regisassao

O Boram fala bem do leitissimo.

Eu não costumo ajustar com dose, pois a precisão do K4 já é muito boa. Além disso, tenho PID e dimmer. Muitas vezes, vario a temperatura e dá muito certo. Quanto aos elétricos, no início pensava que seria necessário. Depois te passar um tempo com um C2, vi que não era nada demais moer na mão. Fui descobrindo também que a performance de um manual é muito superior aos seu equivalente em preço elétrico: um Baratza Encore é um moedor elétrico de entrada e custa até mais que um Bravito. Comprei um K2 e estava feliz já. Mas derrubei e comprei um K4 enquanto não consertava o K2. Agora tenho o K2 e K4. Costumo usar só o K4 e deixo o K2 para coados e de backup. Ou uso quando quero tirar mais acidez. Hoje, nem penso em ter elétricos.

Cada grão, a cada dia, é um clique. Acho que o Não sou Barista fez review do Q2. Ele costuma deixar uma faixa de cliques. Procura o vídeo na playlist de moedores.

Então acho que a ordem seria Kinu, Bravito e K4, dependendo do bolso.

Se quer perfil sensorial mais encorpado, achocolatado, espresso tradicionalzão: tem o Bravito por quase 2 mil reais, ou o K4 por menos de 700 no Ali. Em performance acho bem similares, sensorial também, não vejo grande vantagem no Bravito ser stepless. Mas o Bravito é mais bonito, parece mais robusto, mais pesadão, mais luxuoso. O K4 é mais "pé de boi". Entre esses dois, prefiro o K4. Se quer extrair mais clareza e acidez, tem o K6, por exemplo. Que hoje seria a minha escolha pelo perfil sensorial. Mas como já tenho o K2, não quis trocar ainda. O Kinu é outro top. O @MarcioMO que manja tudo de moedor, já testou os melhores pra espresso incluindo os Kingrinder, 1zpresso, Bravito e Kinu, é fã do Kinu pra espresso. Se fizer uma busca no fórum, tem muita informação sobre todos esses moedores acima. Se quer espresso tradicional, escolha pelo orçamento disponível. Quer custo benefício vai de K4. Quer algo com um estojo mais bacana e acessórios, tem alguns da 1zpresso como o J-Max. Tem mais recurso, vai de Bravito. Se tá sobrando, compra um Kinu.

Comprei uns filtros da Hario, fiz um teste com exatamente os mesmos equipamentos, mesma receita, mesmo grão, mesma moagem no mesmo moedor, e curiosamente não deu diferença no tempo de extração (4 min, talvez uma variacao de 2s por conta do olhometro pra determinar o fim da extração). Pode ser alguma variação no despejo, alguma pequena diferença nos tempos de cada despejo, mas não deveria dar exatamente o mesmo tempo de extração. O do Thales deu 1 min de diferença. Talvez eu repita futuramente com um despejo único pra ter um comparativo com menos variáveis. Na receita de ontem, usei Tetsu Kasuya com 4 despejos. Cada vez mais convencido que os filtros da Waals valem mais a pena.

Sobre dimmer e OPV, tem muita informação no tópico da Poemia. Mas conta mais sobre o que não está bom para ver se temos dicas de como melhorar.

Esqueci de mencionar a precisão: cada clique (16 microns) equivale a uns 3-4 segundos de variação na extração do espresso. Isso dá uma margem de ajuste muito boa para extrair mais corpo, doçura, acidez. Poucos moedores conseguem ajustes menores, como os stepless ou o J-MAX (12,5 microns), mas não achei relevante quando usei o Bravito que é stepless. Já um Timemore C2 dá mais de 10s entre cliques. Aí já fica mais difícil regular, mesmo combinando com mais 0,5 ou 1 g de café.

Pode aumentar a temperatura de vaporização com um PID, ou usa-lo para manter a temperatura. Se usar temperatura mais alta, não iria além da temperatura de proteção do termofusivel. Tem que descobrir essa temperatura para a Philco. Eu nem dei a da Poemia, que é a minha, pois nao sou de vaporizar. Mas nunca passei de 130, se não me engano. Lembre que com termostato, a temperatura fica variando num intervalo de 10 graus. Ao acender o led, a resistência deve desligar e ligar novamente so quando cair uns 10 graus. Deve ter umas dicas de Temperature surfing pra vaporizar na Philco também. Tipo deixar o led acender, girar o knob de vaporização até apagar, esperar acender de novo e aí vaporizar. To falando aleatoriamente, mas alguém deve ter mapeado algum esquema assim.

