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1Zpresso ZP6 Special - primeiras impressões


DouglasES

Postagens recomendadas

22 horas atrás, Valeri disse:

No começo, quando tentei pela primeira vez no clique 36, também achei muito forte e desagradável (puxando para o amargor), mas fui testando mudar as outras variáveis. Aconselho a você fazer testes travando a variável da moagem e mudando a variável da temperatura e da técnica de despejo da água (há várias que tentei antes de chegar na forma como eu estou fazendo agora). Recomendo assistir ao vídeo abaixo (e outros deste mesmo canal).
 

 

Esse segundo complementa o video acima.

 

 

Esse vídeo do Lance Hedrick (e outros dele) pode ser útil tambem.
 

 

@Fernando Neres, me refiro aos três vídeos acima. Assista quando puder. 

6 horas atrás, Fernando Neres disse:

Olá, bom dia. Ainda na fase de testes do ZP6 - buscando extrair um café equilibrado na V60 -, fiz uma moagem no clique 67. Extraí o café na proporção 15g/225ml, 4 despejos, o primeiro, 20% do volume de água em até 0:30; o segundo, totalizando 40% do volume total em até 1:00; o terceiro, totalizando 70% do volume total de água em até 1:45 e o quarto e último despejo em até 2:30. Usei água mineral com pH alcalino a 94ºC. RESULTADO: De plano, senti pelo olfato um odor muito agradável de amêndoa. SABOR: deixei primeiro o café ficar morno e ao bebê-lo de pequenos em pequenos goles - dando asas à imaginação - senti que a nota de amargor se destacou! No próximo café, vou alterar apenas a variável temperatura, reduzindo-a de 94 para 91ºC. Para vocês que estão me ajudando a fazer um bom café, pergunto: vocês estão de acordo? Muito obrigado e excelentes cafés a todos!

Recomendo baixar a temperatura para 91°C. O vídeo abaixo é bem interessante para deixar as coisas mais claras.
 

 

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6 horas atrás, Fernando Neres disse:

vocês estão de acordo? 

Eu tentaria os seguintes ajustes: aumentar a proporção café X água, utilizando proporções como 1:16 e 1:17. Geralmente proporções abaixo disso, com o zp6, não curto o resultado. A depender do café, claro. Manteria essa mesma receita, mas utilizaria os 91º já citados por você e também o click 45/50 - sei que você já disse que já tentou neste click, mas acredito que o ajuste de proporção contorne suas percepções anteriores desde click.

E em última análise, trocar para um café frutado. Acho que foi citado aqui que o zp6 tende a casar bem com e cafés frutados e eu corroboro a hipótese. Cafés com notas amendoadas e chocolate, tendem a ter uma torra mais desenvolvida, logo você irá sentir amargor no zp6, devido a sua claridade sensorial. 

6 horas atrás, Fernando Neres disse:

Usei água mineral com pH alcalino

Qual água está utilizando? O ph, até onde sei, tem pouca influência no café. Sendo a alcalinidade e a dureza tendo papel fundamental. Se possível, envia aqui a quantidade descrita do Bicarbonato, Cálcio e Magnésio, da água que você está utilizando. 

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7 minutos atrás, Pedro084 disse:

Manteria essa mesma receita, mas utilizaria os 91º já citados por você e também o click 45/50 - sei que você já disse que já tentou neste click, mas acredito que o ajuste de proporção contorne suas percepções anteriores desde click.

 

Tente utilizar um click mais fino (eu usei o 36), mas com as técnicas de despejo de água dos canais Tales Coffee e Lance Hedrick no YouTube, que inclusive anexei alguns vídeos a alguns posts atrás neste tópico. Eu me surpreendi com o resultado e acho que você também pode se surpreender. Falo isso pois por muito tempo eu usei uma moagem mais grossa (39, 42, 45 clicks), mas o resultado nunca ficou tão bom, mas a coisa mudou depois que alterei a forma de despejar a água.

