ivoesazevedo

Um amigo meu, agora diplomata, já está na segunda Jura super automática. Quando visitei-o em Frankfurt, achei bacana a segunda máquina, melhor que a primeira. Mas não é a minha praia. Gosto de variar os grãos até durante o mesmo dia, e essas com moedor embutido dificultam isso, enquanto que facilitam extremamente a extração consistente, repetida e domesticada de um mesmo café. Eu aprecio um pouco de "selvageria". Ah, acho que se pesar a dose de grãos e colocar no reservatório apenas o que vai usar, consegue-se o que pretendo, uma variação de grãos a cada extração. Mas isso sabota um pouco a máquina, pois precisa-se saber quanto ela moerá para cada regulagem memorizada. Acho que, com prática, pode-se conseguir.

Moedor de lâminas. Tive um de outra marca. Dá um barato se é a primeira vez que se mói café. Mas não serve a longo prazo para experiências mais requintadas. Esse tipo de moedor gera pó irregular, quebrando os grãos. Tentando moer grosso para prensa francesa, creio que terás uma mistura de finos com grossos. Os finos, caso não sejam descartados, poderão amargar o café. A vantagem desse tipo de moedor é a velocidade e capacidade de moagem para várias doses de uma vez. A principal desvantagem é a inconsistência da moagem, para quem quiser maior controle sobre as extrações. Para atenuar um pouco a inconsistência, costuma-se recomendar sacudir o moedor durante a moagem.

Com todo o meu esnobismo, não pretendo desprezar o fato que, atualmente, já temos à disposição uma fartura de cafés bem melhor que há 20 ou 30 anos. Agora é possível entrar em um supermercado e escolher café pela região de produção. Isso não existia! Às vezes compro café moído em supermercado. Boas experiências. Faz muito tempo que não pego um café que possa descrever como imbebível. Nesse conceito de "café gourmet", os resultados são satisfatórios, mesmo para uma pessoa, como eu, que julga preferir apenas o melhor que consiga comprar. Sinceramente, não tenho confiança que eu passaria bem em um teste cego...

@Davi Zera, há quanto tempo bebes café sem açúcar? Eu abandonei o açúcar (nunca usei adoçante) no café gradativamente, em um período de semanas ou poucos meses, mesmo com café Melitta Extra Forte. Ao fim do processo, café revelou-se uma bebida completamente diferente, para mim. E pude ir em busca de mais satisfação. Doçura nos cafés especiais não é gosto de açúcar. Pode ser difícil de reconhecer sem uma adaptação do paladar. Junto vem acidez, corpo e outras características. Quanto a "seguir as regras", isso é uma afirmação que, sem a descrição dos procedimentos, não significa muito para que possamos ajudar. Para melhor aproveitar as características do café, é necessário que a torra seja recente, o que é difícil de conseguir em pacotes vendidos em mercados. Quando vou às compras, sempre procuro essa informação. Raramente faço café passado em casa, mas quando faço, uso como ponto de partida uma proporção 1:10. 10g de café para 100ml de água. Posso ajustar isso nas próximas extrações, de acordo com cada grão que experimento. Há muito tempo, descobri que cada café tem uma "faixa ideal" de preparo. Alguns ficam bons mais concentrados, outro mais diluídos. Precisas experimentar. Experimentei alguns cafés desses da Três Corações, e até achei bebíveis, embora não excelentes. A marca tem uma série de cafés de outros países, podes tentar também. Acho divertido variar. O conselho que já recebeste, eu repito: tenta obter um café especial com torra recente. Poderá servir para comparação. Ah, completa o teu perfil com a tua localização. Sabendo em qual região estás, é mais fácil recomendar cafés mais próximos, com melhores chances de ter torrar frescas.

Não sou um conhecedor de métodos coados, pois há anos tenho preferido a praticidade da máquina de espresso. Entretanto, arriscarei compartilhar algumas impressões. Uma vez tive a chance de comparar duas xícaras de café, preparadas pelo barista para esse propósito. Uma era V60. A outra não recordo direito se era Kalita Wave ou Clever. Mas lembro perfeitamente que, mesmo mantendo iguais a moagem do grão, o peso do grão e da água, as bebidas saíram significativamente diferentes. Agora, se usar Melitta ou V60 dá no mesmo, ainda não testei. Só possuo um porta filtro Melitta tamanho 100, de um modelo com o furo de aproximadamente 8mm, e um Bialetti de aço que parei de usar porque está meio entupido. Acho que, se fizer cafés muito concentrados, a diferença pode diminuir, mesmo. Acaba com as sutilezas, o hábito do café fortão.

Olá, @Fernando2021. Já olhaste o tópico sobre ela aqui no fórum? http://forum.clubedocafe.net/topic/1337-electrolux-chef-emc10/

Mimoso é indestrutível, adoro. Hahahaha.