Marlos, Peneiras de cozinha não servem para avaliar fines. Teria que comprar uma Kruve, mas são centenas de reais. Fines não é tudo que passou pela peneira. Então, esses 50% não são uma boa referência. Para mim, a melhor referência é o paladar. O K4 entrega mais corpo e doçura. Essa é uma característica sensorial dele. E entrega isso porque gera mais fines. Agora, quanto gera, so com uma Kruve. Caso queira mais acidez, pode mudar método ou granularidade. Eu, por exemplo, uso entre 180-210, método Tetsu Kasuya na V60. Melitta tem mais retenção que V60, então, se eu usasse, moeria ainda mais grosso. Mas como eu disse, vai do seu perfil. O K4 ser bom para espresso e não tão bom pra coado é uma avaliação contra a percepção clássica de que espresso tem que ser encorpado, achocolatado, e V60 tem que ter notas claras, mais acidez, etc. No meu paladar, por exemplo, prefiro espressos mais ácidos e até cogito trocar o K4 pelo K6, mas acho que sou exceção.

Ela consegue vaporizar com bico original, mas a caldeira é única para extração e vaporização, é pequena, vai ter pouca capacidade de gerar vapor. Por isso você vaporiza em um ou dois minutos em uma doméstica e em 20 segundos numa profissional. Quando você tem uma quantidade de vapor suficiente, pode ter mais furos, pois vai ter vazão e pressão suficiente. Na Philco, ao aumentar a quantidade de furos, você vai ter mais vazão de vapor mas com pressão inferior. Não sei se a pressão será suficiente para vaporizar entende?

Aqui eu discordo. Acho que o primeiro fator a fazer grande diferença é o moedor. E um Bravito tá anos luz a frente de um elétrico na mesma faixa de preço. Teria que pagar o dobro para ter um moedor elétrico tão bom quanto o Bravito. PID ajuda muito e dá muita praticidade na extração. Mas mesmo sem PID, o Bravito ou K4 vão fazer diferença na extração, comparados a um Encore. Quanto a moer pra muita gente, concordo que não é prático. Aí depende da realidade de cada um. Aqui nunca sai mais que 3 na sequência. É só pra mim no dia a dia, e uma vez por mês talvez eu tire 2 ou 3 seguidos. Mas aí o que me dá mais trabalho é limpar o filtro, WDT, nivelar, compactar... Moer é a parte mais fácil. Tem gente que vai passando o moedor pra cada um moer o seu tbm kkk...

A pressão/vazão da sua maquina podem estar baixas. 62 me parece muito grosso. Em geral, eu ficava entre 40-50. Torra e grão influenciam mas não sei se tanto a ponto de manter 30s no clique 62. Mas se está do seu agrado, desencana. O que importa é satisfazer o seu paladar.

Acho que a Philco não gera vapor suficiente para um bico de 4 furos.

Eu fiquei com um Bravito por um mês e não achei cansativo. Conseguia moer 17-18g de café em uns 30-40s. Nesse período, testei muitos cafés diferentes, pois foi um período de recebimentos de diversas novas torrefaçoes que eu queria provar. Partindo sempre do último ajuste, o café saia sempre razoável. Na segunda moagem, já saia quase perfeito. Eu não jogava nenhum café na pia, esperava o próximo espresso do dia para aperfeiçoar. Me serviu muito bem assim. Moedor elétrico pode ser mais conveniente na hora de moer, mas pra ter uma performance similar ao Bravito em precisão e sensorial, vai custar muito mais. O Bravito tem o preço equivalente a um Baratza Encore, mas o Encore não chega nem perto da performance do Bravito. A manutenção dos elétricos também é outro ponto de atenção. Muita gente aqui no fórum tem relatado problemas. Num moedor manual basta um pincel e no máximo um soprador. Indo mais longe, o K4 custa menos da metade do Bravito e entrega performance bem similar. Uso há cerca de 8-9 meses e estou super satisfeito.

O Magaldi estava liquidando uma La Spaziale: https://www.instagram.com/reel/CgubX00lhot/?igshid=MDJmNzVkMjY= Se não me engano, ele é de Peruibe. Não é tão perto assim do vale do Paraná. Mas de repente o valor compensa o frete.

