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Claro que ele tem certeza, é a experiência dele. Essa questão de moer manualmente é muito pessoal. Por exemplo, para coados não tenho problema em moer quantas vezes for necessário, mas para espresso eu detesto moer uma vez que seja, quanto mais regular extração e fazer 2, 3 ou 4 extrações seguidas. Já tentei com Comandante e Bravito e a experiência foi a mesma, inviável moer manualmente pra espresso.
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Alguém teria feedback sobre a balança da melitta?
Diego Nunes respondeu ao tópico de Rodrigo bourbon amarelo em Coado e afins
Nunca usei pessoalmente, mas sinceramente parece apenas uma balança genérica chinesa com a marca da Melitta por cima. Não vale R$160. Com menos você compra uma no Ali com carregamento via USB-C e mais bonitinha. Acima disso, só a Timemore Black Mirror que volta e meia aparece com um preço bom. -
V60 - diferença entre material de plástico, cerâmica ou metal.
Diego Nunes respondeu ao tópico de rafael st em Técnicas e Dicas
Por reter calor, você quer dizer absorver, certo? A condutividade térmica do acrílico (plástico usado na v60) é cerca de 10 vezes menor que a cerâmica, logo o cone de acrílico é um melhor isolante térmico e vai roubar menos calor da extração. Outra questão é que o cone de cerâmica é pelo menos 4 vezes mais pesado que o de plástico, então por ter mais massa, também vai roubar mais calor. Na teoria o plástico é de longe o melhor material, mas na prática não tenho certeza se é tão perceptível. No vídeo abaixo, o cone de cobre foi o que aparentemente roubou menos calor da extração. O de aço e plástico foram bastante similar na temperatura final. Alguns pontos sobre a metodologia usada no vídeo que é que ele mediu a temperatura da bebida, não da borra no cone. Seria interessante ter esse dado tbm. O outro é que ele aparentemente não pre-aqueceu nenhum dos suportes, acredito que o pre-aquecimento iria equilibrar mais as diferenças. No final das contas eu acredito que a diferença na xícara seja mínima para o uso no dia-a-dia. Eu uso o cone de metal, pela durabilidade e estética, e apesar de nunca ter feito teste rigorosos, nunca percebi uma diferença em relação de acrílico. Vídeo com teste de temperatura na v60 de diferentes materiais (em inglês): https://www.youtube.com/watch?v=rjnm8ggXh3g -
Podem ser muitas coisas. Vamos por partes: Quanto tempo tá durando suas extrações? Isso está acontecendo com qualquer café? Como tá a agitação na extração?
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Eu diria que não vale a pena, mas é muito pessoal isso, pois depende muito do seu paladar e sua preocupação com workflow. Vai que você curte muito uma extração com mais clareza para coado, mas gosta de um espresso com mais textura... Ou que faz bastante os dois métodos e não gosta de mudar a regulagem para não perder a referência anterior... Enfim, são vários fatores que você tem que avaliar. Eu analisaria pela experiência com o Jx-Pro que você tem agora. O que não agrada nele? Não tem ajuste o suficiente para seus espressos? O sabor não agrada o suficiente? Qual aspecto do sabor seria esse?
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O K-Max ainda não testei, porém a tirar por reviews é muito bom. Entrega um perfil para coados e espresso próximo ao Comandante, com alguns reviews dizendo que ele é até superior (Lance Hedrick). Em relação ao Bravito, o K-Max teoricamente entregaria um espresso e coado com mais clareza e separação de sabores, porém menos corpo. A percepção dessa diferença também depende do seu paladar. Na questão de construção, o Bravito é um tanque de guerra, usa bastante material e pesa mais que o K-Max. Isso não quer dizer que o K-Max seja frágil, muito pelo contrário, ele já um moedor robusto o bastante. O ajuste apesar de ser um sistema de usabilidade similar (rosca externa no topo), o Bravito é stepless e o K-Max não, o ajuste é 22,5 mícrons por clique. O K-Max atende para espresso, mas é capaz que falte ajuste em algumas situações. O J-Max seria talvez uma melhor opção já que possui ajuste mais granular (~8 mícrons), porém usa outras mós. Uma vantagem do K-Max ao meu ver, é a desmontagem para limpeza. É consideravelmente mais simples que a do Bravito, que precisa até de chave pra ser feita. Para o Bravito pesa o fato de ser brasileiro, projetado pelo Gilberto, que é além de ser brilhante, é uma ótima pessoa e está presente aqui no fórum.