Notei recentemente que não é muito somar uma quantidade de água muito grande no primeiro despejo. Tem que despejar aproximando bem o bico da chaleira mantendo um fluxo de água bem pequeno para o blooming, pois assim você consegue molhar todo o pó e não extrair de forma excessiva o café. Nos vídeos que compartilhei, é aconselhado manter o despejo no centro do bolo de café o máximo possível, pois assim a água acessa mais facilmente a parte mais profunda do pó de café no filtro cônico do Hario V60.

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32 minutos atrás, Valeri disse:

Tente utilizar um click mais fino (eu usei o 36), mas com as técnicas de despejo de água dos canais Tales Coffee e Lance Hedrick

Por um bom tempo utilizei o zp6 no click 35 e foi minha maior surpresa em relação à ele. Mas deixei de utilizar porque percebi que, por mais que a cama do café ficasse seca, na xícara tinha um "muddy flavor". Não sei bem o que seria uma boa tradução para o termo, mas escutei pela primeira vez nos vídeos de Brian Quan e deu pra captar o conceito. 

Hoje pela manhã vi sua recomendação de receita e resolvi fazer o teste novamente, a cama do café quase beirando o lamaçento, mas na maior parte estava seca. Já na xícara, enquanto quente, estava excelente, bem extraído e com uma acidez suculenta sem igual, mas esse tal de "muddy flavor" estava lá. É como uma sensação terrosa e adstringente no fim do gole, mas longe de estar amargo. 

Por isso decedi utilizar menos esse click. Daí tenho utilizado entre 40 e 45 clicks, para receitas de 3 à no máximo 4 despejos e temperatura até 91º. E entre 50 e 55 clicks para o método 4:6, que voltei a utilizar ultimamente e tenho obtido excelentes resultados, com xícaras limpas e complexas. 

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1 hora atrás, Pedro084 disse:

Por um bom tempo utilizei o zp6 no click 35 e foi minha maior surpresa em relação à ele. Mas deixei de utilizar porque percebi que, por mais que a cama do café ficasse seca, na xícara tinha um "muddy flavor". Não sei bem o que seria uma boa tradução para o termo, mas escutei pela primeira vez nos vídeos de Brian Quan e deu pra captar o conceito. 

Hoje pela manhã vi sua recomendação de receita e resolvi fazer o teste novamente, a cama do café quase beirando o lamaçento, mas na maior parte estava seca. Já na xícara, enquanto quente, estava excelente, bem extraído e com uma acidez suculenta sem igual, mas esse tal de "muddy flavor" estava lá. É como uma sensação terrosa e adstringente no fim do gole, mas longe de estar amargo. 

Por isso decedi utilizar menos esse click. Daí tenho utilizado entre 40 e 45 clicks, para receitas de 3 à no máximo 4 despejos e temperatura até 91º. E entre 50 e 55 clicks para o método 4:6, que voltei a utilizar ultimamente e tenho obtido excelentes resultados, com xícaras limpas e complexas. 

Eu usei essas recomendações do Pedro quando comprei o ZP6 e tenho que dizer que me agradou muito. Atualmente uso o click 50 com 3 despejos e para meu paladar fica muito bom.

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Olá, rapaziada. Quanta riqueza de detalhes descritos?! Por trás dessa “infinitude” de variáveis vem uma e vem outra e daqui a pouco outra e, repentinamente, alguém inspirado por Albert Einstein, decreta: Eureka! E lá vem mais uma grande revolução no mundo dos cafés especiais! Mas vovó, que usava cotidianamente seu fogão a lenha e seu surrado coador de pano, fazia aquele cafezão inigualável e servia aquela xícara saborosa de café, acompanhada de bolo de milho ou de fubá. Com essa riqueza de informações compartilhadas aqui no grupo, só me resta anotá-las como se fossem verdadeiras receitas de bolo, para buscar reproduzi-las fielmente, sob pena de “errá-las” e produzir algo híbrido que vá revolucionar todas essas experiências, dando um super nó na cabeça de todos. Mas vamos lá, devagarinho, com cuidado e atenção a todos esses detalhes, buscar fazer um café equilibrado e saboroso no ZP6. Mas não se esqueçam, caso paremos numa clínica psicológica ou psiquiátrica, o grande vilão é o ZP6 (kkkkkkkk). Muito obrigado pelo contributo de todos!