Contribuição feita também! Assim como o Alex, tbm topo entrar na repescagem se precisar! Valeu!

Tem uma forma cara (700 dólares com um Scace) ou barata de fazer isso com um termômetro do Aliexpress (uns 40 reais) mas que vaza um pouco de agua/café. Aqui tem um pouco da minha experiência com um termômetro de 40 reais: https://forum.clubedocafe.net/topic/159-controladores-de-temperatura-pids/page/6/#comment-228490

@esantelmo, 1 - É assim mesmo. Com filtro pressurizado, a moagem tem que ser um pouco mais grossa. 2 - Não sei o que usa como peneira, mas os fines deixam o café mais encorpado, mais amargo, demora mais pra passar, é o comportamento esperado mesmo. O que eu sugiro é a compra de um moedor. O melhor custo benefício que conheço é o K2. Para filtro despressurizado, moedor de lamina não funciona. 3 - Puck screen, na minha experiência, não melhorou o sensorial, apenas ajudou a manter o chuveiro mais limpo, o que já é grande coisa, e agora não deixo de usar. Mas não melhora muito a distribuição da água, pelo menos, não observei isso. 4 - Surfing é assim mesmo. Aqui não posso opinar, pois não tenho a Philco, e varia de máquina pra máquina. Abs!

Voltando pra falar um pouco sobre a minha experiência com os cafés da Oka: O Frutas Vermelhas de fato ficou melhor na V60. O melhor que provei no espresso foi o Rapadura, com uma doçura superior aos demais. O Floral e Vinho Seleto também ficaram bons no espresso, sendo o último mais ácido, mas uma característica que aprecio. O Caramelo e Mel, pra mim, foi o que menos se destacou. No geral, achei as torras mais desenvolvidas que costumo gostar. Não sei se a região de Piatã exige isso para extrair o melhor dos grãos, mas coincidentemente provei mais ou menos ao mesmo tempo os cafés do Túlio (Nerd Coffee), todos da região de Piatã, possivelmente mesma safra, e também torras mais desenvolvidas. Tive de extrair a temperaturas mais baixas e moagens mais grossas para adaptar ao meu paladar. Mas são bons cafés. Vale a pena provar!

@Geraldinho, saiu um artigo sobre crema que talvez interesse: https://perfectdailygrind.com/pt/2022/08/01/manual-basico-da-crema-do-espresso/

São as duas coisas: moagem muito grossa pode colocar o dimmer no máximo que não chega nos 9 bar. Moagem fina vai atingir 9 bar com menos "potencia" no dimmer. Vejo isso diariamente na minha Poemia. Se compromete a bomba, não sei. A minha está com dimmer há mais de 6 meses, quase um ano, tirando 2-3 espressos por dia em média. Continua funcionando bem.

Nao sei se entendi. Os testes da WLL são com várias máquinas, as vezes a diferença é de 1 bar, as vezes 1,5 bar. A Saeco que eu tenho é a Poemia, não SE50.

Tem alguns testes com Scace que mostram uma queda na pressão de 1 a 1,5 bar entre a bomba e o grupo. Acho que é do Whole Latte Lover. Dessa forma, eles regulam a pressão na bomba para 10 a 10,5 bar. Eu uso 10.5 bar na Poemia e me parece ok.

Só posso dizer para não perder as esperanças... eu derrubei meu K2, entortou na rosca do moedor, copo perfeito mas não encaixava. Levei em torneiro, serralheiro, martelinho de ouro, tudo que imaginei que poderia ter ferramentas para desentortar sem piorar. Um belo dia, pesquisando ferramentas e pessoas que poderiam ter algum equipamento adequado, vi que mecânica de motos poderiam ter algo, eles possuem até prensas para desentortar eixos. Encontrei um cara do lado de casa que faz manutenção de Harley e similares. O cara desentortou de graça, trabalho de artesão, prensando um martelo na morsa e usando a parte redonda da cabeça do martelo de forma interna para a rosca do moedor. Deu umas marteladas por fora, e ficou perfeito. Em casa, com uma dremel e serra, refiz a rosca interna que tinha amassado e hoje o K2 virou meu moedor reserva. O K4 é o de todo dia. Demorou uns 6 meses até eu chegar na solução. Muito também porque comprei um K4 e relaxei, mas, novamente, não perca as esperanças. Leve em algum torneiro mecânico, relojoeiro, sei lá, use a criatividade. Alguém vai te ajudar!