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É possível fazer 1L no Melitta 103, o problema é que percolação é um método sensível, se errar a extração, vai "perder" 1L de café. Imersão é mais seguro nesse sentido, pois o café só fica ruim se errar muito na moagem ou proporção. Gosto da Clever, pois combina imersão com o filtro de papel e entrega uma bebida limpa. Porém a Clever faz até 500ml por vez... Outra forma quase infalível é método da "roça": Ferve a água numa panela Apaga o fogo Adiciona o café e mexe Infusão de 2-4 minutos Passa o café num coador de pano (limpo e grande o suficiente) Não é muito elegante, mas é uma ótima forma de fazer café em quantidade. O coador de pano tem um fluxo alto e entrega uma bebida quase tão limpa quanto o papel. A dica aqui é usar uma moagem média-fina, principalmente se o café for uma torra mais clara, para conseguir uma extração decente.
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Aeropress sem gosto, onde estou errando?
Diego Nunes respondeu ao tópico de gabpessoa em Coado e afins
@gabpessoa Isso acontece com qualquer café? O café na xícara tem um aspecto turvo ou limpo (estilo v60/Melitta)? A Aeropress é um método primariamente de infusão, o perfil de sabor acaba sendo um pouco diferente de uma v60, por exemplo. Já que você está usando um café torra clara, eu evitaria temperaturas baixas e proporções concentradas. Torras claras geralmente precisam de mais energia para chegar a um nível de extração adequado e apresentar doçura. 1:15 seria uma proporção base interessante e água acima de 95º. A moagem fina é bacana, mas se for muito fina favorece a canalização. A água busca percursos de menor resistência e se cria um caminho preferencial, onde, maior parte da água vai passar superextraindo essa região e as demais regiões serão subextraídas. Algo entre a entre a v60 e o espresso, talvez mais próximo da v60, é um bom ponto. Outro ponto muito importante é pressionar o êmbolo suavemente. Pressionar forte só favorece a canalização e faz o filtro da AP expandir, permitindo material insolúvel atravessá-lo. Isso resulta no café turvo, sem gosto, às vezes amargo e sem complexidade. -
Podem ser algumas coisas. Quão fresco tá esse café quando você começa a tomá-lo? Geralmente é recomendando alguns dias de descanso pós-torra, onde o café desgaseifica uma parte do CO2 desenvolvido durante a torra. Esse processo geralmente "estabiliza" e "abre" mais os sabores do café. Entretanto, não existe uma regra clara de quanto deve ser esse período de descanso pós-torra. Cada torrefação tem suas recomendações, que geralmente começam a partir de 2 dias até 20+ dias pós-torra. Esse tempo varia de acordo com o estilo de torra, método de extração e, claro, preferências/percepções pessoais. O café, tendo diversos compostos orgânicos, também sofre alterações químicas e físicas ao longo dos dias. Por exemplo, a desgaseificação continua por tempo indeterminado, compostos oxidam, etc. Logo, mesmo que você não altere nenhum parâmetro na extração, o grão sofre mudanças ao longo dos dias que podem impactar na sua extração.
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Gustavo, desconheço outros modelos do Clever. A única que já vi em cafés e a que tenho é essa abaixo, existem dois tamanhos (300ml e 500ml) e se utiliza com filtros estilo Melitta.
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Café da Etiopia La Paloma coffee roaster
Diego Nunes respondeu ao tópico de GilbertoM em Café Torrado
Também comprei com eles e foi esse esquema aí. Tomei os cafés com cerca 60 dias de torra... Tavam agradáveis ainda, mas sem potência no sabor/sensorial, típico da torra mais antiga. Sobre o tempo de descanso, eu acho que isso varia com o estilo de torra e preferência individual. Algumas torrefações gringas realmente dizem que seus cafés bebem melhor depois de um período maior de descanso – principalmente os grãos mais densos. Já bebi uns cafés gringos que realmente ficaram mais redondos a medida que a torra descansou mais (~30 dias). Acredito que eles deviam apenas ser mais transparentes quando a isso. -
Tem a questão do amaciamento das mós tbm, que parece que é bem importante no Niche. Dizem que ele melhora os fines depois de uns bons kg café moídos.