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19 horas atrás, Pedro084 disse:

Por um bom tempo utilizei o zp6 no click 35 e foi minha maior surpresa em relação à ele. Mas deixei de utilizar porque percebi que, por mais que a cama do café ficasse seca, na xícara tinha um "muddy flavor". Não sei bem o que seria uma boa tradução para o termo, mas escutei pela primeira vez nos vídeos de Brian Quan e deu pra captar o conceito. 

Hoje pela manhã vi sua recomendação de receita e resolvi fazer o teste novamente, a cama do café quase beirando o lamaçento, mas na maior parte estava seca. Já na xícara, enquanto quente, estava excelente, bem extraído e com uma acidez suculenta sem igual, mas esse tal de "muddy flavor" estava lá. É como uma sensação terrosa e adstringente no fim do gole, mas longe de estar amargo. 

Por isso decedi utilizar menos esse click. Daí tenho utilizado entre 40 e 45 clicks, para receitas de 3 à no máximo 4 despejos e temperatura até 91º. E entre 50 e 55 clicks para o método 4:6, que voltei a utilizar ultimamente e tenho obtido excelentes resultados, com xícaras limpas e complexas. 

Analisando a experiência que tive e considerando a descrição sobre o "muddy flavor", posso dizer que isso ocorre quando a água fica "presa". No vídeo do "Tales Coffee" (abaixo) é dito que isso ocorre na maioria das vezes por conta do controle do fluxo da água. Eu já consegui extrair em 36 clicks um café que não ficou "terroso e adstringente" no final do gole e sim doce e com uma boa acidez. É uma linha bem tênue entre um fluxo excessivo e um fluxo ideal quando se está moendo mais fino, tem que tomar muito cuidado e observar a aparência do bolo de café à medida que joga a água.

 

Outro ponto para o qual acho necessário apontar é a tentativa de diminuir a quantidade de fines (particulas ultrafinas) geradas. Quanto mais rápido você moer (girar a manivela), mais fines irão ser gerados. O vídeo abaixo é bem interessante para explicar essa questão.
 

 

Além disso, tenho sempre espirrado água nos grãos antes de moer, que é uma prática útil para melhorar a extração, conforme o vídeo a seguir mostra.
 

 

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Olá, Valeri.

A vaporização dos grãos, antes da moagem, servem só para deixar o moedor mais limpo ou tem alguma outra finalidade? A prévia hidratação dos grãos não irá desencadear um processo de oxidação dos componentes metálicos dos moedores? É seguro para o moedor pré-hidratar os grãos?  Bons cafés!

Em complemento ao texto anterior e já reiterando, Valeri, você poderia postar os links desses vídeos? Obrigado 

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1 hora atrás, Fernando Neres disse:

Olá, Valeri.

A vaporização dos grãos, antes da moagem, servem só para deixar o moedor mais limpo ou tem alguma outra finalidade? A prévia hidratação dos grãos não irá desencadear um processo de oxidação dos componentes metálicos dos moedores? É seguro para o moedor pré-hidratar os grãos?  Bons cafés!

Em complemento ao texto anterior e já reiterando, Valeri, você poderia postar os links desses vídeos? Obrigado 

Não, o vapor de água antes da moagem serve também para deixar a extração mais homogênea. No vídeo que eu compartilhei mostra isso e no vídeo abaixo do James Hoffman também. De acordo com o pesquisador entrevistado, a água não irá causar a oxidação dos componentes do moedor, pois não demora muito tempo para que ela evapore (em poucas horas isso acontece). Sim, é seguro.

 

1 hora atrás, Fernando Neres disse:

Favor desconsiderar o pedido para postar neste espaço os links dos vídeos do YouTube, já resolvi essa questão. 

Ok. 

