pena comprar uma quantidade um pouco maior e tentar algum método para prolongar a vida útil. 

  • Curtir 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Olá. 

Concordo, @eldermarco. Para quem está longe das microtorrefadoras, é uma possibilidade a se considerar.  Colegas aqui mesmo de Fórum como o @Allexlimaa2 oferecem ótimos cafés e fazem entrega bem rápida com torras frequentes.

Eu compro de pouco em pouco, direto do torrefador, por estar em uma cidade com bons fornecedores (Moka Clube, Klas, Lucca Cafés, Supernova, Le Mont, Coffee and Joy, Argenta, Café do Mercado, Kaveh Kanes...), então comprar de fora daqui de Curitiba é só de vez em quando para experimentar algo diferente.

Saudações!

 

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Eu sou da opinião que devemos realizar a auto crítica na avalição, café passado não traz mais tanto amargor assim para xícara, muda mais a entrega da doçura, e claro, das notas sensórias, a verdade é que o grão geralmente tem um prazo de validade estipulado em um ano, o paladar tem que ir se graduando conforme a curva de aprendizagem, tendo em vista que o grão já vem avaliado e rotulado por um profissional, a partir daí e sentir a entrega, perceber a proposta, mas para evitar amargor, é perícia na técnica para cada método.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Em 16/08/2023 at 10:08, Daniel R. Stützel disse:

Bom dia @QueroCafe!!! O preparo do café especial em casa parece ser complicado, mas na verdade é simples demais, o nosso paladar que é complexo, o que precisamos fazer é prestar bastante atenção na simplicidade das variáveis, e repeti-las com exatidão e precisão, a melhor dica que posso te dar, preste mais atenção nas variáveis do método do que nos materiais utilizados, tudo que precisa para um ótimo café está ai nesse armário.

Obg pelas dicas, estou tentando melhorar a cada dia, e tive bons resultados com a Clever recentemente.

 

5 horas atrás, DouglasES disse:

Prezado:

Qual a data da torra dos cafés que vocês usa? Principalmente com torras mais desenvolvidas (o que me parece ser o caso desses cafés na sua prateleira) a mudança de sabor, para pior, tende a ser exponencial conforme o tempo passa. A partir de umas 3 ou 4 semanas tem um declínio rápido de qualidade, dia após dia.

Estou chutando que possa ser um dos problemas da inconsistência. 

Eu faço coro ao que disseram por aqui, e sugeriria pegar só um método daqui em diante, utilizando uma técnica fixa, com a mesma quantidade de café e água. Dos vários que você tem, acredito que o Melitta com filtros da três corações entregue o melhor resultado (gosto pessoal meu).

Tenho recebido meus pacotes sempre com 1 ou 2 meses de torra, pois não faço assinatura, compro direto da Amazon. Sobre o Mellita, digo que é o método que mais tenho dificuldade pra tirar cafés em proporções diferentes, quando utilizo a receita de 20g pra 300ml geralmente tiro uma boa xicara, mas quando tento tirar menos ou muito mais que isso, o resultado sempre é diferente. Alem disso,  no Mellita sempre foi um desafio pra mim extrair o café de forma uniforme, sem deixar nada nas bordas e sem empoçar, nem sempre a receita sai como esperado.

 

3 horas atrás, Daniel R. Stützel disse:

Eu sou da opinião que devemos realizar a auto crítica na avalição, café passado não traz mais tanto amargor assim para xícara, muda mais a entrega da doçura, e claro, das notas sensórias, a verdade é que o grão geralmente tem um prazo de validade estipulado em um ano, o paladar tem que ir se graduando conforme a curva de aprendizagem, tendo em vista que o grão já vem avaliado e rotulado por um profissional, a partir daí e sentir a entrega, perceber a proposta, mas para evitar amargor, é perícia na técnica para cada método.

 

Olha, não sei até que ponto um café com torra mais passada pode influenciar em métodos filtrados, eu já li muito que impacta de forma bem negativa nos espressos. Geralmente pago de 20 a 25 reais nos pacotes de 250g e procuro variar as opções, sendo esse valor, livre de frete. Para assinaturas em geral, eu notei que vou gostar perto do dobro disso, pois pra ter torra recente o custo é maior, e pra minha região (RO) nao teria frete gratis. Mas eu cogito pelo menos pegar um kit degustação em algum momento.