Para torrar em casa?

Aqui em Porto Alegre existem várias torrefadoras de cafés especiais. Por comodismo, tenho comprado cafés da Baden. Eles torram pela manhã e entregam aqui em casa à tarde. Então, algumas opções onde vivo: http://badentorrefacao.com.br/ - recomendo. https://williamsonscoffeecompany.lojavirtualnuvem.com.br/ - recomendo. https://origem.coffee/index.php/loja/ - recomendo. https://cafedomercado.com.br/ (provei todos os de origem e comprava as edições limitadas; não me agradavam os blends). Também já comprei, mais de uma vez, e recomendo: https://cafeselecaodomario.com.br/ Ainda não provei, mas pretendo: https://www.instagram.com/torrafrescacafes/?hl=pt-br Tenho visto comentários elogiosos aos cafés da Roast. Pretendo comprar, no futuro. Devido às demoras do serviço dos Correios, estou preferindo comprar cafés aqui perto de casa. Ah, sempre tento experimentar algum café mais caro e raro de cada vendedor.

Olá! Que copos são esses?

@CarlosOliveira, se a prensa francesa e a cafeteira italiana que usas atualmente não são horríveis, sugiro que aguardes a chegada do moedor antes de considerar a compra de reposições de marca. Eu ainda não tenho prensa francesa, mas já usei, e arrisco dizer que a qualidade da trama de filtro e seu ajuste na jarra devem ser os fatores mais decisivos nesse preparo. Sem esquecer a qualidade geral de fabricação: como a trama é fixada no eixo etc. Assim, alguns modelos de outras marcas deverão atender bem. Ainda não comprei uma porque acho as mais baratas muito vagabundas, talvez estraguem logo. Quanto a cafeteira italiana, tive duas, diferentes, que estragaram. Uma não era de faces planas e abaulou o fundo. A outra eu coloquei água para limpar e esqueci no fogo. Acho que nunca acertei a fórmula para tirar café delicioso. Mas um dia voltarei a tentar. Minha dica, para quando chegar o moedor: em vez de partir para comprar equipamentos, investe um tempo em busca de grãos diferentes e estuda as moagens e os métodos que tens à disposição. Ah, a prensa francesa pode ser usada para fazer café cold brew.

Tenho um amigo que jura que máquinas superautomáticas são perfeitas para ele. Já está no segundo modelo da Jura, agora morando na Europa, onde comprou a segunda. Vive sozinho e não quer ter trabalho para tomar café. Já tomei cafés nas duas máquinas dele. Quando ele morava em Porto Alegre chegamos a ter o mesmo grão e consegui comparar as extrações. Eu achei a da superautomática muito correta e domada, para o meu gosto. Em casa eu tomava um falso espresso mais selvagem. Verdade que meu moedor, na época, era ruim, de lâminas, e minha máquina é uma doméstica razoável, com filtros pressurizados. Quando visitei-o na Alemanha, conheci a segunda. Mais sofisticada que a primeira. Penso que o que não apreciei na superautomática foi a regulagem personalizada dele. Se eu pudesse alterar, acho que conseguiria me adaptar. A principal desvantagem que vejo nas máquinas com moinho integrado é a dificuldade de trocar de grão. Não posso, por exemplo, preparar vários cafés em sequência, cada um com um grão diferente. E gosto de fazer isso... Agora, para ter café consistente por várias extrações, até o momento de reabastecer a máquina e eliminar as borras, essas máquinas são ótimas.

Passeando em Londres no fim de janeiro de 2020, entramos em uma cafeteria e pedimos dois espressos. Não gostamos. Fui perguntar qual era o café e o barista disse que era um Robusta. A cafeteria era chique, tinha vários outros cafés expostos, mas o robusta servido no espresso realmente não nos agradou. Muito amargo, achamos. Agora estou curioso para experimentar outros, para tirar a impressão que robusta é pior. Mesmo que...

Algumas perguntas para refinar a escolha: Como gostas de preparar o café? Passado, prensa francesa, espresso etc. O moedor pode ser fixo, ou exiges mobilidade e facilidade de transporte? Qual a quantidade de café que precisas moer de cada vez, e com que frequência? Explicando: diferentes métodos de preparo exigem diferentes granulometrias (moagem fina, média, grossa). Alguns moedores manuais com boa consistência na granulometria são lentos. Moedores elétricos baratos de lâminas são rápidos, porém produzem moagem muito misturada e inconsistente. Eu tive, por um tempo, um moedor elétrico de lâminas. Ganhei de presente um moedor manual com mós de cerâmica, com moagem mais consistente, mas era muito frágil e estragou logo. Era lento para moer, além disso. Então comprei um moedor manual modelo antigo, de fixar na bancada: Mimoso nº 2. Resolvi meus problemas. Mói rapidamente com qualidade aceitável, por enquanto. Eu geralmente preciso moer pelo menos 32 a 36 gramas de café de cada vez.