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No sentido de que ele é um moedor muito caro para o que entrega para coados. Então se o foco é fazer apenas coados, ele não é considerado uma boa escolha. De maneira geral, acredito que o Niche produz uma moagem boa o suficiente para coados, como o @Gondolindrim (que o possui o moedor) disse. Porém quando entra nessa área, há muita subjetividade e gostos pessoais envolvido. Se você, por exemplo, for acostumado com coados em mós planas unimodais, pode não curtir muito os coados do Niche. Essa controvérsias podem ser vistas no Home-barista (Aqui, aqui e aqui) e no Reddit, onde não se parece ter um consenso muito claro sobre a qualidade de moagem do Niche para coados.
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Não sei se tem outra opção no mercado brasileiro nessa faixa, além do Vario. O que é perfomance para você? O Niche e o Vario são projetos bem diferentes. O Niche é um moedor que tirado da caixa, já tem zero retenção e ótima moagem para espresso - considerando mós cônicas. O workflow é super simplificado e feito pra single dose. Para coados ele é bom, mas não brilha. O Vario vem por padrão com as mós planas de cerâmica que são boas para espresso tradicional (distribuição bimodal), porém pode ser feito o upgrade para mós planas de metal que entregam distribuição unimodal e espresso mais modernos, com alta clareza. De quebra as mós de metal são ótimas para coados também. O ponto negativo é que talvez você tenha que alinhar as mós por conta própria para atingir o potencial dela. O Vario também pode ser modificado para diminuir retenção e funcionar como um single dose.
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Acredito que passa essa impressão mesmo, porém na prática é bem diferente pelo que tenho lido e visto. O dispersor por não ser lá muito bom, exige atenção para ver se tá funcionando como esperado. A nivelação da cama é muito importante, pois toda a água estará passando por ela, já que não há bypass. Vi tbm uma reclamação que o plástico não pode ser lavado com detergente, se não fica com resíduos do sabão. Além do tempo de extração ser muito longo, que acredito que não é atrativo para quem não liga tanto para café.
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Tão surgindo alguns drippers nesse estilo "no-bypass" ultimamente. O conceito é bem interessante e eu adoraria testar, mas ainda não me convenceu a pagar esse valor com todo o trabalho de importar/trazer de fora. Além disso esse Tricolate me parece um protótipo não finalizado feito de um plástico vagabundo (apesar de não ser). Vi em alguns reviews tbm problemas com o dispersor, que não dispersa a água direito. Também não possui o sistema de encaixe para o filtro de papel – fica solto, podendo sair do lugar durante a extração. Devo esperar a segunda geração desses drippers. Será que esse dripper então é interessante pra ela? Por tudo que vi, ele parece exigir bastante atenção nos detalhes do preparo, além de ter um tempo de extração longo.
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Realmente não tem. Porém a Brewista tá trazendo as chaleiras deles para o Brasil aparentemente, vai ter versão 110V, tomada brasileira e selo INMETRO. Só não sei quando vai ser. A dica do Ivo é uma boa se sua rede for bifásica.
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Oi, Cássio! Essa foi uma opinião minha de 3 anos atrás quando estava começando a me aprofundar nos cafés e com um Breville recém adquirido. Eu tinha expectativas irreais sobre os moedores e pouco conhecimento. Ele é sim um moedor de entrada razoável para qualquer método de extração!
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fermentação artificial em cafés especiais
Diego Nunes respondeu ao tópico de Murilo Henrique em Quando o Assunto é Café!
Os do Leo Moço no site da cafeteria dele cafe: cafedomoco.com.br Os da família Vinhal, já vi em várias torrefações, mas no momento sei que a Royalty Coffee tem. A Roast café teve 2 diferentes uma época, eram muito bons.- 11 respostas
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fermentação artificial em cafés especiais
Diego Nunes respondeu ao tópico de Murilo Henrique em Quando o Assunto é Café!