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Valeri, obrigado pelas aulas. Fiz um café de manhã e segui uma de suas receitas. Moedor ZP6, click 50, água a 91ºC, 15g/225ml, 3 despejos no V60 e tempo máximo de extração de 2:30. O resultado ficou agradável pela primeira vez, o cafezinho desceu redondinho e eu comecei a ficar animado com esse moedor. Abraço 

Valeri, como chama esse vaporizador, quanto custa e onde comprar? Obrigado 

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2 horas atrás, Fernando Neres disse:

Valeri, obrigado pelas aulas. Fiz um café de manhã e segui uma de suas receitas. Moedor ZP6, click 50, água a 91ºC, 15g/225ml, 3 despejos no V60 e tempo máximo de extração de 2:30. O resultado ficou agradável pela primeira vez, o cafezinho desceu redondinho e eu comecei a ficar animado com esse moedor. Abraço 

Valeri, como chama esse vaporizador, quanto custa e onde comprar? Obrigado 

Opa! Bom saber que está caminhando para um resultado que lhe agrada usando o ZP6!

Eu uso este daqui do AliExpress (observe que no anuncio tem a opção de kits e ele sozinho): https://a.aliexpress.com/_mNXXhHo

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47 minutos atrás, Valeri disse:

Opa! Bom saber que está caminhando para um resultado que lhe agrada usando o ZP6!

Eu uso este daqui do AliExpress (observe que no anuncio tem a opção de kits e ele sozinho): https://a.aliexpress.com/_mNXXhHo

Estou compartilhando o que eu comprei também por que precinho bem bacaninha, mas é um modelo bem semelhante.
https://www.aliexpress.com/item/1005006662130316.html

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6 horas atrás, Valeri disse:

uma linha bem tênue entre um fluxo excessivo e um fluxo ideal quando se está moendo mais fino, tem que tomar muito cuidado e observar a aparência do bolo de café à medida que joga a água.

Definitivamente farei outras tentativas nesse grau de moagem. 

Como você tem feito seu controle de fluxo nos despejos? Devo admitir que nessa moagem, algumas de minha extrações realmente entopem o filtro no final da extração, mesmo fazendo um despejo de turbulência moderada e/ou central. 

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23 horas atrás, Pedro084 disse:

Definitivamente farei outras tentativas nesse grau de moagem. 

Como você tem feito seu controle de fluxo nos despejos? Devo admitir que nessa moagem, algumas de minha extrações realmente entopem o filtro no final da extração, mesmo fazendo um despejo de turbulência moderada e/ou central. 

Vou fazer um vídeo quando for preparar um próximo café e fazer upload no YouTube para mostrar exatamente a forma como realizo o despejo.

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Fiz 3 despejos na V60: no primeiro despejo 20% do volume total de água fazendo movimentos circulares no centro da cama de café em até 15 segundos e espero até 30 segundos; no segundo despejo mais 20% do volume total de água em movimentos circulares, abrindo mais o diâmetro da cama de café e espero coar até 1:00; no terceiro faço o despejo restante em movimentos circulares mais as bordas do filtro e espero a coagem chegar em 2:30. Normalmente, nesse tempo, a filtragem já ocorreu, entretanto, se ocorrer de ter água no filtro, interrompo o processo. Estamos falando do café moído no moedor ZP6, click 50. 

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Na última semana estava com um grão cuja torra já tinha três meses. Ainda assim, foi possível tirar um bom coado, com bebida bem clara e notas não tímidas. Realmente dá para conseguir muita clareza e definição. 

Creio que este moedor forma uma dupla muito interessante com o k-ultra, um complementando o outro.

No começo, quando o recebi, usava a regulagem de 4,5, tendendo a diminuir. Mas agora fico entre 5 e 5,5.

As referências são sempre uma base importante, mas não superam o próprio contexto, gosto e realidade da pessoa.

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Pessoal, ainda sobre a discussão do ZP6 comparado com o C40, tenho os dois moedores e fiz alguns testes este final de semana. Foram testes simples de V60 (fiz também um cupping) mas sem parâmetros científicos. Tentei apenas deixar o mais próximo possível para não comparar coisas erradas ou sem noção.