O café especial guardado na garrafa térmica piora, mas mesmo assim deve ficar melhor que café passado de restaurante. Cada um, cada um, mas eu prefiro fazer café na hora de tomar. Até a pausa para o ritual é um prazer, dependendo, é claro do que a pessoa está fazendo e se quer ou precisa interromper. E, claro, ficar sem café é que não dá.

@Guilherme Felix, faltou dizer se, nesses 45 dias, ainda estás usando o mesmo pacote de café, e se foi comprado em grão ou moído. Nesse tempo já percebe-se envelhecimento, que terá impacto na formação da crema e no sabor na xícara. Por exemplo, eu compro café em grão em pacotes de 250g. É verdade que costumo comprar três a quatro pacotes desses de cada vez, de grãos diferentes. Assim consigo acompanhar o desempenho das minhas preparações. Nos pacotes que consumo em duas ou três semanas, o decaimento é menor. Ah, minha máquina de espresso é outra. Mas o que eu escrevi acima vale para qualquer máquina. E, com ajustes nos meus moedores e algum capricho, já estou conseguindo usar filtros não pressurizados na minha máquina, em vez dos pressurizados originais dela. Não acredito em desgaste nos filtros, pelo menos não em apenas oito meses. A menos que estejas limpando com produtos abrasivos, ou sei lá o que mais poderia alargar os furos nos filtros de aço.

Desses, só conheço a Baden. Tenho comprado por encomenda pelo WhatsApp. Torram de manhã e entregam à tarde. Estou muito satisfeito com os cafés.

O café em grão é mais caro lá, mesmo. Só conheço a do Iguatemi, que fica perto do Coco Bambu. Ah, não me entusiasmo pela metade dos espressos que tomo na rua... E olha que nem sei fazer espresso de verdade! Mas considero que são diferentes dos cafés que encontro em outros lugares, portanto acho que vale o risco, para experimentar. Desde que passei a consumir cafés especiais - que o pessoal da Baden insiste que são diferentes dos cafés gourmet - aceitei que gastaria muito mais do que quando comprava cafés Melitta Extra Forte etc. Não sofro por causa de preço de café. Quando estou com estoque baixo em casa e visito supermercados, principalmente o Bourbon Ipiranga, vou olhar os cafés disponíveis. De uns tempos para cá encontramos cafés importados diretamente e cafés importados vendidos por marcas brasileiras. Três Corações tem uma série de cafés de outros países que comecei a experimentar. Pelo preço, cerca de R$ 16,00 o pacote de 250g, acho interessante. Tem uma marca de cafés torrados na Itália também, por cerca de R$ 50,00 o pacote de 250g; já provei quase todos. Pena que esses são moídos e não conseguimos torras recentes de verdade. Mas vale a brincadeira.

Obrigado, @viniciusdsg! Olharei o tópico. Não sei desses comentários sobre a Origem. Vou lá muito pouco, uma ou duas vezes por ano. Acho que tomei cafés lá umas três ou quatro vezes apenas. Em duas ou três oportunidades comprei pacotes de cafés, que gostei.

Percebi outra coisa. Mesmo quando leio no computador, depois, ao abrir o site no celular, as notificações vistas no computador ainda aparecem no celular.

Atualizando o tópico com um relato desatualizado, hehehe... Há uns dois meses fomos jantar no Coco Bambu no Iguatemi e, sem reserva, precisamos esperar a desocupação de uma mesa para cinco pessoas. Enquanto o resto da turma ficava olhando vitrines por perto, eu fui ao Origem. Fiquei conversando com um barista lá e ele me deu para experimentar um pouco do cold brew comum e também do nitro. Gostei muito. Comprei pacotes de café, incluindo os usados nos cold brew, e tentei fazer em casa (sem nitrogênio). Não lembro que prato de camarão comi depois, mas lembro claramente dos cafés! Voltarei para tomar doses inteiras. Agora tenho a missão de ajustar os moedores e conseguir fazer cold brew bom em casa. Os dois primeiros que fiz não deram muito certo. Segue a aventura.

Querem ajuda na tradução?

Vejo que ainda faltam ajustes na tradução. Aparece escrito: "You e fulano reagiram".

1) Tenho a impressão que passaram a travar depois da atualização da plataforma. 2) Pelo que vi agora, a tradução resolveu o problema da frase do conteúdo não lido.

Pediram sugestão para melhorar a organização dos conteúdos? Então dou uma: acabar com a confusão entre cafetERIA e cafetEIRA.