Todo tipo de processamento de café possui algum grau de fermentação. No geral são processos de fermentação naturais, e sua intensidade/tipo vai depender do resultado que o produtor quer dar ao café. A fermentação com leveduras, até onde sei, é bem pouco comum em cafés especiais. Assim como diferentes tipos de processamento funcionam melhor com certos tipos de cafés, acredito que essa fermentação pode funcionar bem em alguns casos, mas não em todos. É importante lembrar também que muitas pessoas detestam cafés que passaram por fermentações mais intensas e adquiriram os sabores típicos do processo. O Leo Moço é naturalmente um dos primeiros nomes que vem a mente quando se fala em fermentação de café. Já tomei alguns vários cafés da linha Sprouting Process e geralmente gosto bastante. Recentemente, a família Vinhal ficou bem popular com um processo próprio que resultou em vários cafés bastante interessantes e exóticos. Sendo um deles o famoso "Cocada", o café tem um sabor de cocada/coco torrado muito presente e intenso.- 11 respostas
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Estou iniciando no mundo do café (expresso)
Diego Nunes respondeu ao tópico de Fabricio Queiroz em Dúvidas de Iniciantes
Bem-vindo, Fabricio. Cara, espresso é o segmento mais complicado do café. É uma bebida bastante específica e exige equipamento especializado para seu preparo. Essas máquinas mais simples produzem uma bebida similar, que é boa o suficiente para muitas pessoas, mas que nunca vai se igualar a um espresso real, independente do café, moedor e técnica utilizados. Para ajudar, no Brasil a oferta de equipamentos é bem limitada e cara. Quanto à máquinas, não sou a melhor pessoa pra recomendar, talvez algum outro membro possa ajudar. Mas essa Oster Expert Perfect Brew é considerada uma máquina de entrada aceitável. No caso do moedor, esquece o mimoso. O mínimo para um espresso decente vai ser um Tramontina Breville ou JX-Pro caso queira ir de manual. O primeiro passo, na minha opinião, é sempre o moedor. Não adianta ter a melhor máquina do mundo – sem ele, não vai ter café bom. Com um moedor, você pode ir enrolando, fazendo preparo de filtrados (Moka, Prensa, Melitta, v60) até conseguir a máquina. -
Não gaste seu dinheiro com esses moedores ou o Cuisinart. Guarde para comprar um Baratza Encore ou um Breville. Se não tem problema em moer manual, considere um Timemore C2 se o foco for coados ou um Jx-Pro se o foco for espressos.
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Preparação de Água - Guias e Testes
Diego Nunes respondeu ao tópico de Lisboa Santos em Técnicas e Dicas
De fato água é um fator muito importante na extração. Tá ali junto com o café e a moagem, na minha opinião. A questão da água nem é sua qualidade apenas, pois mesmo uma água perfeitamente livre de contaminantes e substâncias (como o cloro) ainda pode ser terrível para o café. O ponto principal que devemos observar na água para café é seu conteúdo mineral. Naturalmente o conteúdo mineral pode afetar o PH da água, porém é mais uma consequência do que um objetivo. O Barista Hustle tem conteúdos muito bons sobre água para café, inclusive uma calculadora muito útil para mineralizar a água corretamente: https://www.baristahustle.com/blog/diy-water-recipes-redux/ https://www.baristahustle.com/app-archive-main/the-water-calculator/- 32 respostas
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- Magnésio
- Bicarbonato de Sòdio
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Via de regra, não existe, Caio. No Brasil é proibida a importação de café verde. Todos esses cafés que possuem grãos de outra origem são importados já torrados e moídos. Naturalmente são cafés de menor qualidade também, então não espere encontrar notas florais ou de mirtilo (típicas de um café especial etíope), nesse tipo de produto. Há algumas pequenas oportunidades: Volta e meia alguma torrefação de café especial consegue passar por debaixo do pano uma pequena quantidade de café verde de outro país, mas são sempre pequenas quantidades, que eles vendem muito rapidamente e com preços elevados. Existe também um instagram chamado @cafésmundo (ou algo parecido) que traz café em grãos já torrados da Colômbia. Nunca provei, mas parece ter uma qualidade decente e já vi alguns perfis de café no instagram falando dele. O Acervo Café em Brasília, volta e meia traz cafés da torrefação dinamarquesa La Cabra e servem no cardápio deles.
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Uso a técnica do James Hoffman. Duas coisas interessantes nessa técnica: 1) A água é adicionada antes do pó, por algum motivo isso faz o escoamento ser muito mais rápido. 2) A moagem utilizada é fina. O pessoal tende a achar que métodos de imersão (Clever e Prensa Francesa) precisam de moagens grossas. Mas para cafés de qualidade quanto mais fina a moagem, mais agradável será o café e será necessário menos tempo de infusão.