Peguei um café “difícil” para o meu paladar (Orfeu ed. especial Oscar Niemeyer), fiz diversas vezes com ZP6… Cara, eu não consegui deixar gostoso. Por mais que eu me dedicasse, o café ficava correto, mas não dava muita vontade de tomar. Ao beber, eu sentia a necessidade de ficar pensando, analisando se dava pra melhorar, porque o sabor não tava legal... Dentre os resultados: levemente adstringente, um pouquinho amargo, limpo demais, do jeito que não parecia café etc. Com extração usando temperaturas mais baixas, ficava um pouco melhor.

Com o C40 foi o oposto: por mais que eu mudasse o jeito de fazer (Hofmann, Tetsu, temperatura, proporção), eu não conseguia deixar o café ruim… kkkk. Era fácil de acertar, e de beber meio sem pensar, era só um “que café bom! Tem mais?”. Ficava redondo, fácil, equilibrado mas complexo, lembrava aquilo que o ZP6 trazia mas as proporções pareciam mais balanceadas.

Isso não quer dizer que o ZP6 seja um moedor ruim — aliás, preciso deixar claro que o café mais gostoso que ja fiz na vida (Dallima fermentado, do Um) foi com esse moedor. Ficou inesquecível! 

Enfim, na minha opinião, o ZP6 é mais exigente, tem um perfil mais “analítico”, com uma curva de aprendizado mais longa, e diria que ele entrega mais dependendo do tipo de grão. Ele é mais chatinho, mas quando você acerta, entrega cafés maravilhosos.

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Compactuo plenamente com o que você falou, Maurício. Realmente o zp6 é mais exigente e traz um perfil mais analítico. Assim como relatam que o ponto ideal dos moedores de mós cônicas SSP Brew Burrs é extremamente estreito, sendo difícil acertar os cafés com essas lâminas devido à sua distribuição de partículas; acredito que o zp6 esteja no mesmo caminho, apesar de, obviamente, não ser de mesmo nível. 

Alguns cafés simplesmente não vão ficar bons com o zp6, como já foi relatado. Mas cafés frutados, de alta complexidade, ficam sem iguais com esse moedor. Por um tempo utilizei o zp6 e o k-ultra juntos. O zp6 com cafés mais complexos e frutados ficavam com notas evidentes, como pêssego, enquanto que com o k-ultra já não ficava tão interessante e evidente, apesar de o café ainda ser excelente. 

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12 horas atrás, mauricio11 disse:

o ZP6 é mais exigente, tem um perfil mais “analítico”, com uma curva de aprendizado mais longa, e diria que ele entrega mais dependendo do tipo de grão. Ele é mais chatinho, mas quando você acerta, entrega cafés maravilhosos.

Tem sido minha experiência com o K6. A janela dele é muito estreita. 

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13 horas atrás, mauricio11 disse:

Pessoal, ainda sobre a discussão do ZP6 comparado com o C40, tenho os dois moedores e fiz alguns testes este final de semana. Foram testes simples de V60 (fiz também um cupping) mas sem parâmetros científicos. Tentei apenas deixar o mais próximo possível para não comparar coisas erradas ou sem noção.

Peguei um café “difícil” para o meu paladar (Orfeu ed. especial Oscar Niemeyer), fiz diversas vezes com ZP6… Cara, eu não consegui deixar gostoso. Por mais que eu me dedicasse, o café ficava correto, mas não dava muita vontade de tomar. Ao beber, eu sentia a necessidade de ficar pensando, analisando se dava pra melhorar, porque o sabor não tava legal... Dentre os resultados: levemente adstringente, um pouquinho amargo, limpo demais, do jeito que não parecia café etc. Com extração usando temperaturas mais baixas, ficava um pouco melhor.

Com o C40 foi o oposto: por mais que eu mudasse o jeito de fazer (Hofmann, Tetsu, temperatura, proporção), eu não conseguia deixar o café ruim… kkkk. Era fácil de acertar, e de beber meio sem pensar, era só um “que café bom! Tem mais?”. Ficava redondo, fácil, equilibrado mas complexo, lembrava aquilo que o ZP6 trazia mas as proporções pareciam mais balanceadas.

Isso não quer dizer que o ZP6 seja um moedor ruim — aliás, preciso deixar claro que o café mais gostoso que ja fiz na vida (Dallima fermentado, do Um) foi com esse moedor. Ficou inesquecível! 