 

E Obg pelas dicas pessoal.

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A idéia é realmente essa, como se fala de amargor especialmente, a torra em si com grão de qualidade, não chega a interferir, já o espresso foi criado justamente para extrair doçura, logo uma torra mais jovem irá fazer toda a diferença, como eu disse no texto acima, a percepção acompanha a curva de aprendizagem, tanto de preparo quanto de sensibilidade com as notas sensoriais, amargor mesmo com café passado não pode existir, pré supondo que o grão é de qualidade.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

20 horas atrás, QueroCafe disse:

Olha, não sei até que ponto um café com torra mais passada pode influenciar em métodos filtrados, eu já li muito que impacta de forma bem negativa nos espressos

Na verdade, o impacto em filtrado é ainda maior do que em café espresso. Espresso até se beneficia de um bom descanso pós torra, às vezes de semanas, a depender do tipo e de quão escura a torra. 

Pense que se um café chega na sua casa com 30+ dias, ainda mais esses de torras mais desenvolvidas como você compra, ele já chega num ponto de declínio sensorial bem adiantado. Com 60 dias então, já pode ser considerado, de um modo geral, um café velho.

Não entrando aqui no fator financeiro de cada um, mas sugeriria fortemente buscar cafés de torrefações menores e que garantam uma torra fresca, seja no seu estado ou em estados vizinhos.

Você pode até se surpreender com os preços depois de uma boa garimpada, mas talvez precisará sair da zona de conforto quanto a valores, ainda mais com a questão de pagar frete.

Faça a seguinte reflexão: você preferiria gastar, digamos, 100 reais por mês em café, mas tomar uma ou outra xícara boa, ou gastar 150, mas com a garantia que sempre tomará um café ótimo?

Abraço!

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Perfeita finalização no texto, bom para o ótimo, se o café estiver saindo ruim, melhor tomar outros caminhos além da qualidade do grão, alguns acharão uma heresia, mas até café "Tradicional" se faz sem amargor, e com gosto de cafe, notas sensoriais são sutis, e é o que o café especial nos dá, mas café tem gosto e aroma de café, daí para frente é refino, sensibilidade e experiência.



Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Uma coisa que notei recentemente é que a ingestão de comida altera a minha percepção da doçura, acidez e amargor do café. O café da manhã, bebido em jejum, pra mim é sempre mais gostoso que o que tomo após o almoço. 

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

1 hora atrás, lusca disse:

Uma coisa que notei recentemente é que a ingestão de comida altera a minha percepção da doçura, acidez e amargor do café. O café da manhã, bebido em jejum, pra mim é sempre mais gostoso que o que tomo após o almoço. 

Eu gosto de iniciar meu dia com um espresso e um sanduíche de presunto e queijo (com manteiga). Aliás, acho que pão com manteiga vai bem com café. Sal e manteiga realçam a doçura do café e fazem algo interessante com a acidez. Doces não ajudam, pelo menos para o meu paladar. Desde que comecei a tomar café sem açúcar, há uns 30 anos, acho tudo muito doce e prefiro doçura sutil.

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

1 hour ago, Daniel R. Stützel said:

Percepção bem particular a sua, mas muito interessante.



 

Pois é, mas foi a única explicação que encontrei, pois tenho experiências sensoriais diferentes, sendo a matinal mais prazerosa. Mesmo fazendo a mesma receita com o mesmo café pela manhã e após o almoço, sinto que o café dá uma 'piorada'.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Olá.

 

46 minutos atrás, ivoesazevedo disse:

Aliás, acho que pão com manteiga vai bem com café.

 

Muito bom mesmo. E pão de queijo, então? Parece um daqueles casamentos de vinho com queijo que nasceram um para o outro.

 

12 minutos atrás, lusca disse:

Mesmo fazendo a mesma receita com o mesmo café pela manhã e após o almoço, sinto que o café dá uma 'piorada'.

 

Talvez seja o caso de fazer um café diferente após o almoço: outro grão, outro método ou simplesmente mexer na "receita". Quem sabe a chave esteja mais na harmonização do que na repetitibilidade?

Saudações!

  • Curtir 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Bom, depois de uma semana de testes com Clever posso dizer esse método resolveu meu problema, e todos os dias tenho uma xícara muito decente, ainda que, ja tenha feito cafés melhores no Mellita e AeroPress.

A nível de curiosidade, minha receita padrão tem sido:

Água: 95 graus

30g/400ml

Infusão de 3 minutos

Moagem média/fina

E sempre utilizando cafés de torra mais desenvolvida.

IMG_1247.thumb.jpeg.84a2470561f668796ab638c78011c6ee.jpeg

Em 19/08/2023 at 12:33, DouglasES disse:

Na verdade, o impacto em filtrado é ainda maior do que em café espresso. Espresso até se beneficia de um bom descanso pós torra, às vezes de semanas, a depender do tipo e de quão escura a torra. 

Pense que se um café chega na sua casa com 30+ dias, ainda mais esses de torras mais desenvolvidas como você compra, ele já chega num ponto de declínio sensorial bem adiantado. Com 60 dias então, já pode ser considerado, de um modo geral, um café velho.

Não entrando aqui no fator financeiro de cada um, mas sugeriria fortemente buscar cafés de torrefações menores e que garantam uma torra fresca, seja no seu estado ou em estados vizinhos.

Você pode até se surpreender com os preços depois de uma boa garimpada, mas talvez precisará sair da zona de conforto quanto a valores, ainda mais com a questão de pagar frete.

Faça a seguinte reflexão: você preferiria gastar, digamos, 100 reais por mês em café, mas tomar uma ou outra xícara boa, ou gastar 150, mas com a garantia que sempre tomará um café ótimo?

Abraço!

Falando um pouco sobre assinaturas, nas minhas garimpadas eu encontrei uma opção que ficaria bem próximo do meu orçamento, que seria a Aksa Coffee. O kit degustação sai por 119,90 e usando o cupom de boas vindas deles eu consigo exatamente o desconto do frete. E quem sabe, agora que tenho constância com a Clever, eu consiga resultados ainda melhores?

4 horas atrás, Daniel R. Stützel disse:

Meu primeiro café da manhã é mais gostoso também, porém, ligo ao prazer, gosto do ritual da manhã.

Enviado de meu moto g(9) power usando o Tapatalk
 

Eu gosto de fazer café em qualquer horário, mas de manhã é diferente, o que me faz acordar as vezes até 1 hora mais cedo, só pra ter todo aquele e ritual e fazer um bom café pra minha família. E tenho preferido também sempre tomar em jejum e sem nenhum acompanhamento, mas isso é um gosto pessoal.

E aproveitando o gancho, não posso deixar de mencionar, que em minha viagem a Cacoal/RO tive a oportunidade de provar o famoso Robusta Amazônico, e me surpreendeu, perdi o preconceito que tinha com esse tipo de grão. 

1770738949_CpiadeIMG_1248.thumb.jpeg.fa54ae2415efbb2a9ab82b41f2b4ba3d.jpeg

  • Curtir 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Sou fascinado em rituais, e do primeiro café pela manhã é bem especial, sobre o grão robusta, perdi o preconceito com um grão que recebi da Fazenda Benevides, que fica em Guapimirim- RJ, baixada e quase no nível do mar, mas o grão tem um tempero especial.



Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

O único robusta que eu consegui gostar, nos últimos anos, foi um fermentado da produtora Suzy Aparecida, de Rondônia que tomei no Cafezaum, no Rio de Janeiro, em janeiro deste ano. Todos os outros me deixam assim.

  • Haha 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

@valacomum meio pacote do Venturim no freezer, e não tenho coragem de terminar. Hoje até que pensei nele, mas peguei um Campo Místico. Moí muito fino o grão congelado, e tirei um espresso de 36g em 1'45" (horror!), mas o gosto estava bom.

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.
Note: Your post will require moderator approval before it will be visible.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...