Enfim, na minha opinião, o ZP6 é mais exigente, tem um perfil mais “analítico”, com uma curva de aprendizado mais longa, e diria que ele entrega mais dependendo do tipo de grão. Ele é mais chatinho, mas quando você acerta, entrega cafés maravilhosos.

Esse relato ilustra bem o problema que algumas pessoas tem com o ZP6. É um moedor que entrega clareza e nitidez sensorial, ao preço de corpo. Essa combinação funciona bem para cafés complexos, com poucos defeitos e de torra bem clara. Esse café da Orfeu, naturalmente, não vai ser favorecido com o ZP6. 

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13 horas atrás, mauricio11 disse:

Pessoal, ainda sobre a discussão do ZP6 comparado com o C40, tenho os dois moedores e fiz alguns testes este final de semana. Foram testes simples de V60 (fiz também um cupping) mas sem parâmetros científicos. Tentei apenas deixar o mais próximo possível para não comparar coisas erradas ou sem noção.

Peguei um café “difícil” para o meu paladar (Orfeu ed. especial Oscar Niemeyer), fiz diversas vezes com ZP6… Cara, eu não consegui deixar gostoso. Por mais que eu me dedicasse, o café ficava correto, mas não dava muita vontade de tomar. Ao beber, eu sentia a necessidade de ficar pensando, analisando se dava pra melhorar, porque o sabor não tava legal... Dentre os resultados: levemente adstringente, um pouquinho amargo, limpo demais, do jeito que não parecia café etc. Com extração usando temperaturas mais baixas, ficava um pouco melhor.

Com o C40 foi o oposto: por mais que eu mudasse o jeito de fazer (Hofmann, Tetsu, temperatura, proporção), eu não conseguia deixar o café ruim… kkkk. Era fácil de acertar, e de beber meio sem pensar, era só um “que café bom! Tem mais?”. Ficava redondo, fácil, equilibrado mas complexo, lembrava aquilo que o ZP6 trazia mas as proporções pareciam mais balanceadas.

Isso não quer dizer que o ZP6 seja um moedor ruim — aliás, preciso deixar claro que o café mais gostoso que ja fiz na vida (Dallima fermentado, do Um) foi com esse moedor. Ficou inesquecível! 

Enfim, na minha opinião, o ZP6 é mais exigente, tem um perfil mais “analítico”, com uma curva de aprendizado mais longa, e diria que ele entrega mais dependendo do tipo de grão. Ele é mais chatinho, mas quando você acerta, entrega cafés maravilhosos.

Show de bola sua análise! E é isso mesmo que também percebi entre os dois moedores: C40 e ZP6. O primeiro é muito fácil de acertar, pois entrega um café equilibrado que, geralmente, agrada. O segundo, parece que foi fabricado com exclusividade para alguns tipos de cafés, a despeito de estarmos falando e usando cafés especiais. Fica difícil de compreender a natureza do festejado moedor ZP6. Mas essa troca salutar de observações dos companheiros deste grupo contribui sobremodo para o aprimoramento dos cafezinhos de cada dia, que não não podem faltar. 

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20 minutos atrás, Diego Nunes disse:

Esse relato ilustra bem o problema que algumas pessoas tem com o ZP6. É um moedor que entrega clareza e nitidez sensorial, ao preço de corpo. Essa combinação funciona bem para cafés complexos, com poucos defeitos e de torra bem clara. Esse café da Orfeu, naturalmente, não vai ser favorecido com o ZP6. 

Estive a conjecturar nos meus devaneios, bebendo um cafezinho moído no ZP6. Será que esse moedor, de alguma sorte, serve pra gente saber se o café é de boa qualidade? Sei lá…

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8 horas atrás, Fernando Neres disse:

Estive a conjecturar nos meus devaneios, bebendo um cafezinho moído no ZP6. Será que esse moedor, de alguma sorte, serve pra gente saber se o café é de boa qualidade? Sei lá…

Entendo de onde vem tal devaneio, mas acredito que não seja o caso. Um café de qualidade (talvez) não esteja somente ligado a características sensoriais como ausência de amergor, torra clara, notas delicadas. 

A qualidade é um passo anterior à atritubos sensoriais, tanto que podemos encontrar cafés de altíssima qualidade, mas que simplesmente não são para nosso paladar. 

Mas fato é que, se o café tem características como essas citadas acima, de certo o resultado na xícara será ressaltado pelo zp6. 

 

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Ainda não fiz o vídeo para mostrar como faço os despejos com o Origami. O motivo disso foi a variação de resultado que percebi por conta da alteração da temperatura. Nos últimos dias fez bastante frio aqui em minha cidade e o Origami de porcelana acabava roubando temperatura da água, que já não estava alta (91°C). Eu descobri essa influência ao testar o Origami de acrílico que eu tenho (comprei justamente porque vi opiniões sobre resultados diferentes na internet). Hoje comecei a testar jogar uma quantidade maior de água quente na hora de escaldar o filtro, para ver se a cerâmica do Origami aquecia melhor, mas como o meu café já estava no fim, acabei alterando a receita e fiz 160ml de água com 10g de café (minha receita padrão está sendo 20g de café para 320ml de água com 36 clicks ou 0.3.6 no ZP6).

Com relação ao despejo,

- No primeiro (quando ocorre o blooming), eu aproximo o bico da chaleira o máximo que eu posso do bolo de café e posiciono no centro. O fluxo que deixo é o mínimo possível sem deixar cair gotas (um fio de água fino e constante). Eu não mexo o bico do centro até que a água comece a cair na jarra de vidro. Depois que ouço as gotas caírem, eu começo a espalhar em círculos para o resto do bolo do café (geralmente da em torno de 60 a 70 gramas de água isso). Espero toda a água passar pelo bolo para começar o segundo despejo (isso dá uns 35 a 40 segundos de tempo)

- No segundo despejo, eu repito o mesmo processo do primeiro despejo, começando pelo centro e esperando a água chegar do outro lado e cair na jarra para em seguida fazer movimentos circulares. Eu despejo água até somar uns 110 a 120 gramas. Aguardo até a água passar toda pelo bolo do café.

- No terceiro despejo eu início no centro, com fluxo baixo, mas a água passa mais rápido. Depois eu aumento consideravelmente o fluxo, fazendo movimentos circulares até chegar à borda. Feito isso, eu mantenho um fluxo médio de água até completar as 320g de água.

O resultado é um café encorpado, com boa acidez e doçura, mas isso tem variado de acordo com o grão que utilizo. 

 

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  • 1 month later...

Saiu o review do Thales: 

Em geral, gostei muito do review do ponto de vista de orientação pré-compra.

Como usuário, concordei em grande parte, minha interrogação fica na sugestão "para coados, algo em torno do clique 45", mas para o meu gosto e obviamente a depender do café e da receita, cheguei a ter ótimos resultados no 25, é muita diferença para 45. Eu, se fosse sugerir uma faixa pra um público diverso, sem especificar mais do que "para coados", sugeriria 20-50.

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19 horas atrás, mgbt disse:

cheguei a ter ótimos resultados no 25

Quais tipos de cafés e receita você utilizava nesses clicks? 

Geralmente estou fazendo Click 45/52 e 4 - 5 despejos, para cafés naturais e lavados. Fermentados gosto de fazer com 35 clicks. 

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8 hours ago, Pedro084 said:

Quais tipos de cafés e receita você utilizava nesses clicks? 

Geralmente estou fazendo Click 45/52 e 4 - 5 despejos, para cafés naturais e lavados. Fermentados gosto de fazer com 35 clicks. 

Acho que é por aí mesmo, afinando nos fermentados. Com certeza fica bom com 35, vc chegou a tentar afinar mais e achou que piorou o resultado?

Um dos cafés que gostei no click 25 eu não sei o método de processamento, mas as notas eram mel, laranja e pêssego.

O outro era esse aqui, "fermentado com levedura de champagne".

Já o tucano fruity (pacote rosa) que acho que comentaram aqui no tópico, eu não consegui nenhum resultado que me agradasse, mas achei que 35 ficou melhor do que 25 nesse café.

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